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Deixemo-nos, pois, guiar pelo verde pinho das naus de Bartolomeu Dias e dos
Descobrimentos portugueses; para tanto, embarquemos no primeiro livro da Obra de
Manuel Alegre destinado prioritariamente a um pblico infanto-juvenil. Como todos
percebemos atravs dos indcios agora mesmo salpicados, trata-se dAs Naus de Verde
Pinho. Viagem de Bartolomeu Dias contada minha filha Joana, publicado em 1996 e
com ilustraes de seu filho Afonso Alegre Duarte (Lisboa, Editorial Caminho).
Se no nos pode surpreender que uma nova obra de Manuel Alegre seja editada, j que
conhecemos a extenso da sua bibliografia; tambm no nos poder espantar que esta
obra tenha por objecto uma temtica de natureza histrica. Como bem sabemos, tal
recorrente num Autor que, tanto em textos lricos como narrativos, se distinguiu desde
cedo pelo tratamento dado s temticas do Alm-Mar e do exlio .
Nesta obra, , pode dizer-se que Manuel Alegre oferece famlia e ao mundo, um breve
poema narrativo acerca da gesta dos Descobrimentos portugueses. Nele, assume como
referncias intertextuais quer a literatura de tradio oral, nomeadamente o romance
popular Nau Catrineta, quer a literatura de tradio culta concretizada por Os Lusadas e
Mensagem.
.
Ao abrir a primeira pgina d As Naus de Verde Pinho, o leitor encontra o seguinte
convite leitura:
1 De um lado o cho e a raiz
do outro o mar e o seu cntico.
Era uma vez um pas
entre a Espanha e o Atlntico.
Tinha por rei D. Dinis
que gostava de cantar.
Mas o reino era to pouco
que se ps a perguntar:
- E se o mar fosse um caminho