Você está na página 1de 3

ANO VI Nº 25

janeiro 10
(Rua do Riachuelo atual Cel João Rufino)

Mausoléu de Vito Pentagna 1924


Foto Luiz Francisco

Capela 1853 Foto Luiz Francisco

Mausoléu de Vito Pentagna


detalhes Foto Luiz Francisco

Foto Acervo Maria Geralda Porto (lere)


Autor e data desconhecidos
Mausoléu do Visc. Mausoléu do Visconde de Ipiabas
do Rio Preto 1869? Foto Luiz Francisco
Foto Luiz Francisco

Mausoléu do Visc.do Rio Preto


Foto Luiz Francisco

Jazigo de Maria Soares Louzada


Foto Luiz Francisco

Jazigo da Fam. Domingos


Martins Pereira Muralha frontal do cemitério na antiga rua Riachuelo
Foto Luiz Francisco hoje Cel. João Rufino
pedras tumulares. Segundo Burle Marx a idéia do casulo, casa
de abelhas, seria para simbolizar nossa condição humana que
sempre, como as abelhas, tendemos retornar para nossos

E m finais de 1990 o historiador Egon Wolff sugeriu a


Luiz Benyosef que fosse conhecer um terreno vazio
casulos - nossas casas -. O Memorial representa a "casa de todos
nós". Independente de credos todos se uniram no esforço. O
Prof. Azuil Lasneaux, diretor da Irmandade da Santa Casa
imediatamente cedeu o terreno para a obra. A Prefeitura
Municipal através do seu prefeito, Severino Dias e de suas
secretárias, deram todo o apoio necessário. O saudoso Prof.
Severino Sombra de Albuquerque, então presidente da
Fundação Universitária Severino Sombra e um dos mais
entusiastas pelo projeto, cedeu toda a mão de obra necessária. O
Cemitério Comunal Israelita do Cajú, do Rio de Janeiro,
custeou todas as despesas de material. Seria mais
um monumento em uma cidade privilegiada pela história.
Vassouras tem um passado de glórias, por ser uma das cidades
pertencentes ao glorioso ciclo brasileiro do café, do século XIX.
Uma parte da cidade já era tombada pelo Patrimônio Histórico
Nacional, inclusive os terrenos onde se situava a antiga Santa
Casa, hoje Asilo Barão do Amparo.
situado nos fundos de um asilo na cidade de Vassouras onde O Memorial Judaico de Vassouras é constituído de plantas
estavam sepultados dois judeus que haviam falecido ornamentais como pinheiros e plantas nativas regionais. Devido
naquela cidade em meados do século XIX. a este fato requer muito cuidado e atenção diária Para tornar este
A escolha deste local aconteceu devido a divergências trabalho possível um novo grupo de pessoas, incluindo Frieda
religiosas da época que não permitia que pessoas de outras Wolff e Luiz Benyosef, fundaram a Sociedade Amigos do
religiões fossem enterradas no único cemitério da cidade, Memorial Judaico de Vassouras que cuida da manutenção e
pertencente a uma ordem preservação do Memorial.
religiosa. Entretanto, através de O Memorial Judaico de
um gesto de solidariedade, a Vassouras é um monumento de
Irmandade da Santa Casa de dimensões muito pequenas mas
Misericórdia abriu suas portas e gigante em seu significado. Em um
permitiu que fossem sepultados pequeno pedaço de terra, dentro de
no pequeno jardim que havia uma instituição cristã, repousam dois
nos fundos do seu hospital. judeus, imigrantes de um país
Benyosef ao visitar o local, distante, mas que aqui encontraram
constatou o repouso, evidenciando o grande
abandono do terreno e a precari- espírito de solidariedade e senso de
edade da única pedra tumular igualdade do bom povo brasileiro.
(matzeiva) existente, que pertencia a Morluf Levy, de Ele é um símbolo que reverencia a todos os imigrantes que aqui
ascendência marroquina e que havia falecido na-quela chegaram e que a despeito de suas origens, religião e tradição,
cidade em 1879. O outro, Benjamim Benatar, também de tornaram-se irmãos integrando-se a comunidade nativa e no
origem marroquina, falecera em 1852 e sua pedra tumular fim, tal qual as suas histórias, misturaram seus próprios corpos
desaparecera há muito tempo. Para preservar a história, com o solo do país que os acolheu e que lhes deu a última
Egon e Luiz idealizaram então, aquele que seria o primeiro morada.
Nota do Editor
plano para recuperar o antigo jardim. Infelizmente na época Em virtude de incêndio ocorrido no prédio do asilo, a visitação
Egon Wolff estava bastante doente, vindo a falecer poucas ao memorial judaico encontra-se suspensa por tempo indetermi-
semanas depois. Em meados de 1991, sua esposa Frieda nado, por conta do risco de desabamento.
junto com Luiz decidiram retormar o projeto não concluí- Extraido do site www.memorialjudaico.org.br
do. Para finaliza-lo convidaram o diretor do Cemitério pesquisa e fotos Luiz Francisco
Comunal Israelita do Rio de Janeiro, Alberto Salama e o Dr.
José Kogut, para fazerem parte deste grupo de trabalho.
Uma série de reuniões, viagens à Vassouras e contatos
com as autoridades locais tiveram início. O paisagista
Roberto Burle Marx, amigo de Luiz, participado informal-
mente, ficou sensibilizado com a idéia e solidário com o
propósito de criar mecanismos que pudessem auxiliar no
trabalho de preservação dos idosos carentes moradores do
asilo, além de resgatar um elo da história que estava se
perdendo, ofereceu-se para fazer o projeto.
Durante alguns meses Burle Marx assessorado pela arquite-
ta Claudia Rosier finalizou o projeto. Seria um Memorial
composto por canteiros, ornamentados com flores do cerrado
brasileiro, com formato de casulos. No casulo central as duas

Você também pode gostar