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Coroa de Preto-Velho

A fumaa que sai do meu cachimbo,


forma nuvens quando encontra o cu,
e das lgrimas que me caem do rosto,
nascem rios que correm sem gosto,
formando na terra o mais belo ilhu.
Sou preto, sou velho, fui escravo,
fui por Deus coroado.
Hoje espalho no mundo mensagens de f,
trazendo esperana com minha humildade,
deixando sementes de caridade,
secando a mentira e regando a verdade.
Trago comigo arruda e guin,
caminho descalo em cima de espinho,
quebro mironga e curo doena,
habito cabana ao p de cruzeiro,
trabalho aqui e no mundo inteiro.
Sou preto, sou velho, fui escravo,
venho por Deus ordenado.
Almada, 31 de Janeiro de 2009 Paulo loureno Ramiro de kali

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