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Pedras
Pedras
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Pedras
Carlos Vincius Ziolkoski
Com os olhos no vazio
O nada olhava,
E com o queixo na mo
Sua cabea apoiava.
E todos se perguntavam
Que h para ganhar,
Ficar numa pedra sentado
Sem almoar nem jantar?
Porm de l no saiam,
Nem sbio, nem pedra
Que ao tempo e a curiosidade
Venciam.
Sua alma foi a primeira
Que pela razo veio
Perguntar ao velho eremita
Por que da vida largar o seio?
- Diz-me, sbio,
O que te faz querer
Do viver desistir
E da vida esquecer?
Nem quando te deixei
Tu quiseste te matar,
Por que logo agora
De ideia mudar?
- Matar?!
Quem vai se matar?!
Eu s estou sentado,
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E nesta pedra
Para no me cansar.
- Mas por que ficar s
Se boa companhia podes ter?
timas piadas, conheo
E do teu tempo fao um lazer.
- No, obrigado.
De nimo no careo
Para que este velho sbio
Mantenha o seu endereo.
Ento triste se foi
A alma que logo se tocou
Imaginando que dela
Ele jamais precisou.
Com a alma inda em vista
Um outro vulto avista
E antes de o reconhecer
De longe j o ouve dizer:
- Ora, tolo sbio,
O que ests a esperar,
Para o teu tempo, toa,
Assim desperdiar?!
- No espero nada
Que no venha a chegar,
Por isso no me acuse
De algo desperdiar.
Mas quem ser esse
Que do tempo se ocupa,
E desperdiando o seu
Comigo se preocupa?
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Impulso
Carlos Vincius Ziolkoski
Espero o seu toque;
ele no toca.
Penso em toc-lo;
hesito sorrio amargo.
Acendo um cigarro,
vou ao banheiro, volto.
Ele permanece imvel
sorrio ansioso.
Como que impaciente ele toca.
Dou-lhe minha orelha
sorrio doce.
Ouo o mundo.
Tento ouvir sua respirao
ele hesita.
Pergunto seu nome:
Jos, Sandra, Renata...
So tantos nomes!
Como escolher apenas um?
Indaga-me seu silncio.
Pergunto de seus temores:
tantos so os medos
com os quais calou indiferente!
Como escolher apenas um?
Repete-me seu silncio.
Porm quando pergunto
quem seu grande amor,
diante da continua resposta,
covardemente vacilo
e desligo.
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Fbio Navarro
Robervnio
Sergio Bernardo
Samanta Samara
Edhi Longo
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Alberto Bresciani
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