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1.

05/02/2010

Denotação e Conotação

1.) Denotação: Quando a palavra se encontra em seu sentido real, literal, ou seja,
em estado de Dicionário.

2.) Conotação: Quando a palavra foge de seu sentido real, literal, ou seja, quando
se encontra em seu sentido figurado.

Ex: Sol.

1. O sol está muito quente, faz muito calor!


2. Você é o sol da minha vida!

Ex: Pedra.

1. Tropecei naquela pedra que estava ali fora.


2. “No meio do caminho tinha uma pedra. Tinha uma pedra no meio do caminho”.

Ex: Mala.

1. Tenho que arrumar minhas malas.


2. Anda logo, seu mala!

2.
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Trovadorismo

Trovar = cantar, versejar (verso).

• Primeira Escola Literária portuguesa.


• Início 1189 com a Cantiga da Ribeirinha ou Cantiga da guarvaia, feita por Paio S.
Taveirós, em homenagem a Maria Pais Ribeiro.
• Contexto Histórico: Feudalismo/Domínio da Igreja Católica.
• Teocentrismo (Deus = centro)
• Cantigas: Amor/Amigo (Líricas)
Escárnio/Maldizer (Satíricas) deboxe.
• Idioma: Galego Português ou Galaico Português.
3.
11/03/2010
Trovadorismo

Trovar = cantar, versejar (verso).

• Primeira Escola Literária portuguesa.


• Início 1189 com a Cantiga da Ribeirinha ou Cantiga da guarvaia, feita por Paio S.
Taveirós, em homenagem a Maria Pais Ribeiro.
• Contexto Histórico: Feudalismo/Domínio da Igreja Católica.
• Teocentrismo (Deus = centro)
• Cantigas: Amor/Amigo (Líricas)
Escárnio/Maldizer (Satíricas) deboxe.
• Idioma: Galego Português ou Galaico Português.

26/03/2010

A - Cantiga de amor
- Origem provençal (Sul da França).
- Eu lírico masculino.
- O homem se dirige à mulher, cortejando-a, desejando-a, louvando sua beleza e se
mostra apaixonada por ela.
- Amor platônico (o homem morre pela amada).
- Imitação das relações senhor feudal (suserano) e vassalo (vassalagem amorosa).
- Sentimento de coita (amor não correspondido).
- Temos: mia senhor, senho fremosia, mia dona...

B- Cantiga de Amigo
09/04/2010
• Origem Ibérica (Portugal e Espanha)
• Eu-Lírico feminino (mas o homem quem escreve, toca, canta, instrumentiza)
• Amigo: namorado
• Assunto: o homem reproduz o lamento da mulher da época, que perguntava pelo seu
amigo (namorado); a ausência do amigo (fossado) fazia a mulher perguntar por ele.
• Termo central: Amigo
• Ambientações populares (praças públicas, feiras livres, beira de rio, de mar, em meio à
natureza...)
• Interlocutores: mãe (madre), irmãs (irmanas), amigas, elementos da natureza...
• Uso do refrão e do paralelismo.

C – Cantiga de Escárnio

- Sátira Indireta (não se menciona o nome da pessoa satirizada).


- Vocabulário Moderado (evitam-se palavrões, palavras torpes).
- Forte presença de adjetivações, descrições.
- Ambiguidade (várias interpretações).
D – Cantiga de Maldizer

• Sátira direta (menciona o nome da pessoa satirizada)


• Vocabulário grotesco, torpe.

Humanismo
16/04/2010

→ Período de transição (Idade média e Renascimento)

Início: 1418, quando Fernão Lopes é nomeado guarda-mor da Torre do Tombo ou 1434,
quando Fernão Lopes é nomeado cronista-mor do reino.

• Escritos Desenvolvidos:

→ Poesia (Cancioneiro Geral de Garcia de Rensede).


→ Prosa (Crônicas de Fernão Lopes)
→ Teatro (Gil Vicente).

O Teatro do Humanismo – O teatro popular de Gil Vicente


• Toda produção teatral foi montada por Gil Vicente.
• Pouco se sabe sobre sua vida, teria nascido em 1465/66 e falecido em 1536.
• Origem popular
• Suas peças eram encenadas, em sua maioria, dentro da corte.

• Peças escritas em língua portuguesa, espanhola e com passagens em latim.


• Teatro em versos redondilhos maiores (estilo popular).
• Não obedeceu à Lei das Três Unidades (um tempo, um espaço, uma ação).

• Peças de caráter moralizante (Lema: “Ridendo, Castigat Moraes”).


• Predomínio de personagens-tipo (Judeu, Padre, Sapateiro, Alcoviteira...).

• Autos: moralidade espiritual, ligada a temas bíblicos, religiosos, espirituais (alma).


• Farsas: moralidade material, ligada a assuntos profanos, materiais, concretos (corpo).

4.

Figuras de linguagem

Recursos lingüísticos usados para que sejam obtidos alguns efeitos, principalmente
nos níveis formal e semântico.

1. Metáfora:

Relação de semelhanças, associações simbólicas, relação de sentido simbólico.


Ex: Jesus é o pão da vida.
- Uma flor, o Quincas Borba.
- Ele é uma raposa.

2. Comparação (ou símile):

Metáfora comparativa, nesse caso, estipula-se comparação entre termos.


Ex: - Ele é forte como um touro.
- Ele é esperto como uma raposa.

3. Metonímia:

Substituição de um termo pelo outro para obter um efeito de sentido.

→ Casos:

• A marca pelo produto. Ex: Bombril, Danone, Catupiry.


• A parte pelo todo. Ex: Os miseráveis não tinham nem um teto para morar. Essas
são as mãos que movem o mundo. Ele adora um par de pernas.
• Autor pela obra. Ex: Já leu Machado de Assis?
• O continente pelo conteúdo. Ex: comi um prato de macarronada. Tomei uma lata
de refrigerante. Comi uma caixa de bombom.
• Singular pelo plural. Ex: o brasileiro é apaixonado por futebol.

4. Sinestesia:

Mistura dos elementos ligados aos órgãos dos sentidos (VATPO).


Ex: - Harmonia da cor e perfume.
- Sonora audição colorida de aroma.
- Sinto um cheiro doce.

5. Catacrese:

Atribuição de um termo por falta de um próprio específico e determinado.


Ex: - Quebrou o braço da cadeira.
- Estou com uma ferida no céu da boca.
- Preciso de dente de alho.

5.
26/02/2010

Figuras de linguagem II

6. Antítese:

Oposição de palavras, ou seja, aproximação de elementos antônimos.


Ex: Quem ama o feio, bonito lhe parece.
A vida é cheia de altos e baixos.

7. Paradoxo:

Oposição de idéias contrárias, incoerência.


Ex: Esse sofrimento me diverte muito.
Essa dor me faz sentir prazer lentamente.

8. Apóstrofe:

Vocativo grandioso, invocação feita com um elevado tom subjetivo.


Ex: Senhor Deus dos desgraçados, dizei-me vós, Senhor Deus...

9. Eufemismo:

Uso de uma expressão para amenizar outra de tom grosseiro,


constrangedor ou desagradável.
Ex: Depois de muito sofrer, ela entregou a alma a Deus.
Poderia manter-se em silêncio.

10. Gradação:

Sequência de termos que atribuir um contexto de caráter descendente ou


ascendente.
Ex: O trigo brotou, nasceu, cresceu, floriu, amadureceu e morreu.

11. Hipérbole:

Consiste em um exagero na sua representação.


Ex: Depois de terminar com o namorado, ela chorou um mar de lágrimas.

12. Prosopopéia, Personificação ou Animismo:

Atribuição de características animadas a elementos inanimados.


Ex: As janelas olhavam assustadas.
O rio murmurou sua eterna canção.

13. Perífrase:

Circunlóquio, ou seja, uso de vários termos e palavras para designar algo


que poderia ser expresso em um único termo.
Ex: Moro na cidade maravilhosa, embora tenha nascido na terra da garoa.
Graças ao criador dos céus e da Terra, passei no vestibular.

14. Hipérbato:

Inversão da ordem natural da oração.


Ex: De você, eu gosto mais. (Eu gosto mais de você)

6.
05/03/2010

Noções de Versificação
(/Metrificação/Escansão)

• Separação silábica de versos.


• Agramaticalidade.

Regras:
1. Conta-se até a última sílaba tônica do verso.

2. Às vezes quando houver duas ou mais vogais próximas, devemos


juntá-las, formando uma só sílaba.

Ex: Re | ne | go | da | dis| cri | ção | [7 sílabas]

E a|ssim|, quan|do| mais| tar|de| me |pro|cu|re| [10 sílabas]

(Ver mais exemplos no caderno).

Vogais diferentes na mesma sílaba → elisão (tu|do ao|)

Vogais iguais na mesma sílaba → crase (sem|pre e|).

7.

I – Imitação dos antigos clássicos: os clássicos da antiguidade fora imitados pelos


renascentistas, Horácio, Virgilio, Homero, Anacreonte, entre outros, foram os
modelos.

II – Racionalismo: uso absoluto da razão, os clássicos sempre buscavam a razão, o


equilíbrio para compor seus textos.

III – Harmonia e Equilíbrio: proveniente da razão, os clássicos se mostram


harmônicos e equilibrados.

IV – Perfeição Formal: seus versos são rigorosamente medidos e rimados.

V – Antropocentrismo: ápice da razão e do paganismo (mitologia, vários deuses),


fazendo assim, largo uso da mitologia.
Camões

→ Poesia lírica (duas fases)


→ Poesia Épica (Os Lusíadas)

A – Poesia Lírica

• 1ª fase

→ Influenciada, em grande parte, pelas cantigas trovadorescas de amor e pela


poesia do Humanismo.
* → Versos redondilhos.
→ Linguagem e estrutura simples.
→ Tema central: amor (muitas vezes, Camões foge da razão absoluta pregada no
classicismo).

• 2ª fase (importante!)

→ Moldada nos padrões estéticos e conteudísticos do Classicismo;


→ Uso do soneto;
→ Versos decassílabos;
→ Linguagem complexa;
→ Valorização da razão;

• Temas centrais:

→ Injustiças do mundo
→ Passagem do tempo
→ Mudança dos tempos
→ Inconstância das coisas
→ Mulher (espiritualizada*, materializada**, bíblica***)
→ Tentativa de explicar, de entender o Amor.

* mulher morta (Dinamene, chinesa)


** mulher chamada de “senhora”, que Camões teve um ~rolo~
*** Camões pegava histórias da Bíblia que tinham mulheres e as transformava em
sonetos.

8.
07/05/2010

Maneirismo: uso constante de antítese e/ou paradoxos, fazendo, assim, uma


antecipação do barroco.

B) Camões Épico: Os Lusíadas

→ Assunto: narra a viagem de Vasco da Gama às Índias, no ano de 1498


→ Misto de realidade (História) e ficção (Literatura)
→ Heróis: individual (Vasco da Gama) e Coletivo (povo luso).
• Estrutura da obra:

→ 10 cantos (como é um livro em versos, é chamado de “canto” o “capítulo”


→ 1102 estrofes (oitavas)
→ 8816 versos
→ versos decassílabos (esquema de rimas: ABABABCC)

• A obra divide-se em cinco partes:

I – Preposição: aqui, Camões mostra o real objetivo do poema (exaltar Portugal).

II – Invocação: Camões pede inspiração às tágides (ninfas), musas do Rio Tejo,

III – Dedicatória: Camões dedica a obra ao rei D. Sebastião.

IV – Narração: relato da viagem, a ida e a volta.

V – Epílogo: Camões termina a obra, totalmente desiludido com Portugal.

• Os episódios notáveis: (fodase)

→ Episódio de Consílio
→ Episódio da Parada Melinde
→ Episódio da Morte de Inês de Castro
→ Episódio do Velho Restelo

9.
21/05/2010

Quinhentismo
→ Literatura informativa (dos viajantes)
→ Literatura de Catequese

→ Início: 1500, com a Carta de Descobrimento, de Pero Vaz de Caminha.

→ Assunto: Caminha informa ao rei sobre a natureza, clima, os ares brasileiros; diz
que ainda não se tinha notícias de minas de ouro e nem de prata e que, o máximo
que os portugueses até então, poderiam fazer, era caracterizar os índios.

• Literatura informativa (dos viajantes)

→ Diário da navegação (Pero Lopes de Sousa): narra a expedição de Martim A.


Sousa e trata da fundação de S. Vicente e Piratininga.

→ Tratado da terra do Brasil (Pero de Magalhães Gandaro): incentiva a


imigração portuguesa no Brasil.
→ Tratado descritivo do Brasil (Gabriel S. Sousa): descreve o litoral baiano.

→ Diário das grandezas do Brasil (Ambrósio F. Brandão): relata as


curiosidades existentes no Brasil, como a piranha, por exemplo, que havia mutilado
vários índios.

→ Tratado da Terra e Gente do Brasil (Padre Fernão Cardim): descrição da


fauna e flora brasileiras.

→ Diálogo sobre a conversão do gentio/cartas do Brasil (Padre Manuel da


Nóbrega): cristianização do índio.

• Literatura de Catequese

1. Padre José de Anchieta

→ Padre a serviço da Companhia de Jesus


→ Veio ao Brasil com a missão de catequizar os índios
→ Foi gramático, poeta e teatrólogo
→ Como gramático, escreveu A Arte da Gramática da Língua mais usada na costa
do Brasil, em defesa do tupi.
→ Como poeta, fez poemas simples, relatando milagres de santos, com conteúdo
sacro. Seu poema mais conhecido é De Beata Virgine Dei Matre Maria, escrito nas
areias da praia de Iperoíg.

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