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Biografia

David Hume, originalmente David Home, filho de Joseph Home de Chirnside,


advogado, e de Katherine Lady Falconer, nasceu em 26 de Abril de 1711 (calendário
juliano) na área do Lawnmarket, em Edimburgo. Mudou seu nome em 1734 porque os
ingleses tinham dificuldade em pronunciar 'Home' da maneira escocesa. Ao longo de
sua vida, Hume, que nunca se casou, passava temporadas na casa de sua família em
Ninewells perto de Chirnside, Berwickshire. Hume era politicamente conservador,[5]
favorável ao Tratado de União de 1707 entre a Escócia e a Inglaterra. Não se sabe se
David Hume tinha alguma crença: segundo alguns, ele era ateu; para outros, agnóstico.
Sua língua materna era o escocês (scots). Embora escrevesse exemplarmente em língua
inglesa, falava inglês com um forte sotaque. Foi um dos ilustres membros da Select
Society de Edimburgo.

Frequentou a Universidade de Edimburgo. Inicialmente, pensou em seguir a carreira


jurídica mas, em suas palavras, chegou a uma "aversão intransponível a tudo, exceto ao
caminho da filosofia e a aprendizagem em geral". Sua mãe, que enviuvara quando
David era criança, ficou assustada com a decisão, mas Lord Kames, um familiar e
protetor de Hume, tranquilizou-a.

Dedicou-se aos estudos, como auto-didata, na França, onde completou a sua obra-prima,
Tratado da Natureza Humana, com apenas 26 anos. Apesar de muitos acadêmicos
considerarem hoje o Tratado sua maior obra e um dos livros mais importantes da
história da filosofia, o público inglês não se entusiasmou imediatamente. Hume tinha
esperado um ataque à publicação e preparava uma defesa apaixonada. Para sua surpresa,
a publicação do livro passou despercebida, e sobre esta falta de reação do público, em
1739, escreveu: "saiu da editora morto à nascença".

Após ter concluído que o problema do Tratado era o estilo e não o conteúdo, ele
encurtou o texto e deu-lhe um estilo mais ligeiro, renovou algum do material para
consumo mais popular: esforço que deu existência ao Investigação Sobre o
Entendimento Humano. Também não foi muito bem sucedido com o público, embora
melhor do que ocorrera com o Tratado. Foi a leitura desta Investigação que teria feito
Immanuel Kant - então um desconhecido professor universitário em Königsberg, já de
idade avançada e sem qualquer obra relevante - afirmar que o fez acordar do seu "sono
dogmático".

Em 1744 foram recusadas a Hume as cadeiras nas Universidades de Edimburgo e


Glasgow, provavelmente devido a acusações de ateísmo e à oposição de um dos seus
principais críticos, Thomas Reid.

Após estes insucessos, Hume trabalhou como curador de um doente psiquiátrico e


posteriormente como secretário de um General.

No entanto, para além dos seus trabalhos no âmbito da filosofia, Hume ascendeu à fama
literária como ensaísta e historiador, com o seu célebre História da Inglaterra.

Hume viveu a última década da sua vida em Edimburgo, no novo aldeamento de New
Town.

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