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1) Artigos da Constituição Federal:

a) Materialmente e formalmente constitucionais: Art. 2, art. 19, art. 53,


art. 76, art. 84, art. 232.
b) Apenas formalmente constitucionais: art. 10, art. 13, art. 78, art. 215,
art. 221, art. 229, art. 230, art. 242 § 1, art. 242 § 2.

2) Leia o seguinte trecho, extraído da obra “O que é uma Constituição”, de


Ferdinand Lassalle:

a) O autor proferiu o discurso em meados do Séc. XVIII, após a


promulgação das primeiras constituições escritas, onde criticava a
validade das Constituições existentes na época e sua eficácia com o
ordenamento jurídico vigente e com a aplicação no comportamento da
sociedade.
A constituição na visão de Lassalle engloba os interesses de quem está
no poder, deixando de lado os interesses do povo.

b) O autor pretendia questionar a forma como as constituições eram


interpretadas ou até mesmo elaboradas, pois elas possuíam falhas em
relação à sua aplicabilidade quanto aos direitos do resto da sociedade,
aqueles que não detinham o poder.

c) Em parte. No Brasil, pode-se dizer que quem está no poder pode


utilizar a Constituição à seu favor, dependendo da forma de
interpretação usada. Com a indicação de membros do STF, o governo
pode ter um “controle de constitucionalidade”. Outros governos latino-
americanos como a Venezuela podemos observar com mais clareza a
opinião defendida por Lassalle, pois o Presidente já foi reeleito
modificando a Constituição.

3) Leia o seguinte trecho, extraído da obra “A força normativa da constituição”,


de Konrad Hesse:

a) Hesse se contrapõe ao pensamento de Lassalle em relação a


funcionalidade da constituição, pois segundo ele, a constituição é
condicionada pela sociedade, que acaba impondo valores que passam a
ser parte da constituição. Lassalle faz uma crítica quanto à finalidade da
constituição, que é quem está no poder.
Passagem do texto: “Se os pressupostos da força normativa
encontrarem correspondência na Constituição, se as forças em
condições de violá-la ou de alterá-la mostrarem-se dispostas a
tender-lhe homenagem, se, também em tempos difíceis, a
Constituição lograr preservar a sua força normativa, então ela
configura verdadeira força viva capaz de proteger a vida do estado
contra as desmedidas investidas do arbítrio.”
b) Para Hesse, força normativa da Constituição é a coercitividade da
Constituição no ordenamento jurídico, já que ela não pode por si,
realizar tarefas, pode impor tarefas. Se estas tarefas forem realizadas, a
constituição adapta-se a realidade e passa a ter força normativa.

Porto Alegre, 11 de março de 2010.

Acadêmico: Marcelo de Oliveira


Disciplina: Direito Constitucional I
Profª.: Isabel Bisch

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