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Abstract
In most of the organizations the decision-making frequently work with great amount of
data in rude condition, little amount of information with aggregate value derived from
analysis and very little intelligence to make decisions.
But, and in the small and averages companies, where, the use of software’s in the systems
of information leaves to want. Which would be the important information, in these
companies, so that the decision-making feel comfortable to decide about the destinies of
the organization?
This article, makes a brief revision to the concept of Competitive Intelligence so that, with
base in the competitive forces of Porter (1986), identify where they are and which
information are important to the survival of the small and averages companies of the
confection sector and above all, so that they stand out in their competitive atmosphere.
1. Introdução
É inegável a contribuição que a tecnologia trouxe para o desenvolvimento das
organizações. Davenport (1998) identifica que “a tecnologia – incluindo computadores,
redes de comunicação e softwares – tornou-se não apenas uma ferramenta para administrar
a informação, mas também um setor vigoroso em si mesmo”. Na busca pela informação, as
empresas acabam por investir cifras consideráveis, na esperança de estruturar os dados, em
busca de informações que gerarão conhecimento. (Davenport,1998)
A transformação de dados em informação e de informação em conhecimento, tem sido
uma das principais preocupações dos tomadores de decisão nas organizações, D’Aveni
(1995) declara que a busca de uma vantagem duradoura tem sido, há muito tempo, o foco
da estratégia. Contudo, diz o autor, “as vantagens duram somente até que os concorrentes
copiem ou superem as manobras do pioneiro”.
A questão então, seria que tipo de informação poderia proporcionar uma vantagem
competitiva, “uma vez que boa tecnologia não se traduz, necessariamente, em boa
informação”. (Davenport, 1998)
Chér (1990) aponta um conjunto de fatores que contribuem para a mortalidade das PME’s
(Pequenas e Médias Empresas), que , se relacionadas com as Cinco Forças descritas por
Porter (1986), constatar-se-á que uma parte das causas da mortalidade da empresas citadas
por Chér, ancoram-se nas cinco forças competitivas, enquanto outras, fundamentam-se na
inexistência do conhecimento, ou seja, na ausência da inteligência competitiva. No quadro
1 faz um paralelo entre as causas da mortalidade, as cinco forças que regem a competição e
a necessidade de inteligência competitiva.
Força e Inteligência
Causas da Mortalidade
Competitiva
• Oportunidades e Ameaças;
• Fatores Sociopolíticos;
• Avaliação Organizacional – Administração, Tecnologia e Políticas
• Recursos – Institucionais, Fiscais, Físicos e Humanos
Ressalta-se que tais fatores são pontos de análise que, combinados entre si, contribuirão
para a formação da inteligência competitiva, que, segundo Gomes e Braga (2001), dentre
outros objetivos, devem antecipar mudanças no ambiente de negócios, descobrir novos e
potenciais concorrentes, antecipar as ações dos atuais concorrentes e aprender sobre
mudanças políticas, reguladoras ou legislativas, que irão interferir no negócio.
2.2. A Identificação das Arenas de Competição
Segundo Porter (1986), as forças competitivas regem o mercado, ficando a cargo das
empresas a determinação das estratégias genéricas que podem ter o foco em custos,
diferenciação ou no enfoque. No entanto D’Aveni (1995) verifica que tais modelos
apresentam-se de forma estática, descrevendo a competição em um determinado momento,
sendo muito eficazes quando as mudanças são lentas; mas que, em ambientes
hipercompetitivos, onde as mudanças são rápidas e a meta é a ruptura, as estratégias
necessitam de modelos mais dinâmicos, que observem os movimentos e contra-
movimentos seqüenciais dos concorrentes por longos períodos.
À medida que aumenta a velocidade da competição, mais valiosa se faz a utilização da
inteligência competitiva, na leitura das informações ambientais. D’Aveni (1995) descreve
que as teorias tradicionais de estratégias definem quatro dimensões de vantagem
competitiva, pelas quais as empresas competem, denominadas pelo autor como arenas, que
seriam:
• Arena do Custo e da Qualidade;
• Arena do timing e do know-how;
• Arena das Fortalezas;
• Arena das Reservas Financeiras.
a) Custo e Qualidade: Nesta arena, as empresas fundamentam suas estratégias em função
dos custos e da qualidade percebida, sendo o preço, uma função destas variáveis.
b) Timing e Know-how: Nesta arena, as empresas fundamentam suas estratégias no
lançamento de novos produtos, inovações ou melhorias tecnológicas e rupturas
tecnológicas.
c) Fortalezas : Nesta arena, as empresas fundamentam suas estratégias na criação de
barreiras de entrada e desta forma, excluído os concorrentes de seu território.
d) Reservas Financeiras: Nesta arena, as empresas fundamentam as estratégias em suas
reservas financeiras, de forma a permitir que a empresa sustente preços competitivos
por longos períodos.
2.3. A Necessidade de um Sistema de Inteligência
Porter (1986) ao se referir à necessidade de um sistema de inteligência, refere-se, na
verdade, sobre a necessidade de um sistema que viesse a proporcionar um monitoramento
da concorrência. Tal percepção leva Fuld (1988) a declarar que “um programa de
monitoração de concorrentes bem organizado pode aumentar significativamente os lucros
da empresa e protegê-la da perda de negócios para a concorrência”. Tanto Porter (1986)
quanto Fuld (1988), sugerem um conjunto de dados a serem coletados, como forma de
prover a empresa de informações, e desta forma, protege-la da ação da concorrência. Porter
(1986) esclarece ainda que, “os elementos de um sistema de inteligência sobre o
concorrente podem variar de acordo com as necessidades particulares da empresa, com
base em sua indústria, na capacidade de seu pessoal e nos interesses e qualificação de sua
gerência”.
Desta forma, verifica-se que a necessidade de um sistema de inteligência competitiva
iniciou-se com o monitoramento da concorrência e na medida em que a competição
acirrou-se, novos elementos, aos quais a própria concorrência estava sujeita, necessitaram
serem monitorados, entendidos e avaliados para que viessem auxiliar os tomadores de
decisões.
A figura 1 apresenta as etapas do processo responsável pela formação da inteligência
competitiva na empresa.
Para Porter (1986), os dados para a alimentação do sistema poderão ser obtidos através de
uma coleta de dados de campo ou pela coleta de dados publicados. O quadro 2 apresenta
um conjunto de fontes, para a coleta de dados de campo e dados publicados.
Fonte de Dados de Campo Fontes de Dados Publicados
• Força de Vendas, • Artigos Científicos,
• Pessoal de Engenharia, • Reportagens,
• Canais de Distribuição, • Jornais,
• Fornecedores, • Anúncios de Classificados,
• Agências de Publicidades, • Documentos Governamentais,
• Pessoal Contratado da Concorrência, • Declarações da Diretoria,
• Reuniões Profissionais, • Relatórios dos Analistas,
• Associações Comerciais, • Respostas às Agencias Governa
• Empresas de Pesquisa de Mercado, mentais e Regulatórias
• Engenharia de Mudança, • Registro de Patentes,
• Analistas de Mercado • Acordos Judiciais,
• Feiras e Congressos • Demonstrações Contábeis e Financeiras
• Informativos Setoriais
Num segundo momento, a pesquisa procurou identificar a significância das cinco forças
competitivas descritas por Porter (1986), na visão dos empresários entrevistados, bem
como a relevância da identificação dos stakeholders para formação da inteligência
competitiva. O Quadro 4 apresenta a relevância dada pelo empresário aos componentes das
forças competitivas e aos stakeholders, por ocasião da definição do planejamento
estratégico.
Temas Quase Muito Pouco Pouco Muito De Extrema
Irrelevante Relevante
Irrelevante Relevante Relevante Relevante Relevância
Novos concorrentes entrando no
50% 0% 17% 8% 0% 8% 17%
pólo de confecções
Concorrência com as empresas do
42% 0% 25% 8% 0% 0% 25%
pólo
Concorrência com os Novos
42% 17% 17% 0% 8% 0% 17%
Shopping Center’s
Concorrência com os Shopping
58% 17% 17% 0% 0% 0% 8%
Center’s existentes
Concorrência com os Novos Hiper’s 67% 25% 0% 0% 0% 0% 8%
Concorrência com os
75% 8% 17% 0% 0% 0% 0%
Hipermercados existentes
Poder de negociação dos
8% 0% 0% 0% 25% 8% 58%
fornecedores
Força dos Fornecedores
17% 8% 8% 0% 8% 17% 42%
(Monopólios)
A força das grandes empresas em
17% 0% 8% 17% 8% 8% 42%
ditar as tendências de mercado
O poder de compra dos
17% 0% 0% 0% 25% 25% 33%
compradores/clientes
As políticas econômicas do governo
17% 0% 0% 17% 8% 17% 42%
federal
Os incentivos do município, estado
33% 0% 8% 8% 0% 0% 50%
ou união
As novas tecnologias para a
8% 0% 0% 17% 25% 0% 50%
produção
As novas tecnologias para
acompanhamento das rotinas 0% 8% 8% 17% 25% 0% 42%
internas da empresa
Os preços dos concorrentes 8% 17% 8% 8% 17% 8% 33%
Quadro 4: Relevância dos cinco elementos que compõem as forças competitivas - Fonte:
Pesquisa do autor com empresários do pólo industrial da Glória – Vila Velha - ES
Quadro 5: Relevância das fontes de dados e informações - Fonte: Pesquisa do autor com
empresários do pólo industrial da Glória – Vila Velha - ES
4. Conclusões
É possível verificar a partir das respostas obtidas (dentro das limitações da amostra), que a
inteligência competitiva dentro das PME’s encontra consideráveis obstáculos ao
desenvolvimento, por estar associada quase que exclusivamente à visão do proprietário.
Desta forma, a não percepção da significância dos stakeholders no processo da formação
da inteligência competitiva e a não percepção de “como as forças competitivas modelam a
estratégia” (Montgomery & Porter, 1998), contribuem, conforme verificado neste artigo,
para a mortalidade das PME’s.
A formação da inteligência competitiva como uma vantagem para as PME’s estaria, então,
associada a questões culturais e formação do responsável pela tomada de decisão na
empresa. Não perceber a significância da concorrência e dos novos entrantes deixa
transparecer que as empresas situadas em pólos industriais/comerciais, uma vez inseridas
em um ambiente de intensa competição acabam por desviar suas atenções destes fatores.
Basicamente, as respostas obtidas indicam que o tomador de decisões das PME’s está
focado em questões relacionadas ao ambiente político, a fornecedores, tecnologias, timing
e know-how. No entanto, a ausência de sistemas que permitam melhores informações
acerca de seus processos e a utilização de fontes públicas de informação, fazem das feiras,
congressos e contadores, a principal fonte de informações para a empresa.
Referências Bibliográficas
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Campus, 1999.
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Rio de Janeiro: Campus, 1995.
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sucesso na era da informação. São Paulo: Futura, 1998.
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MONTGOMERY, C. A., PORTER, M. E. . Estratégia: a busca da vantagem competitiva.
Rio de Janeiro: Campus, 1998.
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Concorrência. Rio de Janeiro: Campus, 1986.