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liberado a ministérios
DCI - São Paulo/SP - POLÍTICA ECONÔMICA -
27/08/2010 - 00:00:00
PanoramaBrasil
SÃO PAULO - Decreto presidencial publicado no Diário Oficial da União ontem abre o
orçamento fiscal da União, a favor dos Ministérios dos Transportes e da Integração Nacional,
com crédito suplementar no valor de R$ 717,709 milhões. Entre os investimentos que
receberão mais recursos, listados no decreto, estão a construção da ferrovia Norte-Sul; a
construção de trecho rodoviário Manaus-Divisa AM-RO e manutenção de vários outros
trechos rodoviários. Os Ministérios da Educação, Previdência Social e do Desenvolvimento
Social também receberão crédito suplementar no valor de R$ 51,329 milhões.
O chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Altamir Lopes, disse que a
relação dívida líquida e Produto Interno Bruto (PIB) deve cair em agosto para 41,5%. Em
julho, a taxa era de 41,7%.
A projeção para este mês considera a taxa de câmbio de R$ 1,76, com depreciação de 0,20%
ante o fechamento de julho. Como o Brasil é credor em dólar, a desvalorização do real
favorece a dinâmica da dívida.
Altamir destacou que, em julho, a valorização do real foi determinante para a alta da dívida
ante maio. Para o fim do ano, o BC projeta a relação dívida líquida e PIB em 39,6%. O chefe
do Depec também projetou que a dívida bruta deve se manter em 60,1% do PIB em agosto.
Paralelo a isso, os bancos brasileiros reduzem a parcela de títulos públicos em suas carteiras
ao menor nível já registrado e aumentando os empréstimos a consumidores e empresas.
Os títulos representavam 22,7% dos ativos das 15 maiores instituições financeiras brasileiras
em junho, menos do que os 33,7% de cinco anos atrás, segundo a Austin Rating, grupo de
pesquisas sediado em São Paulo e especializado em dados financeiros. Os empréstimos
subiram para 36,3% dos investimentos, contra 30% em 2005. A queda da inflação levou o BC
a baixar o juro básico para a mínima histórica e o crescimento da economia se acelerou.
Os bancos estão menos interessados em títulos, depois que a redução nos juros para até 8,75
por cento este ano contra 45 por cento em 1999 baixou o retorno desses papéis.