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Expectativas do setor
A área técnica da NTC realizou recentemente uma pesquisa com as empresas associadas.
Cerca de 400 participantes responderam 11 questões relacionadas às perspectivas para o TRC
em 2010. O resultado desse estudo foi apresentado pelo coordenador técnico da NTC, Neuto
Gonçalves do Reis, na palestra “O apagão na infraestrutura empresarial” durante o evento de
ontem.
Quanto à questão infraestrutura, 73,4% das empresas afirmam que faltaram subsídios em
algum momento para atender os clientes neste primeiro semestre do ano. A meta para 46,7%
das transportadoras é investir em caminhões neste período.
Mas para 29,2%, o crescimento da empresa pode ser limitado entre 2010 e 2011 pela falta de
mão de obra. A pesquisa ainda aponta outros gargalos, como falta de veículos e equipamento,
acesso ao capital (falta de linha de crédito, alta taxa de juros etc) e infraestrutura. O relatório
revela que 54,3% deixaram de atender os clientes por falta de veículo ou motoristas. Além
disso, 61,4% afirmaram ter dificuldade na aquisição de insumos.
Vantine definiu a logística como parte integrante do processo da cadeia de abastecimento, que
planeja, implementa e controla de forma eficaz e eficiente o fluxo e armazenamento de bens,
serviços e informação relacionada, desde o ponto de origem ao ponto de consumo, de modo a
atender aos requisitos dos clientes.
Para ele, a falta de infraestrutura torna o apagão logístico uma realidade. “Transporte é parte
importante, mas não é logística. Infraestrutura não é nem transporte e nem logística, mas nada
acontece sem ela”, explicou.
Vantine apresentou os dados conflitantes dos planos como PAC e PNLT. Para ele, os projetos
precisam sofrer uma integração para obter um resultado positivo. Além disso, apontou as
falhas e possíveis soluções para os problemas de acesso enfrentados pelos transportadores.
Plateia assiste atentamente as palestras apresentadas pelas personalidades do setor
Após apresentar a situação atual do setor, finalizou a palestra com uma afirmação polêmica.
“Em pouco tempo, a logística terá o fatal infarto causado pelo apagão logístico da
infraestrutura”, refletiu.
“O apagão logístico chegou ao Porto de Santos há muito tempo. Faltam mais autoridades
portuárias, terminais 24h e uma programação regulamentada entre os caminhões e os navios”
– Marcelo Marques da Rocha , presidente do SINDISAN(Sindicato das Empresas de
Transporte Comercial de Carga do Litoral Paulista)
“Nesses últimos anos a Michelin sofisticou muito os seus modelos de pneus, oferecendo ao
mercado um produto de alto nível e atendendo as mais variadas necessidades do setor. Essa é
uma tendência permanente, melhorar sempre. Nosso objetivo é crescer 30,40% nos próximos
anos. Para isso, precisamos nos planejar e acabar com as limitações encontradas pelo setor
hoje” – Maria Luiza de Carvalho, diretora de Marketing de Pneus de Carga da Michelin
“Para mim, caminhão é a iluminação logística que nunca se apagará, pois o modal rodoviário
é o principal meio de transporte logístico. Mas sabemos que o setor enfrenta dificuldades para
expandir de forma correta, por isso, devemos aproveitar essa oportunidade para chamar a
atenção dos nossos governantes para os gargalos do setor” – Oswaldo Jardim, diretor de
operações de caminhões Ford do Brasil
“Não tenho gargalos hoje, o que tenho são custos excessivos oriundos, em grande parte da
falta de infraestrutura. Para exportar uma geladeira para o nordeste, por exemplo,
desembolsamos um frete de R$50 (média)” – Ricardo Cunha, diretor de logística da MABE
Brasil
Para finalizar o evento, Benatti entregou uma placa de reconhecimento aos debatedores e
palestrantes do VI Seminário Brasileiro de Logística. O evento, realizado na NTC&Logística,
contou com o apoio do SETCESP (Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São
Paulo e Região) e da FETCESP (Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado
de São Paulo) e patrocínio do Cummins, Ford Caminhões, MAN, Michelin e Petrobras.