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2º SLIDE INTRODUÇÃO
A Meningite é um processo inflamatório das meninges, que são as membranas que revestem o
sistema nervoso central: o cérebro (situado dentro da caixa craniana) e a medula espinhal
(dentro da coluna vertebral). São em número de três: a mais interna, aderente ao sistema
nervoso central acompanhando suas circunvoluções, é a pia-mater; a intermediária, a
aracnóide; e a externa, sendo esta a mais espessa e resistente, a dura-mater. Essas
membranas servem de sustentação e proteção ao sistema nervoso central, o mais nobre do
organismo por exercer funções vitais. Entre a pia e a aracnóide existe um espaço chamado
subaracnoideo, que contém o líquor ou líquido céfalo-raquidiano. A função deste líquido é servir
de “amortecedor” contra choques e também eliminar metabólitos do sistema nervoso central.
Quando ocorre a Meningite, além das membranas, o espaço e o líquor também são
acometidos. Normalmente, o líquor é estéril e sofre alterações de sua composição quando
infectado, fator importante no diagnóstico laboratorial das Meningites.
3º SLIDE DEFINIÇÃO
A meningite, como sugere o próprio nome, é a inflamação das membranas que recobrem e
protegem o SNC (sistema nervoso central), conhecidas como meninges. Nessa patologia
ocorre o comprometimento das meninges por microorganismos patogênicos, onde alguns
destes podem ser potencialmente fatais, principalmente quando não realizados os
procedimentos cabíveis e necessários à recuperação do paciente.
4º SLIDE ETIOLOGIA
A meningite pode ser causada por inúmeros microorganismos patogênicos, onde os principais
são as bactérias e os vírus. É possível também o desencadeamento da meningite por fungos,
protozoários e helmintos, sendo estes bem menos freqüentes do que os anteriormente citados,
podendo-se até dizer que são bastante raros.
5º SLIDE EPIDEMIOLOGIA
6º SLIDE EPIDEMIOLOGIA
BACTERIANAS VIRAL
Meningite bacteriana
b) Meningite viral
Muitos vírus podem desencadear a meningite, entre eles podemos citar os enterovírus (85%
dos casos), o vírus da caxumba (07% dos casos), o vírus da herpes simples (04% dos casos),
os arbovírus (02% dos casos), o vírus da varicela (01% dos casos) e o vírus do sarampo (01%
dos casos). Assim como,também, o vírus da rubéola e os adenovírus podem vir a desencadear
a meningite.
7º SLIDE FISIOPATOLOGIA
A maioria das infecções se dá por via hematogenica ou em um sitio de infecção contiguo, tal
como uma otite média, mastoidite, sinusite e raramente se dá por um defeito congênito da dura
mater.
A meningite pode ser causada por uma infinidade de microorganismos. Quando algum destes
penetra no organismo humano, para que se desenvolva a meningite é necessário o cruzamento
da barreira hematoencefálica e da barreira sangue-LCR. O LCR pode ser contaminado,
também, através de um ferimento que penetre nas meninges como resultado de um trauma, de
um procedimento clínico ou cirúrgico , ou, ainda, de uma mal formação congênita ( por
exemplo, na mielomeningocele). Tendo, então, penetrado no LCR, o microorganismo terá um
meio ideal par o seu crescimento, já que o liquor apresenta uma capacidade mínima ou
inexistente de produção de anticorpos, e que as imunoglobulinas do sangue não têm acesso ao
LCR. Assim sendo, o organismo infectante dissemina-se e alastra-se através da circulação do
liquor. A entrada e o crescimento dos microorganismos, segue-se da inflamação meníngea.
a) Meningite bacteriana
Nos casos das meningites bacterianas, certos componentes específicos induzem a liberação
de citocinas pró-inflamatórias no espaço subaracnóide, as quais aumentam a aderência, e o
movimento transendotelial dos neutrófilos é ativado, liberando produtos como as
prostaglandinas e os metabólicos tóxicos do oxigênio que aumentam a
permeabilidade vascular local, podendo resultar em neurotoxidade direta. Tais alterações
inflamatórias contribuem para o aumento da pressão intracraniana e para alterações no
fluxo sanguíneo cerebral. O edema cerebral deve-se a permeabilidade aumentada da barreira
hematoencefálica. O aumento da pressão no LCR é conseqüência da obstrução do fluxo,
devido à inflamação ao nível das vilosidades aracnóides.
b) Meningite viral
Fisioterapia
- Protocolo de avaliação neurológica
- Sinais clínicos da Meningite: variações de temperatura, corporal, adinamia,
irritabilidade, sonolência e crises convulsivas, petéquias
- Estado de hidratação: hidratado, desidratado ou choque;
- Sinais de Choque : taquicardia, taquipnéia, crepitações na ausculta pulmonar.
- Presença de sinais Meníngeos: rigidez de nuca, sinais de Kerning ou Brudzinsky
ou abaulamento de fontanela este presente em crianças.
- Atenção especial nas Meningites Bacterianas para seqüelas neurológicas
,cognitivas e auditivas.
FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA
- Evitar complicações respiratórias;
- Manter oxigenação > 95% (cateter,nebulização ou Venturi);
- Atenção na gasometria para possíveis alterações ácido- base
devido a associação a quadros de choque;
- Quando associado a Insuficiência Respiratória avaliar a necessidade de
VMNI( RPPI,CPAP OU BIPAP), caso não tenha reversão do quadro de
desconforto respiratório (melhora no padrão ventilatório ou Sat de O2) não
protele em sugerir IOT;
- Parâmetros de desmame e extubação:
Controle ou reversibilidade do processo que causou o início da ventilação
mecânica.
Presença de estímulo respiratório
Nível de consciência adequado (Glasgow > 8)
pH entre 7,3 e 7,5
pO2 > 80 com FiO2 _ 0,4 e PEEP = 5
correção da sobrecarga hídrica
No ventilador mecânico, em CPAP : Pressão de suporte = 10
FiO2 = 30%
Freqüência respiratória = 0
PEEP = 5
Coleta de gasometria arterial
Não faz parte da nossa rotina mas, se necessário, deixar em tubo T: 30´
até, no máximo, 90´ em tubo T, sem deterioração respiratória ou sinais de
desconforto, com manutenção da paO2 _ 80 e SpO2 _ 95%.
FISIOTERAPIA MOTORA
- Evitar seqüelas motoras e caso instaladas minimizar possíveis seqüelas;
- Proporcionar o máximo de funcionabilidade, qualidade de vida e auto estima;
- Posicionamento adequado no leito mantendo o alinhamento corporal e
membros superiores elevados para evitar edemas, cabeça centralizada,
decúbito de 30º.
- Estimular a movimentação ativa ou ativo assistido qdo for possível e passivo nos
casos de plegias. Avaliar o uso de órteses no caso de seqüelas motoras para
amenizar seqüelas.
Tratamento Fisioterapêutico
É importante que sejam realizadas orientações ao paciente e aos familiares sempre que
possível, tais como o posicionamento do paciente no leito, as mudanças de decúbito,
informações sobre o contágio (que nas meningites bacterianas não ocorre após 48 horas do
início da medicação), informações de higiene do paciente e dos familiares (para que no caso de
meningite viral evite-se uma disseminação da patologia) e informações gerais sobre a patologia
e sua evolução.