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1 ASSISTÊNCIA AO PRÉ-NATAL -MEDCURSO

O objetivo do acompanhamento pré-natal é assegurar o o Teste rápido para sífilis E/OU VDRL/
desenvolvimento da gestação, permitindo o parto de um RPR (1ª consulta) e VRDL no 3º
RN saudável, sem impacto para a saúde materna, trimestre.
inclusive abordando aspectos psicossociais e as o Teste rápido diagnóstico anti-HIV na 1ª
atividades educativas e preventivas. consulta.
o Anti-HIV 1ª consulta e 3º trimestre.
Caderno de atenção básica- MS.
o Hepatite B, pode solicitar: HbsAg e se
Então o pré-natal serve para acompanhar o na unidade tiver teste rápido ele pode
desenvolvimento saudável materno-fetal, inclusive ser feito tb (1ª consulta e 3º trimestre);
observados alterações além da física, a psicossocial, ▪ Sorologia para toxoplasmose IgM e IgG (a cada
então, deve ficar atento a possibilidade de depressão, a 2-meses em pcts suscetíveis).
necessidade de cv com o parceiro, pois a gestante o IgM e IgG negativo: suscetíveis.
precisa de uma rede de apoio, por isso, a necessidade de
EXAMES ADICIONAIS:
estimular o parceiro a acompanhar as consultas.
A gravidez pode ser o momento ideal para rastrear o CA
CONSULTAS
de colo uterino. Se a pct não tiver contraindicação para
A frequência que se deve avaliar as pcts no risco a realização de colpocitologia, ela deve ser feita.
habitual:
▪ Colpocitologia oncótica.
▪ MÍNIMO: ▪ Exame parasitológico de fezes;
o Uma consulta no 1º trimestre; ▪ Rastreio de colonização pelo estreptococo do
o Duas consultas no 2º trimestre; grupo B.
o Três consultas no 3º trimestre; ▪ US:
▪ IDEAL (MS 2012):
NÃO PEDIR:
o Até 28ª sem.: mensalmente;
o Da 28 a 36ª sem.: quinzenalmente; ▪ Sorologia para rubéola;
o Da 36 a 41ª sem.: semanalmente. ▪ Sorologia para citomegalovírus.
Nas consultas, além de ficar de atento nas queixas Não deve pedir, pois de descobrir, não tem o que fazer,
clínicas e como a gestante está lhe dando com a não existe medicamento para transmissão vertical.
gravidez, deve avaliar a questão de peso, PA, edema,
TOXOPLASMOSE
BFC, exame obstétrico, manobras de Leopoldo,
solicitar os exames laboratoriais para acompanhar o que O Toxoplasma gondii é um parasita intracelular, tem
e fisiológico e patológico. pouca repercussão materna, porém, no feto é grave.
EXAMES A maior parte da população teve contato, esses já têm
imunidade.
É importante saber o que é a rotina básica do MS:
Se for infectado no inicio da gravidez: muita
▪ Hemograma (1ª consulta e 3º trimestre);
repercussão grave para o feto, como por exemplo:
▪ Tipagem sanguínea e fator Rh.
calcificação intracraniana e até óbito fetal.
o São essenciais, pois a partir do
resultado, pedirá o coombs indireto e Por isso, deve fazer o rastreio, tem como prevenir a
rastreio da incompatibilidade Rh. infecção e se for infectado tem como tratar.
o É importante porque se a mulher
sensibilizar ela perde o benefício da FORMAS DE TRANSMISSÃO:
imunoglobulina e a prevenção. ▪ Manipulação de jardins ou caixa de areia com
▪ Coombs indireto (28º, 32, 36 e 40 sem.) para pct fezes de gatos.
Rh negativo. ▪ Consumo de comida ou água contaminada;
o Se no primeiro trimestre o Coombs ▪ Consumo de carnes cruas.
indireto veio negativo → repete
mensalmente a partir da 28ª semana. Deve ter em mente que existe relação importante entre
▪ GJ (1ª consulta e 3º trimestre). o RISCO DE TRANSMISSÃO E A GRAVIDADE DA
▪ TOTG 75G (24 a 28 semanas); INFECÇÃO.
▪ Urocultura e EAS (1ª consulta e 3º trimestre);
O RISCO DE TRANSMISSÃO: é diretamente
▪ Sorologias:
proporcional a IG (quanto maior a IG maior o risco de
contaminar- transmissão vertical);

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ACOMETIMENTO FETAL GRAVE: É ▪ O teste de avidez nessa


inversamente proporcional a IG (quanto menor a IG situação não ajuda.
mais grave será as manifestações clínicas).
**O TESTE DE AVIDEZ É O IgG → ele só determina
DIAGNÓSTICO: se tem mais de 4 meses a infecção.
SOROLÓGICO; ▪ Soroconversão:
▪ IgM e IgG negativos: Se depara com o cenário de infecção aguda em que
o Pct é suscetível; necessita de iniciar o tratamento e investigação fetal.
o Deve orientar sobre todos os cuidados;
INVESTIGAÇÃO FETAL:
o Única que faz a prevenção primária
com sorologia a cada 2-3 meses. ▪ PCR no líquido amniótico (amniocentese) a
▪ IgM negativo, IgG positivo: partir das 16 semanas)→ PADRÃO OURO:
o Não precisa preocupar, pois a pct é o Avalia a presença de toxoplasma no
imune. líquido amniótico.
o Não precisa pedir mais sorologia. o Utilizado para confirmar a infecção
▪ IgM positivo, IgG negativo: fetal.
o Pode ser entendido como infecção o Ao confirmar a infecção fetal, muda o
aguda ou falso-positivo. tratamento.
o Iniciar tratamento com espiramicina.
Espiramicina: trata a mãe e diminui o risco de
Como saber se é falso positivo: transmissão vertical.
Pode solicitar IgA que é marcador de agudo OU ▪ Cordocentese:
repetir o IgG em 3 semanas, pois se for infecção o O risco é maior.
verdadeira o IgG positiva em 3 semanas, se o IgG ▪ US mensal.
permanecer negativo: falso positivo e suspende a
espiramicina. TRATAMENTO PARA INFECÇÃO FETAL:

Resumindo: ▪ SULFADIAZINA + PIRIMETAMINA +


ÁCIDO FOLÍNICO.
✓ Se após 3 semanas o IgG positivo: nova
infecção. RASTREIO PARA GBS
o Faz espiramicina e rastreia o feto. Não consta no manual do MS básico, mas aparece em
✓ IgG negativo: falso positivo. prova, pois o Strep gallolyticus é causador de sepse
o Suspende a espiramicina. neonatal precoce.

▪ IgM e IgG positivo: RASTREAMENTO:


o A conduta dependerá da idade
É realizado com Swab vaginal e retal entre 35-37
gestacional.
semanas.
o A dúvida é se a infecção é recente ou
crônica. Se o resultado vier negativo, pode confiar, e é
o <ou =16 semanas: teste de avidez; válido por 5 semanas da coleta.
▪ Inicia espiramicina e faz o teste
de avidez. Quando não está indicado o rastreamento:

Se fizer o teste avidez e ele mostrar que a infecção tem ▪ Pct que já teve sepse neonatal pelo GBS em
mais de 4 meses → infectada antes de engravidar → sem gestação anterior.
problemas. ▪ Bacteriúria por GBS nesta gestação (atual).

▪ Baixa avidez (<30%): infecção ESSAS JÁ INDICAÇÃO DE PROFILAXIA, POIS


recente; SÃO DE ALTO RISCO (intraparto).
▪ Alta avidez (>60%): infecção PROFILAXIA:
crônica, pode suspender a
espiramicina. ATB primeira escolha: penicilina OU ampicilina.
o > 16 semanas: iniciar tratamento
▪ Pcts com Swab positivo OU para situações
com espiramicina e rastreiar o feto.
que não são indicadas rastreamento:

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o Inicia ATB no trabalho de parto ou ▪ Paciente de baixo risco:


bolsa rota (amniorrexe). o Ideal: 0,4mg/dia três meses antes da
▪ Pcts sem Swab: concepção até completar 2-3 meses de
o Avalia a situação de risco: gestação (12 semanas).
▪ Trabalho de parto prematuro; ▪ Pct de alto risco (teve um filho acometido, uso
▪ Febre intraparto (>ou= 38ºC); de anticonvulsivante):
▪ Amniorrexe há mais de 18 hrs. o 4 mg/dia três meses antes da concepção
até completar o 1º trimestre.
Se a gestante fez o Swab e veio negativo em menos de
5 semanas, ela pode ter 24 hrs de bolsa rota que não faz Existe recomendações de continuar tomando o ac.
a profilaxia. Fólico até o parto para prevenção de anemia
megaloblástica.
▪ Pcts com Swab há mais de 5 semanas:
o Inicia ATBprofilaxia. VACINAÇÃO
Vacinas recomendadas pelo MS:
NÃO PRECISAM DE PROFILAXIA:
▪ TÉTANO dT:
▪ Pct que será submetido a cesariana eletiva (sem o Se a pct não tiver o esquema completo:
rotura prematura de membrana ovulares- completa o esquema.
RPMO); o Deve fazer o reforço quando a dose
o Para ter o diagnóstico de RPMO tiver mais de 5 anos.
precisa ter a amniorrexe ANTES de o Gestante: todas as vezes que
iniciar o trabalho de parto); engravidar: precisa tomar o reforço
▪ Swab negativo há menos de 5 semanas; de dTpa a partir de 20 semanas.
▪ Gestação anterior com cultura positiva. o Se a pct não tiver a vacinação:
▪ 3 doses:
NUTRIÇÃO
• 2 dT
FERRO • 1 dTpa
▪ COQUELUCHE (dTpa):
Hb considerada normal na gestação: >11g/dL. o Objetivo: reduzir doenças nos RN.
O ferro a ser suplementado é PROFILÁTICO: o Deve ser feita a partir da 20ª semana
e no puerpério caso não tenha sido
▪ 200mg de sulfato ferroso/dia a partir de 20ª vacinada.
semana, ou do 2º trimestre OU o Administrada a cada gestação.
▪ 40 mg de Fe elementar/dia.
Hb entre 8 e 11g/dL: ✓ Pct com esquema completo: duas
doses ou reforço:
▪ 120 a 240 mg de Fe elementar/dia (dividida o Completa com uma dose
em três tomadas antes do café, antes do almoço de dTpa;
e antes da janta); ✓ Pct com uma dose prévia de dT:
o O ferro deve ser tomado em jejum de o Completa com uma dose
preferência com suco cítrico. de dT, e uma de dTpa.
▪ Realiza a nova dosagem em 30 a 60 dias para ✓ Gestante não vacinada para dT:
observar repercussão. o Faz duas doses dT com
intervalo de 30 a 60 dias,
Hb <8g/dL:
uma dose dTpa.
▪ Pct deve ser encaminhada para pré-natal de alto ▪ INFLUENZA:
risco. o Sazonal.
▪ HEPATITE B:
ÁCIDO FÓLICO o Se a pct não tem imunidade completa:
A deficiência de ácido fólico é associada a defeitos de ▪ 3 doses de Hepatite B.
fechamento do tubo neural como por exemplo: o Prevenção da transmissão vertical.
o Pode ser feito a partir do 1º trimestre.
✓ Espinha bífida;
✓ Anencefalia; VACINAS PERMITIDAS:
✓ Encefalocele. ▪ Raiva;

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▪ Meningite;
▪ Hepatite A.
VACINAS NÃO PERMITIDAS (vírus atenuado);
▪ Sarampo;
▪ Varicela;
▪ Febre amarela;
o As vezes deve ser feita, como por
exemplo, se a pct for viajar para uma
área endêmica OU se mora em área
endêmica.
▪ BCG;
▪ Sabin

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