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PROCEDIMENTO
Data Emissão: 26/10/2017
OPERACIONAL
Data da revisão:
PADRÃO
Revisão nº:
ESTREPTOCOCOS GRUPO B Página 1 de 15
DEFINIÇÃO:
Vários fatores de risco para infecção neonatal foram identificados, sendo a colonização materna
no momento do parto o mais importante, aumentando o risco em cerca de 200 vezes.
Aproximadamente 25% dos casos de sepse precoce por EGB ocorrem em recém-nascidos
prematuros. No entanto, a taxa caso-fatalidade é maior em prematuros do que nos recém-
nascidos a termo com taxa de mortalidade oito vezes maior. A prematuridade é considerada um
fator de risco independente para sepse precoce por EGB, e a razão de risco dobra para cada
três semanas de redução na idade gestacional, chegando a 20 para recém-nascidos com
menos de 28 semanas. O risco relativo estimado de doença neonatal em prematuros varia de
1,5 a 4,8 e é inversamente proporcional à idade gestacional.
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de irmão com doença invasiva por EGB, bacteriúria por EGB durante a gestação, trabalho de
parto com idade gestacional inferior a 37 semanas, ruptura de membranas igual ou superior a
18 horas ou temperatura intra parto igual ou maior que 38ºC.
A rotura das membranas, geralmente, é uma das causas pelo parto prematuro e aumenta os
riscos de complicações bacterianas como evidenciado por vários estudos na literatura.
A prevenção intra parto de infecção fetal e neonatal tem sido preconizada nas mães com
suspeita clínica de infecção. Os estudos sobre a prevenção de sepse por GBS em recém-
nascidos por meio da antibioticoterapia intra parto e puerperal mostram resultados positivos na
prevenção efetiva da infecção nos casos de bolsa rota por tempo superior a 18 horas e nos
casos de trabalho de parto prematuro em mães colonizadas pelo GBS.
A mais recente atualização de 2010 está baseada nas evidências existentes de prevenção
perinatal por GBS e reforça as recomendações de screening universal no terceiro trimestre de
gestação, uniformiza os métodos laboratoriais para detecção do GBS, padronizadas a dose do
antimicrobiano profilático e atualiza as recomendações para prematuros e neonatos em risco de
infecção precoce.
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) define como pré-termo toda criança nascida antes de
37 semanas. Sendo assim, inclui todo recém-nascido (RN) vivo com menos de 37 semanas
completas de gestação (<259 dias), contadas a partir do primeiro dia do último período
menstrual.
Nos dias atuais, os fatores de risco para prematuridade vêm sendo discutidos com frequência
entre os profissionais e as instituições de saúde com a finalidade de transformar tal realidade,
ampliando e focalizando a assistência à tríade mãe/filho/família.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o parto prematuro ocorre com menos
de 37 semanas completas de idade gestacional (como já citado anteriormente) e um dos
grandes problemas não-solucionados é sua incidência, que se tem mantido estável ao longo dos
anos, apesar dos esforços desenvolvidos para sua prevenção. Os prematuros apresentam
deficiências imunológicas próprias, pois a passagem de anticorpos maternos geralmente ocorre
após 32 semanas de idade gestacional e a capacidade de opsonização e fagocitose são muito
baixas no período neonatal. Apesar de existirem muitas causas não-infecciosas de parto
prematuro, sempre deve ser considerada a etiologia bacteriana.
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OBJETIVO:
- Diagnóstico de gestação anterior com EGB, mesmo com cultura de secreção vaginal atual
negativa.
Cultura desconhecida:
- Trabalho de parto ou ruptura prematura das membranas ovulares com menos de 37 semanas
(antibiótico por 48 horas).
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- Rastreamento para todas as gestantes internadas por trabalho de parto prematuro
• Gestação anterior com cultura positiva para EGB (A menos que cultura seja positiva
também nesta gestação).
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Tratamento (Antes do parto):
Primeira opção:
Segunda opção:
Profilaxia adequada:
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Objetivo:
-Reduzir a avaliação desnecessária e antibióticos em RN’s com baixo risco de sepse precoce
pelo EGB e partos prematuros.
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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS:
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POP N°: 055
PROCEDIMENTO
Data Emissão: 26/10/2017
OPERACIONAL
Data da revisão:
PADRÃO
Revisão nº:
ESTREPTOCOCOS GRUPO B Página 10 de 15
CONTROLE DE REVISÃO
Data Revisão Motivo
26/10/2017 00 Edição do documento
Elaborado:
Data:
Andréa Savietto (Ed. Continuada) Coren: 0107522 26/10/2017
Elaborado:
Data:
26/10/2017
Dr. Jarbas Tortato CRM: 57052 (Coordenador da GO/Obstetrícia)
Elaborado:
Data:
26/10/2017
Dra. Mayla B. F. do Prado – CRM: 92741 Coordenadora UTI Neo
Data:
Dra. Adriana Feltrin CRM: 95552 (Infectologista)
26/10/2017
Autorizado
Data:
Aparecida Valéria Quadros - COREN: 115.029 – (Gerente de Enfermagem)
26/10/2017
Autorizado
Data:
26/10/2017
Maria Ap. Medeiros Barros do Prado - Diretora Administrativa
Aprovado: Gustavo Berbel Faidiga - CRM: 112.622 - Diretor Técnico Data:
26/10/2017
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ANEXO 01
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ANEXO 02
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ANEXO 03
13
ANEXO 04
USO DA NEONATOLOGIA
QUIMIOPROFILAXIA MATERNA
o Adequada
o Inadequada
Qual:
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