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2- Quadro Clínico
A maioria das crianças é assintomática ao nascer. Hidrocefalia, coriorretinite e
calcificações intracranianas compõe a tríade clássica da TC. Podem ocorrer
adenomegalia, hepatoesplenomegalia, anemia, trombocitopenia, eosinofilia, pneumonia,
microftalmia, amaurose, microcefalia, retardo mental e anormalidades no LCR.
3. Diagnóstico laboratorial
3.1. Na gestante: Na infecção aguda há soroconversão ou aumento de 4 títulos na IgG
anti-toxoplasma em soros pareados ou na presença de IgM e IgG positivas, com baixa
avidez de IgG (infecção ocorrida a menos de 3 meses da realização do exame). Os testes
mais utilizados são a imunofluorescência indireta, ELISA e ELISA avidez de IgG.
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3.2. Diagnóstico pré-natal de toxoplasmose congênita:
- PCR no líquido amniótico a partir da 18ª semana de gestação. Tem valor preditivo
positivo (VPP) de 100% e valor preditivo negativo (VPN) de 99,7 %.
- Ultrassonografia (USG) para detectar anormalidades fetais e/ou placentárias.
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4.1. Tratamento na gestante
Sulfadiazina – 1 a 1 ½ grama, VO, a cada 8 horas (3 a 4g/dia);
Pirimetamina – 25 mg, VO, 1 vez ao dia (25mg/dia);
Ácido folínico - 15 mg em dias alternados, VO, 1 vez ao dia.
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Abordagem diagnóstica e terapêutica na suspeita de toxoplasmose congênita
SIM NÃO
- Iniciar Tratamento
- Coleta de LCR Mães com diagnóstico -Mães com infecção aguda
-Avaliar corticoterapia após não estabelecido ou recente na gestação
resultados do LCR e FO durante a gestação -Mães infectadas pelo HIV
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- Avaliação neurológica
- Avaliação da acuidade auditiva
- Fundo de olho a cada 3 meses
- Avaliação clínica mensal - Infecção congênita pelo Infecção
- Encaminhamento à fisioterapia T. gondii confirmada, congênita pelo T.
e fonoaudiologia se necessário manter tratamento gondii excluída
- Avaliar corticoterapia
após LCR ou FO 5
Alta do
Após o 1º ano de vida: ambulatório
- Avaliação clínica, neurológica e de DIP
da acuidade auditiva anual
- Fundo de olho a cada 6 meses
- Acompanhamento fisioterápico
e fonoaudiológico, se necessário
1 Avaliação clínica cuidadosa (inclui PC) / hemograma, plaquetas, TGO / Fundoscopia / IgM e IgG para T. gondii da mãe e bebê /
Rx de crânio, USTF, TCC, se manifestações clínicas presentes ou se exames anteriores alterados
2 Encaminhamento do bebê para avaliação devido a mãe ter apresentado IgM positivo para T. gondii durante a gestação
4 Avaliação clínica mensal (observar curva de PC e DNPM) / Fundo de olho a cada 3 meses / IgM e IgG para T.gondii aos 3, 4, 6,
9 e 12 meses de vida (observar quedas de títulos de IgG). Se títulos ainda altos de IgG por volta do 4º mês (ou queda lenta),
realizar coleta de LCR e TCC e iniciar TT (mães com infecção não definida) ou manter tratamento (mães com infecção aguda
ou recente). Manter medicamentos até a exclusão TC.
5 Ausência de sinais e sintomas (SS) de infecção congênita pelo T. gondii durante o acompanhamento clínico e laboratorial / IgM
e IgG negativas (se a criança recebeu TT específico anti-toxoplasma, confirmar com um 2º exame, 3 meses mais tarde, sem TT
durante este intervalo)