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Historia
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O movimento terminou com a nomeação do novo governador, Gomes Freire de Andrade, que
anulou os atos da Junta. A repressão à revolta levou à morte os líderes rebeldes. Manuel Beckman
foi enforcado (1685). Este movimento, foi isolado e não contestou a dominação metropolitana,
mas apenas um de seus aspectos: o monopólio. O governo português extinguiu a Companhia de
Comércio do Maranhão, como queriam os revoltosos, mas os jesuítas puderam retornar e
continuar o seu trabalho.
A elevação de Recife a categoria de vila pelo rei de Portugal no final de 1709, por pressão dos
"mascates" separando-a de Olinda precipitou os acontecimentos. Os primeiros desentendimento
surgiram entre o governador Sebastião de Castro Caldas, simpático aos mascates (de Recife) e o
ouvidor Luiz de Valenzuela Ortiz, favorável aos de Olinda.
Um atentado à vida do governador por desconhecidos levou-o a tomar medidas repressivas contra
os olindenses. Estes revoltaram-se em fins de 1710, liderados por Bernardo Vieira de Melo,
invadindo Recife, derrubando o pelourinho (símbolo de autonomia administrativa) e obrigando o
governador a fugir para a Bahia.
Abertas as vias de sucessão, o governo foi entregue ao bispo D. Manuel Álvares da Costa, que
anistiou os amotinados, enquanto era rejeitada a proposta do Sargento-mor Bernardo Vieira de
Melo de proclamar a independência de Pernambuco sob a forma republicana de governo, no
mesmo estilo das cidades livres da Itália (Veneza e Gênova) e contaria com a proteção de uma
potência cristã.
A luta terminou com a chegada do novo governador, Felix José Machado, que recebeu ordem de
pacificar os conflitos em Pernambuco.
Os principais envolvidos foram presos e Recife foi confirmada como vila, passando a ser o centro
administrativo da Capitania. A vitória dos comerciantes de Recife tornou claro à aristocracia rural
que os seus interesses eram bem diferentes dos interesses portugueses. A rivalidade entre
brasileiros e portugueses na Capitania continuou a existir mas só se transformou novamente em
revolta mais de um século depois (1817 - Revolução Pernambucana) e com caráter diferente.