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Faculdade de Juazeiro do Norte

Faculdade de Farmácia

PROPAGANDA DE
MEDICAMENTOS

Alberto Malta Junior


Objetivos
• Analisar os impactos da propaganda de
medicamentos

• Apresentar legislação que regula a propaganda


de medicamentos

• Justificar a importância da Bioética de


Intervenção
Introdução
• Publicidade de medicamentos

• Definição de padrões de mercados e


comportamento

• Medicamento confundido com uma


mercadoria qualquer
Introdução
Introdução
• Estudos mostram que a propaganda de
medicamentos altera o padrão de
prescrição dos médicos (Fagundes et
al, 2007)

• Exemplo Comparativo do DEF com


outros materiais mais técnicos como
o Drug Information for the Health
Care Professional

• Ausência de informações sobre


efeitos adversos no DEF em 50% dos
produtos avaliados
A bioética de Intervenção
• Bioética e propaganda de medicamentos?

• Bioética de intervenção

• Defende que as decisões e políticas


sanitárias públicas e de cunho social
eticamente adequadas são aquelas
que atendem ao maior número de
pessoas, pelo maior espaço de tempo
possível e produzam as melhores
consequências coletivas
• Discussão de ações públicas e coletivas

• Minimizar as situações de
vulnerabilidade

• Fazer valer os direitos dos


marginalizados pelo seu estado de
pobreza, dificuldade de acesso aos
serviços, baixa autonomia, etc

• Abordagem mercadológica do
medicamento > prejudica o coletivo
Introdução
• Missão do SINITOX:

• O Sistema Nacional de Informações Tóxico-


Farmacológicas (Sinitox) tem como
principal atribuição coordenar a coleta, a
compilação, a análise e a divulgação dos
casos de intoxicação e envenenamento
notificados no país.
• Situação de vulnerabilidade > frieza das
transações comerciais

• Medicamentos comercializados em
mercados, bares e mercearias

• População sofre com propagandas


enganosas, abusivas e incompletas

• Estado precisa exercer de fato seu


papel regulador
PROPAGANDAS ATÉ O ANO 2000
PROPAGANDAS ATÉ O ANO 2000
• ANVISA > regulamentou a publicidade
de medicamentos

• RDC 102/2000

• RDC 96/2008 e atualizações


• Dispõe sobre a propaganda,
publicidade, informação e outras
práticas cujo objetivo seja a
divulgação ou promoção comercial
de medicamentos
• Situações:

• Proibido exibir imagens ou vozes de


“celebridades”, sugerindo ou
recomendando o uso de determinado
medicamento

• Textos de propaganda e publicidade


deverão trazer os termos técnicos
escritos de forma a facilitar a
compreensão do público
• Resolução proíbe a veiculação, de
forma não declaradamente publicitária,
em filmes, espetáculos teatrais e
novelas;

• Proíbe a utilização de expressões no


imperativo como, por exemplo, “tome”,
“use”, ou “experimente”;

• Obrigação de trazer advertências


relativas aos princípios ativos;
• Nas veiculações pela televisão, o ator
principal do comercial terá que
verbalizar estas advertências e no rádio
será o locutor a ler a mensagem;

• As amostras grátis de anticoncepcionais


e medicamentos de uso contínuo
devem conter, obrigatoriamente, 100%
do conteúdo da apresentação original
registrada e comercializada

• É proibido relacionar o uso do


medicamento a excessos etílicos ou
gastronômicos;
• É vedada a propaganda ou publicidade
de medicamentos e empresas em
qualquer parte do bloco de receituários
médicos;

• Não é permitido sugerir que o


medicamento possua características
agradáveis,tais como: "saboroso",
"gostoso", "delicioso" ou expressões
equivalentes;

• A distribuição de brindes a prescritores


(médicos), dispensadores (farmacêuticos)
de medicamentos e ao público em geral,
é vedada;
• Alguns trabalhos avaliaram a efetividade
da regulação

• 2007
• Avaliação junto aos médicos
• Avaliação de peças publicitárias
• Principais resultados
• 98% dos médicos recebem visitas de
representantes
• 86% recebem brindes
• 68% creem na influência da direta da
propaganda sobre a prescrição
• 14% declararam prescrever
medicamentos em função do
recebimento de prêmios
• 68% acreditam que há inverdades nas
peças publicitárias
• RDC aumentou a presença de
informações nas peças publicitárias
• Exemplo de análise
• Medicamento antidepressivo
• Argumento: farmacêutico que tem X
nas prateleiras não fica deprimido
na hora de ver os lucros

• Medicamento emagrecedor
• Argumento: emagrecer com
segurança
• Embalagem do medicamento cercada
de frutas
• Esse medicamento foi proibido dois
anos mais tarde
• Dados coletados na Revista Brasileira de
Medicina

• 16 fascículos entre 2009 e 2010

• Análise de 160 peças publicitárias

• Nenhuma delas cumpriu a RDC 96/08

• Análise permitiu identificar que muitos


medicamentos omitiram por exemplo
reações adversas
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
Fagundes, MJD; Soares, MGA; Diniz, NM; Pires, JR; Garrafa, V.Análise bioética da propaganda e
publicidade de medicamentos. Ciência & Saúde Coletiva, 12(1):221-229, 2007

Guanaes, LD; Coque, JR; Hipólito Jr, E; Guarido, CF; Mastroianni, PC; Rossignolli, PS. Análise das
propagandas dos medicamentos isentos de prescrição veiculadas em revistas para prescritores na área
médica. Rev Ciênc Farm Básica Apl., 2012;33(3):415-419

http://aparecidadegoiania.olx.com.br/pictures/gondolas-direto-da-fabrica-o-melhor-preco-e-a-mais-
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http://www.olhardireto.com.br/noticias/exibir.asp?noticia=Medicamentos_e_produtos_de_limpeza_sao_
maiores_causas_de_intoxicacao&id=272393

http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2013/02/28/hc-registra-600-casos-de-
intoxicacao-por-medicamentos-ao-mes.htm

http://www.slideshare.net/soaresangie/evoluo-da-propaganda-de-medicamentos-no-brasil-5844429

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