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Quanto ao conteúdo

Formal:    regras formalmente constitucionais, é o texto votado pela Assembléia


Constituinte,  estão inseridas no texto constitucional.

Material:    regras materialmente constitucionais, é o conjunto de regras de matéria de


natureza constitucional, isto é, as relacionadas ao poder, quer esteja no texto
constitucional ou fora dele. 

Quanto à forma
Escrita:     pode ser:  sintética  (como a Constituição dos Estados Unidos)  e  analítica 
(expansiva,  como a Constituição do Brasil).  A ciência política recomenda que as
constituições sejam sintéticas e não expansivas como é a brasileira.

Não escrita:     é a constituição cuja normas não constam de um documento único e
solene, mas se baseie principalmente nos costumes, na jurisprudência e em convenções
e em textos constitucionais esparsos.

Quanto ao modo de elaboração


Dogmática:     é Constituição sistematizada em um texto único, elaborado
reflexivamente por um órgão constituinte;  é escrita.     É a que consagra certos dogmas
da ciência política e do Direito dominantes no momento.  

Histórica:     é sempre não escrita e resultante de lenta formação histórica, do lento
evoluir das tradições, dos fatos sócio-políticos, que se cristalizam como normas
fundamentais da organização de determinado Estado.   Como exemplo de Constituição
não escrita e histórica temos a Constituição do Reino Unido da Grã Bretanha e da
Irlanda do Norte.  (ex.  Magna Carta  -  datada de 1215)
•    A escrita é sempre dogmática;  A não escrita é sempre histórica.

Quanto a sua origem ou processo de positivação:


Promulgada:     aquela em que o processo de positivação decorre de convenção, são
votadas, originam de um órgão constituinte composto de representantes do povo, eleitos
para o fim de as elaborar.    Ex.:   Constituição de 1891, 1934, 1946, 1988.

Outorgada:     aquela em que o processo de positivação decorre de ato de força, são
impostas,  decorrem do sistema autoritário.  São as elaboradas sem a participação do
povo.   Ex.: Constituição de 1824, 1937, 1967, 1969.

Pactuadas:     são aquelas em que os poderosos pactuavam um texto constitucional, o


que aconteceu com a Magna Carta de 1215.

OBS:    A expressão  Carta Constitucional é usada hoje pelo STF para caracterizar as
constituições outorgadas.  Portanto, não é mais sinônimo de constituição.

Quanto à estabilidade ou mutabilidade:


Imutável:    constituições onde se veda qualquer alteração, constituindo-se relíquias
históricas – imutabilidade absoluta.
Rígida:    permite  que a constituição seja mudada mas, depende de um procedimento
solene que é o de Emenda Constitucional que exige 3/5 dos membros do Congresso
Nacional para que seja aprovada.   .

Flexível:    o procedimento de modificação não tem qualquer diferença do


procedimento comum de lei ordinária .  Ex.:  as constituições não escritas, na sua parte
escrita elas são flexíveis

Semi-rígida:    aquela em que o processo de modificação só é rígido na parte


materialmente constitucional e flexível na parte formalmente constitucional.

•    a CONSTITUIÇÃO FEDERAL BRASILEIRA é: escrita, analítica, dogmática,


eclética, promulgada e rígida

Elementos da constituição

Elementos orgânicos ou organizacionais:     organizam o estado e os poderes


constituídos.

Elementos limitativos:    limitam o poder – direitos e garantias fundamentais.

Elementos sócio-ideológicos:            princípios da ordem econômica e social

Elementos de estabilização constitucional:    supremacia da CF (controle de


constitucionalidade) e solução de conflitos constitucionais

Elementos formais de aplicabilidade:    são regras que dizem respeito a aplicabilidade


de outras regras  (ex. preâmbulo, disposições transitórias)

Teoria das Maiorias  - As maiorias podem ser:

Simples ou Relativa:    o referencial numérico para o cálculo é o número de membros


presentes, desde que haja quorum (que é o de maioria absoluta).   É exigida para as leis
ordinárias. 

Qualificada:    o referencial numérico para o cálculo é o número de membros da casa,


estando ou não presentes desde que haja quorum para ser instalada.     Pode ser:

maioria Absoluta:    é a unidade ou o número inteiro imediatamente superior à


metade.     Exigida para as leis complementares.

maioria  de 3/5:    exigida para as emendas constitucionais.

Câmara dos Deputados      =   513  membros   (MA = 257  e  3/5 = 308)

Senado Federal           =     81  membros   (MA =   41  e  3/5 =   49)

•    Quando a constituição diz maioria sem adjetivar está se referindo à maioria simples. 
Portanto, quando a constituição não estabelecer exceção as deliberações de cada Casa
serão tomadas por maioria simples, desde que o quorum seja de maioria absoluta.
quorum:    é o número mínimo de membros que devem estar presentes para que a
sessão daquele órgão possa ser instalada.  A Constituição exige que este número seja de
maioria absoluta.

Todas as normas constitucionais são dotadas de eficácia;

Aplicabilidade: é a qualidade daquilo que é aplicável

Logo, todas as normas constitucionais são aplicáveis, pois todas são dotadas de eficácia
jurídica. Porém, esta capacidade de incidir imediatamente sobre os fatos regulados não é
uma característica de todas as normas constitucionais.

As normas constitucionais são classificadas quanto à sua eficácia em:

Normas Constitucionais de Eficácia Jurídica Plena:

- são aquelas de aplicabilidade imediata, direta, integral, independentemente de


legislação posterior para sua inteira operatividade;

- produzem ou têm possibilidades de produzir todos os efeitos que o constituinte quis


regular;

- tem autonomia operativa e idoneidade suficiente para deflagrar todos os efeitos a que
se preordena;

- conformam de modo suficiente a matéria de que tratam, ou seja, seu enunciado


prescrito é completo e não necessita, para atuar concretamente, da interposição de
comandos complementares. 

Normas Constitucionais de Eficácia Jurídica Contida:

- são aquelas que têm aplicabilidade imediata, integral, direta, mas que podem ter o seu
alcance reduzido pela atividade do legislador infraconstitucional.

- São também chamadas de normas de eficácia redutível ou restringível.

Normas Constitucionais de Eficácia Limitada:

- são aquelas que dependem da emissão de uma normatividade futura;

- apresentam aplicabilidade indireta, mediata e reduzida, pois somente incidem


totalmente após normatividade ulterior que lhes dê aplicabilidade
- o legislador ordinário, integrando-lhes a eficácia, mediante lei ordinária, dá-lhes a
capacidade de execução em termos de regulamentação daqueles interesses visados pelo
constituinte;

- a utilização de certas expressões como “a lei regulará”, ou “a lei disporá”, ou ainda “na
forma da lei”, deixa claro que a vontade constitucional não está integralmente composta.

Subdividem-se em:

Normas de Princípio Institutivo: são aquelas que dependem de lei para dar corpo às
instituições, pessoas e órgãos previstos na Constituição.

Normas de Princípio Programático: são as que estabelecem programas a serem


desenvolvidos mediante legislação integrativa da vontade constituinte.

Conceito: é um ramo do Direito Público apto a expor, interpretar e sistematizar os


princípios e normas fundamentais do Estado. É a ciência positiva das constituições

Objeto: é a CONSTITUIÇÃO POLÍTICA DO ESTADO, cabendo a ele o estudo


sistemático das normas que integram a constituição

Corresponde à base, ao fundamento de todos os demais ramos do direito; deve haver,


portanto, obediência ao texto constitucional, sob pena de declaração de
inconstitucionalidade da espécie normativa, e conseqüente retirada do sistema jurídico

A CONSTITUIÇÃO FEDERAL é considerada a lei fundamental de uma Nação, seria,


então, a organização dos seus elementos essenciais: um sistema de normas jurídicas,
escritas ou costumeiras, que regula a forma do Estado, a forma de seu governo, o modo
de aquisição e o exercício do poder, o estabelecimento de seus órgãos, os limites de sua
ação, os direitos fundamentais do homem e as respectivas garantias; em síntese, É O
CONJUNTO DE NORMAS QUE ORGANIZA OS ELEMENTOS CONSTITUTIVOS
DO ESTADO.

Forma: um complexo de normas

Conteúdo: a conduta humana motivada das relações sociais

Finalidade: a realização dos valores que apontam para o existir da comunidade

Causa Criadora: o poder que emana do povo

CONJUNTO DE VALORES: A Constituição não pode ser compreendida e


interpretada, se não tivermos em mente essa estrutura, considerada como conexão de
sentido, como é tudo aquilo que a integra.

Origens: O Brasil já teve 7 constituições, incluindo a atual de 1988.


CF 1824 - Autocrática: Liberal – Governo Monárquico: vitalício e hereditário Estado
Unitário: províncias sem autonomia; 4 poderes: Legislativo, Executivo, Judiciário e
Moderador (Soberano); O controle de constitucionalidade era feito pelo próprio
Legislativo; União da Igreja com o Estado, sob o catolicismo. “a Constituição da
Mandioca”.

CF 1891 - Democrática: Liberal - Governo Republicano - Presidencialista Federalista:


autonomia de Estados e Municípios. Introduziu o controle de constitucionalidade pela
via difusa, inspirado no sistema jurisprudencial americano. Separou o Estado da Igreja.

CF 1934 - Democrática: Liberal-Social - Governo Republicano – Presidencialista


Federalista: autonomia moderada. Manteve o controle de constitucionalidade difuso e
introduziu a representação interventiva.

CF 1937 - Ditatorial: Liberal-Social - Governo Republicano – Presidencialista (Ditador)


Federalista: autonomia restrita. Legislação trabalhista. Constituição semântica, de
fachada. Também conhecida como “a Polaca”

CF 1946 - Democrática: Social-Liberal - Governo Republicano – Presidencialista


Federalista: ampla autonomia - Estado Intervencionista (Emenda Parlamentarista/1961;
Plebiscito/1963 - Presidencialismo; Golpe Militar/1964 – Início da Ditadura. Controle
de constitucionalidade difuso e concentrado, este introduzido pela EC nº 16/65

CF 1967 - Ditatorial: Social-Liberal - Governo Republicano – Presidencialista (Ditador)


Federalista: autonomia restrita - Ato Institucional nº 5 / 1969 – uma verdadeira carta
constitucional: 217 artigos aprofundando a Ditadura: autorizou o banimento; prisão
perpétua e pena de morte; supressão do mandado de segurança e do hábeas corpus;
suspensão da vitaliciedade e inamovibilidade dos magistrados; cassação nos 3 poderes.
Manteve o controle de constitucionalidade pela via difusa e concentrada.

CF 1988 - Democrática: Social-Liberal-Social - Governo Republicano –


Presidencialista Federalista: ampla autonomia - Direitos e garantias individuais:
mandado de segurança coletivo, mandado de injunção, hábeas data, proteção dos
direitos difusos e coletivos; Aprovada com 315 artigos, 946 incisos, dependendo ainda
de 200 leis integradoras. Fase atual: Neoliberalismo e desconstitucionalização dos
direitos sociais. Considerada “Constituição Cidadã”

Estado de Defesa (art. 136) - O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da


República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar, ou
prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz
social, ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por
calamidades de grandes proporções na natureza.

O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua duração, especificará
as áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as medidas coercitivas a
vigorarem, dentre as seguintes: I - restrições aos direitos de: reunião, ainda que exercida no
seio das associações; sigilo de correspondência; e sigilo de comunicação telegráfica e
telefônica; II - ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de
calamidade pública, respondendo a União pelos danos e custos decorrentes. O tempo de
duração do estado de defesa não será superior a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez,
por igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação.

Do Estado de Sítio (art. 137) - O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da


República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para
decretar o estado de sítio nos seguintes casos: - comoção grave de repercussão nacional, ou
ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de
defesa (nesse caso, não poderá ser decretado por mais de trinta dias); e na ocorrência de
declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira (nesse caso,
poderá ser decretado por todo o tempo de duração da guerra). O Presidente da República, ao
solicitar autorização para decretar o estado de sítio ou sua prorrogação, relatará os motivos
determinantes do pedido, devendo o Congresso Nacional decidir por maioria absoluta.

Disposições Gerais – A Mesa do Congresso Nacional, ouvidos os líderes partidários, designará


comissão composta de cinco de seus membros para acompanhar e fiscalizar a execução das
medidas referentes ao estado de defesa e ao estado de sítio. Cessado o estado de defesa ou o
estado de sítio, cessarão também seus efeitos, sem prejuízo da responsabilidade pelos ilícitos
cometidos por seus executores ou agentes. Logo que cesse o estado de defesa ou o estado de
sítio, as medidas aplicadas em sua vigência serão relatadas pelo Presidente da República, em
mensagem ao Congresso Nacional, com especificação e justificação das providências adotadas,
com relação nominal dos atingidos e indicação das restrições aplicadas.

Em relação ao momento de realização: há o controle do ato de ingresso no ordenamento


jurídico (controle preventivo), ou do ato de edição da norma inconstitucional (controle
repressivo).

Controle Difuso – Capacidade que todo e qualquer juiz ou tribunal tem de fazer a análise de
compatibilidade de norma existente com os ordenamentos da Constituição Federal (é sempre
oriundo de um caso concreto).

Controle Concentrado – Independente de um caso concreto, pode-se declarar a


inconstitucionalidade de uma lei por meio de ações específicas, isto é, ações diretas de
inconstitucionalidade genéricas, interventivas ou omissivas, além da ação declaratória de
constitucionalidade (arts. 36, III; 102, I,a; e 103, § 2º).

ADIN – Ação Direta de Inconstitucionalidade – (arts. 102 e 103) – Esta ação tem como basilar
a retirada do ordenamento jurídico de normas e leis incompatíveis com os ditames fixados na
Constituição Federal. Podem propor a Ação Direta de Inconstitucionalidade e a Ação
Declaratória de Constitucionalidade: - o Presidente da República; - a Mesa do Senado Federal; -
a Mesa da Câmara dos Deputados; - a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa
do Distrito Federal; - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; - o Procurador-Geral da
República; - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; - partido político com
representação no Congresso Nacional; - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito
nacional. O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações de
inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal.
Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma
constitucional, será dada ciência ao poder competente para a adoção das providências
necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias. Quando o
Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato
normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o ato ou texto
impugnado.

ADEC – Ação Direta de Constitucionalidade - Ao contrário da ação de inconstitucionalidade,


esta ação visa pacificar, por intermédio do Supremo Tribunal Federal, a constitucionalidade de
uma norma federal que esteja sendo motivo de ataque por decisões de tribunais e juízes
inferiores.

Controle de Constitucionalidade no âmbito Estadual - Cabe aos estados, a instituição de


representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais,
em face da Constituição Estadual (competência esta atribuída aos Tribunais de Justiça), vedada
a atribuição a um único órgão da legitimação para agir.

Habeas Corpus” (corpo livre, ou liberdade para o corpo) (art. 5º, inciso LXVIII) – Ação que
protege o direito de locomoção, sendo utilizado sempre que alguém sofrer ou se achar
ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou
abuso de poder. Não é possível seu manejo em punições disciplinares expedidas por órgãos
militares.

“Habeas-data” (liberdade de informações) (art. 5º, inciso LXXII) - Conceder-se-á "habeas-


data": para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante,
constantes de registros ou banco de dados de entidades governamentais ou de caráter
público; e para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso,
judicial ou administrativo.

Mandado de Injunção (art. 5º, inciso LXXI) - Conceder-se-á mandado de injunção sempre que
a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades
constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. É
utilizado sempre que houver lacuna na lei ou falta desta.

Ação Popular (art. 5º, inciso LXXIII) - Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação
popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado
participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural,
ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência
(veja-se a Lei 4.717/65).
É a manifestação soberana da suprema vontade política de um povo, social e
juridicamente organizado.

O Poder constituinte é o poder que tudo pode.

Titularidade do Poder Constituinte:    é predominante que a titularidade do poder


constituinte pertence ao povo.  Logo, a vontade constituinte é a vontade do povo
expressa por meio de seus representantes.

Espécies:

A - Poder Constituinte Originário -  Estabelece a Constituição de um novo Estado,


organizando-se e criando os poderes destinados a reger os interesses de uma sociedade.
Não deriva de nenhum outro, não sofre qualquer limite e não se subordina a nenhuma
condição.  

Ocorre Poder Constituinte no surgimento da 1ª Constituição  e também na elaboração de


qualquer outra que venha depois.

Características:

Inicial - não se fundamenta em nenhum outro; é a base jurídica de um Estado;

Autônomo / ilimitado - não está limitado pelo direito anterior, não tendo que respeitar
os limites postos pelo direito positivo anterior;  não há nenhum condicionamento
material;

Incondicionado - não está sujeito a qualquer forma pré-fixada para manifestação de sua
vontade;  não está submisso a nenhum procedimento de ordem formal

B - Poder Constituinte Derivado  - também chamado Instituído ou de segundo grau –


é secundário, pois deriva do poder originário.  Encontra-se na própria Constituição,
encontrando limitações por ela impostas:  explícitas e implícitas.

Características:

Derivado -  deriva de outro poder que o instituiu, retirando sua força do poder
Constituinte originário;

Subordinado  - está subordinado a regras materiais;  encontra limitações no texto


constitucional.   Ex. cláusula pétrea

Condicionado – seu exercício deve seguir as regras previamente estabelecidas no texto


da CF; é condicionado a regras formais do procedimento legislativo.   Este poder se
subdivide  em:
I) poder derivado de revisão ou de reforma:  poder de editar emendas à Constituição.  O
exercente deste poder é o Congresso Nacional que, quando vai votar uma emenda ele
não está no procedimento legislativo, mas no Poder Reformador.  

II)  poder derivado decorrente:  poder dos Estados, unidades da federação, de elaborar
as suas próprias constituições.   O exercente deste poder são as Assembléias
Legislativas dos Estados.  Possibilita que os Estados Membros se auto-organizem.

 A Constituição de 1988 deu aos Municípios um status diferenciado do que antes era
previsto, chegando a considerá-los como entes federativos, com a capacidade de auto-
organizar-se através de suas próprias Constituições Municipais que são denominadas
Leis Orgânicas.

Soberania do texto constitucional – A constituição tem hierarquia superior, sendo protegida


de ferimentos provocados por normas de caráter inferior.

Princípio da Legalidade - Toda atividade pública tem como base a lei, para sua efetiva
aplicabilidade. Atos administrativos ilegais são passíveis de nulidade e responsabilização.

Princípio da Impessoalidade – Tem as mesmas características da isonomia, segundo a qual os


administrados devem ser tratados de forma igual frente ao interesse público.

Princípio da Moralidade – A conduta do administrador público deve estar pautada na moral e


na ética, para que os administrados e administradores não sejam vítimas de atos desonestos e
antijurídicos.

Princípio da Publicidade – Os atos administrativos devem ser amplamente divulgados, para


que os administrados possam, de forma direta, controlar a efetividade das condutas dos
órgãos e dos agentes públicos.

Princípio da Supremacia do Interesse Público – Os interesses coletivos têm supremacia sobre


os interesses individuais, devendo o Estado preservar, por meio de seus atos, o bem-estar de
toda a sociedade.

Princípio da Autotutela – A Administração Pública, de ofício ou mediante provocação direta,


pode rever seus atos que, inoportunamente, se encontrem em vício de formação ou aplicação.

Princípio da Indisponibilidade – Os bens públicos são indisponíveis, devendo ser preservados


em favor da coletividade, evitando-se seu perecimento e perda por mau uso.
Princípios e garantias individuais e coletivos consagrados no artigo 5º da Constituição de
1988: isonomia (isto é, igualdade); legalidade; direito à vida; proibição de tortura; liberdade de
opinião e de expressão; acesso à informação (jornalística e pública); direito de resposta;
inviolabilidade da intimidade, da privacidade, da honra, da imagem, do domicílio e da
correspondência; liberdade de exercício profissional, de locomoção, de reunião e associação;
de propriedade, de petição, de obtenção de certidões e outros.

Art. 5º- Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;

II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;

III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;

IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano


material, moral ou à imagem;

VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos


cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;

VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e
militares de internação coletiva;

VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica
ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a
cumprir prestação alternativa, fixada em lei;

IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação,


independentemente de censura ou licença;

X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o
direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;

XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento
do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou,
durante o dia, por determinação judicial;

XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das


comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma
que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações
profissionais que a lei estabelecer;

XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando


necessário ao exercício profissional;

XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa,


nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;

XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público,
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente
convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;

XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;

XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de


autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;

XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades


suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;

XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;

XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para


representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;

XXII - é garantido o direito de propriedade;

XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;

XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade


pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados
os casos previstos nesta Constituição;

XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de


propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;

XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família,
não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade
produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;

XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de


suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: a) a proteção às participações individuais em obras
coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas; b) o
direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que
participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e
associativas;

XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua
utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes
de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o
desenvolvimento tecnológico e econômico do País;

XXX - é garantido o direito de herança;

XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em
benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei
pessoal do "de cujus";

XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;

XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade
e do Estado;

XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: a) o direito de


petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento
de situações de interesse pessoal;

XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;

XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;

XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;

 XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa; b) o sigilo das votações; c) a soberania dos veredictos; d) a
competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;

XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;

XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;

XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais;
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de
reclusão, nos termos da lei;

 XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da


tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como
crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo
evitá-los, se omitirem;

XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares,
contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;

XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano
e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e
contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;

XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: a)


privação ou restrição da liberdade; b) perda de bens; c) multa; d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos;

XLVII - não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art.
84, inciso XIX; b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de banimento; e) cruéis;

XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do


delito, a idade e o sexo do apenado;

XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;

L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos
durante o período de amamentação;

LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum,


praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;

LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;

LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;

LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;

LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são


assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;

LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;


LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal
condenatória;

LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas
hipóteses previstas em lei;

LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo
legal;

LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade
ou o interesse social o exigirem;

LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de
autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime
propriamente militar, definidos em lei;

LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados


imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;

LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-
lhe assegurada a assistência da família e de advogado;

LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu
interrogatório policial;

LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;

LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade
provisória, com ou sem fiança;

LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento
voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;

LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de


sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;

LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não
amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o responsável pela ilegalidade ou
abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições
do Poder Público;

LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: a) partido político com
representação no Congresso Nacional; b) organização sindical, entidade de classe ou
associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos
interesses de seus membros ou associados;
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora
torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas
inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;

LXXII - conceder-se-á "habeas-data": a) para assegurar o conhecimento de informações


relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades
governamentais ou de caráter público; b) para a retificação de dados, quando não se prefira
fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;

LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo
ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa,
ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-
fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;

LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem
insuficiência de recursos; LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim
como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença;

LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: a) o registro civil de
nascimento; b) a certidão de óbito;

LXXVII - são gratuitas as ações de "habeas-corpus" e "habeas-data", e, na forma da lei, os atos


necessários ao exercício da cidadania.

LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do


processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.
§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do
regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República
Federativa do Brasil seja parte.
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados,
em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos
respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha
manifestado adesão.

CONCEITO: É um ramo do Direito Público que regula a Lei de Organização Geral do Estado,
com o fim de resguardar a soberania social e econômica dos órgãos e das pessoas que
constituem um Estado Organizado. O Direito Constitucional possui normas de hierarquia
superior frente a outras normatizações existentes no Estado.

Constituição – Lei estrutural e fundamental de um Estado, que visa à organização de seus


poderes políticos, suas formas de manifestação e governo.
Classificação – As constituições podem ser classificadas quanto ao conteúdo, à forma, ao
modo de elaboração, à origem, à estabilidade, à extensão e à finalidade.

Quanto ao Conteúdo – As constituições podem ser materiais – não possuem codificação em


texto único, mas existem como normas materiais, mesmo que isoladas; ou formais – normas
que se expressam de forma escrita e inseridas em texto constitucional.

Quanto a Forma – Há a constituição escrita – O texto constitucional vem grafado em


documento único; e a não-escrita – suas regras são esparsas e se encontram em diversos
textos, costumes, doutrinas e jurisprudências (que são os julgamentos reiterados sobre
determinado assunto).

Quanto ao Modo de Elaboração – Podem ser dogmáticas – um produto escrito e


sistematizado por um órgão constituinte; ou históricas – baseadas em costumes, convenções,
jurisprudências e outros textos.

Quanto à Origem – São promulgadas – também denominadas democráticas ou populares, as


quais derivam de representantes diretos do povo; ou outorgadas – podem ser impostas
diretamente ao povo, com ou sem sua ratificação.

Quanto à Estabilidade – Podem ser: imutáveis – é vedada qualquer alteração em seu texto;
rígidas – sua alteração só ocorre através de um processo legislativo mais solene; flexíveis –
não exigem procedimento mais solene para sua modificação; e ainda semiflexíveis ou semi-
rígidas – Para alguns assuntos contêm limitações flexíveis e para outros, limitações mais
rígidas.

Quanto à Extensão e à Finalidade – Podem ser: sintéticas – possuem apenas normas e


princípios sintéticos de ordenamento do Estado; ou analíticas – mais abrangentes, abordam
todos os assuntos relevantes à formação e ao funcionamento do Estado.

A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DO BRASIL DE 1988 – É formal, escrita, dogmática, promulgada,


rígida e analítica.

Poder Constituinte – É a manifestação da soberania, da vontade política e social de um povo


organizado, a qual se expressa por meio de sua lei máxima, a constituição.

Espécies de Poder Constituinte

Poder Constituinte Originário – É o poder de se criar uma constituição, continuando sua


originaridade mesmo que venham sendo criadas novas constituições.

Poder Constituinte Derivado – É poder que vem inserido na própria constituição, que tem
limitações e é passível de controle de constitucionalidade.
Poder Constituinte Derivado Reformador – Exercido por órgãos representativos, é o poder de
se alterar a constituição respeitando a regulamentação contida no próprio texto
constitucional.

Poder Constituinte Derivado Decorrente – É o poder que os Estado membros têm de criar
suas próprias constituições, respeitando as normas contidas na Constituição Federal.

Organização do Estado Brasileiro (art. 1º) - A República Federativa do Brasil, formada pela
união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado
Democrático de Direito e tem como fundamentos: - a soberania; - a cidadania; - a dignidade da
pessoa humana; - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; - e o pluralismo político.

República – Forma de governo que se caracteriza pela eleição periódica do Chefe de Estado.

Federação – É a existência de vários Estados que, uma vez unidos, formam uma soberania por
meio do Estado Federal que os representa.

Soberania – Supremacia do Estado brasileiro na ordem de política externa e interna.

Cidadania – É a titularidade dos direitos políticos e civis de cada cidadão, os quais devem ser
garantidos e preservados.

União – Exerce as atribuições da soberania sem ser um estado membro, agindo em nome de
toda a Federação, interna e externamente.

Estados Membros – Têm independência relativa, pois existem de forma não-dependente no


que se refere à certa autonomia administrativa e financeira, mas estão ligados diretamente à
Federação.

Municípios – Células de composição dos estados membros, as quais existem de forma


independente no que se refere a certa autonomia administrativa e financeira, estando ligados
diretamente aos estados que compõem.

Poderes (art. 2º) - São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o
Executivo e o Judiciário.

Legislativo – Sua função básica é a elaboração de leis. Na esfera federal é exercido pelo
Congresso Federal e é bicameral - composto da Câmara dos Deputados e do Senado. Nos
estados e municípios, é unicameral.

Executivo – Sua função básica é a administração do Estado em conformidade com a legislação


específica. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República. Sua função atípica é
legislar e julgar em temas ligados a sua esfera de atuação.

Judiciário – Tem como função basilar a pacificação de litígios por meio da jurisdição, ou seja,
cabe ao Judiciário a distribuição da justiça pela aplicação das normas preexistentes e
elaboradas pelo poder legislativo.

Processo Legislativo – Conjunto coordenado de disposições que disciplinam a elaboração de


leis, em conformidade com a Constituição. Seqüência de atos a serem praticados pelos órgãos
do Legislativo, no que se refere à elaboração normativa.

Processo Legislativo Ordinário

Fase introdutória – é a fase de iniciativa de lei, que pode ser provocada por alguém ou algum
órgão que apresenta o necessário projeto de lei. Essa iniciativa pode ser efetivada pelos
membros do Congresso (parlamentar), ou pelo Presidente (extra-parlamentar).

Fase Constitutiva – depois da devida apresentação ao Congresso Nacional, haverá deliberação,


por meio de discussões e debates, sobre o projeto nas duas casas. O projeto pode ser
aprovado ou rejeitado. Caso seja aprovado, ainda será apreciado pelo Chefe do Executivo, o
qual poderá vetar ou sancionar a lei apresentada.

Fase Complementar – é a fase de promulgação da lei, a qual garante sua eficácia e


notoriedade: promulgação (certeza), e publicação (autenticidade).

Permissões do Processo Legislativo (art. 59) - O processo legislativo compreende a elaboração


de: emendas à Constituição; leis complementares; leis ordinárias; leis delegadas; medidas
provisórias; decretos legislativos; e resoluções.

Da Emenda à Constituição (art. 60) - A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; do
Presidente da República; ou de mais da metade das assembléias legislativas das unidades da
Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.

Das Leis (art. 61) - A iniciativa das leis complementares (que disciplinam e regulamentam
mandamentos constitucionais) e das leis ordinárias (que regulamentam outros mandamentos
sem previsão de regulamentação no texto constitucional) cabe a qualquer membro ou
comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional; ao
Presidente da República; ao Supremo Tribunal Federal; aos Tribunais Superiores; ao
Procurador-Geral da República; e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos na Constituição.

Medidas Provisórias (art. 62) - Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República


poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao
Congresso Nacional. As medidas provisórias perderão eficácia, desde a sua edição, se não
forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, uma vez por igual período,
devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas delas
decorrentes. Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias, contados
de sua publicação, entrará em regime de urgência, subseqüentemente, em cada uma das
Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as
demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando. Aprovado o projeto de lei
de conversão, alterando o texto original da medida provisória, esta se manterá integralmente
em vigor até que seja sancionada ou vetada.

Leis Delegadas (art. 68) - As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que
deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional. Não serão objeto de delegação os atos de
competência exclusiva do Congresso Nacional; os de competência privativa da Câmara dos
Deputados ou do Senado Federal; a matéria reservada à lei complementar; nem a legislação
sobre: - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus
membros; - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais; - planos
plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.

Decretos Legislativos (art. 59, inciso VI) – São da competência do Congresso Nacional, não
estando sujeitos a veto ou sanção do Presidente. Têm efeitos externos, previstos no artigo 49
(que trata da competência exclusiva do Congresso Nacional).

Resolução (art. 59, inciso VII) – Ato de competência do Congresso, para disciplinar questões
internas, nos casos previstos nos artigos 51 e 52 da Carta Magna.

Direitos e Garantias Individuais – São os direitos fundamentais e indispensáveis à aferição da


igualdade entre os cidadãos de um Estado.

Características

Historicidade: os diretos fundamentais podem ser produtos de uma evolução histórica ou


humana, surgindo junto com a sociedade para amparar suas necessidades.
Inalienabilidade: são intransferíveis e inegociáveis. Imprescritibilidade: o seu não-uso não
causa a sua inexigibilidade.
Irrenunciabilidade: não é licito aos cidadãos abrir mão de seus direitos, haja vista a
impossibilidade do ato.
Universalidade: os direitos fundamentais são dirigidos a todos os cidadãos, sem exceção.
Limitabilidade: os direitos fundamentais têm limitação, no caso de choque com outros direitos
e garantias.

Controle de Constitucionalidade – Ato de verificação e fiscalização de uma lei ou ato


normativo em face da Constituição Federal. Dois pressupostos básicos devem ser observados
quando do controle de constitucionalidade: os requisitos de caráter formal e os de caráter
material.

Requisito de Caráter Formal – Ocorre quando não se observam os preceitos contidos nas
normas constitucionais, para a criação de uma lei, o que de imediato traz a possibilidade de
enfrentamento da norma, pelo judiciário, pela sua clara inconstitucionalidade.
Vício Formal Subjetivo – Ocorre quando, na fase introdutória do processo legislativo, não é
observada a capacidade de iniciativa para apresentação do projeto de lei.

Vício Formal Objetivo – Ocorre durante as fases do processo legislativo, denominadas


elaboração e aprovação da norma. O vício se caracteriza pela inobservância de aspectos
objetivos, tais como número de turnos e quorum para votação.

Vício Material – Ocorre quanto ao conteúdo da norma frente às limitações impostas pelo
texto constitucional. Nesse caso, não existe ocorrência de vício objetivo, mas de vício insanável
e inconstitucional.

Vício Material Total – Ocorre quando a inconstitucionalidade contida na norma contamina


todo o seu texto, impedindo o aproveitamento de partes deste.

Vício Material Parcial – Apenas parte da norma está contaminada pela inconstitucionalidade,
podendo o restante da norma ter eficácia após a retirada da parte tida como inconstitucional.

Material de Estudo - Direito do Trabalho

A CTPS é obrigatória para o exercício de qualquer emprego, inclusive de natureza rural,


ainda que em caráter temporário, e para o exercício por conta própria de atividade
profissional remunerada. 

A CTPS será obrigatoriamente apresentada, contra recibo, pelo trabalhador ao


empregador que o admitir, o qual terá o prazo de 48 horas para nela anotar,
especificamente, a data de admissão, a remuneração e as condições especiais, se houver,
sendo facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico;

• As anotações concernentes à remuneração devem especificar o salário, qualquer que


seja sua forma e pagamento, seja ele em dinheiro ou em utilidades, bem como a
estimativa da gorjeta.

• As anotações na CTPS serão feitas:


   a) na data-base;
   b) a qualquer tempo, por solicitação do trabalhador;
   c) no caso de rescisão contratual; ou d) necessidade de comprovação perante a
Previdência Social.

• A falta de cumprimento pelo empregador do disposto acarretará a lavratura do auto de


infração,

• É vedado ao empregador EFETUAR ANOTAÇÕES DESABONADORAS à conduta


do empregado em sua CTPS;

• Os acidentes do trabalho SERÃO OBRIGATORIAMENTE ANOTADOS pelo INSS


na carteira do acidentado.
É o acordo referente à relação de emprego entre EMPREGADOR e EMPREGADO.  NATUREZA
JURÍDICA: As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais
ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por eqüidade
e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda,
de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, MAS SEMPRE DE MANEIRA QUE
NENHUM INTERESSE DE CLASSE OU PARTICULAR PREVALEÇA SOBRE O INTERESSE PÚBLICO.

• O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho, naquilo em que não for
incompatível com os princípios fundamentais deste.
• Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou
fraudar a aplicação dos preceitos contidos na CLT;
• O direito de ação quanto a créditos resultantes das relações de trabalho PRESCREVE:

I - em 5 anos para o trabalhador urbano, ATÉ O LIMITE de 2 anos após a extinção do contrato;
II - em 2 anos, após a extinção do contrato de trabalho, para o trabalhador rural. Conteúdo do
Contrato de Trabalho: As cláusulas contratuais são de livre estipulação entre as partes, desde
que não contravenham aquilo que está na Lei e nos instrumentos normativos.

Em regra, os contratos de Trabalho são realizados por prazo indeterminado.

Quanto ao Prazo de Duração: Indeterminado ou Determinado

Indeterminado - é a Regra;

Determinado - existem 3 hipóteses. Para ser válido o contrato, o mesmo precisa ser expresso e
por escrito. O prazo de duração do contrato é de 2 (dois) anos , exceto para o contrato de
experiência que é de 90 dias.
• serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo; Ex.: empresa
que fabrica produtos sazonais: fogos, ovos de páscoa, natal etc.
• atividades empresariais de caráter transitório. Ex.: substituição de empregados em férias;
• contrato de experiência. O contrato tem duração é de 90 dias (não 3 meses)

DIREITO DO TRABALHO - EVOLUÇÃO HISTÓRICA

I - ESCRAVIDÃO -
• No Brasil foi abolida a escravidão em 1888, porém anteriormente já havia sido
proibida a importação de escravos (1850), libertados os nascituros (1871), assim como
os maiores de 65 anos (1885).

- Locações – Esta locação se desdobrava em dois tipos:


• Locação de Serviços mediante pagamento (LOCATIO OPERARUM)
• Locação de Obra ou Empreitada - pago pela entrega de obra certa (LOCATIO
OPERIS FACIENDI).

II - SERVIDÃO: A evolução foi sutil : o escravo era coisa, de propriedade de seu amo;
o colono era pessoa, pertencente à terra. Sendo, "pessoa", sujeito de direito, podia
transmitir, por herança, seus animais e objetos pessoais: mais transmitia também a
condição de servo. A partir do século XI o regime feudal, com a servidão, entrou em
crise.

III - CORPORAÇÕES DE OFÍCIO - Com a decadência do regime feudal, os colonos


refugiaram-se nas cidades e pouco a pouco esses trabalhadores livres constituíram
instrumentos da produção econômica local, surgindo no século XII as corporações de
ofício. Dividiam-se em três personagens:
1) Mestres - eram os proprietários das oficinas, que passaram pela prova da obra-mestra;

2) Companheiros - trabalhadores que percebiam salários dos mestres;


3) Aprendizes - menores que recebiam dos mestres o ensino do ofício ou profissão.
Estes trabalhavam a partir dos 12 ou 14 anos, em alguns países idade inferior, ficando,
sob responsabilidade dos mestres; OBS: Os pais dos aprendizes pagavam taxas
elevadas, para o mestre ensinar seus filhos. Se o aprendiz superasse o grau de
dificuldade, passava a condição de companheiro. Os filhos dos mestres, maridos das
filhas dos mestres e/ ou marido da viúva do mestre não necessitavam fazer a prova de
obra-mestra para ser considerado mestre. Os trabalhadores tinham um pouco mais de
liberdade, porém os objetivos eram os interesses das corporações, mas do que conferir
qualquer proteção ao trabalhador. Foi definitivamente extinta com a Revolução
Francesa em 1789, pois consideradas incompatíveis com o ideal de liberdade do
homem. Outras causas da extinção foram à liberdade do comércio e o encarecimento
dos produtos das corporações.

OBS: APRENDIZ – ARTIGOS 428 ATÉ 433, DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO


TRABALHO.

MODELO DE CONTRATO DE APRENDIZAGEM ATUALMENTE


PERMITIDO

Pelo presente instrumento particular, nesta e na melhor forma de direito que entre si
firmam, de um lado a empresa ___________________________, inscrita no CNPJ do
Ministério da Fazenda sob nº 00.000.000/0001-00, com sede em (cidade) (UF), à
(ENDEREÇO), nº 000 – sala 000, neste ato representada por seu procurador/diretor
abaixo assinado, doravante designada EMPREGADOR, e do outro lado o (a) menor /
senhor (a) ___________________________, residente e domiciliado (a) em (cidade)
(UF), à Endereço, nº 000 – apto. 000, portador(a) da CTPS de nº 00000 – série 000ª,
doravante designado(a) APRENDIZ, neste ato assistido(a) pelo seu(sua) responsável
legal, Sr.(a) ____________________ (quando menor), ao final assinado, fica justo e
acertado o presente CONTRATO DE APRENDIZAGEM, mediante as cláusulas e
condições seguintes:

Cláusula Primeira – O EMPREGADOR admite a seus serviços o (a) APRENDIZ,


comprometendo-se a propiciar formação profissional na ocupação de
__________________________, sob regime de aprendizagem.

Cláusula Segunda – A aprendizagem referida na Cláusula Primeira desenvolver-se-á


em duas fases: a primeira no SENAI (SENAC) (SENAT) e a segunda, sob a forma de
estágio de prática profissional, no estabelecimento do EMPREGADOR.
Cláusula Terceira – A duração máxima da fase de Prática Profissional na empresa será
de 00 (_____________) meses, com jornada diária de 00 (____) horas.

Cláusula Quarta – O salário do (a) APRENDIZ, como forma de contraprestação será


de R$ 000,00 (__________________) reais, não sendo, em nenhuma hipótese, inferior
ao salário mínimo hora, conforme dispõe a Lei nº. 10.097/00.

Cláusula Quinta – O EMPREGADOR declara ser conhecedor de toda legislação


pertinente ao objeto do presente contrato, bem como se compromete a cumprir os
dispositivos legais preconizados nos artigos 428 a 433 da Consolidação das Leis do
Trabalho, com a alteração dada pela Lei 10.097/00, como também as Portarias 20/2001
e 04/2002, da Secretaria de Inspeção do Trabalho e da Diretoria do Departamento de
Segurança e Saúde do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego e ainda a Medida
Provisória de nº 251, de 14/06/2005.

Cláusula Sexta – O EMPREGADOR obriga-se a registrar na Carteira de Trabalho e


Previdência Social do (a) APRENDIZ, a vigência do presente CONTRATO DE
APRENDIZAGEM.

Cláusula Sétima – O (A) APRENDIZ compromete-se a exibir ao EMPREGADOR,


sempre que solicitado, o documento emitido pela Instituição de ensino
profissionalizante que comprove sua freqüência às aulas e registre o seu aproveitamento
escolar.

Cláusula Oitava – Sempre que o (a) APRENDIZ deixar de comparecer à instituição de


ensino profissionalizante, durante a fase escolar da aprendizagem, ou ao
estabelecimento do EMPREGADOR durante o período de prática profissional, sem
justificativa fundamentada, perderá o salário dos dias faltosos.

Cláusula Nona – Durante o período de recesso escolar, o (a) APRENDIZ poderá ser
convocado (a) pelo EMPREGADOR para prestação de serviços em seu
estabelecimento, observando-se a Consolidação das Leis do Trabalho no que concerne a
férias e limites de trabalho diário.

Cláusula Décima – O (A) APRENDIZ obriga-se a:


a) Participar regularmente das aulas e demais atos escolares na instituição de ensino
profissionalizante em que estiver matriculado, bem como a cumprir o Regulamento e
disposições disciplinares existentes naquela Unidade;
b) Obedecer às normas e regulamentos vigentes no estabelecimento do
EMPREGADOR, mormente às relativas à saúde e Segurança do Trabalho, durante a
fase de realização da prática profissional.

Cláusula Décima Primeira – O não cumprimento pelo (a) APRENDIZ de seus


deveres, bem como a falta de razoável aproveitamento na aprendizagem, ou a
inobservância pelo EMPREGADOR das obrigações assumidas neste Instrumento,
serão consideradas causas justas para a rescisão do presente CONTRATO DE
APRENDIZAGEM, como também a conclusão do Curso, o atingimento da idade
limite (24 anos) ou o período máximo de 02 (dois) anos de contrato.
E por estarem justos e contratados, assinam o presente instrumento em 03 (três) vias de
igual teor e forma, na presença das testemunhas abaixo nomeadas.

RJ, __ de _______________ de 2009.

REPRESENTANTE DA EMPRESA APRENDIZ

RESPONSÁVEL LEGAL (se menor)

EVOLUÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO NO MUNDO :

REVOLUÇÃO FRANCESA – 1789 - laissez-faire.

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - AFIRMA-SE QUE O DIREITO DO TRABALHO


E O CONTRATO DE TRABALHO PASSARAM A DESENVOLVER-SE COM O
SURGIMENTO DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL – NECESSIDADE DE
INTERVENÇÃO ESTATAL.

PRIMEIRAS LEIS TRABALHISTAS DE PROTEÇÃO AO EMPREGADO:

1802 - Lei de Peel - INGLATERRA - disciplina o trabalho dos aprendizes paroquianos


nos moinhos e que eram entregues aos donos das fábricas. Jornada limitada a 12 horas,
excluindo-se os intervalos para refeição. O trabalho não poderia iniciar-se antes das
6:00 e terminar após às 21:00 horas.

1813 - FRANÇA vedado trabalho de menores em minas.

1814 - FRANÇA vedado o trabalho aos domingos e feriados.

1819 - INGLATERRA - Lei tornando ilegal o trabalho a menores de 9 anos. O horário


do trabalho dos menores de 16 anos era de 12 horas diárias, nas prensas de algodão.

1833 - INGLATERRA - proibido trabalho para menores de 9 anos e a jornada de


trabalho era de 9 horas para menor de 13 anos e 12 horas para menor de 18 anos.

1839 - ALEMANHA - proibido trabalho para os menores de 9 anos e a jornada de


trabalho era de 10 horas para os menores de 16 anos. 1844 - INGLATERRA - Limitou
trabalho feminino em 10 horas diárias.

1847 - MAIS IMPORTANTE - INGLATERRA - SEPULTOU O TABU DO NÃO


INTERVENCIONISMO DO ESTADO NAS RELAÇÕES DE TRABALHO -
Limitou em caráter geral a jornada para 10 horas diárias. Essa Lei coroou a campanha
sindical por uma jornada diária de 8 horas.

1891 - A Encíclica RERUN NOVARUM (COISAS NOVAS), do Papa Leão XIII,


traça regras para intervenção estatal na relação entre trabalhador e patrão. Dizia
o Papa "não pode haver capital sem trabalho, nem trabalho sem capital".

IMPORTANTE : DE 1891 À 1919 (ANO EM QUE O TRATADO DE VERSAILLES


CONSAGROU O DIREITO DO TRABALHO), DIVERSOS ESTADOS PASSARAM
A LEGISLAR SOBRE ASPECTOS RELEVANTES DAS RELAÇÕES DE
TRABALHO, JORNADA DE TRABALHO, SALÁRIO-MÍNIMO, REPOUSO
SEMANAL REMUNERADO E EM FERIADOS, ACIDENTES DE TRABALHO,
SEGURO-DOENÇA, SEGURO-INVALIDEZ-VELHICE-MORTE. EXEMPLO:

1897 - RÚSSIA - 10 HORAS DIÁRIAS


1901 - AUTRÁLIA - PIONEIRA NAS 8 HORAS DIÁRIAS.
1907 - ITÁLIA - 10 HORAS DIÁRIAS.
1908 - GRÃ-BRETANHA - 8 HORAS PARA MINEIROS.

• A PRIMEIRA CONSTITUIÇÃO QUE TRATOU DO TEMA FOI A DO


MÉXICO - 1917 ESTABELECENDO JORNADA DE 8 HORAS SEMANAIS,
PROIBIÇÃO DE TRABALHO DE MENORES DE 12 ANOS, LIMITAÇÃO DA
JORNADA DOS MENORES DE 16 ANOS À SEIS HORAS, JORNADA
MÁXIMA NOTURNA DE SETE HORAS, DESCANSO SEMANAL, PROTEÇÃO
MATERNIDADE, SALÁRIO MÍNIMO, DIREITO A SINDICALIZAÇÃO,
INDENIZAÇÃO DE DISPENSA; SEGURO SOCIAL E PROTEÇÃO CONTRA
ACIDENTES DO TRABALHO.

• A SEGUNDA CONSTITUIÇÃO FOI A DE WEIMAR EM 1919 E A PARTIR


DAÍ AS CONSTITUIÇÕES DOS PAÍSES PASSARAM A TRATAR DO
DIREITO DO TRABALHO, CONSTITUCIONALIZANDO OS DIREITOS
TRABALHISTAS.

TRATADO DE VERSAILLES - 1919 - Surge prevendo a criação da Organização


Internacional do Trabalho (OIT).

1927 - CARTA DEL LAVORO - Institui um sistema corporativista-fascista, que


inspirou outros sistemas políticos, como Portugal, Espanha e especialmente Brasil. O
Estado nacional colocava-se acima dos interesses dos particulares, regulando
praticamente tudo.

1948 - DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM - Prevendo


também direitos como férias remuneradas periódicas, repouso e lazer, limitação
razoável ao trabalho....

EVOLUÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO NO BRASIL :

I - CARTA DA REPÚBLICA - DA INDEPENDÊNCIA AO IMPÉRIO - 1822 À


1889
Foi decretada em 1824, dois anos após a Declaração da Independência, adotou
pensamentos da Revolução Francesa, surgindo, por conseqüência uma ampla liberdade
para o trabalho e abolido as corporações de ofício.
II - A PRIMEIRA REPÚBLICA - 1889-1930
A Constituição Federal de 1891, apenas garantiu, quanto ao trabalho humano o livre
exercício de qualquer profissão moral, intelectual e industrial, garantindo também o
direito a associação, que mais tarde serviu de fundamento jurídico para o Supremo
Tribunal Federal considerar lícita a organização de sindicatos. Nesse período foram
editadas diversas Leis no Brasil dispondo sobre trabalho :
1891 - Lei dispondo sobre trabalho dos menores
1903 - Organização dos sindicatos rurais
1907 - sindicatos urbanos - ESTADO

III - O GOVERNO PROVISÓRIO DA REVOLUÇÃO DE 1930


Getúlio Vargas assumiu a chefia do governo provisório da Revolução em 24/10/1930 e
no dia 26 do mês seguinte criou o MINISTÉRIO DO TRABALHO.

IV - CARTA CONSTITUCIONAL DE 1937 E A CLT.


Esta CRFB era corporativista inspirada na Carta del Lavoro (1927) e na Constituição
Polonesa. Logo, o Estado, iria intervir nas relações entre empregados e empregadores,
uma vez que o estado liberal tinha se mostrado incapaz. A CLT surge em 01/05/1943;

V - CONSTITUIÇÃO DE 1946
GETÚLIO VARGAS FOI DEPOSTO EM 1945 E EM 1946 O PRESIDENTE EURICO
DUTRAS institui uma nova Constituição Federal considerada norma democrática,
rompendo com o corporativismo. Nela encontramos a participação dos empregados nos
lucros, repouso semanal remunerado, estabilidade, direito de greve...

VI - CONSTITUIÇÃO DE 1967 - RATIFICA A ANTERIOR.


.empregadas domésticas (5859/72)
.trabalhador rural (Lei 5889/73)
. trabalhador temporário (6019/74)

VII - CONSTITUIÇÃO DE 1988 -

A NOSSA ATUAL CONSTITUIÇÃO TRATA DOS DIREITOS DOS


TRABALHADORES EM SEUS ARTIGOS 7º A 11º ( CAPÍTULO II - DIREITOS
SOCIAIS), DO TÍTULO II (DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS)

DIREITO DO TRABALHO - CONCEITO E OBJETO

Conceito - Direito do Trabalho é o conjunto de princípios, regras e instituições


atinentes à relação de trabalho subordinado e situações análogas, visando assegurar
melhores condições de trabalho e sociais ao trabalhador, de acordo com as medidas de
proteção que lhe são destinadas.

DIVISÃO :
• DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO
• DIREITO COLETIVO DO TRABALHO

AUTONOMIA DO DIREITO DO TRABALHO :


O Direito do Trabalho surge quando o Código Civil começou a regular as antigas
locações de serviço.

Para que um ramo do Direito seja autônomo é necessário verificar-se a existência de:

- Autonomia Legislativa - Com a CLT e a Legislação esparsa que trata da matéria pode-
se considerar a autonomia.
- Do ponto de vista doutrinário verifica-se a autonomia do Direito do Trabalho.
- No que diz respeito ao desenvolvimento didático, todas as faculdades de Direito
possuem a matéria Direito do Trabalho. Os exames das OAB exigem conhecimentos de
Direito do Trabalho para habilitar o bacharel de Direito a atuar como advogado.
- Autonomia Jurisdicional - Têm-se pelos julgamentos de pleitos administrativos
pertencentes ao Poder Executivo e a partir da CLT. Em 1946 a CF consagrou a
autonomia jurisdicional da Justiça do Trabalho que passa a fazer parte integrante do
Poder Judiciário, com um ramo especializado que aplica a matéria.
- Autonomia Científica - O Direito do Trabalho possui Princípios Próprios, como o da
proteção ao trabalhador, norma mais favorável, irrenunciabilidade de direitos, sendo
completamente distintos do Direito Civil.

RELAÇÕES DO DIREITO DO TRABALHO COM OS DEMAIS RAMOS DO


DIREITO :

DIREITO CONSTITUCIONAL
DIREITO CIVIL – ARTIGO 8º, CLT
DIREITO COMERCIAL – SUCESSÃO TRABALHISTA, FALÊNCIA,
CONCORDATA....
DIREITO INTERNACIONAL – SÚMULA 207, TST.
DIREITO PENAL – DEMISSÃO POR JUSTA CAUSA....
DIREITO DA SEGURIDADE SOCIAL
DIREITO TRIBUTÁRIO
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO

FONTES DO DIREITO:

• FONTES FORMAIS DIRETAS OU IMEDIATAS:


- LEI
- COSTUMES
• FONTES FORMAIS INDIRETAS OU MEDIATAS:
- DOUTRINA
- JURISPRUDÊNCIA – SÚMULAS, ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS
EMITIDAS PELO TST, STF, PRECEDENTES NORMATIVOS.

As fontes formais se dividem em Autônomas e Heterônomas.

Autônomas → quando as fontes decorrem de entendimento das partes. Não vão


recorrer a um terceiro. Ex: Convenção coletiva de trabalho e acordo coletivo de trabalho
(CLT, 611).

Heterônomas → são as fontes originadas por pessoas estranhas a relação capital X


trabalho. A fonte formal mais elevada, que se sobrepõe às outras é a CRFB - seguem-se
às leis ordinárias e complementares, medidas provisórias, decretos, regulamentos,
portarias, instruções normativas, resoluções e sentença normativa.

- Fontes Materiais – São os fatores reais que irão influenciar na criação da norma
jurídica, isto é, sociais, psicológicos, econômicos, históricos...

São fontes do Direito do Trabalho:

a) CONSTITUIÇÃO – Desde 1394 existem regras trabalhistas especificadas nesse tipo


de norma. A Constituição de 1988 traz vários direitos trabalhistas nos artigos 7º a 11º.
Compete privativamente a UNIÃO legislar sobre Direito do Trabalho.
b) LEIS – Lei é a norma emanada do Poder Legislativo, procurando regular condutas e
impor sanções. A principal Lei trabalhista é a CLT, porém há também outras legislações
como : Lei 5811/72 (empregados trabalham em plataformas de Petróleo), Lei 7064/82
(serviços no exterior)...
c) ATOS DO PODER EXECUTIVO – O poder executivo edita decretos ( A CLT
originou-se através do DEC-LEI 5452). Hoje, expede medidas provisórias, que têm
força de lei pelo período de 60 dias prorrogáveis por uma vez. São expedidos também
ordens de serviços...
d) COSTUMES (ARTIGO 8º CLT) – A reiteração na aplicação de uma regra pela
sociedade mostra que ela passa a ser fonte de direitos e obrigações.
e) SENTENÇAS NORMATIVAS – É o resultado do dissídio coletivo. É uma decisão
dos tribunais trabalhistas que estabelecem condições aplicáveis às partes envolvidas,
possuindo fundamento no artigo 114, §2º da CF.
f) ACORDOS – São ajustes celebrados entre uma ou mais empresas e o sindicato da
categoria profissional a respeito de condições de trabalho (artigo 611, §1º da CLT)
g) CONVENÇÕES – Negócios jurídicos firmados entre dois ou mais sindicatos sobre
condições de trabalho, tendo de um lado o sindicato patronal e do outro o sindicato dos
empregados (artigo 611 CLT)
h) REGULAMENTO DA EMPRESA – É considerada fonte extra-estatal, autônoma,
uma vez que o empregador fixa condições de trabalho no regulamento da empresa.
i) CONTRATOS DE TRABALHO – O artigo 8º da CLT fixa ser o contrato de
trabalho fonte, pois determina direitos e deveres do empregado e do empregador.

EFICÁCIA DA LEI SEGUNDO O TEMPO E ESPAÇO :

TEMPO – REFERE-SE À ENTRADA EM VIGOR. NO DIR. TRABALHO ENTRAM


EM VIGOR A PARTIR DA DATA DA PUBLICAÇÃO DA LEI, TENDO EFICÁCIA
IMEDIATA. INEXISTINDO DISPOSIÇÃO EXPRESSA SERÃO 45 DIAS (ART. 1º
LICC). NOS PAÍSES ESTRANGEIROS A OBRIGATORIEDADE DA LEI
BRASILEIRA QUANDO ADMITIDA É APÓS 3 MESES (§1º, ART. 1º LICC)
VACATIO LEGIS – PERÍODO ENTRE A EDIÇÃO DA LEI E SUA APLICAÇÃO.
EX. LEI FGTS (5107/66) ENTROU EM VIGOR EM 01/01/1967.

ESPAÇO – LEI TRABALHISTA É APLICÁVEL NO BRASIL PARA


ESTRANGEIROS E NACIONAIS. §2º ART. 651 DA CLT – COMPETÊNCIA DA JT
BRASILEIRA PARA JULGAR AÇÃO OCORRIDA EM EMPRESA QUE POSSUA
AGÊNCIA OU FILIAR NO ESTRANGEIRO, DESDE QUE EMPREGADO
BRASILEIRO E INEXISTA CONVENÇÃO INTERNACIONAL NESSE SENTIDO.
SUMULA 207 DO TST - EXCEÇÃO LEI 7064/82 (PREVÊ A APLICAÇÃO DA LEI
BRASILEIRA NO EXTERIOR DESDE QUE CONTRATADO NO BRASIL PARA
TRABALHAR EM EMPRESA DE ENGENHARIA NO EXTERIOR.)

• PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO :


Conceito : São enunciados genéricos que devem iluminar tanto a elaboração das leis, a
criação de normas jurídicas autônomas e a estipulação de cláusulas contratuais, como
interpretação e aplicação do direito.

1) PRINCÍPIO PROTETOR:
Subdividido em outros três:
1.1) IN DUBIO PRO OPERARIO: Diante de um texto jurídico que possa oferecer
dúvidas a respeito de seu sentido, o interprete deverá pender dentre as hipóteses
possíveis àquela mais benéfica ao obreiro. (Não há se falar em princípio do in dúbio pro
reo – é incompatível com o Direito do Trabalho)
Condições de sua aplicação:
• Somente quando exista dúvida ao alcance da norma legal
• Sempre que não esteja em desacordo com a vontade do legislador.

Formas de aplicação: Interpretar a lei:

Contrato de trabalho; regulamento de empresa. A dúvida deve ser interpretada


contra quem redigiu o texto obscuro ou ambíguo (na relação de emprego – o
empregador)

Convenção ou acordo coletivo

1.2) PREVALÊNCIA DA NORMA MAIS FAVORÁVEL AO TRABALHADOR

1.3) PRESERVAÇÃO DA CONDIÇÃO MAIS BENÉFICA

2 ) PRINCÍPIO DA IRRENUNCIABILIDADE DE DIREITOS – TEMOS COMO


REGRA QUE OS DIREITOS TRABALHISTAS SÃO IRRENUNCIÁVEIS. EX. O
EMPREGADO NÃO PODERÁ RENUNCIAR AO SEU DIREITO DE FÉRIAS,
SENDO NULO TAL ATO DE ACORDO COM O ARTIGO 9º DA CLT.

FLEXIBILIZAÇÃO

AMPLIAÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO EM TURNOS


SÚMULA
ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO SEM PG DE HORAS
423, TST
EXTRAS
PAGAMENTO PROPORCIONAL DO ADICIONAL DE SÚMULA
PERICULOSIDADE 364, TST

3) PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DA RELAÇÃO DE EMPREGO

4) PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DA REALIDADE

5) PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE
6) PRINCÍPIO DA BOA-FÉ

PRINCÍPIOS DO DIREITO COLETIVO DO TRABALHO

1 ) PRINCÍPIO DA INSUFICIÊNCIA DA NORMA ESTATAL

2) PRINCÍPIO DA AUTONOMIA PRIVADA COLETIVA

3) PRINCÍPIO DA LIBERDADE SINDICAL

4) PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA

TIPOS DE TRABALHADORES

ESPÉCIE CONCEITUAÇÃO DIFERENCIAL LEI


 ART. 3º
 EMPREGADO  SHOPP  SUBORDINAÇÃO
CLT
 AQUELE QUE
 ART. 602,
 EVENTUAL PRESTA SERVS  PRECARIEDADE
CC
OCASIONALMENTE
 POR CONTA  ARTS 593
 AUTÔNOMO  INDEPENDÊNCIA
PRÓPRIA A 609, CC
 INTERMEDIAÇÃO
 LEI
 AVULSO OGMO OU  NÃO VINCULAÇÃO
8.630/93
SINDICATO
 ADMINISTRA
 INDEPENDÊNCIA  ARTS. 653
 MANDATÁRIO INTERESSES DE
RELATIVA A 691, CC
OUTRÉM
 AQUELE QUE
TRABALHA NO  ARTS. 730
 TRANSPORTADOR  INDEPENDÊNCIA
TRANSPORTE POR A 756, CC
CONTA PRÓPRIA
 AQUELE QUE SE
COMPROMETE A
REALIZAR OBRA
CERTA,  REMUNERAÇÃO  ART. 610
 EMPREITEIRO
RECEBENDO POR RESULTADO A 626, CC
REMUNERAÇÃO
PELA OBRA
REALIZADA
 O ESTUDANTE
MAIOR DE 14 E ATÉ  CLT, ART.
 FINALIDADE
 APRENDIZ 24 ANOS 428 A 433
EDUCATIVA
(APRENDIZAGEM E ECA
PROFISSIONAL)
 SERVIÇO  LEI
 TEMPORÁRIO  TRANSITORIEDADE
EXTRAORDINÁRIO 6019/74
 LEI
  ÂMBITO  SEM FINALIDADE 5859/72 E §
 DOMÉSTICO
RESIDENCIAL LUCRATIVA ÚNICO,
ART. 7º, CF
 PRESTA SERVIÇO
EM PROPRIEDADE
RURAL OU PRÉDIO
RÚSTICO A  NATUREZA DO  LEI
 RURAL
EMPREGADOR SERVIÇO 5889/73
RURAL, SOB
DEPENDÊNCIA
DESTE
 COLOCA SUA
FORÇA DE
TRABALHO
 LEI
 COOPERADO ATRAVÉS DE ENTE  NÃO VINCULAÇÃO
5764/71
COOPERADO, COM
REMUNERAÇÃO
RATEADA
 POR CONTA
PRÓPRIA SEM  NÃO  LEI
 VOLUNTÁRIO
FINALIDADE REMUNERAÇÃO 9608/98
LUCRATIVA
 VISA AQUISIÇÃO
 FINALIDADE  LEI
 ESTAGIÁRIO DE EXPERIÊNCIA
EDUCATIVA 11788/2008
PROFISSIONAL
 FINALIDADE
 TRABALHO EDUCATIVA E
VOLUNTÁRIO E PRODUTIVA (3 DIAS  LEI
 PRESO
REMUNERADO DO DE TRABALHO 7210/84
DETENTO REDUZEM 1 DIA DA
PENA)

Carla Sendon Ameijeiras Veloso - Advogada trabalhista, especialista em direito material


e processual do trabalho e processo civil e mestranda em direito público pela
Universidade Estácio de Sá

Só existe uma relação de emprego quando alguns requisitos são preenchidos, de acordo
com a Legislação (artigos 2º e 3º, da CLT).

EMPREGADOR: É a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da


atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. 
Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os
PROFISSIONAIS LIBERAIS, as INSTITUIÇÕES DE  BENEFICÊNCIA, as
ASSOCIAÇÕES RECREATIVAS ou outras instituições sem fins lucrativos, que
admitirem trabalhadores como empregados.

EMPREGADO: toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a
empregador, sob a dependência deste e mediante salário. 

Assim, o EMPREGADO é o SUJEITO que presta serviços ao EMPREGADOR com:

Pessoa física(pessoa,natural;as pessoas jurídicas-entes abstratos criados pela lei – não o


podem ser.O empregador ao contrário,poderá ser pessoa física ou jurídica)
Pessoalidade (não pode se fazer substituir por pessoa estranha à empresa) 
Onerosidade (o trabalho é realizado em troca de um pagamento) N Não 
Eventualidade (deve haver habitualidade) 
Subordinação Jurídica (recebe ordens de seu empregador) 

EMPREGADOR nada mais é do que aquele que: 


Admite o empregado 
Dirige a prestação pessoal de serviços 
Assalaria o empregado 

“Toda relação de emprego é uma relação de Trabalho, mas nem toda relação de
Trabalho é uma relação de Emprego” 

Grupo Econômico - Sempre que uma ou mais empresas tendo, cada uma delas,
personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de
outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade
econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis à
empresa principal e cada uma das subordinadas. 
Se o responsável solidário não participou da relação processual como reclamado, não
pode ser sujeito passivo na execução; 
A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a
mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de
trabalho, salvo ajuste em contrário.

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