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Quanto à forma
Escrita: pode ser: sintética (como a Constituição dos Estados Unidos) e analítica
(expansiva, como a Constituição do Brasil). A ciência política recomenda que as
constituições sejam sintéticas e não expansivas como é a brasileira.
Não escrita: é a constituição cuja normas não constam de um documento único e
solene, mas se baseie principalmente nos costumes, na jurisprudência e em convenções
e em textos constitucionais esparsos.
Histórica: é sempre não escrita e resultante de lenta formação histórica, do lento
evoluir das tradições, dos fatos sócio-políticos, que se cristalizam como normas
fundamentais da organização de determinado Estado. Como exemplo de Constituição
não escrita e histórica temos a Constituição do Reino Unido da Grã Bretanha e da
Irlanda do Norte. (ex. Magna Carta - datada de 1215)
• A escrita é sempre dogmática; A não escrita é sempre histórica.
Outorgada: aquela em que o processo de positivação decorre de ato de força, são
impostas, decorrem do sistema autoritário. São as elaboradas sem a participação do
povo. Ex.: Constituição de 1824, 1937, 1967, 1969.
OBS: A expressão Carta Constitucional é usada hoje pelo STF para caracterizar as
constituições outorgadas. Portanto, não é mais sinônimo de constituição.
Elementos da constituição
Câmara dos Deputados = 513 membros (MA = 257 e 3/5 = 308)
Senado Federal = 81 membros (MA = 41 e 3/5 = 49)
• Quando a constituição diz maioria sem adjetivar está se referindo à maioria simples.
Portanto, quando a constituição não estabelecer exceção as deliberações de cada Casa
serão tomadas por maioria simples, desde que o quorum seja de maioria absoluta.
quorum: é o número mínimo de membros que devem estar presentes para que a
sessão daquele órgão possa ser instalada. A Constituição exige que este número seja de
maioria absoluta.
Logo, todas as normas constitucionais são aplicáveis, pois todas são dotadas de eficácia
jurídica. Porém, esta capacidade de incidir imediatamente sobre os fatos regulados não é
uma característica de todas as normas constitucionais.
- tem autonomia operativa e idoneidade suficiente para deflagrar todos os efeitos a que
se preordena;
- são aquelas que têm aplicabilidade imediata, integral, direta, mas que podem ter o seu
alcance reduzido pela atividade do legislador infraconstitucional.
- a utilização de certas expressões como “a lei regulará”, ou “a lei disporá”, ou ainda “na
forma da lei”, deixa claro que a vontade constitucional não está integralmente composta.
Subdividem-se em:
Normas de Princípio Institutivo: são aquelas que dependem de lei para dar corpo às
instituições, pessoas e órgãos previstos na Constituição.
O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua duração, especificará
as áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as medidas coercitivas a
vigorarem, dentre as seguintes: I - restrições aos direitos de: reunião, ainda que exercida no
seio das associações; sigilo de correspondência; e sigilo de comunicação telegráfica e
telefônica; II - ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de
calamidade pública, respondendo a União pelos danos e custos decorrentes. O tempo de
duração do estado de defesa não será superior a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez,
por igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação.
Controle Difuso – Capacidade que todo e qualquer juiz ou tribunal tem de fazer a análise de
compatibilidade de norma existente com os ordenamentos da Constituição Federal (é sempre
oriundo de um caso concreto).
ADIN – Ação Direta de Inconstitucionalidade – (arts. 102 e 103) – Esta ação tem como basilar
a retirada do ordenamento jurídico de normas e leis incompatíveis com os ditames fixados na
Constituição Federal. Podem propor a Ação Direta de Inconstitucionalidade e a Ação
Declaratória de Constitucionalidade: - o Presidente da República; - a Mesa do Senado Federal; -
a Mesa da Câmara dos Deputados; - a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa
do Distrito Federal; - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; - o Procurador-Geral da
República; - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; - partido político com
representação no Congresso Nacional; - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito
nacional. O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações de
inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal.
Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma
constitucional, será dada ciência ao poder competente para a adoção das providências
necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias. Quando o
Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato
normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o ato ou texto
impugnado.
Habeas Corpus” (corpo livre, ou liberdade para o corpo) (art. 5º, inciso LXVIII) – Ação que
protege o direito de locomoção, sendo utilizado sempre que alguém sofrer ou se achar
ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou
abuso de poder. Não é possível seu manejo em punições disciplinares expedidas por órgãos
militares.
Mandado de Injunção (art. 5º, inciso LXXI) - Conceder-se-á mandado de injunção sempre que
a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades
constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. É
utilizado sempre que houver lacuna na lei ou falta desta.
Ação Popular (art. 5º, inciso LXXIII) - Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação
popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado
participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural,
ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência
(veja-se a Lei 4.717/65).
É a manifestação soberana da suprema vontade política de um povo, social e
juridicamente organizado.
Espécies:
Características:
Autônomo / ilimitado - não está limitado pelo direito anterior, não tendo que respeitar
os limites postos pelo direito positivo anterior; não há nenhum condicionamento
material;
Incondicionado - não está sujeito a qualquer forma pré-fixada para manifestação de sua
vontade; não está submisso a nenhum procedimento de ordem formal
Características:
Derivado - deriva de outro poder que o instituiu, retirando sua força do poder
Constituinte originário;
II) poder derivado decorrente: poder dos Estados, unidades da federação, de elaborar
as suas próprias constituições. O exercente deste poder são as Assembléias
Legislativas dos Estados. Possibilita que os Estados Membros se auto-organizem.
A Constituição de 1988 deu aos Municípios um status diferenciado do que antes era
previsto, chegando a considerá-los como entes federativos, com a capacidade de auto-
organizar-se através de suas próprias Constituições Municipais que são denominadas
Leis Orgânicas.
Princípio da Legalidade - Toda atividade pública tem como base a lei, para sua efetiva
aplicabilidade. Atos administrativos ilegais são passíveis de nulidade e responsabilização.
Art. 5º- Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e
militares de internação coletiva;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica
ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a
cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o
direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento
do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou,
durante o dia, por determinação judicial;
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público,
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente
convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família,
não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade
produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua
utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes
de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o
desenvolvimento tecnológico e econômico do País;
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em
benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei
pessoal do "de cujus";
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade
e do Estado;
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa; b) o sigilo das votações; c) a soberania dos veredictos; d) a
competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais;
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de
reclusão, nos termos da lei;
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares,
contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano
e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e
contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;
XLVII - não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art.
84, inciso XIX; b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de banimento; e) cruéis;
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos
durante o período de amamentação;
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas
hipóteses previstas em lei;
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo
legal;
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade
ou o interesse social o exigirem;
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de
autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime
propriamente militar, definidos em lei;
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-
lhe assegurada a assistência da família e de advogado;
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu
interrogatório policial;
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade
provisória, com ou sem fiança;
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento
voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não
amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o responsável pela ilegalidade ou
abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições
do Poder Público;
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: a) partido político com
representação no Congresso Nacional; b) organização sindical, entidade de classe ou
associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos
interesses de seus membros ou associados;
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora
torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas
inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo
ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa,
ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-
fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem
insuficiência de recursos; LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim
como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença;
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: a) o registro civil de
nascimento; b) a certidão de óbito;
CONCEITO: É um ramo do Direito Público que regula a Lei de Organização Geral do Estado,
com o fim de resguardar a soberania social e econômica dos órgãos e das pessoas que
constituem um Estado Organizado. O Direito Constitucional possui normas de hierarquia
superior frente a outras normatizações existentes no Estado.
Quanto à Estabilidade – Podem ser: imutáveis – é vedada qualquer alteração em seu texto;
rígidas – sua alteração só ocorre através de um processo legislativo mais solene; flexíveis –
não exigem procedimento mais solene para sua modificação; e ainda semiflexíveis ou semi-
rígidas – Para alguns assuntos contêm limitações flexíveis e para outros, limitações mais
rígidas.
Poder Constituinte Derivado – É poder que vem inserido na própria constituição, que tem
limitações e é passível de controle de constitucionalidade.
Poder Constituinte Derivado Reformador – Exercido por órgãos representativos, é o poder de
se alterar a constituição respeitando a regulamentação contida no próprio texto
constitucional.
Poder Constituinte Derivado Decorrente – É o poder que os Estado membros têm de criar
suas próprias constituições, respeitando as normas contidas na Constituição Federal.
Organização do Estado Brasileiro (art. 1º) - A República Federativa do Brasil, formada pela
união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado
Democrático de Direito e tem como fundamentos: - a soberania; - a cidadania; - a dignidade da
pessoa humana; - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; - e o pluralismo político.
República – Forma de governo que se caracteriza pela eleição periódica do Chefe de Estado.
Federação – É a existência de vários Estados que, uma vez unidos, formam uma soberania por
meio do Estado Federal que os representa.
Cidadania – É a titularidade dos direitos políticos e civis de cada cidadão, os quais devem ser
garantidos e preservados.
União – Exerce as atribuições da soberania sem ser um estado membro, agindo em nome de
toda a Federação, interna e externamente.
Poderes (art. 2º) - São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o
Executivo e o Judiciário.
Legislativo – Sua função básica é a elaboração de leis. Na esfera federal é exercido pelo
Congresso Federal e é bicameral - composto da Câmara dos Deputados e do Senado. Nos
estados e municípios, é unicameral.
Judiciário – Tem como função basilar a pacificação de litígios por meio da jurisdição, ou seja,
cabe ao Judiciário a distribuição da justiça pela aplicação das normas preexistentes e
elaboradas pelo poder legislativo.
Fase introdutória – é a fase de iniciativa de lei, que pode ser provocada por alguém ou algum
órgão que apresenta o necessário projeto de lei. Essa iniciativa pode ser efetivada pelos
membros do Congresso (parlamentar), ou pelo Presidente (extra-parlamentar).
Da Emenda à Constituição (art. 60) - A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; do
Presidente da República; ou de mais da metade das assembléias legislativas das unidades da
Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
Das Leis (art. 61) - A iniciativa das leis complementares (que disciplinam e regulamentam
mandamentos constitucionais) e das leis ordinárias (que regulamentam outros mandamentos
sem previsão de regulamentação no texto constitucional) cabe a qualquer membro ou
comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional; ao
Presidente da República; ao Supremo Tribunal Federal; aos Tribunais Superiores; ao
Procurador-Geral da República; e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos na Constituição.
Leis Delegadas (art. 68) - As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que
deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional. Não serão objeto de delegação os atos de
competência exclusiva do Congresso Nacional; os de competência privativa da Câmara dos
Deputados ou do Senado Federal; a matéria reservada à lei complementar; nem a legislação
sobre: - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus
membros; - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais; - planos
plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.
Decretos Legislativos (art. 59, inciso VI) – São da competência do Congresso Nacional, não
estando sujeitos a veto ou sanção do Presidente. Têm efeitos externos, previstos no artigo 49
(que trata da competência exclusiva do Congresso Nacional).
Resolução (art. 59, inciso VII) – Ato de competência do Congresso, para disciplinar questões
internas, nos casos previstos nos artigos 51 e 52 da Carta Magna.
Características
Requisito de Caráter Formal – Ocorre quando não se observam os preceitos contidos nas
normas constitucionais, para a criação de uma lei, o que de imediato traz a possibilidade de
enfrentamento da norma, pelo judiciário, pela sua clara inconstitucionalidade.
Vício Formal Subjetivo – Ocorre quando, na fase introdutória do processo legislativo, não é
observada a capacidade de iniciativa para apresentação do projeto de lei.
Vício Material – Ocorre quanto ao conteúdo da norma frente às limitações impostas pelo
texto constitucional. Nesse caso, não existe ocorrência de vício objetivo, mas de vício insanável
e inconstitucional.
Vício Material Parcial – Apenas parte da norma está contaminada pela inconstitucionalidade,
podendo o restante da norma ter eficácia após a retirada da parte tida como inconstitucional.
• O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho, naquilo em que não for
incompatível com os princípios fundamentais deste.
• Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou
fraudar a aplicação dos preceitos contidos na CLT;
• O direito de ação quanto a créditos resultantes das relações de trabalho PRESCREVE:
I - em 5 anos para o trabalhador urbano, ATÉ O LIMITE de 2 anos após a extinção do contrato;
II - em 2 anos, após a extinção do contrato de trabalho, para o trabalhador rural. Conteúdo do
Contrato de Trabalho: As cláusulas contratuais são de livre estipulação entre as partes, desde
que não contravenham aquilo que está na Lei e nos instrumentos normativos.
Indeterminado - é a Regra;
Determinado - existem 3 hipóteses. Para ser válido o contrato, o mesmo precisa ser expresso e
por escrito. O prazo de duração do contrato é de 2 (dois) anos , exceto para o contrato de
experiência que é de 90 dias.
• serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo; Ex.: empresa
que fabrica produtos sazonais: fogos, ovos de páscoa, natal etc.
• atividades empresariais de caráter transitório. Ex.: substituição de empregados em férias;
• contrato de experiência. O contrato tem duração é de 90 dias (não 3 meses)
I - ESCRAVIDÃO -
• No Brasil foi abolida a escravidão em 1888, porém anteriormente já havia sido
proibida a importação de escravos (1850), libertados os nascituros (1871), assim como
os maiores de 65 anos (1885).
II - SERVIDÃO: A evolução foi sutil : o escravo era coisa, de propriedade de seu amo;
o colono era pessoa, pertencente à terra. Sendo, "pessoa", sujeito de direito, podia
transmitir, por herança, seus animais e objetos pessoais: mais transmitia também a
condição de servo. A partir do século XI o regime feudal, com a servidão, entrou em
crise.
Pelo presente instrumento particular, nesta e na melhor forma de direito que entre si
firmam, de um lado a empresa ___________________________, inscrita no CNPJ do
Ministério da Fazenda sob nº 00.000.000/0001-00, com sede em (cidade) (UF), à
(ENDEREÇO), nº 000 – sala 000, neste ato representada por seu procurador/diretor
abaixo assinado, doravante designada EMPREGADOR, e do outro lado o (a) menor /
senhor (a) ___________________________, residente e domiciliado (a) em (cidade)
(UF), à Endereço, nº 000 – apto. 000, portador(a) da CTPS de nº 00000 – série 000ª,
doravante designado(a) APRENDIZ, neste ato assistido(a) pelo seu(sua) responsável
legal, Sr.(a) ____________________ (quando menor), ao final assinado, fica justo e
acertado o presente CONTRATO DE APRENDIZAGEM, mediante as cláusulas e
condições seguintes:
Cláusula Nona – Durante o período de recesso escolar, o (a) APRENDIZ poderá ser
convocado (a) pelo EMPREGADOR para prestação de serviços em seu
estabelecimento, observando-se a Consolidação das Leis do Trabalho no que concerne a
férias e limites de trabalho diário.
V - CONSTITUIÇÃO DE 1946
GETÚLIO VARGAS FOI DEPOSTO EM 1945 E EM 1946 O PRESIDENTE EURICO
DUTRAS institui uma nova Constituição Federal considerada norma democrática,
rompendo com o corporativismo. Nela encontramos a participação dos empregados nos
lucros, repouso semanal remunerado, estabilidade, direito de greve...
DIVISÃO :
• DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO
• DIREITO COLETIVO DO TRABALHO
Para que um ramo do Direito seja autônomo é necessário verificar-se a existência de:
- Autonomia Legislativa - Com a CLT e a Legislação esparsa que trata da matéria pode-
se considerar a autonomia.
- Do ponto de vista doutrinário verifica-se a autonomia do Direito do Trabalho.
- No que diz respeito ao desenvolvimento didático, todas as faculdades de Direito
possuem a matéria Direito do Trabalho. Os exames das OAB exigem conhecimentos de
Direito do Trabalho para habilitar o bacharel de Direito a atuar como advogado.
- Autonomia Jurisdicional - Têm-se pelos julgamentos de pleitos administrativos
pertencentes ao Poder Executivo e a partir da CLT. Em 1946 a CF consagrou a
autonomia jurisdicional da Justiça do Trabalho que passa a fazer parte integrante do
Poder Judiciário, com um ramo especializado que aplica a matéria.
- Autonomia Científica - O Direito do Trabalho possui Princípios Próprios, como o da
proteção ao trabalhador, norma mais favorável, irrenunciabilidade de direitos, sendo
completamente distintos do Direito Civil.
DIREITO CONSTITUCIONAL
DIREITO CIVIL – ARTIGO 8º, CLT
DIREITO COMERCIAL – SUCESSÃO TRABALHISTA, FALÊNCIA,
CONCORDATA....
DIREITO INTERNACIONAL – SÚMULA 207, TST.
DIREITO PENAL – DEMISSÃO POR JUSTA CAUSA....
DIREITO DA SEGURIDADE SOCIAL
DIREITO TRIBUTÁRIO
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
FONTES DO DIREITO:
- Fontes Materiais – São os fatores reais que irão influenciar na criação da norma
jurídica, isto é, sociais, psicológicos, econômicos, históricos...
1) PRINCÍPIO PROTETOR:
Subdividido em outros três:
1.1) IN DUBIO PRO OPERARIO: Diante de um texto jurídico que possa oferecer
dúvidas a respeito de seu sentido, o interprete deverá pender dentre as hipóteses
possíveis àquela mais benéfica ao obreiro. (Não há se falar em princípio do in dúbio pro
reo – é incompatível com o Direito do Trabalho)
Condições de sua aplicação:
• Somente quando exista dúvida ao alcance da norma legal
• Sempre que não esteja em desacordo com a vontade do legislador.
FLEXIBILIZAÇÃO
5) PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE
6) PRINCÍPIO DA BOA-FÉ
4) PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA
TIPOS DE TRABALHADORES
Só existe uma relação de emprego quando alguns requisitos são preenchidos, de acordo
com a Legislação (artigos 2º e 3º, da CLT).
EMPREGADO: toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a
empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
“Toda relação de emprego é uma relação de Trabalho, mas nem toda relação de
Trabalho é uma relação de Emprego”
Grupo Econômico - Sempre que uma ou mais empresas tendo, cada uma delas,
personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de
outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade
econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis à
empresa principal e cada uma das subordinadas.
Se o responsável solidário não participou da relação processual como reclamado, não
pode ser sujeito passivo na execução;
A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a
mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de
trabalho, salvo ajuste em contrário.