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Março 2010
ELABORAÇÃO
REVISÃO
Profa. Esp. SÔNIA VIEIRA DE FARIAS
REVISÃO FINAL
Profa. Ms. MARIA DO CARMO CUSTÓDIO DE MELO SILVEIRA
Profa. Ms. MARTA BETÂNIA MARINHO SILVA
APRESENTAÇÃO
1. OBJETIVO........................................................................................................................ 01
2. PRESSUPOSTOS............................................................................................................. 01
2.1 Conceitos e Concepção..................................................................................................... 01
2.2 O corpo e a Educação Física............................................................................................. 02
2.3 A Cultura Corporal de Movimento................................................................................... 03
2.4 A Educação Física e as representações sociais................................................................. 03
2.5 A Educação Física, ética e cidadania................................................................................ 04
3. FUNDAMENTAÇÃO FILOSÓFICA............................................................................ 04
4. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL....................................................................................... 05
5. PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS................................................................ 06
5.1 Princípios fundamentais para a intervenção pedagógica.................................................. 06
5.2 Princípios do trabalho pedagógico em Educação Física................................................... 07
5.3 Princípios fundamentais para o Esporte Educacional....................................................... 07
5.4 Eixos Estruturadores......................................................................................................... 09
6. DA INDISPENSABILIDADE DE UMA EDUCAÇÃO FÍSICA DE QUALIDADE
NAS ESCOLAS DA REDE ESTADUAL DE ENSINO............................................... 09
7. ORIENTAÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS.......................................................... 11
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................... 12
9. REFERÊNCIAS................................................................................................................ 14
ANEXOS................................................................................................................................ 16
ANEXO I: LEI No 10.793, DE 1º DE DEZEMBRO DE 2003.......................................... 17
ANEXO II: DECRETO-LEI Nº 1.044, DE 21 DE OUTUBRO DE 1969......................... 18
ANEXO III: LEI Nº 6.739, DE 4 DE JULHO DE 2006..................................................... 20
ANEXO IV: PARECER CEE/AL Nº 170/2006...................................................................... 21
ANEXO V: PARECER CEE/AL Nº 189/2007....................................................................... 24
ANEXO VI: PARECER CEE/AL Nº 214/2007...................................................................... 26
ANEXO VII: PARECER CEE/AL Nº 215/2007.................................................................... 27
ANEXO VIII: ORIENTAÇÃO ÀS UNIDADES ESCOLARES DO SISTEMA
ESTADUAL DE ENSINO DE ALAGOAS.......................................... 28
iv
GOVERNO DO ESTADO DE ALAGOAS
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO E DO ESPORTE
SUPERINTENDÊNCIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA
Rua Barão de Alagoas, 141 – Centro – Maceió / AL- CEP 57020-210
1. OBJETIVO
2. PRESSUPOSTOS
A Educação Física é caminho privilegiado de Educação e, por seus valores, deve ser
entendida como um dos direitos fundamentais de todas as pessoas e possibilita o
desenvolvimento das dimensões motoras e afetivas, principalmente nas crianças e
adolescentes, conjuntamente com os domínios cognitivos e sociais, por tratar de um dos mais
preciosos recursos humanos que é o corpo.1
1
Grifo nosso
2
Como componente curricular obrigatório da Educação Básica, ele tem por finalidade
introduzir e integrar o aluno no âmbito da Cultura Corporal de Movimento, visando formar o
cidadão para que possa usufruir, compartilhar, produzir, reproduzir e transformar as formas
culturais do exercício da motricidade humana, tais como jogos, ginásticas e práticas da
aptidão física, dança e atividades rítmicas/expressivas, lutas/artes marciais e práticas
alternativas (BETTI, 2004).
Aos que desprezam o corpo, quero dar meu parecer. O que devem fazer não
é mudar de preceito, mas simplesmente despedirem-se do seu próprio corpo
e, por conseguinte, ficarem mudos. [...]. O corpo é uma razão em ponto
grande, uma multiplicidade com um único sentido, uma guerra e uma paz,
um rebanho e um pastor. [...]. Quero dizer uma coisa aos que menosprezam
o corpo: desprezam aquilo a que devem a sua estima (NIETZSCHE, 2000, p.
51).
2
O ramo científico da ecologia humana tem como objeto de estudo a relação do ser humano com o seu
ambiente natural.
3
O Ser Integral
Ser o que somos e não o que estamos sendo é o desafio. Somos a Vida Una, "aquilo
que resta quando já não resta mais nada...". Essência e existência, "sem mesclar e sem
separar" (CREMA, 2002).
3. FUNDAMENTAÇÃO FILOSÓFICA
prática como a teoria são partes da ação social humana, resultando na inter-relação dinâmica e
complexa em que uma “tenciona” a outra, ao tempo em que estabelece uma perspectiva
dialógica, favorecendo sua unicidade e indissociabilidade que norteia e dá sustentabilidade à
intervenção pedagógica da disciplina.
O sentido da práxis não significa a mera prática pela prática, mas um conjunto de
posturas, atitudes, formas de pensar e agir ações ou intervenções deliberadas, ou seja,
teoricamente balizadas (Referencial Curricular de Educação Física para o Ensino
Fundamental do Estado de Alagoas, 2002).
4. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
Lei de Diretrizes e Bases Nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996, art. 26, §3º como
componente curricular obrigatório, e Lei Nº 10.793, de 1º de dezembro de 2003,
que altera a redação do art. 26, §3º, e do art. 92 da Lei Nº 9.394, de 20 de dezembro
de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e dá outras
providências;
Lei Nº 11.274, de 6 de fevereiro de 2006, que altera a redação dos arts. 29, 30, 32
e 87 da Lei Nº 9.394/96, dispondo sobre a duração mínima de 9 (nove) anos para o
ensino fundamental, com matrícula obrigatória a partir dos 6 (seis) anos de idade;
Lei Nº 9.615, de 24 de março de 1998, que institui normas gerais sobre desporto e
dá outras providências. Atualizada até 15 de maio de 2003, com as alterações
decorrentes da Lei Nº 10.672 de 15 de maio de 2003;
Lei do Conselho Federal de Educação Física Nº 9.696 de 1º de setembro de
1998, que dispõe sobre a regulamentação do profissional de Educação Física e cria
seus respectivos Conselhos;
Lei Estadual Nº 6.739 de 04 de julho de 2006, que disciplina a prática de
Educação Física na Rede Pública Estadual de Ensino;
Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental. Parecer CEB Nº
4, de 29 de janeiro de 1998;
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Resolução
CNE/CEB Nº 1, de 7 de abril de 1999;
6
5. PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS
A Educação Física é um direito básico do aluno não apenas como um direito formal e
sim como participação plena, pois ele deve ter acesso às vivências que ela oferece. Essa
participação deve ser indiferenciada, independente de suas prévias capacidades físicas ou
intelectuais, raça ou gênero (SILVA, 2004).
PRINCÍPIO DA DIVERSIDADE
PRINCÍPIO DA ALTERIDADE
É preciso considerar o outro numa relação de totalidade, não como objeto, mas como
sujeitos humanos, observando o conhecimento das fases de desenvolvimento motor e
cognitivo e as características e interesses dos alunos.
TOTALIDADE
CO-EDUCAÇÃO
EMANCIPAÇÃO
PARTICIPAÇÃO
COOPERAÇÃO
REGIONALISMO
Ludicidade
Corporeidade
Sensibilidade
Criticidade
Criatividade
Para que tenhamos uma Educação Física de qualidade nas escolas, é indispensável
que:
7. ORIENTAÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS
A Educação Física, no sentido dos fins da educação nacional, deve ser entendida
como uma disciplina curricular de enriquecimento cultural fundamental à formação
da cidadania dos alunos, calcada num processo de socialização de valores sociais,
morais, éticos e estéticos que substancia princípios humanistas e democráticos.
As intervenções pedagógicas devem ter como ponto de partida a prática social dos
indivíduos e do professor (que pode ser igual ou diferente). Na ação pedagógica, o
professor deve ter em vista o processo de problematização e instrumentalização,
para que possa ocorrer a efetiva assimilação crítica dos conteúdos científicos e
culturais, na qual os alunos possam ser estimulados a agir como sujeitos ativos,
incluindo a ênfase ao contínuo processo de ação-reflexão-ação.
Eleger a cidadania como eixo norteador significa entender que a Educação Física na
escola é responsável pela formação de alunos que sejam capazes de participar de
atividades corporais, adotando atitudes de respeito mútuo, dignidade e
solidariedade, para conhecer, valorizar, respeitar e desfrutar da pluralidade de
manifestações da Cultura Corporal de Movimento.
O planejamento das atividades deve ser aberto, e continuamente reelaborado em
função da dinâmica dos conflitos e das dificuldades de ensino, aprendizagem e de
convívio social que emergem no decorrer das aulas e das atividades vinculadas à
Educação Física.
A organização das aulas deve romper com as características dos modelos
tradicionais de estruturação em partes, bem como o caráter de terminalidade, que
condiciona sua dinâmica processual e impõe um direcionamento pragmático à
12
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por possuir um saber próprio, original e autêntico, a Educação Física adquire lugar
dentro da escola, partilhando experiências equiparadas às outras disciplinas curriculares, não
sendo apenas uma ferramenta multidisciplinar ou instrumento de desenvolvimento ou
desempenho fora de si mesma, servindo apenas como tempo e espaço para lazer e/ou
divertimento e alienação. Ela deve ser vista em suas possibilidades de integração, socialização
13
REFERÊNCIAS
BETTI, Mauro et al. Pedagogia Cidadã: Cadernos de Formação – Educação Física. São
Paulo: UNESP, 2004.
RANGEL, Irene Conceição Andrade; DARIDO, Suraya Cristina. Educação Física na Escola
– Implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro/RJ: Guanabara e Koogan, 2005.
FREIRE, João Batista; SCAGLIA, Alcides José. Educação Física como prática Corporal.
São Paulo/SP: Scipione, 2004.
GAMBOA, Silvio Sanches. Teoria e Prática: Uma Relação Dinâmica e Contraditória. In:
Motrivivência Educação Física – Teoria e Prática. Ano 07, n. 08 - Santa Catarina: Ijuí, dez.
1995.
SILVA, Ana Patrícia da. O princípio de inclusão em Educação Física escolar: um estudo
exploratório no município de São João Del-Rei. Universidade Federal do Rio de Janeiro -
Revista Motriz - Motriz, Rio Claro, v.10, n.2, p.141-141, mai./ago. 2004.
ANEXO I
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
Altera a redação do art. 26, §3º, e do art. 92 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que
"estabelece as diretrizes e bases da educação nacional", e dá outras providências.
"Art. 26 - [...]
§ 3º - A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular
obrigatório da educação básica, sendo sua prática facultativa ao aluno:
I - que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis horas;
II - maior de trinta anos de idade;
III - que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em situação similar, estiver obrigado
à prática da educação física;
IV - amparado pelo Decreto-Lei nº 1.044, de 21 de outubro de 1969;
V - (VETADO)
VI - que tenha prole." (NR)
Art. 2º - (VETADO)
Art. 3º - Esta Lei entra em vigor no ano letivo seguinte à data de sua publicação.
ANEXO II
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
DECRETAM:
c) duração que não ultrapasse o máximo ainda admissível, em cada caso, para a
continuidade do processo pedagógico de aprendizado, atendendo a que tais características se
verificam, entre outros, em casos de síndromes hemorrágicos (tais como a hemofilia), asma,
cartide, pericardites, afecções osteoarticulares submetidas a correções ortopédicas, nefropatias
agudas ou subagudas, afecções reumáticas, etc.
ANEXO III
ESTADO DE ALAGOAS
GABINETE DO GOVERNADOR
Art. 1º A Educação Física integra a proposta pedagógica das escolas da rede pública estadual
de ensino e é componente curricular obrigatório de todas as séries, anos ou ciclos da educação
básica e será desenvolvida por professor portador de licenciatura específica na respectiva
disciplina.
Parágrafo único. Deverão ser ministradas, no mínimo, duas aulas semanais por turma,
ajustadas às faixas etárias e às condições da população escolar em cada um dos turnos
(matutino, vespertino e noturno) de funcionamento da escola.
Parágrafo único. Fica proibida a docência na disciplina Educação Física na rede pública
estadual de ensino, aos não portadores do diploma de licenciatura em Educação Física.
ANEXO IV
ESTADO DE ALAGOAS
CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO
Praça da Maravilha, 87, Poço, Maceió/AL
Fone/Fax: 3231-2701
I - HISTÓRICO:
O PROEM/SEE-AL, Programa do Ensino Médio da Secretaria Executiva de Educação
Alagoas, por meio do OF. Nº. 27 /2004, de 10/08/2004, encaminha consulta ao Conselho Estadual de
Educação de Alagoas sobre a interpretação da Lei Nº 10.793 de 1º dezembro de 2003,que alterou o
Art. 26. §3º, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Nº 9394/96.
O Art. 26. § 3º, da LDB, em seu texto original dizia:
“§ 3º- A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente
curricular da Educação Básica, ajustando-se às faixas etárias s e às condições da população escolar,
sendo facultativa nos cursos noturnos”.
Posteriormente, por meio da Lei Nº 10.328 de 12/12/2001, o mesmo §3º do Art. 26 da LDB
foi modificado, passando a ter a seguinte redação:
“§ 3º- A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente
curricular obrigatório da Educação Básica, ajustando-se às faixas etárias e às condições da
população escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos”. (grifo nosso).
Em dezembro de 2003, o Congresso Nacional aprovou nova alteração no §3º do Art.26 da
LDB, a Lei Nº 10.793/03, redefinido os critérios para “a prática facultativa do aluno”, inclusive
reestabelecendo critérios anteriormente definidos pelo Decreto-Lei Nº 1.044 de 21/10/1969.
A SEE/AL elaborou um Referencial Curricular para o componente Educação Física tanto para
o Ensino Fundamental (Proposta Pedagógica em Educação Física para o Ensino Fundamental- maio
de 2002)como para o Ensino Médio.
II – DO MÉRITO:
prática não é obrigatória, mas facultativa, aos estudantes que estejam inseridos no mundo do trabalho
(jornada igual ou superior a seis horas), prestando serviços militar, adultos (maiores de 30 anos), com
filhos, ou aqueles que possuam problemas comprovados de saúde nos termos do Decreto-Lei Nº 1.044
de 21/10/1969.
A nova legislação foi bastante incisiva e específica compreendendo que adultos que conciliam
atividades de trabalho, cuidados com filhos e estudos já são maduros o suficientes para efetuar
escolhas sobre suas vidas, e ainda que seja desejável que incorporem a prática das atividades físicas
como um componente de manutenção de sua saúde e bem estar psíquico, podem escolher como fazê-
lo.
Se estiverem desobrigados não estão impedidos, e ai entra o papel da Proposta Curricular de
Educação Física e da Proposta Pedagógica da escola, que devem ser integradas, para entender as
especificidades e necessidades diferenciadas desse público e oferta-lhes atividades, horários e locais
compatíveis, de sorte que tenham a oportunidade de escolher e participar das atividades de Educação
Física.
Obviamente tal público não terá disponibilidade semelhante à das crianças e jovens que não
têm responsabilidade de adultos, nem os mesmos interesses. Cabe à escola inseri-los com alternativas
viáveis e adequadas.
Outro aspecto é a revalorização do Decreto-Lei Nº 1.044 de 21/10/1969, posto que este
instrumento legal não trata da prática da Educação Física, e sim,da questão da freqüência mínima
obrigatória do educando à escola , e estabelece tratamento excepcional para os que apresentem
problemas de saúde que os incapacitem de comparecer às aulas, conforme laudo médico. Ou seja,
essa regra vale para todo o processo pedagógico, inclusive a Educação Física, e estabelece:
“Art. 2º- Atribuir a êsses estudantes, como compensação da ausência às aulas, exercício
domiciliares com acompanhamento da escola, sempre que compatíveis com o seu estado de saúde e as
possibilidades do estabelecimento.”
Isto significa que a escola deverá ofertar exercícios domiciliares e acompanhamento aos
alunos com problema de saúde e que a estes é facultativa a prática da Educação Física.
Ora, conforme a natureza do problema identificado, a prática da Educação Física pode ser
fundamental para o restabelecimento da saúde do (a) estudante e, em comum acordo com o tratamento
médico prescrito, poderá ser ofertada enquanto exercício domiciliar, desde que o estabelecimento de
ensino possa ofertar tal acompanhamento.
Ao que parece o PROEM pretende esclarecer se há incompatibilidade entre o Referencial
Curricular da Educação Física adotado pela rede estadual de ensino e a Lei Nº 10.793/2003. E a
conclusão é que não há incompatibilidades.
As alterações no texto da LDB no §3º do Art.26 indicam que os legisladores tanto optaram por
afirmar a Educação Física como componente curricular obrigatório da Educação Básica, o que
significa que deve ser ofertada a todos os alunos da escola , em todos os turnos em que funciona; bem
como definiram que o estudante que já possui responsabilidades da vida adulta - agora independente
do turno em que freqüenta a escola - pode optar por sua prática.
O Referencial Curricular da Educação Física nos documentos para o Ensino Fundamental e
para o Ensino Médio e, em coerência com as Diretrizes Curriculares Nacionais para essas etapas do
ensino, apontam para uma Educação Física integrada ao conjunto da Proposta Pedagógica da Escola,
trabalhando de forma interdisciplinar, com objetivos de inclusão social e formação para a cidadania.
Desta forma, para garantir a inclusão do (a) estudante é preciso que a SEE/AL dote as
unidades escolares de condições físicas adequadas, equipamentos e corpo docente suficiente para
ampliar a oferta da Educação Física. Para garantir a inclusão deste estudante que não está obrigado à
prática, mas por ela pode optar, é necessário modificar a organização do trabalho pedagógico atual,
agrupar os estudantes de formas diversificadas, respeitando critérios como idade, interesses,
disponibilidade de tempo, etc. Havendo opções realmente acessíveis, estes estudantes poderão exercer
o direito de escolha e ter acesso à prática da Educação Física como um componente formativo de sua
cidadania.
23
IV – CONCLUSÃO DA CÂMARA
ANEXO V
ESTADO DE ALAGOAS
CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO
Praça da Maravilha, 87, Poço, Maceió/AL
Fone/Fax: 3231-2701
I - RELATÓRIO:
A Gerente do Programa de Ensino Médio – PROEM-SEEE/AL, Profª Maria Vitória Viana
Teixeira, no uso de suas atribuições, realiza consulta ao CEE/AL, através do Ofício nº 014/2007,
sobre a docência em Educação Física no sistema Estadual de Ensino de Alagoas.
Compreendendo que “a disciplina Educação Física fundamenta-se nas concepções de corpo e
movimento, tornando-se, portanto, essencial que a natureza deste trabalho traduza-se na compreensão
desses dois conceitos mediante os princípios e fundamentos teórico-filosóficos e metodológicos
contidos na concepção da Cultura corporal do Movimento, que norteia atualmente a disciplina e estão
contidos nos referenciais Curriculares de Educação Física dos Ensinos Fundamental e Médio do
estado de Alagoas”, o PROEM, respaldado também nos princípios contidos na Resolução CNE/CES
07, de 31 de março de 2004, na Lei Estadual 6.739, de 04 de julho de 2006 e no Parecer CEE /AL
170/2006, solicita parecer do CEE/AL quanto à aspectos específicos da docência em Educação Física,
abaixo apresentados:
a) Entendimento da impossibilidade das aulas de Educação física serem separadas “práticas e
teóricas”, conforme tem ocorrido, contribuindo para a descontinuidade e prejuízo das atividades e
dos conteúdos abordados, além da ingerência na autonomia metodológica de docentes;
b) Entendimento de que a realização das aulas de Educação Física, devem acontecer,
preferencialmente no turno de estudo do aluno e, em casos específicos, no turno contrário, de
acordo com a realidade de cada unidade escolar (espaço físico escolar, alunos que residem em
localidades de difícil acesso, condições econômicas dos alunos, etc).
II - VOTO DA RELATORA:
Diante do exposto e considerando o que preceitua o Parecer 170/2006 - CEE/AL, ao reafirmar
que:
As redes de ensino pública e privada que compõem o Sistema Estadual de
Ensino de Alagoas, devem dotar as unidades escolares de condições físicas,
equipamentos e professores habilitados para oferecerem diversificadas
alternativas que atendam às especificidades dos diversos públicos da
Educação Básica, respeitando critérios como idade, interesses, aptidões,
25
Maceió/AL, em 11/09/2007
ANEXO VI
ESTADO DE ALAGOAS
CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO
Praça da Maravilha, 87, Poço, Maceió/AL
Fone (082) 3231-1102 FAX (082) 3231-2701
I - RELATÓRIO:
A Srª Maria Vitória Viana Teixeira, então gerente do PROEM-SEEE/AL, realiza consulta ao
CEE/AL sobre a documentação exigida para o exercício da docência em Educação Física na
Educação Básica, de acordo, com a legislação vigente no Sistema Estadual de Ensino.
II - VOTO DA RELATORA:
Diante do exposto e em atendimento, ao que se pode a CEB-CEE/AL, esclarece:
1. Sendo Educação Física, componente curricular obrigatório do Núcleo Comum da Educação
Básica, conforme estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental e Ensino
Médio, profissional que atuará na referida disciplina deverá estar devidamente habilitado para exercer
a prática docente, tanto quanto o profissional que atue em outro componente curricular constante na
Matriz Curricular da Escola.
2. No ato de autorização, reconhecimento ou renovação de reconhecimento de cursos da Educação
Básica, seja de oferta para crianças, jovens ou adultos, a resolução 051/2002 CEE/Al, art19, inciso I,
alínea “a” , em cumprimento à legislação nacional em vigor, estabelece que o pessoal docente seja
apresentado pela instituição escolar com seu respectivo “Diploma de conclusão de curso de
Licenciatura Plena ou de outros Cursos de graduação combinado com formação Pedagógica Especial,
nos termos da Resolução CEB/CNE nº 2 de 26/06/97, desde que emitido por instituições com
credenciamento especial”
Este é o Parecer, S.M.L
Maceió, 11/09/2007.
ANEXO VII
ESTADO DE ALAGOAS
CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO
Praça da Maravilha, nº 87 – Poço Maceió/AL
Fone (082) 3231-1102 FAX (082) 3231-1201
II - VOTO DA RELATORA:
Diante do exposto, e, em atendimento ao que se pede, a CEB-CEE/AL esclarece:
Considerando que o Parecer 618/03 CEE/AL, orienta as unidades escolares do Sistema
Estadual de Ensino que não ofertam de forma regular todos os componentes curriculares, de um
determinado curso ou série, especialmente pela ausência de professores em determinadas áreas, a
optarem por alternativas apresentadas de oferta, que garantam o que estabelece a Lei 9.394/96 em
relação à dias letivos e carga horária mínima por ano letivo, bem como direito do aluno concluir a
Educação Básica com qualidade;
Considerando que a disciplina Educação Física é componente curricular de oferta obrigatória
na Educação básica, conforme preceitua o parágrafo 3º, art. 26 da LDB 9.394/96, determinamos que a
escola, com total apoio da SEEE/AL:
1. Observe o parecer 618/2003 CEE/AL, no que se refere a escolha de uma das opções apresentadas,
visando reposição da carga horária mínima do componente curricular Educação Física, conforme
estabelece o Parágrafo Único, art. 1º da Lei Estadual nº 6.739/2006, caso esta não tenha sido
devidamente ofertada;
2. Organize outras formas de reposição de carga horária e conteúdos curriculares não trabalhados da
disciplina Educação Física, caso não haja nenhuma alternativa no Parecer 618/2003 adequada à
realidade dos alunos da escola;
3. Apresente o planejamento da reposição de carga horária da disciplina Educação Física e dos
demais componentes não ofertados, se for o caso, à Secretaria Estadual de Educação e do Esporte, para
apreciação do setor responsável, antes do seu desenvolvimento.
É o Parecer, S.M.J.
Maceió, 11/09/2007.
ANEXO VIII
ESTADO DE ALAGOAS
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO E DO ESPORTE – SEEE
SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO DO SISTEMA EDUCACIONAL
DIRETORIA DE GESTÃO ESCOLAR
GERÊNCIA DE LEGISLAÇÃO E NORMATIZAÇÃO DO ENSINO
Rua Barão de Alagoas, 141, Centro – 57020-210 - Fone: 3315-1266
Com o fito de uma maior organização por parte das unidades escolares do sistema estadual de
ensino, quanto à documentação requerida ao/a educando/a para cumprimento do que preconiza a Lei
n° 10.793/2003 que altera a redação do artigo 26, §3° e do artigo 92 da Lei n° 9.394-96, orientamos
que para os/as educandos/as amparados/as pela lei supra, sejam requeridos documentos
comprobatórios de sua situação e seja preenchida uma ficha conforme modelo (anexo) que deverão
ficar arquivados na pasta individual, para um eficaz controle pela unidade de ensino, no que pertine à
vida escolar do/a educando/a, devendo inclusive ser informado aos professores de Educação Física e
ser registrado no diário de classe.
Assim mediante os que expressam os incisos do parágrafo 3° da Lei n° 10.793/2003 sejam
solicitados do/a educando/a os seguintes documentos:
Inciso I – Cumpre jornada de trabalho igual ou superior a seis horas.
DOCUMENTO: Cópia e Original da Carteira de Trabalho/Contrato de trabalho (para conferir
com o original).
OBS: Caso de trabalho informal deve ser apresentada declaração do empregador com n° do
RG e CPF do mesmo autenticado em cartório.
Inciso II – aluno/a maior de trinta anos de idade.
DOCUMENTO – cópia e original do RG.
Inciso III – aluno que estiver prestando serviço militar ou que, em situação similar, estiver
obrigado à prática de educação física.
DOCUMENTO – Declaração ou outro documento que comprove a prestação de serviço
militar inicial, emitido pelo órgão competente.
IV – alunos/a amparado/o pelo Decreto-Lei n° 1.044, de 21 de outubro de 1969, que dispõe
sobre tratamento excepcional para os alunos portadores das afecções que indica.
DOCUMENTO – Laudo médico emitido por médico credenciado no CRM (Conselho
Regional de Medicina).
VI – aluno/a que tenha prole.
Documento – cópia e original da certidão de nascimento dos/as filhos/as
ESCOLA:__________________________________________________________________
NOME DO ALUNO/A:_______________________________________________________
DATA DE NASCIMENTO: ________ / _____________ / _______________
FILIAÇÃO: _______________________________________________________________
_______________________________________________________________
ANO/SÉRIE _____ ANO LETIVO _______ TURMA _____ TURNO_____
( ) Inciso IV – Está amparado pelo Decreto-Lei n°. 1.044, de 21 de outubro de 1969, que
dispõe sobre tratamento excepcional para os alunos portadores das afecções que indica.
DOCUMENTO: Laudo Médico emitido por médico credenciado no CRM (Conselho
Regional de Medicina).