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CENTRO TECNOLÓGICO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
PROJETO DE GRADUAÇÃO
FABIANO DE SOUSA
VITÓRIA – ES
NOVEMBRO/2007
FABIANO DE SOUSA
VITÓRIA – ES
NOVEMBRO/2007
FABIANO DE SOUSA
COMISSÃO EXAMINADORA:
___________________________________
Prof. Dr. Paulo José Mello Menegáz
Orientador
___________________________________
Prof. Dr. Wilson Correia Pinto de Aragão
Filho
Examinador
___________________________________
Prof. Dr. Wilson Obed Emmerich
Examinador
Dedico este projeto aos meus pais, José Luiz e Ozélia e meu irmão Vinícius,
sem os quais nada teria sido possível.
i
AGRADECIMENTOS
ii
LISTA DE FIGURAS
iii
Figura 27 – Estrutura de um sistema digital integrado de proteção, controle e
medição ........................................................................................................................42
Figura 28 – Relé Siemens 7SA522..............................................................................44
Figura 29 – Relé ABB da série IED670 ......................................................................44
Figura 30 – Relés da linha L90 da GE.........................................................................45
Figura 31 – Rede de comunicação simplificada ..........................................................48
Figura 32 – Entradas de 138kV ...................................................................................53
Figura 33 – Ligação a quatro chaves ...........................................................................54
Figura 34 – Ligação dos Transformadores ..................................................................54
Figura 35 – Ligação à barra de 69kV ao transformador e às linhas alimentadoras.....55
Figura 36 – Painel de proteção da Entrada 1 ...............................................................56
Figura 37 – Painel de proteção do Transformador T1.................................................56
Figura 38 – Painel de proteção das Saídas 1 e 2..........................................................57
Figura 39 – Detalhe da caixa de junção 1L1CXTC1 do TC de medição ....................59
Figura 40 – Detalhe da caixa de junção do TP ............................................................60
Figura 41 – Borne Conector modelo OTTA-6 ............................................................60
Figura 42 – Chave Teste ..............................................................................................61
Figura 43 – Esquemático de uma Chave Teste............................................................62
Figura 44 – Relé 7SA6115 ..........................................................................................63
Figura 45 – Relé 7SA6475 ..........................................................................................63
Figura 46 – Saídas Digitais BO1, BO2 e BO3 ............................................................65
Figura 47 – Vista superior de um painel......................................................................69
Figura 48 – Bloco de Atraso de Tempo.......................................................................72
Figura 49 – Exempo de aplicação do Bloco de Atraso de Tempo ..............................73
Figura 50 – Bloco Set-Reset ........................................................................................74
Figura 51 – Exemplo de aplicação do Bloco Set-Reset...............................................75
iv
LISTA DE TABELA
v
SUMÁRIO
DEDICATÓRIA........................................................................................................... I
AGRADECIMENTOS ...............................................................................................II
LISTA DE FIGURAS............................................................................................... III
LISTA DE TABELA ..................................................................................................V
SUMÁRIO ................................................................................................................. VI
RESUMO................................................................................................................ VIII
1 INTRODUÇÃO: ...............................................................................................9
2 SUBESTAÇÕES:............................................................................................11
2.1 Definição:..........................................................................................................11
2.2 Classificação: ....................................................................................................12
2.3 Barramentos: .....................................................................................................13
2.4 Principais Equipamentos de uma SE: ...............................................................16
2.4.1 Transformadores:.....................................................................................16
2.4.2 Reatores em Derivação:...........................................................................17
2.4.3 Buchas: ....................................................................................................18
2.4.4 Transformadores de Corrente:.................................................................21
2.4.5 Transformadores de Potencial:................................................................22
2.4.6 Pára-Raios: ..............................................................................................23
2.4.7 Chaves: ....................................................................................................24
2.4.8 Disjuntores: .............................................................................................26
2.4.9 Capacitores em Derivação:......................................................................29
2.4.10 Capacitores Série:..................................................................................31
3 PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS:..............................................33
3.1 Relés:.................................................................................................................33
3.2 Arquitetura de um relé digital:..........................................................................38
3.2.1 Entradas Analógicas:...............................................................................39
3.2.2 Entradas Discretas: ..................................................................................39
3.2.3 Interface analógico-digital:......................................................................39
3.2.4 Processador digital: .................................................................................41
vi
3.2.5 Portas seriais e paralelas:.........................................................................42
3.2.6 Fonte de alimentação:..............................................................................42
3.3 Sistemas digitais integrados:.............................................................................42
3.4 Exemplos de Relés Digitais: .............................................................................43
3.4.1 Siemens: ..................................................................................................43
3.4.2 ASEA BROWN BOVERI – ABB: .........................................................44
3.4.3 General Electric:......................................................................................45
4 AUTOMAÇÃO E PROJETO: ......................................................................46
5 PROJETO ELÉTRICO DE UMA SE:.........................................................51
5.1 Diagrama Unifilar: ............................................................................................53
5.2 Diagrama Trifilar: .............................................................................................58
5.3 Diagrama Funcional:.........................................................................................64
5.4 Desenhos Construtivos: ....................................................................................69
5.5 Diagramas de Fiação e de Interligação: ............................................................70
5.6 Lista de Cabos:..................................................................................................71
5.7 Diagramas Lógicos: ..........................................................................................71
6 CONCLUSÕES: .............................................................................................76
ANEXO I – DIAGRAMA UNIFILAR.....................................................................77
ANEXO II – DIAGRAMA ESQUEMÁTICO ........................................................79
ANEXO III – DIAGRAMA CONSTRUTIVO .....................................................113
ANEXO IV – DIAGRAMA DE FIAÇÃO .............................................................121
ANEXO V – DIAGRAMA DE INTERLIGAÇÃO...............................................123
ANEXO VI – LISTA DE CABOS ..........................................................................125
ANEXO VII – DIAGRAMA LÓGICO..................................................................127
ANEXO VIII – PROJETO ARQUITETÔNICO .................................................129
7 REFERÊNCIAS: ..........................................................................................131
vii
RESUMO
Neste Projeto de Graduação será apresentado o que é uma subestação, seus
principais equipamentos, informações sobre relés digitais e por fim será explicado com
um exemplo de caso de estudo que é o projeto elétrico de uma subestação, fazendo uso
de conhecimento adquirido pelo estudante durante o curso, em pesquisas e no estágio.
viii
9
1 INTRODUÇÃO:
equipamentos que formam uma SE. No Capítulo 4, falaremos sobre proteção focando
no relé que é o principal equipamento com esta finalidade e o relé digital utilizados na
automação de uma SE. No Capítulo 5, será abordado o assunto de automação de SEs,
sendo que no Capítulo 6 será apresentado o Projeto Elétrico de uma SE.
11
2 SUBESTAÇÕES:
2.1 Definição:
Uma Subestação, também chamada de SE, é formada por um conjunto de
máquinas, aparelhos e circuitos que têm a finalidade de adequar os parâmetros de
tensão e corrente das linhas e sistemas as quais está ligada, a níveis econômica e
tecnicamente viáveis bem como a de permitir a distribuição de energia nas mesmas.
Na figura 1 temos uma foto de uma subestação de 500kV de furnas localizada no
município de Ibiúna em São Paulo, e na figura 2 temos uma foto da subestação da
Elevadora da Usina Termoelétrica de Piratininga.
2.2 Classificação:
As SEs podem ser classificadas com base em diversos parâmetros, como
veremos a seguir:
2.3 Barramentos:
A configuração dos barramentos de uma SE influi de forma decisiva na
flexibilidade, tanto da sua operação quanto da sua manutenção. A possibilidade de se
atender a todos os consumidores, mesmo durante um defeito, é uma característica
bastante desejável em uma SE. Os barramentos podem ser classificados quanto à sua
continuidade e quanto ao arranjo.
¾ Quanto à continuidade:
• Barramentos Contínuos: não existem chaves ou disjuntores particionando ou
interrompendo o barramento;
• Barramentos Seccionados: o barramento é constituído por duas ou mais
seções interligadas por chaves ou disjuntores, onde cada seção pode atender
a um ou mais consumidores.
¾ Quanto ao arranjo:
• Barramentos Simples: a SE possui uma só barra de AT e/ou BT. Só são
usados em pequenas SEs (figura 3);
2.4.1 Transformadores:
Um sistema de corrente alternada opera, em cada uma de suas partes, com a
tensão mais conveniente, tanto do ponto de vista técnico quanto do econômico. Esta
flexibilidade é obtida através dos transformadores, também chamados de trafos.
Sendo o transformador um componente que transfere energia (potência) de um
circuito elétrico para outro, o transformador toma parte nos sistemas de potência para
ajustar a tensão de saída de um estágio do sistema à tensão de entrada do seguinte. O
transformador poderá também assumir outras funções, como isolar eletricamente
circuitos entre si, ajustar a impedância do estágio seguinte à do anterior, ou todas estas
finalidades citadas ao mesmo tempo.
A classificação dos transformadores de potência pode ser feita segundo o
número de fases e quanto aos seus enrolamentos.
Quanto ao número de fases, eles podem ser:
¾ Monofásicos;
¾ Trifásicos.
Em geral, nos sistemas brasileiros, os reatores de alta tensão são formados por
bancos trifásicos em estrela aterrada. Os reatores de terciário são trifásicos, em estrela
não aterrada.
Com relação ao tipo de núcleo, estes podem ser:
¾ Núcleo de ar;
¾ Núcleo de ferro.
2.4.3 Buchas:
As buchas são empregadas para a passagem de um condutor de alta tensão
através de uma superfície aterrada, como o tanque de um transformador ou de um
reator.
19
As buchas para transformadores e reatores, figura 11, são do tipo para exterior-
imersa, ou seja, uma extremidade é destinada a exposição às intempéries e a outra à
imersão no óleo isolante.
As buchas de terminais de linha são, em geral, de papel impregnado com óleo,
com repartição capacitiva, providas de derivação de ensaio e, eventualmente de
derivação de tensão. Nas buchas capacitivas (figura 12) são colocados cilindros
condutores concêntricos na direção axial, para formarem superfícies equipotenciais e
melhorar a distribuição de tensão (figura 13). A derivação de ensaio é uma conexão
feita a uma das últimas camadas condutoras, conforme aparece na figura 12, que
permite medições do isolamento e serve como capacitor de acoplamento, para
medições de descargas parciais, sendo acessível externamente e quando não está sendo
utilizada é aterrada. A derivação de tensão é uma conexão feita a uma das camadas
condutoras, que se constituem em uma fonte de tensão quando a bucha se acha em
funcionamento, é acessível externamente e quando não está sendo utilizada é aterrada.
As buchas de terciários e de neutro podem ser de papel impregnado com resina,
papel aglutinado com resina, de cerâmica, etc., com ou sem repartição capacitiva.
20
¾ Tipo barra: TC cujo enrolamento primário é constituído por uma barra montada
permanentemente através do núcleo do transformador;
¾ Tipo janela: TC sem primário próprio, construído com uma abertura através do
núcleo por onde passa um condutor formando o circuito primário;
¾ Tipo bucha: TC tipo janela projetado para ser instalado sobre uma bucha de um
equipamento elétrico;
¾ Tipo com núcleo dividido: TC tipo janela em que parte do núcleo é separável
ou basculante, para facilitar o enlaçamento do condutor primário;
¾ Tipo com vários enrolamentos primários: TC com vários enrolamentos
primários distintos e isolados separadamente;
¾ Tipo de vários núcleos: TC com vários enrolamentos secundários isolados
separadamente e montados cada um em seu próprio núcleo, formando um
conjunto com um único enrolamento primário, cujas espiras, ou espira, enlaçam
todos os secundários.
2.4.6 Pára-Raios:
Os pára-raios são equipamentos responsáveis por funções de grande
importância nos sistemas elétricos de potência, contribuindo decisivamente para a sua
finalidade, economia e continuidade de operação.
Os equipamentos de uma subestação podem ser solicitados por sobretensões
provenientes de ocorrências no sistema ou de descargas atmosféricas. Com o objetivo
de impedir que estes equipamentos sejam danificados, é necessária a instalação de
dispositivos de proteção contra sobretensões, sendo os pára-raios os equipamentos
mais adequados para esta finalidade. Atuam como limitadores de tensão, impedindo
24
Figura 16 – Pára-Raios
2.4.7 Chaves:
As chaves, figura 17, podem desempenhar diversas funções nas subestações,
sendo a mais comum, a de secionamento de circuitos por necessidade operativa, ou por
necessidade de isolar componentes do sistema (equipamentos ou linhas) para a
realização de manutenção nos mesmos. Neste último caso, as chaves abertas, que
isolam o componente em manutenção, devem ter uma suportabilidade entre terminais
às solicitações dielétricas de forma que o pessoal de campo possa executar o serviço de
manutenção em condições adequadas de segurança.
25
2.4.8 Disjuntores:
O disjuntor, figuras 18 e 19, é um dispositivo que pode interromper um
circuito mesmo em condições anormais de tensão ou corrente. Vemos, por sua
definição, que é um equipamento complexo, sendo ele a alma da proteção dos sistemas
elétricos, pois sobre o mesmo atua todo o esquema de releamento de proteção
assegurando assim a continuidade do fornecimento de energia.
A principal função dos disjuntores é a interrupção de correntes de falta tão
rapidamente quanto possível, de forma a limitar a um mínimo os possíveis danos aos
equipamentos pelos curtos-circuitos.
Além das correntes de falta, o disjuntor deve ser capaz de interromper
correntes normais de carga, correntes de magnetização de transformadores e reatores e
as correntes capacitivas de bancos de capacitores e linhas em vazio.
O disjuntor deve ser capaz também de fechar circuitos elétricos, não só
durante condições normais de carga, como na presença de curtos-circuitos, o que pode
ocorrer no caso de religamento. Algumas falhas podem ser temporárias, como por
exemplo, um galho de árvore que cai sobre a linha de distribuição, fecha curto-circuito
e cai no chão retirando o curto, e por este motivo é feito tentativas de religar o sistema
algumas vezes, mas caso o defeito persista é feito o desligamento definitivamente.
As funções mais frequentemente desempenhadas pelos disjuntores são, em
primeiro lugar, a condução de correntes de carga na posição fechada, seguindo-se o
isolamento entre duas partes de um sistema elétrico. Os disjuntores são, em geral,
chamados a mudar de uma condição para outra ocasionalmente, e a desempenhar a
função de abrir faltas ou fechar circuitos sob falta apenas muito raramente.
Os disjuntores devem ser mecanicamente capazes de abrir correntes de 20 a 50
vezes a sua corrente nominal, em tempos tão curtos quanto 2 ciclos (aproximadamente
33,3 ms), após terem permanecido na posição fechada por vários meses. Esta
exigência impõe cuidados especiais no projeto do equipamento, no sentido de reduzir a
um mínimo as massas das partes móveis e de garantir a mobilidade das válvulas,
ligações mecânicas, etc.
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¾ Com o uso de fusíveis internos cada capacitor individual que forma a unidade
capacitiva possui seu próprio fusível, dessa forma quando um capacitor
individual se danifica, o seu respectivo fusível queima, e a unidade ainda pode
continuar operando, sem grande desequilíbrio de fase.
¾ Para que uma unidade não exploda, considera-se como limitação a utilização de
no máximo 3100kVAr em paralelo. Este tipo de problema pode ser contornado
usando-se fusíveis limitadores de corrente (custo elevado) ou fusíveis internos.
¾ Um banco econômico para uma classe de tensão se deve ao número mínimo de
unidades que se pode colocar em paralelo. Este número é dado pela limitação,
que na saída de uma unidade não poderá causar uma sobrelevação de tensão
superior a 10%. Desta forma, para se obter um banco com MVAr baixo, teria
que se usar latas com um valor menor de kVAr, ficando assim a instalação mais
cara. Este problema também é atenuado utilizando-se fusíveis internos.
Figura 21 – Esquemático de uma unidade capacitiva com fusível externo (A) e com fusível interno (B)
31
3.1 Relés:
O relé de proteção é um dispositivo destinado a detectar anormalidades no
sistema elétrico, atuando diretamente sobre um equipamento ou um sistema, retirando
de operação os equipamentos ou componentes envolvidos com a anormalidade e/ou
34
acionando circuitos de alarme, quando necessário. Por outro lado, também pode ser o
elemento que, satisfeitas certas condições de normalidade, irá dar a permissão para a
energização de um equipamento ou de um sistema.
As funções do relé de proteção são a de medir grandezas do sistema, comparar
os valores medidos com os valores dos ajustes aplicados, operar (ou não) em função
do resultado dessa comparação, acionar a operação de disjuntores ou de relés
auxiliares e de sinalizar sua atuação via indicador de operação visual e/ou sonoro.
Inicialmente, os relés utilizados eram os chamados relés eletromecânicos e
constituem-se basicamente de partes mecânicas, circuitos magnéticos e circuitos
elétricos. Eles possuem basicamente um elemento de operação (bobina) e um jogo de
contatos. O elemento de operação capta a informação de corrente e/ou tensão através
dos Transdutores primários (TP’s/TC’s), analisa a grandeza medida e transforma o
resultado num movimento dos contatos se necessário. Existem os mais variados tipos
de relés eletromecânicos sendo que cada tipo realiza uma função. Estas funções de
proteção dos relés são representadas por números, que são definidos pela nomenclatura
da ANSI (American National Standards Institute) e apresentada na tabela 1.
21 Relé de Distância
22 Disjuntor Equalizador
23 Dispostivo de Controle de Temperatura
24 Reservada para Futura Aplicação
25 Dispositivo de Sincronização ou de Conferência de Sincronismo
26 Dispositivo Térmico do Equipamento
27 Relé de Subtensão
28 Reservada para Futura Aplicação
29 Contator de Isolamento
30 Relé Anunciador
31 Dispositivo de Excitação em Separado
32 Relé Direcional de Potência
33 Chave de Posicionamento
34 Chave de Sequência, Operada por Motor
35 Dispositivo para Operação das Escovas ou para Curtocircuitar Anéis Coletores
36 Dispositivo de Polaridade
37 Relé de Subcorrente ou Subpotência
38 Dispositivo de Proteção de Mancal
39 Reservada para Futura Aplicação
40 Relé de Campo
41 Disjuntor ou Chave de Campo
42 Disjuntor ou Chave de Operação Normal
43 Dispositivo ou Seletor de Transferência Manual
44 Relé de Sequência de Partida das Unidades
45 Reservada para Futura Aplicação
46 Relé de Reversão ou Balanceamento de Corrente de Fase
47 Relé de Sequência de Fase de Tensão
48 Relé de Sequência Incompleta
49 Relé Térmico para Máquina ou Transformador
50 Relé de Sobrecorrente Instantâneo
51 Relé de Sobrecorrente de Tempo
52 Disjuntor de Corrente Alternada
53 Relé para Excitatriz ou Gerador CC
54 Disjuntor de Corrente Contínua, Alta Velocidade
55 Relé de Fator de Potência
56 Relé de Aplicação de Campo
57 Dispositivo para Aterramento ou Curto Circuito
58 Relé de Falha de Retificação
59 Relé de Sobretensão
60 Relé de Balanço de Tensão
61 Relé de Balanço de Corrente
62 Relé de Interrupção ou Abertura Temporizada
63 Relé de Pressão de Nível ou de Fluxo, de Líquido ou Gás
64 Relé de Proteção de Terra
65 Regulador (Governador)
66 Dispositivo de Intercalação ou Escapamento de Operação
67 Relé Direcional de Sobrecorrente CA
68 Relé de Bloqueio
69 Dispositivo de Controle Permissivo
70 Reostato Eletricamente Operado
71 Reservada para Futura Aplicação
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Atualmente estes relés são usados em SEs antigas onde ainda não foi
necessária sua substituição. Subestações novas ou que foram automatizadas utilizam
os relés digitais.
Os primeiros trabalhos na área digital surgiram nos anos 60, quando os
computadores começaram a substituir ferramentas tradicionais na análise dos sistemas
de potência. Resolvidos os problemas de cálculo de curto-circuito, fluxo de potência e
estabilidade, as atenções voltaram-se para os relés de proteção. Mas logo ficou claro
que o desenvolvimento tecnológico dos computadores desta época ainda não podia
atender às necessidades das funções de proteção, nem era economicamente atraente. O
interesse sobre o assunto ficou então restrito à área acadêmica, onde os pesquisadores
mantiveram o desenvolvimento dos algoritmos de proteção.
Com a evolução rápida dos computadores, a sofisticada demanda dos
programas de proteção pôde ser atendida com velocidade e economia pelos atuais
microcomputadores. A tecnologia digital tem se tornado base da maioria dos sistemas
de uma subestação, atuando nas funções de medição, comunicação, proteção e
controle. Desta forma, além das funções de proteção, o relé digital pode ser
programado para desempenhar outras tarefas, como por exemplo, medir correntes e
tensões dos circuitos.
Outra importante função deste tipo de relé é o autodiagnóstico, ou auto-teste.
Esta função faz com que o relé realize uma supervisão contínua de seu hardware e
software, detectando grande parte das anormalidades que possam surgir, podendo ser
reparado antes que opere incorretamente ou deixe de fazê-lo na ocasião certa.
Os relés digitais apresentam, ainda, as seguintes vantagens:
¾ Oscilografia e análise de seqüência de eventos: a habilidade dos sistemas de
proteção em armazenar amostras de quantidades analógicas e o status de
contatos em um intervalo de tempo possibilita a análise de perturbações.
¾ Localização de defeitos: o principal benefício obtido é a redução do número de
faltas permanentes, através da manutenção corretiva em pontos indicados pela
reincidência de faltas transitórias, tais como as causadas por queimadas,
descargas atmosféricas ou isoladores danificados.
¾ Detecção de defeitos incipientes em transformadores: a maioria dos defeitos
internos em transformadores começa com descargas parciais que podem ser
detectadas através da monitoração do espectro de freqüência de TC’s ligados
nestes transformadores.
38
(a)
(b)
(c)
Figura 26 – Alternativas de amostragem e conversão analógico-digital de um relé digital
importantes que não variam com grande freqüência. Uma alternativa a este tipo
de memória pode ser uma RAM alimentada por bateria.
Nível III: Neste nível está o computador central, de onde são originadas as
ações abaixo:
¾ Controle de níveis do sistema;
¾ Coleta e processamento de dados;
¾ Análise de seqüência de eventos e outros;
¾ Registros oscilográficos;
¾ Elaboração de relatórios;
¾ Organização das comunicações com o nível inferior;
¾ Execução da maior parte das funções de proteção adaptativa.
4 AUTOMAÇÃO E PROJETO:
Entradas
Entradas Entradas Saídas
Relé Funções de
de Tensão Digitais Digitais
Corrente
7SA6115 21, 25, 27, 50, 51, 59, 67, 77, 4 de 115V 4 de 5A 20 12
7UT6135 0 de 115V 8 de 5A 5 8
50, 51 e 87
7UT6335 4 de 115V 12 de 5A 21 24
No caso das linhas de saída, temos um painel para cada duas linhas sendo eles
P5 e P6. Cada painel possui dois relés, um para cada uma das linhas A figura 38
mostra o detalhe do painel P5 das Saídas 1 e 2. As proteções usadas aqui são as
mesmas das entradas.
Ainda com relação aos bornes, pode-se ver que alguns são chamados de XA e
outros de XB, seguido do seu número. Os bornes XA são aqueles pertencentes aos
circuitos de corrente e os XB, aos de tensão. Vale observar que esta é uma regra válida
apenas para este projeto em estudo, pois a nomenclatura pode variar de acordo com o
projetista ou o padrão da empresa dona do projeto. Em alguns casos, é possível até que
61
não haja diferença de nomenclatura entre os bornes destes dois tipos de circuito
(tensão e corrente).
Ainda na folha seis do caderno do Esquemático há dois circuitos de tensão que
chegam dos TP’s das barras, que vêm do desenho DE-007, e após passar pelos bornes,
chegam a um relé auxiliar com o código de 43TPX, que tem função de realizar a
transferência de potencial. Em situação normal, as duas barras são energizadas com o
mesmo potencial, já que são interligadas pelo disjuntor AC1K4, e o relé recebe sinal
do TP da Barra 1, mas em uma situação atípica pode ser necessário retirar a Barra 1 de
funcionamento e operar apenas com a Barra 2. Neste caso é necessário que o relé
receba sinal do TP da Barra 2. O relé 43TPX faz essa função e sua ativação será vista
no Diagrama Funcional.
Tanto os circuitos de corrente como os de tensão passam por chaves antes de
irem para os relés digitais do painel. Estas chaves, que receberam o código de 1L1CT1
e 1L1CT2 na folha seis do caderno do Esquemático, são chamadas de Chave de Teste
ou Chave de Aferição (figuras 42 e 43), e, quando operadas manualmente, abrem os
contatos dos circuitos de tensão e curto-circuitam os contatos dos circuitos de corrente.
Elas são usadas em situações em que se necessite realizar algum tipo de interrupção no
circuito dentro do painel, evitando o risco de se abrirem os circuitos de corrente ou
curto-circuitar acidentalmente os circuitos de tensão.
porém de enrolamentos diferentes, pois, como foi dito anteriormente, ele opera como
proteção de retaguarda para o caso do relé principal falhar.
Na folha oito do caderno do Esquemático (folha 84 do Anexo II), no exemplo
de caso de estudo, temos a chegada dos sinais de tensão e de corrente do relé 1L1MF3,
que são os mesmos que chegam ao relé 1L1MF1, só que sem o sinal de tensão da
barra, uma vez que a função do relé 1l1MF3 é apenas de medição e operação do
sistema que o painel engloba.
permitir. O relé auxiliar 1L1K4FX2 que é utilizado para sinalizar para os demais relés
que o relé 1L1MF3 está emitindo comando de fechamento do disjuntor. Encontramos
aqui também a bobina do relé 43TPX comentado no item de Diagrama Trifilar.
Nas folhas 29 do caderno do Esquemático (folha 102 do Anexo II),
encontramos o acionamento dos relés 43X1 e 43X2 que auxiliam no chaveamento de
situação da proteção (normal ou transferida), dos relés auxiliares para multiplicar os
contatos de sinalização de aberto ou fechado do disjuntor 1L1K4 e das secionadoras
(1L1K1, 1L1K2 e 1L1K6) e do relé auxiliar 68X que multiplica os contatos deste
disjuntor que sinaliza sua permissão para religamento.
Nas folhas 31, 32 e 33 do caderno do Esquemático (folha 104,105 e 106 do
Anexo II), vemos o acionamento do disjuntor 1L1K4. Na folha 31 do caderno do
Esquemático temos o sinal para fechamento deste disjuntor, que é feito pelos contatos
do relé auxiliar 1L1K4FX com a permissão do painel de proteção das barras que
poderá impedir o fechamento do disjuntor através dos contatos do relé auxiliar 86B.
Vemos também a ligação em série dos contatos ‘b’ das secionadoras 1L1K1, 1L1K2 e
1L1K5. Analisando o desenho de fabricante do disjuntor vemos que quando as três
secionadoras estiverem abertas elas acionarão o dispositivo anti-bombeamento do
equipamento, que impede que o disjuntor seja fechado enquanto o dispositivo estiver
acionado. Nas duas folhas seguintes temos os circuitos de “Abertura 1” e de “Abertura
2. Os disjuntores de potência possuem duas bobinas de abertura, por questões de
segurança, denominadas de “Abertura 1” e “Abertura 2”. As bobinas de abertura
podem ser acionada por sinal remoto, contatos do relé auxiliar 1L1K4AX, ou pelas
proteções principal ou de retaguarda quando, operando em proteção normal.
Nas folhas 34 a 37 do caderno do Esquemático (folha 107 a 110 do Anexo II),
temos o comando das quatro secionadoras feito diretamente pelo relé 1L1MF3.
Na folha 38 do caderno do Esquemático (folha 111 do Anexo II), temos os
arranjos responsáveis pela sinalização em outros painéis e o endereçamento das
páginas e cadernos onde são utilizados. Esta folha, assim como a de saídas digitais do
relé, não é essencial no projeto, mas auxilia na localização e análise posterior do
projeto.
69
padroniza dois, três ou quatro tipos de cabos para evitar a necessidade de comprar
pedaços de cabos diferentes e facilitar a compra. É comum em alguns cabos deixar
algumas veias reservas para uso futuro.
uma chave é utilizado um contato do tipo “a” para sinalizar que a chave está aberta e
um contato do tio “b” para sinalizar que ela está fechada. Caso as duas chaves enviem
um sinal com mesmo nível lógico ocorre o que é chamado de “Discordância de
Posição” ou “Posição Indefinida”, ou seja, há indicação de que a chave está fechada e
aberta ao mesmo tempo ou que não está nem fechada nem aberta. A primeira situação
pode ocorrer por falha nos contatos de sinalização, enquanto a segunda pode ocorrer
por falha nos contatos ou porque a chave não abriu completamente. De qualquer
modo, é um defeito que deve ser sinalizado, mas quando a chave está abrindo ou
fechando existe um momento em que os dois tipos de contato estão abertos. Esta
situação transitória irá se repetir todas as vezes que uma chave for operada, mas não é
um defeito. Nesta situação é usado o bloco de atraso de tempo com um intervalo de
tempo igual ao tempo de abertura da chave mais um intervalo de segurança para se ter
certeza que não haverá nenhuma sinalização de defeito neste momento.
6 CONCLUSÕES:
7 REFERÊNCIAS: