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Transformador de Corrente para Proteção
Transformador de Corrente para Proteção
B.1 Introdução
• TCs de medição têm classe de exatidão 0,3 , 0,6 e 1,2 % , determinadas de acordo com os
paralelogramos de exatidão, onde são levados em conta os erros de relação e fase;
• TCs de proteção têm classe de exatidão 10% , onde é levado em consideração somente o erro de
relação. De acordo com a ABNT, considera-se que um TC de proteção está dentro de sua classe
de exatidão, em condições especificadas, quando o seu erro se mantém dentro dos 10% , para
valores de corrente até 20 vezes a corrente nominal do mesmo ;
• Os núcleos dos TCs de medição são feitos de materiais de alta permeabilidade magnética
(pequena corrente de magnetização, consequentemente pequenas perdas e pequenos erros),
entretanto entram em saturação rapidamente quando uma corrente no enrolamento primário
atinge um valor próximo de 4 vezes corrente nominal primária ;
• Os núcleos dos TCs de proteção são feitos de materiais que não têm a mesma permeabilidade
magnética dos TCs de medição, no entanto só irão saturar para correntes primárias muito
superiores ao seu valor nominal ( da ordem de 20 vezes), refletindo consequentemente em seu
secundário uma corrente cerca de 20 vezes o valor nominal desta (Fig. 1).
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B.2 Características
É definida pela tensão do circuito ao qual o TC vai ser ligado (em geral, a tensão máxima
de serviço). Os TCs usados em circuitos de 13,8kV , por exemplo, têm classe 15 kV.
d) Carga nominal
De acordo com a ABNT, as cargas padronizadas ensaio de classe de exatidão de TCs , são:
C2,5 ; C5,0 ; C7,5 ; C12,5 ; C25 ; C50 ; C75 ; C100 e C200 . A letra “C” se refere a TC e o valor
após, corresponde a potência aparente (VA) da carga do TC. Por exemplo, 5VA, 7,5VA, 12,5VA,
etc.
Todas as considerações sobre exatidão de TC está condicionada ao conhecimento da carga
secundária do mesmo. Os catálogos dos fabricantes de relés e medidores fornecem as cargas que os
mesmos solicitam aos TCs .
Expressa a relação entre a máxima corrente com a qual o TC mantém a sua classe de
exatidão e a corrente nominal. Segundo a ABNT e normas internacionais, o valor máximo desse
fator é igual a 20 vezes a corrente primária nominal . O FS é muito importante para dimensionar
os TCs de proteção, tendo em vista que os mesmos devem responder, de acordo com sua classe de
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exatidão (±10%), a valores de corrente bastante severos nos seus primários (correntes de curtos-
circuitos).
d) Classe de exatidão
1) TCs de medição – Por norma (ABNT), têm as seguintes classes de exatidão: 0,3, 0,6 e 1,2% . A
classe 0,3% , é obrigatória em medição de energia para faturamento. As outras, são usadas nas
medições de corrente, potência, ângulo, etc..
2) TCs de proteção - É importante que os TCs retratem com fidelidade as correntes de defeito,
sofrendo, o mínimo possível, os efeitos da saturação.
H1
I1 N 2Z1 Z2 X1
Im
I'
1 I2
Zm E2 Vt Zc
H2 X2
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As curvas de excitação secundária E2 x Im (Fig. 3), são fundamentais para verificação da
saturação de TC . Elas permitem determinar a tensão secundária a partir da qual o TC começa a
saturar : Ponto-de-Joelho (PJ).
Segundo a norma ASA, admitindo-se que o TC esteja suprindo 20 x In, sec , ele é classificado
na base da máxima tensão eficaz que pode manter em seus terminais secundários, sem exceder o
erro especificado de 10%. Assim, a ASA padroniza os TCs com as seguintes tensões secundárias
nominais: 10, 20, 50, 100, 200, 400 e 800 V, que correspondem às impedâncias: 0,1, 0,2, 0,5, 1,0,
2,0, 4 e 8 Ω , respectivamente.
Vn ,sec 10
Por, exemplo: Z = = = 0,1Ω
20 × I n ,sec 20 × 5
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Para fixação do conceito carga nominal, considere-se o exemplo abaixo:
Seja um TC com os seguintes dados de placa: B10 F20 C100. Significa que tem: baixa impedância;
erro máximo de 10% ; fator de sobrecorrente 20 (20 x In,prim ); potência nominal 100 VA .
Sn 100
Zn = 2
= = 4Ω Vsec = Z n × FS × I n ,sec = 4 × 20 × 5 = 400V
I n ,sec 25
Isto implica que apresenta um erro máximo de 10% , se a queda de tensão máxima no seu
secundário for 400V.
Vn ,sec 400
I lim,sec = = = 50A
Zc 8
Em resumo, deve-se especificar a tensão secundária máxima (ES, MAX) , a partir da qual o TC
passa a sofrer os efeitos da saturação, deixando de apresentar a exatidão de sua classe. Ou seja :
Em geral, para especificar, de forma segura, o ponto-de-joelho mínimo (PJ MIN ) de um TC,
para fugir da saturação da componente contínua (componente exponencial da corrente de curto-
circuito), toma-se um fator de segurança de 100% sobre o cálculo (FS x In,sec.x ZT) . Ou seja :
É o valor numérico que deve-se multiplicar a corrente primária nominal de um TC, para se
obter a corrente primária máxima, que poderá suportar, em regime permanente, operando em
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condições normais, sem exceder os limites de temperatura especificados para a sua classe de
isolamento. Segundo a ABNT, esses fatores são: 1,0, 1,3, 1,5 ou 2,0.
É o valor eficaz da corrente primária simétrica que o TC pode suportar por um tempo
determinado (normalmente 1 s), com o enrolamento secundário curto-circuitado, sem exceder os
limites de temperatura especificados para sua classe de isolamento. Em geral, é maior ou igual à
corrente de interrupção máxima do disjuntor associado.
Este tipo é usado quando são requeridas relações de transformações inferiores a 200/5. Possui
isolação limitada e portanto, se aplica em circuitos até 15kV.
• Tipo bucha
• Tipo janela
Tem construção similar ao tipo bucha, sendo que o meio isolante entre o primário e o
secundário é o ar. O enrolamento primário é o próprio condutor do circuito, que passa por dentro da
janela.
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A saturação em TCs pode ser de dois tipos:
Os TCs são monofásicos e suas conexões mais usuais são em estrela (Fig.4) ou delta
(Fig.5). Para a adequada conexão de TCs , é indispensàvel a identificação correta das polaridades
dos mesmos.
IA
A
IB
B
IC
C
iC iB iA
ZcC Z cB ZcA
Z cn 3I 0
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TC tipo janela
IA
A
iA
IB
B
iB
IC
C
iC
iA - iB i B -i C iC -iA
3I 0
Z cAB Z cBC Z c CA Z cn
Nos TCs de múltiplas relações, é importante se conhecer a relação que ele está ligado para
I n ,prim( menor rel.)
se aplicar a fórmula: Vn ,sec para rel. menor = Vn ,sec,maior rel. ×
I n ,prim( maior rel.)
Exemplo:
Resolução:
(800 / 1000) × 200
A carga nominal do TC para a relação 800/5 (160:1) , é : Z n = = 1,6Ω
100
Como a carga secundária é de 1,8Ω , portanto, superior à carga permissível da relação (160:1),
então o erro excederá 10%. Haverá saturação.
Com o TC ligado na relação 200:1 (1000/5) , a sua carga nominal é 2Ω , portanto superior a 1,8Ω ,
o que implica em um erro inferior a 10% . Não haverá saturação.
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