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ELÉTRICOS
PROF. (O): TARCISIO TRAJANO
AULA 2: TC
Transformadores de Medida
A norma NBR 6856 da ABNT estipula o valor 5A para a corrente secundária nominal. Porém, há TCs
de corrente secundária nominal igual a 1A, com a vantagem de apresentar menos perdas na fiação
do lado secundário.
Exemplo
Determine:
Pela figura 2, observa-se o primário consiste em uma só espira constituída por uma
barra montada através do núcleo TC. A Fig. 3 ilustra o TC do tipo janela. No mesmo,
há uma abertura por onde passa uma ou mais espiras do condutor primário. Em ambos
os tipos de TC, o enrolamento secundário e o núcleo acham-se contidos em uma
cápsula normalmente constituída de epóxi. Normalmente, a forma geométrica dos
núcleos é toroidal.
TCs de Baixa Tensão
O TC tipo núcleo dividido é mostrado na Fig. 4, onde o núcleo pode ser aberto,
envolvendo o condutor no qual se deseja medir a corrente. É bastante usado em
instrumentos de medição de corrente e de potência.
TCs de Média e de Alta Tensão
Fator de correção de relação: é o fator pelo qual se deve multiplicar a relação nominal do
TC para que seja obtida a relação real KR, ou seja:
Erro de Relação:
Erro de Relação:
Normalmente, φ é pequeno, o que permite assumir I1’ como sua projeção sobre a reta
colinear a I2. Como ∆I2 << I2, pode-se fazer I1’ ≈ I2; assim:
Erro de Fase:
Do diagrama fasorial,têm-se:
Classes de Exatidão:
Erro de Relação:
O erro de fase normalmente não é levado em consideração nos TCs de proteção. Segundo a
NBR 6856 da ABNT o erro de relação percentual deve ser calculado por:
O erro máximo admissível ε% deve se calculado para a corrente secundária igual a vinte
vezes o seu valor nominal, ou seja, I2 = 20 I2N.
TCs de Proteção
Caso a curva de excitação secundária não seja disponível, ela pode ser obtida por ensaio em
laboratório, através da montagem mostrada abaixo. Os valores de Ue e Ie (RMS) são obtidos no
secundário, com o primário em vazio,através dos medidores indicados, para diferentes valores
da tensão da fonte, até se obter o grau de saturação desejado.
TCs de Proteção
Classe de exatidão:
A liga ferro-silicio (3,2% Si) de grãos não orientados (GNO) laminada a quente apresenta
perdas elevadas e permeabilidades magnéticas bem mais baixas e ponto de saturação
mais elevado (0,8 a 1,0 T). Não são recomendáveis para fabricação de TCs.
Carga no secundário
Como o enrolamento primário do TC e ligado em série ao sistema de potência, a corrente secundária I1’ depende apenas da
corrente primária. Como I1’= I2 + Ie, o aumento da impedância da carga, faz com que a componente Ie seja cada vez mais
significativa na soma fasorial, elevando os erros de relação e de fase. Logo, a impedância total ligada ao secundário deve ser a
menor possível.
A medida que a impedância da carga aumenta, o núcleo passa a operar na região de saturação, que é caracterizada por
indutâncias incrementais Lm muito baixas. Isto faz com que grande parte da corrente secundária passe a circular por Lm,
surgindo elevados picos de corrente de excitação. Em consequencia, ocorrem erros muito elevados e o instrumento ligado ao
secundario não sera devidamente sensibilizado. Ademais, sao observados os efeitos descritos a seguir.
• Aquecimento excessivo do nucleo, causado pelas elevadas perdas magneticas (histereticas, parasiticas classicas e anomalas).
• Surgimento de picos de tensao causados pelo fato de que a forma de onda de λ apresenta-se muito inclinada no regime nao
saturado, resultando em elevadas tensoes de excitacao secundarias (ue = dλ/dt). Tais sobretensoes se manifestam como um trem
de pulsos de polaridades alternadas e de curta duracao. Ve-se que λ e praticamente constante na zona de saturacao, sendo ue =
dλ/dt ≈ 0.
TCs de Medição e Proteção
Especificação de TCs:
A norma NBR 6856 da ABNT estabelece as características básicas a serem especificadas para consulta ao
fabricante; as principais são:
Classe de exatidão –
Fator de sobrecorrente nominal - E o fator pelo qual se deve multiplicar a corrente primaria nominal de um TC para obter a máxima corrente de curto-
circuito que o mesmo pode suportar sem que o erro cometido seja superior a classe de exatidao (5% ou 10%). Este fator e empregado apenas para TCs de
proteção, sendo estabelecido para o mesmo o valor 20.
Tensão secundária nominal - E a tensão nos terminais da carga nominal imposta ao TC quando por ela circula uma corrente igual a 20 vezes a corrente
secundária nominal, sem que o erro de relacao exceda a classe de exatidão do TC. E considerada apenas para TCs de proteção. Para a corrente
secundária nominal de 5 A e nas impedâncias da Tabela 1, as tensões secundárias nominais padronizadas são: 10, 20, 50, 100, 200, 400, 800 V.
TCs
Classe de exatidão –
Fator térmico nominal - É o fator pelo qual deve ser multiplicada a corrente primária nominal para se obter a corrente
primaria máxima que o TC e capaz de conduzir na frequência nominal, sem exceder os limites de elevação de temperatura
especificados e sem sair da classe de exatidao.
Pela ABNT, tais fatores são: 1,0 – 1,2 – 1,3 – 1,5 - 2,0.
Corrente térmica nominal - É o maior valor eficaz da corrente de curto-circuito simétrico no primário (I1) que o TC pode
suportar por certo tempo (normalmente, 1s), com o secundário em curto-circuito, sem que sejam excedidos os limites de
temperatura. De um modo geral, a relação entre tempo e corrente é dada por:
K é uma constante que depende das propriedades dos materiais isolantes utilizados no TC, relacionadas a suportabilidade
a solicitações térmicas. Normalmente, seleciona-se a corrente térmica nominal em um valor maior ou igual a máxima
corrente de interrupção do disjuntor.
TCs
Classe de exatidão –
Nível de isolamento - Este item e especificado em termos das tensões máximas de projeto do
equipamento, nos regimes contínuo e transitório.
A corrente térmica nominal e a corrente dinâmica nominal devem ser indicadas apenas para TCs
com tensão máxima igual ou superior a 72,5 kV.
Exemplos - TCs
400 V (4 x 5 x 20 = 400 V). A carga nominal é designada por C100 (4 x 52 = 100 VA).
AULA 2: TC