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TRANSFORMADORES PARA INSTRUMENTOS BALTEAUL

Transformadores de Corrente TC`S

Transformadores de Potencial TP`S

APRESENTAÇÃO

TRANSFORMADORES PARA INSTRUMENTOS

Introdução
Fundamentos teóricos
Transformadores de Corrente TC`S
Transformadores de Potencial TP`S
Considerações Gerais sobre TI`S

Transformadores de Potencial
Generalidades
Características básicas para seleção de um TP

Transformadores de Corrente
Generalidades
Características básicas para seleção de um TC

Diagnósticos básicos para TC`C e TP`S

COMO ESPECIFICAR TC`S E TP`S


COMO ESCOLHER TC`S E TP`S BALTEUAL

CARACTERISTICAS TECNICAS E DIMENSOES DOS TRANSFORMADORES


BALTEAUL
APRESENTAÇÃO

Este catálogo representa as informações técnicas básicas sobre os


transformadores para instrumentos fabricados pela BALTEAUL PRODUTOS
ELETRICOS, em seu estagio atual. A representação dos princípios básicos de
construção e tecnologia, aliados a uma forma simples de especificação preliminar desses
equipamentos, colaborará com todos os profissionais envolvidos em projetos,
especificações, aquisição, instalação e manutenção de componentes de subestações.
Nosso objetivo principal é fornecer ao profissional brasileiro os subsídios e
requisitos principais para a escolha econômica e tecnicamente correta de
transformadores de medição. A tecnologia BALTEAUL, implantada no Brasil, nos traz
60 anos de experiência na fabricação de transformadores para instrumentos, e está
continuamente evoluindo, tendo como lema primordial o desenvolvimento com ganho
de qualidade e racionalização, competindo dessa forma, com produtos altamente
qualificados. A fabricação dos transformadores de medição BALTEAUL, por uma
empresa brasileira, representa um passo decisivo na implantação de tecnologia atual e
moderna para o Brasil.

TRANSFORMADORES PARA INSTRUMENTOS

INTRODUÇÃO

Os transformadores para instrumentos (TI) ou de medição (TM) são


componentes dos sistemas elétricos de potencia que transformam uma grandeza
primaria (tensão ou corrente) em uma grandeza secundaria normalizada, de fácil
utilização e sem risco de segurança. Os transformadores de medição devem realizar essa
transformação de uma forma a mais constante possível, determinando, assim, suas
qualificações ou características principais: a PRECISÃO e a SEGURANÇA.

Consequentemente, a função dos transformadores para instrumentos torna-se


particularmente importante nos sistemas elétricos, pois servem de interligação entre
componentes de potencia e de precisão, entre altas correntes e tensão e sua medição ou
proteção; sua posição nos sistemas elétricos, alinhada a todos os outros equipamentos,
determina a segurança de seu serviço de um modo o mais completo possível.

Fig. 1

TRANSFORMADORES PARA INSTRUMENTOS: FUNDAMENTOS


TEORICOS

Todo transformador e particularmente os transformadores de medição, podem


ser representados por um circuito equivalente

Fig. 2

Onde:

R1 e X1 – representam a resistência e reatância do primário


R2 e X2 – representam a resistência e reatância do secundário.
Rf e X0 – representam a resistência e reatância equivalente ao consumo do
núcleo magnético, quando a f.e.m desenvolvida no secundário é E2.
O circuito equivalente nos indica as formas pelas quais podemos estudar tanto
os transformadores de potencial (TP) como os de corrente (TP).

TRANSFORMADORES DE POTENCIAL (TP)

Um instrumento de medição de tensão, de impedância Z, conectado ao


secundário do transformador, processará a medição da tensão V1 aplicada ao primário.
O que nos interessa é a relação entre V 2 E V1, ou seja, o erro que aparece pela diferença
vetorial V2 – V1, causado pelas quedas de tensão nas impedâncias primarias e
secundárias, provocado pela corrente de excitação I0, através de R1 e X1, pela corrente de
carga I2 = V2/Z através de (R1 + R2) e (X1 + X2). O primeiro termo (R1 + jX1) I0 cria o
erro a vazio do transformador e é somente uma função da tensão aplicada ao
enrolamento primário. A corrente de excitação I0 pode alcançar um valor próximo da
corrente I2, no caso de transformador de medição.

O segundo termo:
- ((R1 + R2) + j(X1 + X2)I2 produz um erro devido à carga proporcional à
corrente I2, isto é, à carga do transformador, mas seu valor relativo independe da tensão.

Referindo-se aos erros de relação em % e de fase em minutos, pode-se


construir os diagramas vetoriais da fig. 3.

Fig.3 – Diagrama vetorial de um transformador de potencial

O diagrama nos mostra o funcionamento do transformador para uma tensão e


carga determinada.
Pelo estudo do diagrama vetorial pode-se deduzir os gráficos de erros
conforme Fig. 4.

Fig.4 – Gráficos de erros

Note-se que esses gráficos são linhas retas e que para um mesmo fator de
potencia são paralelas entre si, o que facilita a execução e interpretação do diagrama.
O calculo dos erros dos transformadores de potencial podem ser feitos com o
auxilio do diagrama vetorial.

ERRO A VAZIO (ε0)

E0 – R1I0 senα + R1I0 cosα

Como: I0 senα = Iω e 1I0 cosα = Iμ

Resulta:
Ou referido a U2:

/U2

O erro da fase será:

ou

ERRO SOB CARGA (εc)

Além disso, temos:

Resultando:

ERRO TOTAL

Ou

Além disso, temos:

Resultando:

ERRO TOTAL
O erro do transformador de potencial será portanto:
TRANSFORMADORES DE CORRENTE (TC)

Em um transformador de corrente as causas dos erros se apresentam de uma


forma completamente diferente: as impedâncias primarias não exercem nenhuma
influência sobre a precisão do TC, somente introduzindo uma impedância em série com
a linha a qual é desprezível. O erro será unicamente devido à corrente de magnetização
I0.

Assim sendo, o que nos interessa é a relação entre I2 e I1:

resultando em módulo o erro de precisão referido à I1:

O diagrama vetorial de um TC está representado na fig.5:

Baseando no diagrama vetorial podemos calcular os erros dos TC`S:

ERRO DE RELAÇÃO

Temos:

mas, normalmente δ é muito pequeno e cosδ = 1,


resultando:

ou seja:

A existência da corrente magnetizante faz com que a corrente secundaria seja sempre
inferior ao seu valor teórico. Se a relação n 2/ n1 é rigorosamente igual à relação de
transformação nominal

o erro de corrente é sempre negativo. Expresso em % vale:

ou:
Nos seguintes casos particulares, a equação acima é simplificada:
CARGA PURAMENTE RESISTIVA –

CARGA PURAMENTE INDUTIVA –

CARGA COM

ERRO DE FASE

Pelo diagrama vetorial da fig. 5, resulta:

Como δ é muito pequeno podemos substituir: δ = sen δ, resultando:

Onde:

e
Finalmente:

Ou em minutos:

CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE TRANSFORMADORES PARA


INSTRUMENTOS

TRANSFORMADORES DE POTENCIAL (TP)

Generalidades:

Os TP´S podem ser considerados como transformadores de potência funcionando a uma


carga muito fraca, de modo que as quedas correspondentes de tensão sejam igualmente
de valor reduzido.
Os limites de erros de tensão e de fase são fixados pelas normas, levando-se em
consideração a classe de precisão do aparelho. Assim sendo, em TP é caracterizado por:
 Resistência e reatância de fuga do primário e secundário com valores os menores
possíveis
 Uma corrente de magnetização relativamente fraca e uma indução nominal
fixada a um valor moderado

Existem vários tipos de TP´S, os quais são aplicados em sistemas elétricos de média,
alta e extra-alta tensões. Basicamente, os tipos de TP´S são definidos pela sua
execução quanto à quantidade de enrolamentos secundários:

UM SECUNDARIO: geralmente todos os TP´s de média (até 15 kV) e baixa


tensões são fornecidos com somente um circuito secundário (normalmente 115
volts);

SECUNDARIO COM TAP´S: para casos onde é desejável dois ou mais valores de
tensão secundaria, disponíveis do mesmo enrolamento secundário;

DOIS SECUNDARIOS: ao contrario dos TC´s, os TP´s com duplo ou múltiplo


secundário possuem os circuitos elétricos secundários no núcleo magnético comum.
Esses enrolamentos podem ou não ser divididos em tap´s. cada secundário é afetado
pelas condições de carga dos outros secundários.

Para especificação correta de um transformador de potencial, devemos considerar


principalmente o tipo de instalação e de isolamento, a potencia e a classe de
precisão. Consequentemente, é necessário que se examinem todas as condições
operativas do sistema elétrico onde será instalado o transformador de potencial.

Características Básicas para Seleção de um TP:

Os transformadores de potencial podem ser conectados entre fases ou entre fase e


terra conforme indica a figura 6.

Figuras

A conexão entre fases (conexão entre fases (conexão – V) utiliza dois TP´s e é
aplicada somente em sistemas de média tensão (Tensão nominal até 45 kV); sua
desvantagem está no fato de somente processar medidas exatas das tensões entre
fases; tensões entre fases e terra são possíveis somente se os TP´s estão submetidos
a um mesmo valor de carga.

A conexão em triângulo aberto e uma forma de deteção de tensões de seqüência


nula, tanto para indicação de contatos à terra como para relés de proteção.

A conexão entre fase e terra é empregada normalmente com grupos de 3


transformadores monofásicos, conectados em estrela quando:

 Se trata de subestações com tensões superiores a 45 kV;


 Se deseja medir a tensão a potência de cada uma das fases em separado;
 É necessária indicação de defeitos à terra;
 A potência fornecida por somente dois TP´s é insufieciente.

TENSÕES NOMINAIS
Normalmente, escolhem-se as tensões nominais àquelas mais próximas das tensões de
serviço.
A tensão nominal secundária, segundo as normas ABNT-EB-251 MB-459 é 115 volts.
Segundo as normas ANSI-C.57-13, a tensão nominal secundária é de 120 volts para os
transformadores de tensão nominal de serviço até 25 kV e de 115 volts para aqueles de
34,5 kV ou mais. Nos transformadores conectados entre fase e terra é normal também
uma tensão secundária de
Os TP´s são construídos geralmente com somente um enrolamento secundário que
alimenta os aparelhos de medição e proteção. São previstos dois enrolamentos
secundários quando se deseja alimentar relés de proteção de faltas à terra.

POTENCIAS NOMINAIS

Para encolha da potencia nominal de um TP, procede-se geralmente à soma das


potências nominais de todos os aparelhos conectados ao secundário. Leva-se em
consideração igualmente as quedas de tensão provocadas pelos cabos de conexão entre
os TP´s e os aparelhos de medição, quando esses estão distantes daqueles.

A escolha da potência nominal deve-ser aquela normalizada, imediatamente superior à


carga calculada.

Os valores normais das potências de precisão e seus fatores de potência estão indicados
na Tabela I, segundo as normas ANSI-C.57-13 e ABNT-EB-251, MB-459.

TABELA I

ANSI-C.57-13 ABNT-EB-251/MB-459
Cargas Normais Cargas Normais
Designação VA f.p Designação VA f.p
W 12,5 0,10 P12,5 12,5 0,10
X 25 0,70 P25 25 0,70
Y 75 0,85 P75 75 0,85
Z 200 0,85 P200 200 0,85
ZZ 400 0,85 P400 400 0,85

CLASSES DE EXATIDÃO

As classes de exatidão normais são: 0,1; 0,2; 0,3; 0,5; 0,6; 1, 2, 3 e 5, dependendo das
normas utilizadas. Segundo as ABNT temos normalizadas as classes 0,3; 0,6 e 1,2.
como a escolha da classe de precisão dos TP´s depende das precisão dos aparelhos da
classe de precisão dos TP´s depende da precisão dos aparelhos a serem conectados,
devemos escolher para ambos classes de precisão comparáveis. As tabelas II e III
indicam a utilização e consumo aproximado de aparelhos normalmente conectados a TP
´s.

TABELA II
Classe utilização
0,1 calibração
0,2 – 0,3 Medições em laboratórios, alimentação de
integradores (watthorimetros) para
sistemas de grande potência
0,5 – 0,6 Instrumentos de medição e integradores
Voltímetros, Wattímetros,
Frequencímetros, sincronoscópios,
reguladores de tensão, relés de proteção,
etc

TABELA III
Aparelhos Consumo aproximado (VA)
Voltímetros
 Indicadores 3,5 – 15
 registradores 15 - 25
Wattímetros
 Indicadores 6 – 10
 registradores 5 - 12
Medidores de fase
 Indicadores 7 – 20
 registradores 15 - 20
Watthorímetros 3 - 15

Frequencímetros
 Indicadores 1 – 15
 registradores 7 - 15
Relés de tensão 10 – 15

Relés Direcionais 25 – 40

Sincronoscópios 6 – 25

Reguladores de tensão 30 - 250

TRANSFORMADORES DE CORRENTE (TC)

Generalidades:

Conforme descrito anteriormente, o erro de precisão nos TC´s é função da corrente de


magnetização , que está relacionada à tensão (vide fig. 2) , desenvolvida no
secundário do transformador. Concluímos também que, para uma corrente secundária
(vide Fig.5) e um número de amperes-volta secundários n2I2, aparecerá nos terminais
secundários (incluindo o consumo interno) uma tensão
A essa tensão corresponde uma indução B e um campo H, dos quais se deduz o número
de amperes-volta de excitação , se pode representar pelas suas duas componentes: a
componente ativa e a componente reativa . A soma das correntes
representa, referida ao secundário, a corrente primária .

Indicamos abaixo, na fig. 7, a título ilustrativo, a curva de magnetização de um


transformador de média tensão:

Gráfico

Baseando-se nessas considerações, conclui-se imediatamente que:

1. as características não têm influencia direta sobre a precisão do


transformador.
2. para se obter a melhor precisão, ter-se-á que reduzir ao mínimo; essa redução
é possível de duas maneiras;
a) diminuir , ou seja, tornar os valores de e os mínimos possíveis
b) utilizar um núcleo com as melhores qualidades magnéticas possíveis.

Para atender a essas condições, todos os transformadores de corrente modernos utilizam


um núcleo magnético de toro, constituído pela chapa magnética enrolada, sobre a qual o
enrolamento secundário é uniformemente distribuído em toda a periferia. Sob essas
condições obtém-se um valor de praticamente nulo, reduz-se até um limite
economicamente possível, escolhendo-se adequadamente a seção do condutor
empregado para a bobinagem.
Os diferentes tipos de construção dos transformadores de corrente são oriundos da
forma de realização do isolamento entre o primário e o secundário. São três tipos
básicos, principalmente para a alta e extra-alta tensões:

TIPO I

Todo isolamento é colocado sobre o secundário, que se localiza na parte superior do


aparelho. O primário é uma simples barra ou bobinados e repartido uniformemente.

TIPO II e III

Nestes tipos de construção, o isolamento é colocado sobre o primário, que tem a forma
de um pêndulo (TIPO II) ou de um grampo (“hair pin” – TIPO III). O núcleo secundário
está assim localizado na parte inferior.

Para extra-alta tensões, encontram-se, às vezes, combinações de dois tipos, com metade
de isolamento sobre a alta e metade na baixa tensão.
A diferença fundamental entre os tipos I e os outros (II e III) está no fato de que o
primeiro conserva a simetria uniforme para o enrolamento primário, o que é muito
importante.

Pela comparação das figuras A e B constamos que o secundário é uniformemente


repartido em ambos os casos; em A o primário é bem centrado, as linhas de força
envolventes no secundário permanecem fechadas no núcleo – o fluxo magnético é
uniforme em todos os pontos. No tipo B a assimetria do primário faz com que o fluxo
seja maior em P do que em Q. Quando o transformador funciona normalmente está em
um outro estado magnético que aquele em que se encontra quando se traça a curva de
excitação, servindo-se do enrolamento secundário, e esta curva não pode mais servir
para determinar os erros do transformador. Em particular, o núcleo vai se saturar em P
para valores menores de sobrecorrente que aqueles previstos nos cálculos e dever-se-á
aumentar a seção dos núcleos dos tipos II e III para obter as mesmas características e
desempenho do tipo I.

Na maioria dos casos, um transformador de corrente comporta vários núcleos cada um


com um enrolamento secundário, mas o enrolamento primário e o isolamento são
comuns. Os núcleos são destinados a diferentes funções, como, por exemplo, um núcleo
que alimenta aparelhos de medição, um ou vários outros núcleos destinados a alimentar
os relés de proteção.

Deve-se notar que em uma construção normal, o funcionamento de cada núcleo é


independente de outros. Pode-se muito bem escolher relações de transformação
diferentes para otimizar a construção e, por exemplo, definir o núcleo de medida a partir
da máxima corrente de carga e os núcleos de proteção em função da corrente de falta,
por exemplo:

Para compararmos economicamente, é necessário que vejamos como os diferentes


parâmetros influenciam o dimensionamento dos cálculos:

Suponhamos que temos a curva de magnetização 60Hz de um núcleo de 10 cm 2 de


seção com um enrolamento de 100 espiras. Ao invés das escalas I o e E2 podemos utilizar
NI0 em AV (amperes-volta)e E/N.S em (volts/espiras.cm2). A curva é, portanto, válida
para todos os núcleos com o mesmo diâmetro. Mas podemos ainda fazer uma
transformação: se desejarmos que o erro à corrente nominal não ultrapasse 0,3% a
condição será satisfeita se NI0 < 0,003 NIn ou NIn 333NI0.
Para os núcleos de proteção, analogamente:

Assim sendo, poderemos tirar conclusões muito importantes:

1. a seção do núcleo é diretamente proporcional à potencia (VA) da carga;


2. para os núcleos de medição, a seção é praticamente inversamente proporcional
ao quadrado de mínimo de ampères-volta nominais.
3. para os núcleos de proteção, a seção e praticamente inversamente proporcional
ao número de ampères-volta nominais.

Desta forma, calculamos os transformadores de corrente sob o aspecto de precisão.

Outros aspectos importantes, são:

 o erro de fase δi, que é a defasagem da corrente secundaria em relação às


corrente primaria (vide cálculos anteriores).
 a carga nominal de um transformador de corrente é o valor de impedância
que pode ser conectada as secundário, para a qual garantem-se todas as
características que definem a classe de precisão.
Normalmente, substutui-se a indicação de carga nominal (Zn) pela de potencia
nominal (VA), que é a potencia aparente consumida à corrente nominal
secundaria (I2n) pela carga nominal (Zn):

Características básicas para seleção de um TC

Para escolha técnica e economicamente correta de um TC é necessário observar


atentamente as seguintes características básicas:

 corrente nominal e relação nominal


 classe de tensão de isolamento nominal
 freqüência nominal
 carga nominal
 classe de exatidão nominal
 fator de sobrecorrente nominal (somente para TC´s para serviço de relés)
 fator térmico nominal
 limite de corrente de curta duração para efeito térmico
 limite de corrente de curta duração para efeito térmico

Cada uma dessas características é geralmente normalizada, facilitando, dessa forma, a


escolha correta. De acordo, por exemplo, com as normas brasileiras ABNT-EB-251?
MB-459 e ANSI-C.57.13 poderemos desenvolver as características básicas para seleção
de um TC.

Corrente nominal e relação nominal

As correntes e relações nominais normalizadas estão indicadas na tabela abaixo:

TABELA IV

Corrente primaria Relação nominal Corrente primaria Relação nominal Corrente primaria Relação nominal
nominal (A) nominal (A) nominal (A)
5 1:1 100 20:1 1.000 200:1
10 2:1 125 25:1 1.200 250:1
15 3:1 150 30:1 1.500 300:1
20 4:1 200 40:1 2.000 400:1
25 5:1 250 50:1 2.500 500:1
30 6:1 300 60:1 3.000 600:1
40 8:1 400 80:1 4.000 800:1
50 10:1 500 100:1 5.000 1000:1
60 12:1 600 120:1 6.000 1200:1
75 15:1 800 160:1 8.000 1600:1

No caso de TC´s com várias relações nominais, todas as correntes nominais devem estar
contidas na tabela IV.
Os TC´s devem ser selecionados para o serviço de medição, de tal modo que a corrente
de serviço esteja compreendida entre 10 e 100% da corrente primaria nominal (os
paralelogramos de precisão são definidos para essa faixa).

Devemos observar ainda os seguintes detalhes de representação:

a. o hífen (-) deve ser usado para separar correntes nominais de enrolamentos
diferentes. Por exemplo: 100-50ª
b. o sinal de dois pontos (:) deve ser usado para exprimir relações nominais. Por
exemplo, 120:1
c. o sinal (x) deve ser usado para separar correntes primárias ou relações obtidas de
um enrolamento cujas bobinas devem ser ligadas em serie ou em paralelo. Por
exemplo: 100x200 – 5A ou 20x40:1
d. a barra (/) deve ser usada para separar correntes primárias ou relações obtidas
por meio de derivações, sejam estas no primário ou secundário.
Por exemplo: 150/200 – 50A; 30/40 – 1

Desta forma, um TC cuja relação é de 150x300x600 – 5A indica que possui


religação no primário, como por exemplo:

Ou ainda, um TC com a seguinte relação:

250/300/400/500/600 x 800 – 5A

Possui derivações no primário e secundário de tal forma a atender a todas as


correntes especificadas:

Consequentemente é possível realizar-se uma serie de combinações que atendam a


todas as variações do sistema elétrico.

Classe de exatidão de isolamento nominal

Deve-ser especificada como sendo igual à máxima tensão de serviço do sistema


elétrico, onde o TC será instalado. Sob condições ambientais especiais, tais como
climas tropicais, salinos ou ambientes poluídos e estalados em altitudes superiores a
1.000m, dever-se-á prever um nível superior de isolamento.

Freqüência Nominal
Deve se com freqüência nominal de 50 ou 60Hz.

Classe de exatidão

As classes de exatidão normais para TC´s destinados a serviço de medição são: 0,1;
0,2; 0,3; 0,5; 0,6; 1,2; 3 e 5. De acordo com as normas ABNT, são consideradas:
0,3 - 0,6 - 1,2 e 3 (sem limitação do erro de fase). Os TC´s para serviço de relés são
enquadrados em uma das seguintes classes de precisão: 2,5% ou 10%, significando
que o erro porcentual é de até 2,5% ou 10%.
O erro porcentual é calculado por:

Onde:
ie - valor eficaz da corrente de excitação
is – valor eficaz da corrente secundária nominal
F – fator de sobrecorrente nominal

Fator de Sobrecorrente Nominal

Os fatores de sobrecorrente para serviço de relés são F5, F10, F15 e F20,
significando o valor múltilo da corrente nominal para o qual a classe de exatidão
deve ser mantida. Segundo as normas ANSI, o fator de sobrecorrente é igual a 20.

Fator térmico Nominal

E o fator pelo qual deve ser multiplicada a corrente nominal de um TC para se obter
a corrente máxima que o transformador deve suportar, em rgime permanente,
operando em condições normais, sem exceder os limites de temperatura
especificados para a sua classe de isolamento. Segundo a ABNT, os fatores podem
ser: 1,0 – 1,2 – 1,3 – 1,5 e 2.

Limite de corrente de curta duração para efeito térmico e dinâmico

Como o TC é um componente em série com as linhas de alimentação de um sistema


elétrico, deve ser capaz de suportar todas as solicitações sob regime permanente e
também transitório, isto é, de curta-duração, como as sobre-tensões e sobre-
correntes. Segundo as normas ANSI:
1. a corrente limite térmica é definida como sendo o valor eficaz da maior
corrente primária que o TC pode suportar por efeito Joule, durante 1
segundo, sem sofrer avarias e sem exceder os limites de temperatura
especificados para sua classe de isolamento, sendo o circuito secundário
curto-circuitado. Essa corrente térmica é expressa em kA eficazes ou em
múltiplo de corrente primaria nominal. A elevação de temperatura
admissível no TC é de 150ºC para isolamento classe A e tal elevação obtém-
se em 1 segundo com uma densidade de corrente de 143 A/mm2.
2. a corrente limite dinâmica é o valor de pico da primeira amplitude de
corrente que um TC pode suportar por efeitos mecânicos, sem avarias, tendo
o circuito secundário curto-circuitado. Consequentemente, podemos calcular
os valores da corrente térmica nominal (Ik``) e da corrente dinâmica Is da
seguinte forma:

Cargas Nominais de um TC

A carga nominal de um TC é o valor da impedância que poderá ser conectada as seu


secundário, mantendo-se a classe de exatidão. A tabela V indica as nomalizações da
ABNT e ANSI.

TABELA V

Crgas Nominais para TC´s


Designação Potência Aparente Fator de Potencia Desiganção (medição)
01 C 2,5 2,5 0,9 B 0,1
02 C 5,0 5,0 0,9 B 0,2
03 C 12,5 12,5 0,9 B 0,5
04 C25 25 0,5 B 1,0
05 C50 50 0,5 B 1,0
06 C100 100 0,5 B 4,0
07 C200 200 0,5 B 8,0

NOTA: as normas ANSI caracterizam a carga nominal de um TC em ohms; pó


exemplo: um TC B 0,2 significa que se pode conectar 0,2 ohms em seu secundário (ou
0,2 x 52 = 5,0 VA)

Exemplificando, suponhamos que um TC deva ser calculado para alimentar:

01 amperímetro 2,5W 0,9 Var


01 Watthorímetro A 0,62W 0,22 Var
01 Watthorímetro B 0,88W 0,88Var
Total 4,00W 2,00 Var

Consequentemente, deverá ter uma classe mínima de exatidão:

0,3 B 0,2 Ω segundo ANSI


0,3 C 5,0 VA segundo ANSI

Precisão de Proteção
A revisão de 1968 das normas americanas ANSI estabeleceu a seguinte classificação de
TC´s para proteção:

Classe: C
Classe: T

A primeira (C) cobre a todos os transformadores que têm os enrolamentos


uniformemente distribuídos e, portanto, o fluxo de dispersão no núcleo não causa
interferência apreciável no erro de relação. A relação de transformação neste tipo pode
ser calculada por métodos analíticos (“C = calculated”).

A segunda (T) é para todos os transformadores que têm os enrolamentos não


uniformemente distribuídos e, portanto, o fluxo de dispersão no núcleo tem efeito
apreciável no erro de relação. A relação de transformação neste tipo pode ser
determinada através de testes (“T = tested”).

Ambas as classificações devem ser complementadas pela tensão nominal secundaria que
o transformador pode fornecer a uma carga normal (B 0,1 a B 8,0), a 20 vezes a corrente
nominal secundária, sem exceder em 10% o erro de relação. Alem disso, esse erro
deverá estar limitado a 10% para qualquer corrente 1 a 20 vezes a corrente nominal e a
qualquer carga inferior à nominal.
Assim, por exemplo, um transformador classe C100, deve ter um erro menor que 10%
para qualquer corrente entre 1 a 20 vezes a corrente nominal secundaria se sua carga
nominal não é maior que:

1,0ohm x 20 x 50 = 100 volts

A nova classificação para proteção (C ou T ) é equivalente à antiga classificação “L”.

A ABNT-EB-251 classifica os transformadores para serviço de relés em duas classes:

Transformador classe B – é um TC cujo enrolamento secundário apresenta reatância


desprezível. Nesta classe enquadram-se os transformadores com núcleo torodail, com o
enrolamento secundário distribuído sobre o mesmo.

Transformador classe A – são aquelas cuja reatância não pode ser desprezada.

Para se definir um TC para serviço de relés, segundo a ABNT, é necessário que se


indique sequencialmente:

Classe do transformador: A ou B
Classe de exatidão: 2,5 ou 10 (erro porcentual até 2,5% ou 10%)
Fator de sobrecorrente nominal: F20, F10 ou F5 (excepcionalmente F15).
Carga nominal: C2,5 a C200

Se comprarmos as especificações segundo ANSI e ABNT, por exemplo, para um


transformador com núcleo (5A) para serviço de relés com carga nominal de 12,5 VA
resulta:

COMO ESPECIFICAR TC´S E TP´S


Dados necessários para especificar um transformador de corrente

TIPO DE SERVIÇO: Indicação sobre a instalação: interior ou exterior


POSIÇÃO DE MONTAGEM: Posição de montagem desejada: vertical, horizontal ou
invertida
RELAÇÃO (ÕES) NOMINAL (IS) DE TRANSFORMAÇÃO: Deve(m) ser expressa(s)
em termos de corrente(s) nominal(is) primária(s) para corrente(s) nominal(is)
secundaria(s).
CORRENTE(S) NOMINAL(IS) PRIMARIA(AS): deve ser especificada para a máxima
corrente de carga do sistema elétrico:
In = Potencia aparente trifásica em (VA)/tensão de linha (V)
CORRENTE NOMINAL SECUNDARIA: Normalmente é de 5(A), exceto em casos
em que os transformadores de corrente estão distantes dos aparelhos medidores: 1(A)
FREQUENCIA NOMINAL: 60 Hz
CLASSE DE EXATIDAO: Adotar a classe de tensão mais próxima a da tensão mais
elevada do sistema. Pode-se adotar uma classe de tensão superior, de acordo com as
condições requeridas pela instalação. Por exemplo: climas insalubres, ambientes
poluídos ou altitudes de operação superiores a 1.000 metros em relação ao nível do mar.

CLASSE DE EXTIDÃO E CARGA NOMINAL: MEDIÇÃO

A(s) classe(s) de exatidão são escolhidas de acordo com a função dos aparelhos
conectados. As classes nominais são: 0,3; 0,6 e 1,2

A(s) carga(s) nominal(is) é(são) adotado(s), tomando a carga nominal imediatamente


superior à soma das cargas que representam os aparelhos conectados ao secundário,
devendo também levar em consideração a carga que representa os condutores de
conexão entre aparelhos e transformadores de corrente.

CLASSE DE EXTIDÃO E CARGA NOMINAL: PROTEÇÃO

As cargas nominais dependem do consumo dos relés de proteção conectados ao


secundário do TC. Faz-se a soma das impedâncias dos relés e dos condutores e assim,
obtém-se a tensão necessária nos bornes do secundário, para tantas vezes a corrente
nominal, conforme o fator de sobrecorrente escolhido, especificando, então, o valor
nominal imediatamente superior.

As cargas nominais (corrente nominal secundaria = 5A) segundo a ABNT, são:

C12,5 – 0,5 ohm


C 25 – 1,05 ohm
C 50 – 2,0 ohm
C100 – 4,0 ohm
C200 – 8,0 ohm

ERRO PERCENTUAL 2,5 A 10%

FATOR TERMICO NOMINAL


Geralmente, é fixado em 1,2xIn, todavia pode-se adotar outro valor, de acordo com as
necessidades de operação.

CORRENTE TÉRMICA NOMINAL (Ik´´)

A corrente térmica de curto-circuito que deve ser suportada pelo TC, depende do valor
máximo de corrente de curto circuito simétrico no local de instalação do aparelho no
sistema, e também de seu tempo de duraçao.

Ik’’ = Potencia de curto (MVA)/Tensão(kV)x

CORRENTE DINÂMICA (Is)

É o valor de crista da primeira onda de curto-circuito completamente assimétrica; tem


como valor:

TABELA VI

Classe de Tensão Tensão Nominal Vef Nível básico de impulso kV (NBI)


0,6 Até 600 10
1,2 Até 1320 30
5 1321 a 5500 60
8,7 5501 a 9570 75
15 B 39571 a 16500 95
15 110
24 16501 a 24000 125
25 16501 a 26250 150
34,5 26251 a 36225 200
46 36226 a 48300 200
69 48301 a 72450 350
92 72451 a 96600 450
138B 96601 a 144900 550
138 650
161B 144901a 169050 650
161 750
230 B2 169051 A 241500 825
230B1 900
230 1050
345B2 241501 a 362250 1175
345B1 1300
345 1425
440B2 362251 a 462000 1425
440B1 1550
440 1675
DADOS NECESSARIOS PARA ESPECIFICAR UM TRANSFORMADOR DE
POTENCIAL

TIPO DE SERVIÇO – Indicação sobre a instalação: interior ou exterior


POSIÇÃO DE MONTAGEM – Posição de montagem desejada: vertical ou invertida

RELAÇÃO (ÕES) NOMINAL (IS) DE TRANSFORMAÇÃO: Deve(m) ser expressa(s)


pelas tensão (ões) nominal(is) primária(s) em volts e pela razão(ões) entre a(as)
tensão(ões) primaria(as) e secundária(as), tomando esta como unidade..
TENSÃO(ÕES) NOMINAL(IS) PRIMARIA(AS): Adota-se a tensão nominal mais
próxima a tensão de serviço.
In = Potencia aparente trifásica em (VA)/tensão de linha (V)
TENSÃO NOMINAL SECUNDARIA: É a tensão resultante da relação nominal de
transformação
CLASSE DE EXATIDAO: Adotar a classe de tensão mais próxima a da tensão mais
elevada do sistema, especificando também o grupo de isolamento segundo a conexão do
transformador.
Uma classe de tensão superior pode ser adotada, de acordo com as condições
requeridas, por exemplo: climas insalubres, ambientes poluídos ou altitudes de operação
superiores a 1.000 metros em relação ao nível do mar.

FREQUENCIA NOMINAL – Execução normal: 60Hz

CLASSE DE EXTIDÃO E CARGA NOMINAL: MEDIÇÃO

A(s) classe(s) de exatidão são escolhidas de acordo com a função dos aparelhos
conectados, apresentando uma precisão semelhante às dos mesmos. As classes nominais
são: 0,3; 0,6 e 1,2.

A(s) carga(s) nominal(is) é(são) adotado(s), tomando a carga nominal imediatamente


superior à soma das cargas que representam os aparelhos conectados ao TP.

Tendo-se dois ou mais secundários as cargas especificadas serão a soma das cargas de
cada secundário, levando-se nos condutores secundários.

Os TP´s podem ser construídos para utilização com um terciário para conexão em
triângulo aberto, normalmente com classe de exatidão 1,2 e carga nominal mínima (12,5
VA)

As cargas nominais segunda a ABNT são:

P 12,5 = 12,5 VA – cosΦ=0,1


P 25 = 25 VA – cosΦ=0,7
P 75 = 75 VA – cosΦ= 0,85
P 200 = 200 VA – cosΦ=085
P 400 = 400 VA – cosΦ=085

POTENCIA MÁXIMA DE AQUECIMENTO – É a carga máxima que pode ser


suportada pelo transformador de forma contínua sem exceder seus limites prescritos de
elevação de temperatura.
Se especificará unicamente em casos especiais, quando o TP for destinado a possuir
uma carga contínua determinada, sem importar então a classe de exatidão e carga
nominal; em casos normais, este valor é indicado pelo fabricante.

CLASSES GRUPO 1 GRUPOS 2 e 3


DE ligação fase-fase Ligação fase-neutro
TENSÃO Tensão Relação Tensão Primaria Relações Nominais
Primaria Nominal Nom. (V) Tensão Tensão
Nom. (V) Secundária Secundária
115/ (V) aprox. 115 (V)
0,6 115 1:1 - - -
230 2:1 230 2:1 1,2:1
402,5 3,5:1 402,5 3,5:1 2:1
460 4:1 460 4:1 2,4:1
1,2 575 5:1 5:1 3:1
575
5 2300 20:1 2300 20:1 12:1
3450 30:1 3450 30:1 17,5:1
4025 35:1 4025 35:1 20:1
4600 40:1 40:1 24:1
4600
8,7 6900 60:1 6900 60:1 35:1
8050 70:1 8050 70:1 40:1
15B 11500 100:1 11500 100:1 60:1
15 13800 120:1 13800 120:1 70:1
25 23000 200:1 23000 200:1 120:1
25000* 200:1* 25000* 200:1* 120:1
34,5 34500 300:1 34500 300:1 175:1
46 46000 400:1 46000 400:1 240:1
69 69000 600:1 69000 600:1 350:1
92 9200 800:1 9200 800:1 480:1
138B 115000 1000:1 115000 1000:1 600:1
138 138000 1200:1 138000 1200:1 700:1
161B 161000 1400:1 161000 1400:1 800:1
161
230B2 196000 1700:1 196000 1700:1 1000:1
230B1
230 23000 2000:1 23000 2000:1 1200:1
345B2 287000 2500:1 287000 2500:1 1400:1
345B1 1500:1
345 345000 3000:1 345000 3000:1 1700:1
440B2 402500 3500:1 402500 3500:1 2000:1
400 4000:1 4000:1 2400:1
440B1 46000 46000

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