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O que se recomenda em leitura sobre deuses e sábios.

Um autor que cita


outros, baseado no romance histórico egípcio desde O Egípcio, de Mika
Waltari, agora com a série de livros de Christian Jacq sobre Ramsés II
aquele que mais obras deixou no Egito e ainda reconstruiu muitas. Sabe-se
que os conquistadores quando realizavam reconstruções com certeza
assinalavam o nome do reconstrutor, quando não apagavam os dos demais.
O interessante relato alia máximas, frases, lendas e contos de forma a
prender a atenção do leitor de forma irreprochável. Recomendo a leitura
aos livres pensadores e devem ainda por ponderação á própria memória,
assinalar os pontos de considerados realces para o arquivo mental. No
momento enviamos os dados enciclopédicos iniciais e posteriormente
aliaremos a esta remessa passagens curiosas inclusive que ligam Ramsés II
a Acácia. Se sua curiosidade e ansiedade não o deixarem esperar quanto às
coligações egípcias, comunique-se conosco pelo e-mail desta remessa.
Entre as risadas das hienas e os gritos dos leopardos é revitalizante o
conhecimento lastreado por essas civilizações antigas.

Tullio Luigi Farini – Professor de Literatura.


O Egípcio (em finlandês, Sinuhe egyptiläinen) é o nome de um romance
do finlandês Mika Waltari.

Escrito em 1945, o livro conta a jornada de um médico egípcio que


abandonado quando criança foi criado por pais adotivos.

Tendo conhecido e ingressado na corte do faraó Amenhotep IV


(Akhenaton), ele conhece uma mulher bela e ardilosa, por quem se
apaixona alucinadamente, perdendo todos os seus bens e a própria
dignidade moral.

Então ele foge do Egito e por uma amizade com um dos comandantes do
faraó torna-se um espião do exército egípcio e por conta disso viaja para as
terras da Babilônia, Creta, Hati e Síria.

Ramesés I, primeiro faraó da XIX dinastia do Império Novo (c.1292 a.C.-


1290 a.C.).

Biografia

Originalmente chamado Paramessu, Ramsés I não nasceu no seio de uma


família real. Ele se tornou um grande militar no Baixo Egito. Ele era um
militar de carreira, originalmente chefe dos arqueiros, e depois acabou se
tornando vizir. Ramsés I também foi alto sacerdote do templo de Amom.

Sucedeu ao faraó Horemheb que, provavelmente, morreu sem ter tido


filhos. Pouco se sabe sobre seu governo, que há de ter sido breve (um ano
ou dois) e o seu único ato conhecido foi nomear como herdeiro seu filho,
Seti I (ou Maat-Men-Rá).

Como escreveu Maneton, Ramsés I fundou uma dinastia inteiramente nova,


sem qualquer vínculo com os reis anteriores. O nome de seu filho, Seti, a
devoção de vários de seus descendentes ao culto de Ptah e a predileção de
Ramsés II pelo Delta, parecem indicar o Baixo Egito como origem dessa
família.

Em seu governo, Tebas continuou sendo a capital do país, devido à


predominância dos sacerdotes de Amon. Talvez seja por isso que Maneton
considera essa dinastia como tebana, embora o mais provável é que fosse
menfita.

Se Ramsés I era, como muitos estudiosos admitem, um companheiro de


armas de Horemheb, desde os tempos de Akhenaton, ele já seria um
homem velho quando se tornou faraó, e seu curtíssimo reinado parece
confirmar essa hipótese. Ramsés I foi enterrado na tumba KV16.

Titulatura

Nome de Sa-Rá
Hieroglifo

Transliteração Rˁ-ms-sw
Transliteração (ASCII) Ra-ms-sw
Transcrição Ramessessu
(Ramsés)
Tradução "Criado por Rá
(Ramsés)."
Nome de Nesut-bity
Hieroglifo

Transliteração Wsr-Mȝˁ.t-Rˁ Stp-n-


Jmn
Transliteração (ASCII) Wsr-MAat-ra Stp-n-
imn
Transcrição Wasermaat-rá
Setepen-amun
Tradução "A justiça de Rá é
poderosa. O eleito de
Amon."

Referências

 Hall, H. R.- "História Antiga do Oriente Próximo", Rio de Janeiro,


CEB, 1948.

Precedido Faraó Sucedido


por XIX por
Horemheb dinastia Seti I

Seti I
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Pintura de Seti I
Seti I foi o segundo faraó da XIX dinastia egípcia, ou dinastia Ramséssida.
Filho de Ramsés I e da rainha Sitré, governou o Antigo Egito entre cerca de
1291 a.C. e 1278 a.C. O seu reinado de pouco mais que uma década ficaria
celebrado na história pelas numerosas e frutuosas campanhas militares e
pelo esplendor artístico alcançado. É o pai do famoso Ramsés II, o Grande.

Família

Ascendência

Seti I era filho do primeiro rei Ramséssida: Ramsés I. Ramsés I era vizir e
confidente do anterior faraó Horemheb. Este último é muitas vezes
considerado como o primeiro faraó da XIX dinastia, contudo as ligações
familiares de Horemheb colocam-no como último faraó da XVIII dinastia
egípcia. De fato, a sua ascensão ao trono foi legitimada pelo casamento
com Mutnedjmet, filha de anterior faraó-sacerdote Ay e irmã de Nefertiti,
Grande Esposa Real de Akhenaton. Ramsés I conseguiu o trono do Egito
porque Horemheb não deixou descendência e o indicou a ele, seu fiel
amigo, como seu sucessor. Seti I provem, assim, de uma linhagem nobre,
de grandes comandantes militares. O seu avô, Seti, era um comandante
oriundo do Delta. Seu pai, antes de se tornar faraó, fora um grande
comandante. A mãe de Seti, Sitré (Filha de Ré) era também uma nobre de
nome Tia.
Descendência

Baixo-relevo do tempo de Seti I em Abidos.

Seti I casou no seio da sua proveniência familiar. A sua Grande Esposa


Real foi Toya, filha do tenente Raia. Conhecem-se quatro filhos deste
casamento:

1 - Um rapaz que morreu muito jovem (Chenar)

2 - Tia-Sitre

3 - Ramsés II, sucedeu a seu pai

4 - Hanutmiré, futura esposa de seu irmão Ramsés II

A família de Seti I, os Ramséssidas, continuaria no poder por mais 93 anos,


até à morte da rainha-faraó Tauseret em 1185 a.C., quando uma nova
dinastia se apodera do trono.
As Guerras

Seti I esforçou-se, durante o seu reinado, por igualar os feitos militares dos
primeiros faraós da XVIII dinastia: Tutmés III e Amen-hotep III; de forma
a restaurar a glória do Egipto perdida com o período de Amarna e a
legitimar a nova dinastia. A memória das suas campanhas militares
encontra-se bem ilustrada nas paredes do Templo de Karnak.

Kadesh

A maior glória de Seti I foi a conquista da cidade síria de Kadesh e da


província vizinha de Amurru ao Império Hitita. Estes territórios tinham
sido perdidos no tempo de Akhenaton e malgrado as tentativas de
Tutankhamon e Horemheb os hititas conseguiram conservá-los. Contudo,
pouco tempo durou o domínio egípcio, pois a cidade voltou a cair pouco
depois. Uma última tentativa de tomá-la tomou lugar com o filho de Seti I,
Ramsés II, na famosa Batalha de Kadesh. Curto foi também este último
domínio egípcio e no 8º ano do reinado de Ramsés II os hititas tomaram
definitivamente o controle da cidade.

Médio Oriente

Anteriormente à conquista de Kadesh, Seti I preconizou seis anos gloriosos


de ataques à Palestina, impondo o domínio egípcio naquela zona. Na
mesma campanha que capturou Kadesh, Seti I voltou a conquistar os
territórios do Líbano e Síria, igualmente perdidos durante a instabilidade
dos reis de Amarna.

Líbia e Núbia

Durante a primeira década do seu reinado também foram lançadas


algumas incursões vitoriosas contra os líbios do deserto ocidental e
alguns revoltosos núbios. Crê-se que a principal função de tais
campanhas fosse a de manter as fronteiras do Império.

O Reinado

Durante o seu reinado importantes obras de arquitetura e de


desenvolvimento artístico tomaram lugar. Seti I iniciou a construção da
famosa Sala Hipostila do Templo de Amon em Karnak, que seria depois
concluída pelo seu filho Ramsés II. Numa provável tentativa de se associar
á divindade mais popular do Egipto e às origens distantes da Monarquia
Egípcia do Império Antigo, Seti I mandou construir um magnífico Templo
dedicado a Osíris. É considerado um dos mais belos espécimes da arte
egípcia e os seus relevos não têm par. O templo possuía sete santuários:
Ptah, Ré-Horakhti, Amon-Ré, Osíris, Ísis, Horus e o do próprio Seti. Existe
neste templo a chamada Sala dos Registros onde os relevos mostram Seti I
acompanhado do jovem Ramsés perante uma interminável lista de faraós
do Egito. De notar que de Amen-hotep III a lista salta para Horemheb,
eclipsando os faraós de Amarna e, nomeadamente, o inconveniente
Akhenaton. Está aqui patente a grande linha diretora do reinado de Seti I,
comum aos dos seus antecessores Horemheb e Ramsés I, reabilitar a glória
do Egito e apagar os vestígios da heresia de Amarna. Ao lado do Templo
encontra-se uma estrutura curiosa de que se desconhece a função: o
Osirion. Seti I construiu ainda um Templo dedicado a seu pai, Ramsés I,
também em Abido e o seu Templo Mortuário em Tebas.

Templo de Seti I em Abidos

O Túmulo

O último marco do seu reinado é a construção do seu túmulo no Vale dos


Reis (KV 17), sendo considerado até agora como o maior e mais
soberbamente decorado de todo o Vale. O túmulo, descoberto por Giovanni
Belzoni o 16 de Outubro de 1817, testemunha o auge e esplendor artístico
alcançados durante o reinado do monarca. Os baixos-relevos são de um
requinte único e a utilização de cores vibrantes dá-lhes uma vida
inesperada. É ainda notório pelas artimanhas usadas na sua defesa contra
ladrões e saqueadores, embora estas se tenham revelado infrutíferas.

A Morte

Seti I morreu ainda novo, com pouco mais de 40 anos. A sua múmia,
considerada a mais bela e bem preservada até hoje encontrada, não se
encontrava no seu túmulo no Vale dos Reis. Repousava num esconderijo de
múmias reais em Deir el-Bahari descoberto em 1881. Foram encontrados
registros na múmia que nos indicam que esta foi restaurada no reinado do
Sumo Sacerdote de Amon, Heithor (1080-1074 a.C.) e depois, novamente,
no ano 15 de Smendes (1054 a.C.). Finalmente, foi escondida juntamente
com a do seu filho Ramsés II no ano 10 de Siamon (968 a.C.). Na
atualidade está preservada no Museu Egípcio do Cairo.

Titulatura

Nome de Sa-Rá[1]
Hieroglifo

Transliteração swtḫ Mr(y)-Ptḥ


Transliteração (ASCII) swTX mri.n-ptH
Transcrição Sethy Merenptah
Tradução "Nascido de Seth,
amado de Ptah."
Nome de Nesu-
bity[1]
Hieroglifo

Transliteração Rˁ-Mȝˁ.t-Mn
Transliteração (ASCII) Ra-mAat-mn
Transcrição Menmaat-rá
Tradução "Eterna é a justiça
de Rá."
Nome de Hórus
Hieroglifo

Translitera (ASC (Hr) kA-nxt xai-m-wAst


ção II) sanx-tAwi
transcrição (Hor) Kanekhet
Kaimwaset Sankhtawi
Tradução "Hórus touro poderoso,
que surge radioso em
Tebas. Aquele que faz
viver as Duas Terras (o
Alto e Baixo Egito."
Nome de Hórus de Ouro
Hieroglif
o

Transcri Uhem Messut Sekhemkhepesh


ção Derpedjetpesdjet
Traduçã "Aquele que renasce e cujo
o braço valoroso empunha os
nove arcos."

Bibliografia

 CLAYTON, Peter A.; Crónicas dos Faraós. Lisboa: Verbo, 2004.


 KENNETH A. Kitchen; Pharaoh Triumphant: The Life and Times of
Ramesses II. Warminster, 1982. ISBN 0-85668-215-2

Notas e referências

1. Grandes Impérios e Civilizações - O Mundo Egípcio, Vol. 1, pg. 37 -


tradução: Maria Emília Vidgal, 1996 Edições Del Prado (Portugal e
Brasil), ISBN 87-7838-736-6

Material consultivo.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ramsés, escrita por Christian Jacq e lançada em 1995, é uma série de
livros organizados em 5 volumes e que retratam, com caracteres
biográficos e fictícios, a vida do Faraó Ramsés II, além dos costumes de
vida dos egípcios desta época. A série foi publicada em 25 países e vendeu
mais de 5 milhões de exemplares.

Descrição

Christian Jacq, renomado egiptólogo, retrata com uma linguagem rica e


informações baseadas em suas pesquisas a vida de um dos mais conhecidos
faraós do Egito. Ele nos remete à aproximadamente 1.200 a.C. descrevendo
com precisão de detalhes os alimentos, a higiene, a religião, a burocracia,
os remédios e tudo mais relacionado com a vida egípcia da XIX dinastia
egípcia.

 O 1º volume, Ramsés - O filho da luz relata a vida de Ramsés desde


sua infância, passando pelos ensinamentos de seu pai, Seti I, o
casamento com Nefertari e termina com a morte de seu pai.

 O 2º volume, Ramsés - O templo de milhões de anos, relata a posse


de Ramsés, a construção da capital de Pi-ramsés pelos hebreus, do
seu templo Ramesseum e as inúmeras tentativas de Chenar, irmão de
Ramsés, de destroná-lo e tornar-se faraó.

 O 3º volume, Ramsés - A batalha de Kadesh, conta a batalha de


Ramsés contra os hititas e a fuga de Moisés do Egito.

 O 4º volume, Ramsés - A dama de Abu-Simbel, conta a tentativa de


Ramsés em estabelecer um tratado de paz com os hititas, o êxodo
hebreu, a construção do templo de abu-simbel e termina com a morte
da esposa de Ramsés, Nefertari.

 O 5º e último volume, Ramsés - Sob a acácia do ocidente, conta o


casamento de Ramsés com a filha do rei Hitita, a tentativa de
revoltosos líbios de invadir o Egito, a morte de Kha, filho de
Ramsés, e termina com a morte de Ramsés aos 89 anos.

Informações

 Editora: Bertand Brasil


 Tradução: Maria D. Alexandre
 Catalogações: I. Ramsés, Rei do Egito - Ficção. 2. Egito - História -
Até 332 a.C. - Ficção. 3. Romance francês. 5. Série.
 Ramsés - O filho da luz (título original: Ramsès - Le fils de la
lumière), 392 páginas, ISBN 85-286-0668-6 (17ª edição)

 Ramsés - O templo de milhões de anos (título original: Ramsès - Le


temple des millions d'années), 378 páginas, ISBN 85-286-0697-X (6ª
edição)

 Ramsés - A batalha de Kadesh (título original: Ramsès - Le bataille


de Kadesh), 378 páginas, ISBN 85-286-0712-7 (9ª edição)

 Ramsés - A dama de Abu-simbel (título original: Ramsès - La dame


d'Abou Simbel), 378 páginas, ISBN 85-268-0730-5 (7ª edição)

 Ramsés - Sob a acácia do ocidente (título original: Ramsès - Sous


l'Acacia d'Occident), 364 páginas, ISBN 85-268-0739-9 (3ª edição)

Referências

1. Ramsés - O filho da Luz, 17ª edição, contra capa.

Ver também

 Ramsés II
 Batalha de Kadesh

Christian Jacq

Ramsés 4
A Dama de Abu Simbel

Matador, o leão de Ramsés, soltou um rugido que gelou de terror tanto os


egípcios como os revoltosos. A enorme fera, condecorada pelo faraó com
um fino colar de ouro por bons e leais serviços prestados durante a batalha
de Kadesh contra os hititas (Os longínquos antepassados dos turcos),
pesava mais de trezentos quilos, tinha quatro metros de comprimento e
exibia uma juba simultaneamente farta e bela, tão luxuriante que lhe cobria
a parte de cima da cabeça, os lados do focinho, o pescoço e parte das
espáduas e do peito. A pelagem, lisa e curta, era de um castanho claro e
luminoso.

A cólera de Matador foi detectada mais de vinte quilômetros em redor e


todos compreenderam que era igualmente a cólera de Ramsés que, desde a
vitória de Kadesh, se tornara Ramsés o Grande.
Seria real essa grandeza, quando o faraó do Egito não conseguia, apesar do
prestígio e da valentia, impor a sua lei aos bárbaros da Anatólia? O exército
egípcio revelara-se decepcionante a quando do confronto. Os generais,
cobardes ou incompetentes, tinham abandonado Ramsés, deixando-o só em
frente de milhões de adversários, certos da vitória. Mas o deus Amon,
oculto na luz, ouvira a prece do seu filho e concedera ao braço do faraó
uma força sobrenatural.

Depois de cinco anos de um reinado tumultuoso, Ramsés convencera-se


que a sua vitória em Kadesh impediria os hititas de reerguer a cabeça
durante muito tempo e que o Próximo- Oriente entraria numa era de
relativa paz.

Enganara-se redondamente, ele, o potente touro, o bem-amado da Regra


divina, o que protegia o Egito, o Filho da Luz. Mereceria esses cognomes,
face à sedição que grassava nos seus protetorados tradicionais, Canaã e a
Síria do Sul? Não só os hititas não renunciavam à luta, como tinham
mesmo lançado uma vasta ofensiva aliando-se aos beduínos, ladrões e
assassinos que desde sempre tinham cobiçado as ricas terras do Delta.

O general do exército de Ra aproximou-se do rei.

-Majestade... A situação é mais crítica do que prevíamos. Não se trata de


uma vulgar revolta; segundo os nossos batedores, toda a região de Canaã se
ergue contra nós. Uma vez franqueado este primeiro obstáculo, haverá um
segundo, depois um terceiro, a seguir...

-E desesperas de chegar a bom porto?


-As nossas perdas podem vir a ser pesadas, Majestade e os homens não têm
qualquer desejo de se deixarem matar por nada.

-A sobrevivência do Egito será motivo suficiente?

-Não queria dizer...

Christian Jacq

Christian Jacq nasceu em Paris (França) no ano 1947, e conseguiu seu


doutorado com a tese " Le Voyage dans l'autre monde selon l'Egypte
ancienne "("A Viagem no outro mundo de acordo com o Antigo Egito"). O
trabalho dele O Egito dos Grandes Faraós obteve o prêmio da academia
francesa. Grande perito e apaixonado pelo Egito, ele escreveu numerosos
trabalhos, pondo a nosso alcance a velha civilização egípcia, como é o caso
de As Egípcias e a A Sabedoria Viva do Antigo Egito.

Biografia

Múmia de Ramsés II

Christian Jacq (Paris, 1947) é um escritor e egiptólogo francês. Escreveu


várias obras de ficção sobre o Antigo Egito, notavelmente uma coletânea
de cinco livros sobre o faraó Ramsés II, a quem Jacq guarda grande
admiração. Até o ano de 2004, já havia escrito mais de cinqüenta livros,
incluindo diversas monografias na área da egiptologia. O livro que o fez
conhecido para o grande público foi "Champollion O Egípcio".

Christian Jacq teria se apaixonado pela Antigo Egito com a idade de treze
anos pela leitura de três volumes da história da civilização do Antigo Egito
de Jacques Pirenne . Casou-se muito jovem, aos 17 anos, e sua viagem de
núpcias foi para o Egito onde visitou o sitio arqueológico do antigo
Memphis . Seu primeiro teste, naturalmente dedicado ao Egito, foi no fim
dos anos 60, quando se envolveu em estudos de Arqueologia e
Egiptologia , que foram coroados com o titulo de doutorado em Sorbonne .
A sua carreira de escritor, que se iniciou aos 21 anos, segue duas linhas
narrativas: uma de autor moderno e outra de romancista histórico. O
egiptólogo gosta de afirmar que teve êxito literário por unir o universo
novelista com a história egípcia.

Ele e sua falecida esposa fundaram o Instituto Ramsés, que se dedica a


criar descrições fotográficas do Egito para a preservação de sítios
arqueológicos em perigo. De fato, o Instituto conta com a maior coleção de
fotografias do Antigo Egito, entre doze e quinze mil, com o projeto de
reunir mais de cem mil. Atualmente, Christian Jacq reside em Genebra, na
Suíça.

Obras

 Série Mozart composta por 4 volumes:


o Mozart: O Supremo Mago
o Mozart: O Filho da Luz
o Mozart: O Irmão do Fogo
o Mozart: O Amado de Ísis
 Série Ramsés composta por 5 volumes:
o Ramsés: O Filho da Luz
o Ramsés: O Templo de Milhões de Anos
o Ramsés: A Batalha de Kadesh
o Ramsés: A Dama de Abu-Simbel
o Ramsés: Sob a Acácia do Ocidente
 Série Pedra da Luz composta por 4 volumes:
o A Pedra da Luz: Nefer, o Silencioso
o A Pedra da Luz: A Mulher Sábia
o A Pedra da Luz: Paneb, o Ardoroso
o A Pedra da Luz: O Lugar da Verdade
 Série A Rainha Liberdade composta por 3 volumes:
o A Rainha Liberdade: O Império das Trevas
o A Rainha Liberdade: A Guerra das Coroas
o A Rainha Liberdade: A Espada Flamejante
 Série O Juiz do Egito composta por 3 volumes:
o O Juiz do Egito: A Pirâmide Assassinada
o O Juiz do Egito: A Lei do Deserto
o o Juiz do Egito: A Justiça do Vizir
 A Sabedoria Viva do Antigo Egito
 As Egípcias: Retratos de Mulheres do Egito
 O Mundo Mágico do Antigo Egito
 A Rainha Sol
 Nefertiti e Akhenaton: o Casal Solar
 Contos e Lendas do Tempo das Pirâmides
 Barragem sobre o Nilo
 O Caso Tutankhamon
 O Pequeno Champollion Ilustrado
 O Egito dos Grandes Faraós
 Por Amor de Philae
 Champollion O Egípcio
 O Vale dos Reis
 Viagem ao Egito dos Faraós
 A Viagem Iniciática

Ligações externas

 Entrevista de Christian Jacq a revista Veja (em português)

Ligações externas

 “As Egípcias” de Christian Jacq - Review do livro.



 Ramsés foi um dos maiores faraós que o Egito já teve. Governou
por quase 67 anos, talvez nenhum faraó tenha governado tanto.
Foi um grande construtor e um grande lutador. Ficou famoso por
causa da grande batalha de Kadesh.

 O soberano egípcio queria tomar posse de terra que pertencia


aos Hititas, chamada Kadesh, pela qual passavam as rotas
mercantis para o Oriente. Para isso, liderou um exército enorme
visando conquistá-la.  Essa região na Síria, desde o faraó
monoteísta Akhenaton, sofria com as tomadas de posse dos
hititas e as retomadas dos egípcios.
 Ramsés, ao completar 10 anos de idade, foi nomeado como
comandante-chefe dos exércitos do seu pai, Set I, e aos 14 anos
o jovem príncipe recebeu permissão para participar ao lado do
faraó Set de combates na Líbia.  Os dois conseguiram tomar a
cidade hitita de Kadesh por um breve período, mas os inimigos a
recuperaram logo que retornaram ao Egito. Antes da morte do
seu pai, Ramsés, o novo faraó, jurou retomar Kadesh.

 No quinto ano de seu reinado, Ramsés decidiu reconquistar a
estratégica cidade hitita à frente de um exército de 20 mil
homens, dividido em quatro partes, cada um com um nome de
um deus, Amon, Rá, Ptah e Seth. Durante a batalha, o soberano
se adiantou na frente de seu exército e levou a divisão de Amon.
Ramsés II e seus homens foram surpreendidos pelo exército
Hitita comandado pelo rei Mouwattali com 40 mil guerreiros.
Graças à pronta chegada dos reforços que acompanhavam as
forças principais por outra rota, o faraó conseguiu salvar-se,
reorganizando as divisões e fazendo os hititas recuarem.

 A batalha de Kadesh não teve vencido ou vencedor, e o norte
da Síria continuou sob domínio hitita, com os quais o faraó
envolveu-se em novos choques posteriormente.

 O tratado definitivo entre egípcios e hititas só foi concluído no
21° ano do reinado de Ramsés, já no reinado do rei hitita
Hattusil III, irmão de Mouwattali que se apoderou do trono
expulsando o filho do antigo soberano. Pelo tratado, Ramsés
teve que desposar a filha mais velha do astuto usurpador para
selar a nova amizade.

  Nessa época, o faraó já tinha como esposas a bela Nefertari e
sua segunda esposa Istnofret, fora as mulheres do harém.

 Após a batalha o faraó tratou de se promover. Foi elaborado um 
relato dramático sobre a batalha de Kadesh - exaltando a sua
coragem e a intervenção de Amon-Rá para defendê-lo. Tal relato
foi amplamente divulgado em templos (aparece 3 vezes no
templo de Luxor), e em várias cópias em papiro (uma das
versões foi compilada por um escriba que deu nome a
composição: “poema de Pentaur”).



 Para perpetuar essa "propaganda" maciça, Ramsés ordenou  que
fossem também feitas descrições da batalha nos templos em Abu
Simbel  ( A Montanha Pura).

 Durante a construção dos dois templos em Abu Simbel , o


Grande Templo, em homenagem a Ramsés, e o Pequeno Templo
para a esposa Nefertari, centenas de operários tiveram que
esculpir todo o templo na rocha de uma colina de arenito, um
detalhe admirável, porque qualquer erro grave causaria o
afundamento de toda a obra.

 Desenhistas ficaram pendurados por andaimes para desenharem
na rocha. Depois vieram os escavadores e esculpiram quatro
estátuas colossais de Ramsés II. O santuário interno, escavado
em uma sólida rocha, prolongando-se por 55 metros de
profundidade, era o lugar mais sagrado do Grande Templo.


 Nele, quatro estátuas, a do faraó e as de três deuses, estão
sentadas. Duas vezes por ano, graças aos cálculos dos arquitetos,
nos solstícios de verão, época da colheita, à medida que o Sol se
levanta, seus raios brilham pelas paredes decoradas com as
façanhas sangrentas da batalha de Kadesh e iluminam as estátuas
divinas. A construção levou 20 anos.

 O faraó construiu também  outros templos afastados de qualquer
cidade egípcia, mas que cruzavam o caminho dos estrangeiros.
Sua intenção era mostrar a grandiosidade do Egito. Os templos
ficam perto da margem do Nilo, ou seja, quem subir o Nilo irá
ver as estátuas do rei do Egito em seu trono. Ramsés só criou
esses templos e outras obras como uma propaganda faraônica de
seu poder.

 Cada templo possuía o seu sacerdote designado pelo faraó que


representava o rei nas cerimônias religiosas cotidianas. Em tese,
o faraó deveria ser o único celebrante das cerimônias religiosas
diárias que se desenrolavam nos diversos templos espalhados
por todo o Egito. Na prática, o grão-sacerdote exercia esse papel.
Para alcançar essa posição, tornava-se necessário uma longa
educação nas artes e nas ciências, tal como o faraó possuía.
Leitura, escrita, engenharia, aritmética, geometria, astronomia,
medição de espaços, cálculo do tempo pela ascensão e ocaso das
estrelas, faziam parte de tal aprendizado. Os sacerdotes de
Heliópolis, por exemplo, tornaram-se guardiãs dos
conhecimentos sagrados e ganharam reputação de sábios.


 Com  o templo de Abu Simbel concluído, o faraó, então, levou
sua amada esposa para admirá-los. Ele e Nefertari (sua esposa
principal) eram mais que marido e mulher, ela era sua
companheira inseparável que o ajudava a governar.


 Mas para desespero do soberano ela morreu pouco depois. Para
sua Nefertari construiu um dos mais lindos túmulos do Egito no
Vale das Rainhas. E não deixou por menos para seus filhos,
construindo um dos maiores túmulos do Egito no Vale dos Reis.
Com  sua querida esposa morta e com o passar dos pesados anos
Ramsés mudou complemente seu jeito de governar. Ele parou de
acompanhar seu exército em batalhas e a se dedicar em construir
obras colossais. Passou o comando aos príncipes Ramsés e
Khaemwaset, mas ambos morreram antes do pai tal como pelo
menos dez outros filhos. Nessa ocasião, Merneptah, o filho mais
novo de Istnofret, herdou o trono.
 Ramsés morreu com aproximadamente 90 anos e gerou pelo
menos 90 filhos. Quando estudaram a múmia de Ramsés, viram
grandes problemas com seus dentes. Pode ser que tenha morrido
por infecção. Sabe-se que nos seus últimos dias sofreu bastante.

 Filhos de Ramsés (acima a múmia de Ramsés).
  
 Em 1827, John Gardner, um dos fundadores da egiptologia,
batizou a tumba KV5 - a quinta tumba encontrada no
Kings`Valley, que até 1989 ficou esquecida. 


 Quando se pensava que nada mais restava a descobrir no Vale
dos Reis, o egiptólogo Dr. Kent Weeks, professor de Egiptologia
na Universidade Americana do Cairo, Weeks começou a cuidar
do projeto de mapeamento - Theban Mapping Project e queria
mudar a KV5 de lugar, não porque  essa tumba contivesse
tesouros - não havia nenhum, mas por causa da ampliação de
uma estrada que passava pela entrada do vale. As obras,
provavelmente danificariam qualquer sepultura no caminho.
Porém a KV 5 acabou se e revelando como a maior de todas as
descobertas.
 Em uma escaldante manhã de 1989, os trabalhadores retiravam
os entulhos quando se depararam com uma enorme câmara com
16 pilastras. Weeks e sua esposa Susan examinaram um corredor
de 30 metros que possuía várias portas e ao final uma enorme
estátua de o deus da vida eterna, Osíris. Contudo, a maior de
todas as surpresas estaria por vir: este era o sepulcro coletivo e
inviolado de 50 múmias, todas relativas aos filhos do faraó
Ramsés II. Escavações posteriores revelaram a existência de
mais dois corredores, cada um deles com 16 outras portas
seladas. E os arqueólogos acreditam que ainda possa existir
outro nível, situado bem mais profundamente e abaixo deste
vasto complexo, onde talvez todas as múmias dos demais filhos 
possam vir a ser encontradas.

 CUIDANDO DOS REIS

 O  professor Weeks, um dos principais pesquisadores na região,
disse que a visita de 9 mil turistas diariamente estava começando
a destruir as pinturas e tecidos dos túmulos que antes foram
ocupados por Ramsés II, Seti I e Tutancâmon.
 Os túmulos são iluminados por lâmpadas de 40 watts,
aumentando a temperatura no que foram durante 30 séculos
sagrados corredores escuros. Quatrocentos turistas ou mais por
dia deixam para trás 28 mililitros de umidade - cerca de duas
colheres de sopa - provenientes de respiração.
 O Vale dos Reis é hoje um dos maiores pontos turísticos do
Egito e o país espera que o número total de visitantes aumente
na próxima década para 14 milhões por ano. O professor Weeks
e seus colegas egípcios pretendem testar novas tecnologias de
iluminação e criar ingressos com tempo limitado para visitas a
qualquer túmulo.

  Bibliografia
 National Geographic

 Coleção sobre Ramsés de Christian Jacq
 Editora Bertrand Brasil e National Geographic (edição
especial: antigo Egito) 

 VALE A PENA VER:
 Theban Mapping Project  
 Textos e fotos dos principais monumentos na margem oeste da
antiga Tebas, incluindo as diversas tumbas dos faraós no Vale
dos Reis. Em inglês, francês, alemão e italiano.



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Jerboa o Pigmeu Egípcio |


Esse é um dos animaizinhos mais estranhos que eu ja vi, ele é um filhote do
Jerboa Pigmeu Egípcio, uma espécie de esquilo. Muito simpático por
sinal.

blogdocko.com.br/2009/05/31/jerboa-o-pigmeu-egipcio

Final da coletânea em 27 páginas. TLF.

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