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CONTRATO DE SOCIEDADE
O fim comum deve consistir numa actividade económica, o que significa que
dela deve resultar um lucro patrimonial, embora se não deva confundir
actividade económica com simples produção de bens, pois a economia
abrange outras actividades além da produção.
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A organização é a forma coordenada de prossecução do objecto.
14. Objecto
O art. 980º CC exige que a actividade a desenvolver pelos seus sócios seja
certa, pelo que se faltar essa determinação o contrato não pode deixar de
considerar-se nulo por indeterminabilidade do objecto (art. 280º/1 CC).
- Que essa actividade tenha conteúdo económico, não podendo este
consistir na mera fruição;
15. A organização
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Esse contraste sócio-sociedade é resolvido através da interposição de uma
organização, destinada a gerir a prossecução desse objecto. Daí o surgimento
de todo um sistema de órgãos, através dos quais se prossegue a execução do
contrato (arts. 985º segs. CC). Deste elemento deriva, por um lado, o carácter
extraordinariamente complexo da posição jurídica dos sócios que, para além
das obrigações que assumiram pelo contrato, ficam sujeitos ao poder
potestativo da organização que criaram, constrangedor da sua actividade.
16. O fim
Faltando o elemento fim lucrativo não existe sociedade, mas sim associação
(art. 157º CC).
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O art. 981º/2 CC vem estabelecer que a falta de forma “só anula todo o
negócio se este não puder converter-se segundo o disposto no art. 293º CC de
modo que à sociedade fique o simples uso e fruição dos bens cuja
transferência determina a forma especial, ou se o negócio não puder reduzir-
se, nos termos do art. 292º CC às demais participações”.
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g) A sociedade civil como contrato obrigacional e ainda real “quod
effectum”
As relações internas
Obrigação de entrada
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- A proibição do uso dos bens sociais para fins estranhos à sociedade (art.
989º CC);
b) Fiscalização dos administradores (art. 988º CC) atribui dois direitos de
natureza e conteúdos diferentes: o direito à informação mediante o qual
o sócio pode obter em qualquer altura as informações que necessite
sobre os negócios da sociedade e consultar os documentos a eles
relativos; e o direito à prestação de contas que o sócio pode exigir
apenas periodicamente (art. 988º/2 CC).
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A distribuição de lucros e perdas pelos vários sócios encontra-se
dependente de certas regras, constantes pelos vários sócios encontra-se
dependente de certas regras, constantes dos arts. 992º e 993º CC. Tratam-se,
no entanto, de regras supletivas, pelo que se os sócios determinarem no
contrato o método de proceder a essa repartição será esse o critério que se
aplica.
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estes individualmente praticar os actos que incumbem àquele órgão, sem
necessidade do consentimento nem sujeição às directivas dos outros;
Relações externas
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explicável em virtude do princípio do risco de empresa, não pode levar a
subverter o facto de as obrigações serem assumidas em representação da
sociedade e portanto a este deverem ser imputadas (art. 258º CC).
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Os efeitos da exoneração são no entanto diferidos, só se produzindo no fim
do ano social em que é feita a comunicação respectiva, mas nunca antes de ter
decorrido três meses sobre essa comunicação (art. 102º/3 CC).
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Dissolução e liquidação da sociedade
Causas de dissolução:
d) Extinção da pluralidade dos sócios se no prazo de seis meses não vier a
ser reconstituída (art. 1007º-d CC): trata-se neste caso de uma causa de
dissolução de efeito diferidos, uma vez que a redução dos sócios à
unipessoalidade não faz operar imediatamente a dissolução, deixando a
lei ao sócio um prazo para refazer a base pessoal da sociedade, só se
verificando a dissolução se esta reconstituir no decurso deste prazo.
e) Decisão judicial que declare a sua insolvência (art. 1007º-e CC): neste
caso a dissolução da sociedade perde relevância autónoma,
apresentando-se como um simples efeito colateral de um processo
judicial, uma vez que a liquidação que se vai operar rege-se, em tudo,
pelas normas dos arts. 1135º segs. CC, aplicáveis por força dos arts.
1315º e 1325º CC e ano pelos arts. 1010º segs. CC, que correspondem a
uma forma privada de liquidação.
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f) Outras causas de dissolução previstas no contrato (art. 1007º-f CC):
admite-se em termos muito gerais a estipulação pelas partes de causas
autónomas de dissolução no âmbito da autonomia privada (art. 405º CC).
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Ver arts. 762º e 790º CC relativamente à extinção de obrigações pelo seu cumprimento ou pela sua impossibilidade
superveniente.
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