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Art.. 226.
Art 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção
do Estado
Estado..
Ô 
Ô    
Ô amília 
numerus claususºº
numerus clausus

   

Ñ isão patrimonialista superada
Ñ artilha de bens e guarda como instrumento para
receber ou não pagar alimentos, tratando o filho como
bem
Ñ re)personalização do direito das famílias
Ñ roteção aos filhos para além do ideal patrimonial
uando não se consegue elaborar adequadamente o
   , acaba se desencadeando um
processo de destruição, desmoralização e descrédito do
exÔcônjuge. Ao ver o interesse do outro em preservar a
convivência com os filhos, quer vingarÔse, afastando
estes doa) genitora)º.

Maria Berenice Dias


§ filho passa a ser utilizado como instrumento da
agressividade direcionada ao) ex
exÔÔparceiroa)
parceiroa)..
Isso gera contradição de sentimentos e destruição
do vínculo entre ambos
ambos..
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—onsideraÔÔse
—onsidera alienação
parental a interferência
promovida por um dos
genitores na formação
psicológica da criança para
que repudie o outro, bem
como atos que causem
prejuízos ao estabelecimento
ou  manutenção de vínculo
com este
este..
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—onfiguraria uma Síndrome o
      que se
manifestam simultaneamente  

  


. § termo doençaº é mais geral, podendo haver várias
causas para a sua ocorrência e diferentes manifestações.
Síndrome é o agregado de sinais e sintomas associados a
uma mesma patologia e que em seu conjunto definem o
diagnóstico e o quadro clínico de uma condição médica. Uma
síndrome não caracteriza necessariamente uma só doença,
mas um grupo de doenças.
               
 , provocado pelo outro, via de regra, o titular da
custodia. A síndrome da alienação parental, por seu turno,  
    
  
    
 
 
       .
ëichard Gardner quem primeiro definiu a SA em 1987),
o O    estaria propenso a apresentar algum
nível de   !  
 
 ou 
,
acompanhado de  .
A autoÔimagem estaria distorcida, Ô como vítima
de um suposto e cruel tratamento dispensado pelo exÔ
cônjuge.
Em resposta a esse estado peculiar de desequilíbrio
emocional, o O    promoveria a discórdia ou
indiferença dos filhos para com o outro genitor, fazendoÔ
os crer que o   seria o responsável pelo
sofrimento de todos os familiares a partir da idéia de que
foram abandonados. Diante dessa configuração familiar,
os filhos decidiriam por manteremÔse aliados ao O 
 , a fim de protegêÔlo.
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1. Uma campanha denegritória contra o genitor alienado
alienado..
2. ëacionalizações fracas, absurdas ou frívolas para a
depreciação..
depreciação
3. alta de culpa e de ambivalência sentimentos bons e
maus sobre determinada pessoa ou coisa)
coisa)..
4. § fenômeno do pensador independenteº
independenteº..
5. Apoio automático ao genitor alienador no conflito
parental..
parental
6. Ausência de culpa sobre a crueldade a e/ou a
exploração contra o genitor alienado
alienado..
7. A presença de encenações µencomendadas¶
µencomendadas¶..
8. ropagação da animosidade aos amigos e/ou 
família extensa do genitor alienado
alienado..
AELAÇç — EL. AÇç DE SUBSTITUIÇç DE
GUAëDA DE MEN§ë. GUAëDA EXEë—IDA EL§S
A S MATEëN§S, —§NIADA A§ AI NA SENTENÇA.
ëE ALÊN—IA D§S INTEëESSES DA MEN§ë. Estando
demonstrado no contexto probatório dos autos que, ao
melhor interesse da criança, será a transferência da
guarda para o pai biológico, que há muitos anos busca em
Juízo a guarda da filha, a sentença que assim decidiu, com
base na prova e nos laudos técnicos, merece ser
confirmada. Aplicação do 1.584 do —ódigo —ivil. Guarda da
criança até então exercida pelos avós maternos, que não
possuem relação amistosa com o pai da menor, restando
demonstrado nos autos presença de síndrome de
alienação parental. Sentença confirmada, com voto de
louvor.
ëI§ GëANDE D§ SUL, TJ 7ª —mara —ível). Apelação —ível nº 70029368834, 08.07.2009, ëel. Des. André Luiz lanella illarinho.
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Ô realizar campanha de desqualificação da conduta do
genitor;;
genitor
Ô dificultar o exercício da autoridade parental;;
Ô dificultar contato da criança com o outro genitor
genitor;;
Ô dificultar o exercício direito regulamentado de convivência
familiar;;
Ô omitir deliberadamente informações pessoais relevantes
sobre a criança, inclusive escolares, médicas e alterações
de endereço
endereço;;
Ô apresentar falsa denúncia contra o outro genitor, contra
familiares deste ou contra avós, para obstar ou dificultar a
convivência deles com a criança ou adolescente;;
Ô mudar de domicilio para locais distantes, sem justificativa
justificativa,
visando a dificultar a convivência da criança ou adolescente
com o outro genitor, com familiares deste ou com avós..
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Ñ Implantação de falsas memórias
memórias;;

Ñ esquecimentos inocentesº
inocentesº;;

Ñ comentários inocentesº
inocentesº;;

Ñ Dizer que se sente abandonadoa) na data de


visitação ou mesmo criar grandes programas
para estas datas
datas;;

Ñ Espionagemº paterna/materna
paterna/materna..



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Ñ Afastamento ou indiferença dos filhos com o alienado
alienado..
Ñ Desistência do alienado da guarda e/ou visita em
relação aos filhos
filhos..
Ñ Efeito bumerangueº ‰ afastamento em relação ao
alienante..
alienante
—resci ouvindo que meu pai não prestava, não gostava de nós e
que minha mãe fugiu porque faltava comida e porque ele queria
matáÔÔla.
matá la. Eu morria de vergonha de ser filha de alguém tão malvado
e que nem ligava para mim mim.. Insistia para que eu chamasse meu
avô e, depois, meu padrasto de pai pai.. Diziam que, caso contrário, eu
não ganharia presentes
presentes.. Um dia meu pai apareceu em casa casa.. arte
de mim queria aquele pai, mas a outra estava com muita raiva raiva.. Ele
disse que nos veríamos no dia seguinte e minha mãe avisou que
ele nos levaria para jantar
jantar.. Minha mãe e eu esperamos horas,
prontas, ansiosas até que minha mãe cravou cravou:: Ele não vem, avisei
que ele não prestava
prestava..º Anos depois descobri a farsa
farsa:: para meu pai,
ela havia combinado um passeio na praia praia.. Depois ela ligou dizendo
que eu não queria vê vêÔÔlo.
lo. Tão intensa quanto a dor de se sentir
abandonada ou ser filha de um sujeito mal é a de saber que se foi
enganada pela própria mãemãe.. Hoje meu pai é confidente de todos os
meus momentos de vidavida..º
ëelato da jornalista e advogada Karla Mendes, 39 anos, alienada do pai juntamente com a irmã irmã.. Disponível
em:: http:
em http://ongpaisporjustica.
//ongpaisporjustica.blogspot
blogspot..com/
com/2010
2010//04
04/depoimento
/depoimentoÔÔcomovente
comoventeÔÔde
deÔÔuma
umaÔÔfilha
filha..html, Acesso emem::
05..09.
05 09.2010.
2010.


c "2
Ñ rincípio de     quanto  manutenção e
educação dos filhos
filhos;;
Ñ rincípio de atribuição aos pais dos  de manutenção e
educação dos filhos
filhos;;
Ñ rincípio da !   dos filhos em relação aos pais
pais..
Art. 36 da —onstituição da ëepública ortuguesa.

 , da sociedade e do Estado  


"     ,

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    #
 ! 
  ,, o direito  vida,  
   ,,  alimentação, 

#  ,
,  profissionalização,  cultura, 
  #   #   !  
 
   

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$Ô      
 
#  
  # %#  
#

  
..
Art. 227 da —onstituição ederal Brasileira de 1988.
Art. 1.631.
Art. 631. Durante o casamento e a união estável,

          [......]]


arágrafo único
único.. Divergindo os pais quanto ao exercício
do poder familiar
familiar,, é assegurado a qualquer deles recorrer
ao juiz para solução do desacordo
desacordo..

632. A separação judicial,    


  
Art. 1.632.
Art.
      $     &
      senão quanto ao direito, que aos
primeiros cabe, de terem em sua companhia os segundos
segundos..
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()'*+* 
*,(-.,/010''*23
*,(-.,/010''* 23  
Art. 1.634. —ompete aos pais, quanto  pessoa dos filhos
menores:
I Ô dirigir
dirigirÔÔlhes a criação e educação [...]
Ñ A prática de ato de alienação parental fere o
     da criança ao convívio
familiar saudável, constitui !  contra a
criança e descumprimento dos deveres inerentes
ao poder familiar ou decorrentes de tutela ou
guarda..
guarda
Art. 4º. Declarado indício de ato de alienação
Art.
parental,
  
,

,
 
,,
 

 4 
  ,,
 4 
  
o processo terá tramitação prioritária, e o juiz
determinará, com urgência, ouvido o Ministério
úblico, as medidas provisórias necessárias para
preservação da integridade psicológica da criança
ou do adolescente, inclusive para assegurar sua
convivência com genitor ou viabilizar a efetiva
reaproximação entre ambos, se for o caso
caso..
Art. 5º. ±  
       
       
        
$    

  O      
 

3

($ 55
($ 
I ± declarar a ocorrência de alienação parental e
advertir o alienador;
II ± ampliar o regime de convivência familiar em favor
do genitor alienado;
III ± estipular multa   ) ao alienador;
I ± determinar acompanhamento psicológico e/ou
biopsicossocial;
± determinar a alteração da guarda para guarda
compartilhada ou sua inversão;
I ± determinar a fixação cautelar do domicílio da
criança ou adolescente;
II ± declarar a suspensão da autoridade parental.
  '
A atribuição ou alteração da guarda dará preferência
ao genitor ou outro parente
parente)) que viabiliza a efetiva
convivência da criança ou adolescente com o outro
genitor, nas hipóteses em que inviável a guarda
compartilhada..
compartilhada

compartilhada,, será atribuída a


Havendo guarda compartilhada
cada genitor, sempre que possível, a obrigação de
levar a criança ou adolescente  residência do outro
genitor ou a local ajustado, por ocasião das
alternncias dos períodos de convivência familiar
familiar..
è

4
 5

AGëA § DE INSTëUMENT§
INSTëUMENT§.. ëEGULAMENTAÇç
DE ISITAS ATEëNAS
ATEëNAS.. S NDë§ME DE ALIENAÇç
AëENTAL.
AëENTAL. § direito de visitas, mais do que um direito
dos pais constitui direito do filho em ser visitado,
garantindoÔÔlhe o convívio com o genitor não
garantindo nãoÔÔguardião a
fim de manter e fortalecer os vínculos afetivos afetivos..
Evidenciado o alto grau de beligerncia existente entre
os pais
pais,, inclusive com denúncias de episódios de
violência física
física,, bem como acusações de quadro de
síndrome de alienação parental
parental,, revelaÔ
revelaÔse adequada a
realização das +0,06, *7 7/0*.6*
6* (8960:-.
(8960:-.
ëI§ GëANDE D§ SUL, TJ 7ª
 —m. —ível).. Agravo de Instr
Instr.. nº 70028674190, 15.04.2009, ëel. Des. André Luiz . illarinho
illarinho..
$
Ausência de parmetros na Lei da SA para a sua
fixação.

ual sua natureza? Teoria do valorÔdesestímulo.

AGëA § DE INSTëUMENT§. AÇç DE EXE—UÇç


DE AZEë. IM§SIÇç  MÃE/GUAëDIà DE
—§NDUZIë § ILH§  ISITAÇç ATEëNA, —§M§
A—§ëDAD§, S§B ENA DE MULTA DIÁëIA ë
100,00). IND —I§S DE S NDë§ME DE ALIENAÇç
AëENTAL §ë AëTE DA GUAëDIà UE
ëESALDA A ENA IM§STA. ëE—UëS§
—§NHE—ID§ EM AëTE E DESë§ ID§
ëI§ GëANDE D§ SUL, TJ 7ª —mara —ível). Agravo de Instrumento nº 70023276330, 18.06.2008, ëel. Des. ëicardo ëaupp ëuschel.
MULTA —§MINADA EM 01 SM Ô MANUTENÇç Ô A
função da multa diária é compelir o acordante a
cumprir a transação ou a decisão judicial. A multa
objetiva atuar como meio de coerção legítimo e fazer
com que a decisão judicial seja cumprida como
determinado. ...) A regulamentação da visita visa o
interesse da criança e o seu cumprimento é também
de seu interesse, principalmente, de modo que são
secundários, embora respeitáveis, os anseios dos
pais. A exclusão da multa poderá tornar inócua a
determinação judicial, visando a sua concretude e se
não há motivo para obstar a visita do pai, esta lhe
deve ser assegurada, motivo pelo qual a mesma deve
ser mantida.
MINAS GEëAIS, TJ 1ª —mara —ível). Agravo de Instrumento nº 1.0702.09.554305Ô5/001, 19.05.2009, ëel. Des. anessa erdolim
Hudson Andrade.
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0!6$&6'1 1#!0$0(

A lei da SA prevê a possibilidade de o


Magistrado suspender o genitor alienante da
autoridade parental !   
)).


 s mesm s aut s em que f  rec nheca a


alenaçã arental u em açã e
r cement rór s, c m revê 
arts.. 155 usque 163)?
arts 163)?
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)*+/*+.+//8
Autoria: Sen. —ristovam Buarque
Altera o art
art.. 12 da Lei nº 9.394
394//1996 LDB),
      &   
!         &

     $  

  ..

  

II ± informar pai e mãe,


    

 
,, e, na sua falta, os responsáveis legais,
sobre a freqüência e rendimento dos alunos, bem
como sobre a execução da proposta pedagógica da
escola;;
escola
 
9c   
'    ;   :$ ‰ considera a  
 
  
 e que em caso de conflito
entre os pais é bastante comum que ambos os pais se
demonstrem hostis e produzam comentários depreciativos
contra o outro genitor pela guarda dos filhos, e tentem
seduzir as crianças em suas disputas. Embora as crianças,
nestes casos, sofrem em nível emocional, parece que a
maioria das crianças estão se esforçando para manter um
relacionamento com ambos os pais, apesar do
comportamento dos pais, podendo as crianças rejeitarem os
pais por inúmeras razões, onde as reticências das crianças
sobre o contato com um dos pais é melhor entendida como
hipervigilncia ou medo Drozd & §lesen, 2004).
—ANADÁ, Departamento de Justiça do. Making Appropriate arenting Arrangements in amily iolence —ases: Applying
the Literature to Identify romising ractices Disponível em: http://www.justice.gc.ca/eng/pi/fcyÔfea/libÔbib/repÔ
rap/2006/2005_3/p4.html # a4_3, Acesso em: 05.09.2010.
ëeconheceÔse a freqüência e a complexidade crescente de litígios
legais, após a separação ou divórcio, a guarda de um menor. Tais
situações de disputa pelo poder na relação com a custódia da
criança, colocou a criança em um conflito de lealdades e pode levar,
se não trabalhado corretamente em situações que prejudicam a
saúde mental da criança. Nestes casos, vêÔse uma necessidade
urgente de mais um trabalho coordenado com base em critérios
comuns de profissionais de saúde mental e profissionais do direito.
Acreditamos que o sucesso do termo no campo legal, se deve a
uma resposta simples e simplista) para um problema sério que
satura os tribunais de família, facilitando argumentos pseudoÔ
psicológicos o pseudoÔcientíficos Escudero, Aguilar e de la —ruz,
2008 a, b) aos advogados de pais litigantes pela guarda de seus
filhos. Esta explicação pode ajudar no entendimento do por que foi
aceita, apesar de sua falta de rigor, com pouco questionamento.
:
   ,(# 
 4 <#   
 

          

  ;
$ .
Associação Espanhola de Neuropsiquiatria. Disponível em: http://www.aen.es/docs/ronunciamiento_SA.pdf. Acesso em:
05.09.2010.
A síndrome é um conjunto de sintomas que parecem ocorrer em
conjunto. No entanto, a causa dos sintomas é muitas vezes
desconhecida ou mal compreendidaº, enquanto a causa de uma
doença, pelo contrário, normalmente é conhecida. É possível para uma
síndrome indicar uma forte relação entre uma causa e um conjunto de
sintomas, mas cada síndrome cai em um lugar diferente ao longo do
continuum de certeza. Algumas síndromes são não diagnosticadas, o
que significa que eles não apontam para causas específicas. SA é
uma síndrome não diagnosticada. Deste modo, enquanto um perito
pode afirmar a legitimidade das teorias subjacentes da SA, o perito
não é capaz de apontar para uma causa específica da síndrome, com
certeza.
,(     
       
      
      
 
!. §s promotores devem educarÔse sobre o SA e estarem
preparados para argumentar contra a sua admissão no tribunal. Nos
casos em que a SA seja admitida, é responsabilidade do Ministério
úblico instruir o juiz e o júri sobre as deficiências dessa teoria.
National District Attorneys Association. Disponível em: http://www.ndaa.org/ncpca_update_v16_no7.html.
Acesso em: 05.09.2010.

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