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8 Dicas para Falar Bem Nas Apresentações
8 Dicas para Falar Bem Nas Apresentações
Reinaldo Polito, especialista em oratória, ensina como cativar uma platéia no mundo
corporativo
Mais dia, menos dia, todos profissionais precisam encarar a dura missã o de fazer uma
apresentaçã o oral.
Neste momento, até os mais desinibidos sentem um gelo percorrer o estô mago. Afinal, nã o é
tarefa fá cil garantir a atençã o e o convencimento de um pú blico cada vez mais multimídia.
Para ajudar você a encarar esta tarefa com maestria, conversamos com Reinaldo Polito,
professor de orató ria da Escola de Comunicaçõ es e Artes da Universidade de Sã o Paulo
(ECA/USP).
Segundo ele, para se livrar dos inimigos do bom discurso é preciso tomar alguns cuidados
antes e durante a apresentaçã o.
Cativar um pú blico nã o é tarefa fá cil. Argumentar de maneira coerente para que ele acate sua
proposta? Pior ainda.
Por isso, antes de tomar o controle de uma reuniã o na empresa, é preciso determinar com
clareza quais das suas habilidades pessoais podem contribuir para o sucesso na
apresentaçã o. “Você precisa saber se tem bom humor, se o seu vocabulá rio é compatível com
o pú blico”, exemplifica Polito.
Feito este mergulho para dentro de si, investigue qual o perfil das pessoas que irã o
acompanhar seu discurso. É com base nessas informaçõ es que você poderá definir o grau de
profundidade, os argumentos e até o tipo de piada que recheará sua fala.
“Se a platéia é composta por jovens, você fala de futuro, por exemplo. Se sã o idosos, do
passado”, diz o especialista.
O planejamento é essencial para quem quer arrebatar o pú blico durante uma apresentaçã o.
Nã o dá para encarar uma plateia sem ter a estrutura do seu discurso completamente definida
na cabeça.
Mas, de acordo com Polito, para fazer isso é preciso inverter a ordem da apresentaçã o. Isso
mesmo. Em vez de planejar a estrutura do discurso a partir da introduçã o, comece pensando
na conclusã o.
Para que nenhum fio de argumento escape do seu planejamento, defina claramente qual o
ponto central do seu discurso. Que tipo de pensamentos você pretende motivar na platéia? A
que conclusã o você quer chegar?
Com base nisso, pense no contexto em que o objetivo do seu discurso está inserido. “Para
facilitar o entendimento, dê exemplos da vida corporativa”, aconselha o especialista.
Assim que você desenhar o corpo do seu discurso, parta para a elaboraçã o da introduçã o. Esse
é o ponto chave da sua apresentaçã o. Nesse momento, todos olhares estarã o, de fato, voltados
para você.
Você deve apostar todas as suas fichas para cativar o pú blico na introduçã o. Mas tenha bom
senso. Seja direto.
“Mostre quais os benefícios que as pessoas terã o ao te ouvir”, explica Polito. “Se o ouvinte está
incomodado com alguma coisa, tire o incô modo”.
Agora, se seus superiores sã o o pú blico alvo da reuniã o, nã o faça rodeios. “Mate a ansiedade
dessa turma logo no início”, diz.
5. Tenha um roteiro
Nã o suba ao palco, nem assuma uma reuniã o, sem ter consciência de que “apresentaçõ es nã o
sã o testes de memó ria”. Ou seja, nã o é necessá rio decorar todo discurso.
Monte um roteiro com palavras chaves, uma apresentaçã o em slides ou qualquer outra
ferramenta que ajude você a recordar tudo o que é indispensá vel para a sua fala.
Uma dica é nã o deixar escapar os pontos principais do discurso. Para isso, o professor Polito
sugere uma fó rmula bá sica.
Comece contando qual é o assunto. Depois explique de maneira resumida qual o problema em
questã o. Sugira, entã o, uma soluçã o. Para torná -la mais clara, use um exemplo do cotidiano ou
conte uma histó ria. Por fim, conclua pedindo para a platéia agir.
6. Gerencie as interrupções
Para nã o perder o fio da meada, defina um critério para a interaçã o do pú blico. As perguntas
serã o feitas durante a apresentaçã o ou depois?
Se você tem pouco tempo para falar, restrinja as questõ es do pú blico para o final. Caso
contrá rio, defina isso com base na sua segurança com o assunto.
“Há sempre o risco de ficar encurralado por questõ es que você nã o sabe responder. E isso
pode minar a sua autoridade”, lembra o professor Polito.
Por isso, ele aconselha: se seu conhecimento sobre assunto em questã o nã o é lá essas coisas,
deixe as perguntas para o final.
De nada vale um planejamento bem feito ou uma apresentaçã o de slides de tirar o fô lego, se
você nã o souber usar a sua principal ferramenta durante um discurso: a voz.
Por isso, fique atento para a maneira como modula a voz. “Mantenha um ritmo agradá vel,
pronuncie bem as palavras, repita informaçõ es importantes, alterne a velocidade da fala,faça
pausas e, depois delas, volte a falar com mais energia”, enumera Polito.
Tenha cuidado com o vocabulá rio extremamente técnico ou com o uso excessivo de
estrangeirismos. Novamente, avalie o perfil do seu pú blico para adequar a melhor expressã o.
A linguagem corporal também deve ser alvo de sua atençã o durante a apresentaçã o. É preciso
coerência entre o que se fala e como se expressa com o corpo.
Agora, se faz parte de sua personalidade falar demasiadamente com as mã os, nã o se preocupe.
Polito tem uma técnica para domar este há bito durante uma apresentaçã o: “Faça um gesto
para cada informaçã o predominante. Faça o gesto, aguarde com calma até a complementaçã o
da mensagem, e só depois volte à posiçã o de apoio”.
Para quem deseja ter comunicaçã o eficiente ele avisa: Mantenha sempre o contato visual com
a platéia. “Com isso, você analisa a reaçã o do grupo e, além disso, prestigia as pessoas que
estã o ouvindo você”.
Talita Abrantes, de
10/09/2010