Você está na página 1de 4

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 5ª VARA ESPECIALIZADA DE

FAMÍLIA DA COMARCA DE PORTO VELHO/RO

Autos do processo nº ....

NOME DO RÉU, (qualificação), por intermédio de


seu advogado e procurador que esta in fine subscreve - docs. (...), comparece
respeitosamente à presença de Vossa Excelência, em conformidade com o
artigo 297 e seguintes do Código de Processo Civil, apresentar
CONTESTAÇÃO à presente ação de alimentos movida por FULANINHO DE
TAL, sendo sua representante legal BELTRANA DE TAL, já devidamente
qualificados, pelos fatos e fundamentos que passa a expor:

I – PRELIMINARMENTE
I.1 Nulidade de citação
É nula a citação realizada ao Réu, pois foram desobedecidas
as regras específicas do artigo 247 do Código de Processo Civil.
No caso presente, o Réu foi citado apesar de seu estado de
enfermidade. Verifica-se pelo atestado médico anexo, que o Réu encontra-se
sob intenso tratamento médico, em razão de grave acidente do qual foi vítima.
Não obstante o fato, assim mesmo foi realizada sua citação,
em desrespeito ao artigo 217, IV da lei processual.
Não sendo o caso de citação para evitar o perecimento do
direito, o ato deve ser declarado nulo. Requer-se, portanto, a nulidade da
citação, devolvendo-se ao Réu o prazo para apresentação da contestação e
juntada de novos documentos.

I.2 DOS BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA


Requer o Autor lhe sejam deferidos os benefícios da justiça
gratuita, com fulcro no disposto ao inciso LXXIV, do artigo 5º da Constituição
Federal e na Lei nº 1.060/50, em virtude de ser pessoa pobre na acepção
jurídica da palavra e sem condições de arcar com os encargos decorrentes do
processo, sem prejuízo de seu próprio sustento e de sua família, conforme
declaração e demonstrativo de rendimento mensal em anexo (doc.nºs. ....).

II SÍNTESE DA INICIAL
A representante legal do autor, em sua peça vestibular, alega
que Fulaninho de Tal encontra-se desamparado por parte de seu genitor
quanto a sua sobrevivência no que tange as suas necessidades englobando
mensalidade escolar, plano de saúde dentre outros.
Alega, outrossim, que o dispêndio com a criação do
Requerente não pode ser suportado única e exclusivamente por conta dela que
experimenta situação financeira difícil, pois se encontra desempregada.
Aduz, que, embora o genitor aufira uma renda mensal de R$
1.000,00 (hum mil reais), nada contribui para o sustento de seu filho.
Ao final, requereu a condenação do Alimentante no pagamento
de custas e honorários advocatícios, bem como, protestou pela produção de
todas as provas em direito admitidas.

III - DO MÉRITO
Excelência, contudo, mister se faz refutar veementemente os
fatos e fundamentos empreendidos pela representante legal do autor, pois,
além de estarem completamente destoantes da verdade, demonstram-se
exageradamente imprudentes tendo em vista o mal que pode advir de tal
prática, podendo, inclusive, repercutir no convívio harmonioso e respeitoso
entre os envolvidos na presente ação, e acarretar prejuízos de ordem
financeira de forma incomensurável, a uma por que o réu não recebe como
contraprestação pelos serviços desempenhados o salário de R$ 1.000,00 (hum
mil reais), mas sim R$ 600,00 (seiscentos reais), a duas por que com seu baixo
salário, além de já efetivar o pagamento do pensionamento em questão no
valor de R$ 100,00 (cem reais), ainda tem a responsabilidade de arcar com
algumas despesas familiares e pessoais, pois, é de família humilde e não pode
se dar ao luxo de extravagâncias.
Assim, espera o réu que seja obedecido o binômio
necessidade-possibilidade para ambas às partes no processo, pois, sua
respeitabilidade cinge percucientemente o acossado por nossos tribunais
pátrios.
Não obstante, é de suma importância ressaltar que omitiu, a
represente legal do autor, em sua peça inaugural, sua condição financeira,
pois, não declarou que possui carteira de trabalho assinada, ao contrário do
réu, e que por este trabalho recebe um salário que se aproxima dos R$ 550,00
(quinhentos e cinqüenta reais) mensais, e que em virtude disso possui
responsabilidade solidária com o réu, não podendo, assim, atribuir total e
irrestrita responsabilidade ao mesmo, pois se assim o fizer demonstrara má-fé
no trato processual, além de demonstrar completa inaptidão na manutenção da
guarda do menor que protagoniza a presente ação.
Outrossim, ressalva-se que o réu jamais foi negligente com seu
filho, em seus vários aspectos, privilegiando sempre o cuidado absoluto à
família, razão pela qual jamais deixou faltar harmonia, carinho, amor, e,
sobretudo, amparo financeiro, mesmo depois da separação de fato do casal.
Sendo assim, ciente está o réu da necessidade da manutenção
e regularização de um valor relativo ao pensionamento mensal ao menor, mas,
espera, também, que o mesmo seja estabelecido de forma justa e respeitando
sua possibilidade e necessidades do menor e de sua representante legal,
afirmando que fará o possível para beneficiar o menor em todos os seus
desdobramentos.
Contudo, não abre mão, o réu, das visitas legalmente
estabelecidas, pois, somente assim poderá assistir ao filho com carinho e amor
paternos, o que está sendo obstado, em algumas ocasiões, pela autora, sem
medir às conseqüências dos seus atos.
Em face de tudo o que foi exposto, requer-se o seguinte:
(a). Que sejam concedidos os benefícios da Lei n. 1.060/50, ou seja,
gratuidade de justiça, declarando sob as penas da lei que não se encontra em
condições de arcar com as custas processuais e honorários advocatícios sem
incorrer em prejuízo próprio, bem como de sua família;

(b). Entendendo não ser o meio apropriado para o deferimento de tal pedido,
mas, sob forma de se respeitar o princípio da economia processual, que seja
regularizada a visita do réu ao seu filho na forma da lei;

(c). A fixação dos alimentos na proporção de 20 % (vinte por cento) dos ganhos
líquidos do réu, ou, 15% do salário-mínimo vigente, obedecendo-se, assim, o
binômio possibilidade-necessidade que impera na presente demanda, e até a
mudança de sua capacidade econômica-financeira.

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em


direito admitidos, especialmente documental, testemunhal e depoimento
pessoal da representante legal do autor.

Termos em que pede,


E espera o deferimento.

.........., .... de ............. de ..........


(local e data)

........................
Advogado (nome)
OAB/.... nº...........

Estagiárias:
Fernanda Do Nascimento Lima
Paloma

Você também pode gostar