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Direitos Fundamentais e Direitos Humanos

embora parte da doutrina considere as expressões sinonimas, segundo Flavio Martins, pode-se fazer
uma distinção entre os Direitos fundamentais e os Direitos humanos.

Enquanto a expressão "Direitos Humanos" é largamente usada por estudiosos de direito internacional,
bem como por sociólogos, filósofos, etc., a expressão Direitos fundamentais é majoritáriamente usada
por constitucionalistas.

Os Direitos humanos são direitos previstos em tratados e demais documentos internacionais, que
resguaradam a pessoa humana de uma série de ingerencias que podem ser praticadas pelo Estado ou
por outras pessoas, bem como obrigam o Estado a realizar prestaçoes mínimas que assegurem a todos
existencia digna ( direitos sociais, económicos, culturais).

Ainda que não incorporados ao irdenamento jurídico de um país, sao tidos como direitos humanis, e são
capazes de influenciar o direito constitucional de todos os lugares.

Os direitos Fundamentais são aqueles direitos, normalmente direcionados a pessoa humana, que foram
incorporado ao ordenamento jurídico. Essa é a razão pela qual, na maioria das vezes, quando um
estudioso refere-se aos direitos previstos em tratados, fala de dieitos humanos, e quando estuda a
constituição de um país, refere-se a Direitos Fundamentais.

Na tentativa de elucidaçao do das ideias supra, Flávio Martins transcreve, no seu manual de Direito
Constitucional, as linhas de Ingo Wolfgang sarlet que dizem o seguinte: "o termo 'Direitos fundamentais'
se aplica àqueles direitos (em geral atribuídos a pessoa humana) reconhecidos e positivadis na esfera do
Direito constitucional positivo de um Estado, ao passo que a expressão 'Direitos Humanos' guarda a
relaçao com os documentos de direito internacional, por referir-se àquelas posições jurídicas que se
reconhecem ao ser humanos como tal, independentemente da sua vinculaçãon com uma ordem
constitucional, e que, portanto, aspiram à validade universal..."

DIREITOS FUNDAMENTAIS E DIREITOS SUBJECTIVOS PÚBLICOS

A teoria dos direitos subjectivos públicos é tanto um esforço de explanação sistemática dos direitos das
pessoas perante entidades públicas. segundo ela, só o Estado tem vontade soberana e todos os Direitos
subjectivos Públicos fundamentam-se na organização estatal.

segundo Jorge Miranda, enquanto GERBER considera esses direitos um mero reflexo do direito objectivo
e um limite ao poder do Estado, JELLINEK os analisa a partir de uma ligaçao específica entre o indivíduo
e o Estado.

segundo o mesmo autor, GERBER escreve que todos os poderes de direito privado são faculdades de
uma pessoa de submeter um objecto a sua vontade jurídica, e a pessoa é o centro do sistema de dieito
privado. o mesmo nao acontece no direito público.
cita tambem, e de novo, JELLINEK, segundo o qual cada direito subjevctivo atesta a existencia do
ordenamento jurídico. é pois o ordenamento objectivo do direito público que fundamenta os Direitos
subjectivos públicos.

assim, Direitos Subjectivos Públicos são os direitos subjectivos atribuídos pelo direito público, em
contraposição aos atribuidos pelo Direito privado.

o seu âmbito não só abrange situaçoes juridicas das pessoas frente ao Estado, como situações funcionais
inerentes a titularidades de cargos públicos. Abrange situaçoes que cabem no direito administrativo, no
tributário ou no processual (direitos dos funcionários, direitos dos administrados, direito dos
contribuintes, direito das partes em processo), e inclui ainda, direitos das entidades públicas enquanto
sujeitos de relações juridico-administrativas, juridico-financeiros ou outras relações de Direito Interno.

SITOE, Wilson Moisés

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

MIRANDA, Jorge. Manual de Direito Constitucional. 3a. ed. Coimbra editora. 2000

MARTINS, Flávio. Curso de Direito constitucional. 3a. ed. Saraiva. 2019

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