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Complexos regionais
Complexo do Nordeste
O Nordeste é considerado, principalmente pelos brasileiros, como a região mais pobre
do Brasil. Isso se dá justamente pelo fato de o nordeste ser uma região cheia de
contrastes, sendo eles relacionados a aspectos naturais, econômicos e humanos.
Aproximadamente um quarto da população que habita esta região, vive com menos de
um salário mínimo mensal. Por outro lado, em média 0,8% da população vive com 20 ou
mais salários mínimos por mês, ou seja, a maior parte dos habitantes vive em miséria
enquanto a minoria é extremamente rica.
Foi a primeira região povoada pelos imigrantes portugueses no período de colonização,
e atualmente, é a segunda região mais populosa do Brasil, contendo aproximadamente
30% da população total do país.
O Nordeste é a região que mais contribui com a migração para outras regiões. A maioria
dos nordestinos que vivem em miséria geralmente migra para outras regiões em busca de
melhores condições de vida. Seus principais destinos estão localizados no Sudeste,
sendo eles as grandes metrópoles, São Paulo e Rio de Janeiro. Lá, muitos deles
procuram emprego e tentam se estabilizar financeiramente, o que na maioria das vezes
não é muito fácil. Além de migrarem para o Sudeste, alguns nordestinos saem de suas
terras para explorar minérios na região Norte. Apenas a minoria dos nordestinos que
migram para outras regiões retorna para o Nordeste.
O Nordeste é formado por oito estados, sendo eles: Sergipe, Alagoas, Pernambuco,
Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Bahia, além de conter parte do Leste do
Maranhão e Norte de Minas Gerais.
O relevo do Nordeste é muito variado. Lá podemos encontrar planícies, planaltos e
depressões. As planícies e tabuleiros, formações mais elevadas, são encontradas
principalmente na região litorânea, e estendem-se do litoral do Maranhão ao litoral sul da
Bahia. Em algumas regiões das planícies litorâneas podemos encontrar dunas, que
chegam a atingir de trinta a cinquenta metros de altura. Também na região do litoral,
podemos encontrar grandes reservas de petróleo. Os planaltos são formados
principalmente a partir do desgastamento das rochas cristalinas (tanto magmáticas,
quanto metamórficas) e sedimentares, devido à erosão.
O Planalto da Borborema, localizado na parte leste da região, tem sua altitude variada
entre 800 e 1000 metros, servindo de barreira para frentes os ventos úmidos e as frentes
frias vindas do mar, o que concentra as chuvas na região leste e dificulta a passagem de
frentes frias para o Sertão, causando seca.
A Depressão Sertaneja estende-se praticamente por todos os estados do Nordeste,
com exceção do Maranhão e do Piauí. Vai de Leste à Oeste e suas altitudes variam de
200 a 500 metros.
A principal bacia hidrográfica da região, e uma das maiores do Brasil é a do Rio São
Francisco, abrangendo também parte do Sudeste. Como percorre boa parte do Sertão
nordestino, seus afluentes são chamados de rios intermitentes ou temporários e rios
perenes. Temporários ou intermitentes justamente pelo fato de ficarem secos boa parte
do ano, e perenes devido ao fato de apenas diminuírem de volume, porém, não secarem
como os temporários. O rio São Francisco nasce na Serra da Canastra (Minas Gerais) e
deságua no Oceano Atlântico. Possui atualmente cinco hidrelétricas em seu curso, além
de servir de transporte durante o ano todo. A transposição do rio São Francisco que
promete amenizar as secas vem causando muita polêmica. Os críticos deste projeto
alegam que a finalidade da transposição é para as indústrias, e não para a população.
Por se localizar perto da Linha do Equador, o clima nordestino predominante é o
Tropical. Porém em outras regiões, como no Sertão, o clima é Semi-Árido, ou seja,
temperaturas elevadas e pouca chuva. O Nordeste é conhecido como Polígono das
Secas, justamente devido ao clima semi-árido.
A vegetação nordestina é bem variada. No Sertão, encontramos a caatinga, vegetação
própria do clima semi-árido e quente. Formada por arbustos e pequenas árvores, além
dos cactos, possuem raízes grossas e profundas para auxiliar na captação da água. A
vegetação litorânea é marcada pela presença de mangues e de restingas. Já no Oeste,
encontramos a Mata dos Cocais, formada principalmente pelas espécies de palmeira
carnaúba e babaçu. Ainda podemos encontrar o cerrado, diretamente relacionado com o
clima tropical, caracterizando-se assim por árvores baixas e arbustos.
A economia do Nordeste vem crescendo anualmente devido a diversos fatores. O
avanço das indústrias petroquímica, açucareira e da exploração de minerais, como o gás
natural e o petróleo na Zona da Mata contribui para o desenvolvimento econômico da
região, gerando empregos e aumentando a renda. Além destes recursos, inúmeros outros
estão presentes. A Bahia é a maior produtora brasileira de cobre, chumbo e sal-gema. A
Magnesita, importante para a fabricação de tijolos refratários é relevante também no
Ceará, e o amianto é encontrado em Alagoas, utilizado na construção de telhas e placas
isolantes. O turismo também é bem desenvolvido, cresce anualmente consideravelmente
e atrai investidores do mundo inteiro.
Conclusão
A partir do presente trabalho pudemos conhecer um pouco mais sobre nosso país e
descobrir particularidades de cada um dos complexos que o compõem, além de destacar
as disparidades entre as regiões oficiais e os complexos, estes que mostram de forma
mais realista os contrastes presentes até mesmo dentro de um estado, como em Minas
Gerais, que apesar de fazer parte do Sudeste apresenta em seu norte características que
o classificam como parte do Polígono das Secas. Também podemos citar o estado do
Maranhão que contrasta de forma bastante nítida o Leste e Oeste. Aquele com
características nordestinas, e este paisagem amazônica. Apesar de não ser uma
classificação oficial demonstra de forma bastante clara os vários “Brasis” que existem
dentro de nossa nação.
Referências bibliográficas
• Minimanual Compacto de Geografia do Brasil- Editora Rideel
• MOREIRA,Igor.Geografia Nova: O Espaço Brasileiro.São Paulo: Ática:1995
• Almanaque Abril 2008
• MOREIRA, Igor.Construindo o Espaço Brasileiro. São Paulo: Ática:2000
• TERRA, Lygia e AMORIM COELHO, Marcos de.Geografia Geral e do Brasil.São
Paulo:Moderna:2003
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