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As enzimas são proteínas especializadas na catálise de reacções

biológicas. Elas estão entre as biomoléculas mais notáveis devido à sua


extraordinária especificidade e poder catalítico, que são muito superiores
aos dos catalisadores produzidos pelo homem. Praticamente todas as
reacções que caracterizam o metabolismo celular são catalisadas por
enzimas.
            Como catalisadores celulares extremamente poderosos, as enzimas
aceleram a velocidade de uma reacção, sem no entanto participar nela
como reagente ou produto.
            As enzimas actuam ainda como reguladoras deste conjunto
complexo de reacções.
            As enzimas são, portanto, consideradas as unidades funcionais do
metabolismo celular.

PROPRIEDADES DAS ENZIMAS


 
            São catalisadores biológicos extremamente eficientes e aceleram a
velocidade da reacção, transformando de 100 a 1000 moléculas de
substrato em produto por minuto de reacção.
            Actuam em concentrações muito baixas e em condições suaves de
temperatura e pH.
            Possuem todas as características das proteínas. Podem ter a sua
actividade regulada. Estão quase sempre dentro da célula.

 ENZIMAS – CARACTERÍSTICAS GERAIS


  Apresentam alto grau de especificidade;

 São produtos naturais biológicos;


 Reações baratas e seguras;
 São altamente eficientes, acelerando a velocidade das reações (108 a
1011 + rápida);
 São econômicas, reduzindo a energia de ativação;

Energia de ativação sem enzima


Energia de
S
Diferença entre
P ativação com
a energia livre
de S e P Caminho da Reação
enzima
 Não são tóxicas;
 Condições favoráveis de pH, temperatura, polaridade do solvente e
força iônica.

COFATORES ENZIMÁTICOS E COENZIMAS


 
            Cofactores são pequenas moléculas orgânicas ou inorgânicas que
podem ser necessárias para a função de uma enzima.   Estes cofactores não
estão ligados permanentemente à molécula da enzima mas, na ausência
deles, a enzima é inactiva.
            A fracção proteica de uma enzima, na ausência do seu cofactor, é
chamada de apoenzima.
            Ao complexo Enzima + Cofactor chamamos de holoenzima.
 
ESPECIFICIDADE SUBSTRATO / ENZIMA: O CENTRO ACTIVO
 
            As enzimas são muito específicas para os seus substratos. Esta
especificidade pode ser relativa a apenas um substrato ou a vários
substratos ao mesmo tempo.
            Esta especificidade deve-se à existência, na superfície da enzima de
um local denominado centro de ligação do substrato.
 
MECANISMO GERAL DE CATÁLISE
As enzimas aceleram a velocidade de uma reacção, por diminuir a
energia livre de activação da mesma, sem alterar a termodinâmica da
reacção.
           
FACTORES EXTERNOS QUE INFLUENCIAM NA VELOCIDADE DE
UMA REACÇÃO ENZIMÁTICA
 
- Temperatura:
Quanto maior a temperatura, maior a velocidade da reacção, até se atingir a
temperatura óptima; a partir dela, a actividade volta a diminuir, por
desnaturação da molécula.
- pH:
Existe um pH óptimo, onde a distribuição de cargas eléctricas da molécula
da enzima e, em especial do sítio catalítico, é ideal para a catálise.
 
 
INIBIÇÃO ENZIMÁTICA
 
            Os inibidores enzimáticos são compostos que podem diminuir a
actividade de uma enzima. A inibição enzimática pode ser reversível ou
irreversível;
                       Na inibição enzimática irreversível, há modificação
covalente e definitiva no sítio de ligação ou no sítio catalítico da enzima.
 
Mecanismo
As enzimas actuam de modo a diminuir a energia de activação da reacção
que catalisam, não alterando, no entanto, o seu equilíbrio. Em geral, uma
enzima catalisa apenas um tipo de substrato, algo que é condicionado pela
estrutura do centro activo da enzima. Este possui uma geometria definida e
determinadas características físico-químicas que condicionam o tipo de
substrato a que pode aceder, ligar-se e sofrer alteração química no centro
activo.
Quando um substrato se liga ao centro activo, forma-se o chamado
complexo enzima-substrato (ES). Embora esta designação possa parecer
uma formalidade, a formação do ES é importante na determinação da
velocidade de reacção e, por conseguinte, na velocidade de formação de
produtos. O substrato sofre uma alteração enquanto se encontra ligado à
enzima, transformando-se num produto. O produto desliga-se
posteriormente da enzima e esta encontra-se preparada para novo ciclo
catalítico.

Propriedades
Por serem proteínas, cada enzima possui um pH e uma temperatura
óptimos de funcionamento. Acima dessa temperatura a enzima começa a
sofrer desnaturação, perdendo a sua estrutura tridimensional e por
conseguinte a sua capacidade catalítica. A temperaturas baixas as enzimas
encontram-se "adormecidas", pois há uma diminuição drástica da
actividade da enzima. No entanto a partir de uma temperatura mínima a
velocidade de reacção aumenta até um valor óptimo, que, na maioria das
vezes, é cerca de 40ºC.
Por serem catalisadores, uma mesma enzima pode catalisar várias
vezes a mesma reacção, algo que o fazem muito rapidamente. Contudo,
pela mesma razão, as enzimas não alteram o equilíbrio químico da reacção
que catalisam.
As enzimas são específicas para o seu substrato, catalisando uma só
reacção. Existem algumas enzimas que catalisam substratos similares, mas
normalmente são mais específicas para um deles.

Estrutura
Estruturalmente, as enzimas possuem todas as características das proteínas,
tendo zonas da sua estrutura responsáveis pela catálise. A zona reactiva da
enzima é denominada centro activo e é onde se liga o reagente (substrato)
que vai ser transformado no produto. Podem existir também outras zonas
da cadeia polipeptídica que são sensíveis à presença de determinadas
espécies químicas, modulando a actividade da enzima. Tais zonas são
denominadas centros alostéricos e essa modulação de alosteria.
A manutenção da estrutura de uma enzima é de particular importância para
a sua actividade: esta pode ser perdida se a enzima é colocada num meio
em que factores como o pH ou a temperatura não favoreçam a estabilidade
estrutural da cadeia polipeptídica.
Algumas enzimas necessitam da presença de outras espécies químicas,
genericamente denominadas cofactores, para efectuar a catálise. A natureza
química dos cofactores é muito diversa: podem ser iões metálicos, como o
Mg2+, o Zn+ ou o Fe2+, moléculas orgânicas, como o fosfato de piridoxal ou
a coenzima A, e ainda moléculas orgânicas contendo metais, como o grupo
hemo (uma porfirina contendo ferro) ou a vitamina B12.

Introdução
Nesta actividade experimental pretendemos estudar os factores que
influenciam a actividade das enzimas, tais como: a temperatura e o pH (o
efeito óptimo e os extremos). Além destes existem outros, mas
concentrámo-nos essencialmente nestes dois.
As enzimas são catalisadores que servem para acelerar a velocidade de
uma reacção, sem que consumam as substâncias. Estas apresentam uma
elevada especificidade para os substratos sobre os quais actuam. A
função destes catalisadores é baixar os gastos de energia de activação,
permitindo que atinjam mais rapidamente o equilíbrio químico.
Os reagentes das reacções que são catalisadas designam-se por
substratos. Estes ligam-se a uma zona específica da enzima, que é o
centro activo. A ligação do substrato com o centro activo da enzima é
um processo designado por complexo enzima-substrato. No final deste
processo que se forma o produto, a enzima é libertada na sua forma
original, indicando que não é consumida nem alterada.
Mas existem factores que podem influenciar a actividade enzimática,
como:
   - pH;
   - Temperatura.
Se todos os factores que influenciam a actividade das enzimas forem
óptimos, quanto mais enzimas houver disponíveis, mais rapidamente
ocorrerá a reacção.
Da mesma forma que na situação anterior, se existir muita concentração
de enzima disponível e a concentração de substrato for baixa, a reacção
irá ocorrer na mesma, mas com um aumento de velocidade no início,
devido à acção das enzimas, e se não houver aumento da concentração
do substrato, o rendimento e a velocidade da reacção, sofrerá um
decréscimo.
Cada enzima tem um pH óptimo. Algumas actuam melhor perante um
pH mais baixo (ácido), outras perante um pH mais alto (básico). No
entanto existem extremos, se a actividade estiver sujeita a um valor fora
dos extremos do pH óptimo, a actividade da enzima baixa muito,
podendo até ficar inactiva. Quando o pH e os outros factores são
óptimos, a reacção catalisada por uma determinada enzima, aumenta até
ao máximo a sua velocidade.
Há enzimas que são favorecidas pelo aumento ou a diminuição da
temperatura, mas tal como no pH, existem certos extremos, que quando
ultrapassados, podem fazer com que a enzima fique inactiva ou que o
seu centro activo fique alterado.

Discussão

Conclusão
Com esta experiência podemos concluir que a enzima presente no fígado
actua melhor a uma temperatura ambiente e em meios em que o pH seja
neutro. Perante um aumento de temperatura, a energia das moléculas
também vai aumentar, fazendo aumentar o número de moléculas com
energia de activação suficiente para fazer parte das reacções químicas.
No entanto, se o aumento da temperatura foi muito elevado, também a
energia molecular aumentará, e as ligações que se estabelecem tendem a
quebrar-se, conduzindo a uma desnaturação da enzima provocada por
uma inibição irreversível. Numa diminuição da temperatura, a enzimas
também ficam inibidas, no entanto essa inibição é reversível. Ou seja, a
uma temperatura ambiente, essa inibição não ocorre, podendo a enzima
catalisar normalmente.
Quando o pH é muito baixo (ácido), altera a distribuição das cargas
eléctricas o que vai tornar a enzima inactiva. O mesmo acontece quando
o pH é muito elevado (básico), pois o meio em que as enzimas estão
inseridas, interfere com a conformação do centro activo, levando assim à
desnaturação da enzima, podendo em ambos os casos tornar-se
permanentemente inactivas.
Sendo assim um pH neutro faz com as enzimas catalisem, sem que
fiquem inibidas. E o mesmo acontece para a temperatura. Estes factores
alteram-se de enzima para enzima.

Introdução teórica
· Enzimas
As enzimas são biocatalisadores, ou seja, são moléculas, na sua maioria
proteínas, que têm a capacidade de acelerar uma reacção, sem que nela
sejam consumidas. A designação de biocatalizador advém do facto de
serem compostos orgânicos presentes no organismo (bio-) e como já foi
referido anteriormente, por aumentarem a velocidade das reacções (-
catalisador).
Ao actuarem como catalisadores diminuem a energia necessária para
desencadear uma reacção (energia de activação). Só deste modo é possível
acelerar a velocidade da reacção tornando, assim, permissível a ocorrência
de um maior número de reacções num determinado espaço de tempo.

· Factores que condicionam a actividade enzimática


Existem diversos factores que condicionam a actividade enzimática entre
os quais destacamos:
- Temperatura
- PH

Temperatura:
A temperatura exerce influência sobre a actividade enzimática, na medida
em que condiciona as ligações intramoleculares da enzima.
Quando a enzima é submetida a uma temperatura elevada as ligações
químicas rompem-se conduzindo a uma alteração da conformação da
enzima e, consequentemente, a uma alteração do centro activo. A enzima
sofre então desnaturação, ao que corresponde uma perda de actividade
biológica permanente (processo irreversível).
As temperaturas baixas não constituem um processo irreversível mas sim
reversível uma vez que apenas causam a inactivação das enzimas.
Aquando do aumento de temperatura e, como as enzimas não são
destruídas, a actividade das mesmas é restabelecida.

pH:
O pH interfere na actividade enzimática uma vez que altera a distribuição
de cargas eléctricas da enzima, influenciando a conformação do centro
activo e, consequentemente, a sua interacção com o substrato.
As enzimas possuem um PH óptimo acima ou abaixo dos valores para os
quais a actividade enzimática diminui e acaba por cessar.

Materiais utilizados
Material biológico
· Fígado congelado;
· Peróxido de hidrogénio
(H2O2 – 10vol. – água
Oxigenada);
· Ácido Clorídrico (HCL a
5%);
· Hidróxido de Sódio (NaHO
a 10%);

Equipamento de laboratório
· Tubos de ensaio;
· 1 Bisturi;
· Pipeta Volumétrica de 10
mL;
· Almofariz com pilão;
· Areia Fina;
· Vareta;
· Conta-gotas;
· Pipetador;
· Banho-Maria.

Objectivo
O objectivo desta actividade experimental é estudar alguns factores que
influenciam a actividade enzimática da catalase, nomeadamente o pH e a
temperatura.

Conclusão
Com esta actividade laboratorial podemos inferir que dois factores que
condicionam a actividade enzimática da catalase são a temperatura e o pH.

Temperatura:
As temperaturas baixas, bem como as temperaturas elevadas influenciam a
actividade de enzimas como a catalase, inibindo-as de actuarem sobre o
amido. Quando as enzimas são sujeitas a temperaturas muito baixas, a
inactivação é reversível. Com relação às enzimas que são submetidas a
temperaturas elevadas conclui-se que a sua inactivação é irreversível.

pH:
O pH também influencia a actuação das enzimas sobre o substrato.
Conforme verificado, relativamente à actuação da catalase, o pH muito
baixo (solução ácida, neste caso, o ácido clorídrico) e o pH com valores
muito elevados (base, neste caso, o hidróxido de sódio) inibem a actuação
desta enzima.

2 OBJETIVOS
2.1 Objectivo Geral
- Conhecer as propriedades gerais das enzimas.
2.2 Objectivos Específicos
- Determinar a especificidade enzimática;
- Observar o processo de desnaturação enzimática;
- Verificar a influência da temperatura na actividade enzimática;
- Observar o comportamento da enzima em diferentes pH.

A função da catalase é decompor o peróxido de hidrogénio (H2O2) em água e oxigénio.


O peróxido de hidrogénio é formado durante a respiração aeróbia normal, porém ele é
tóxico para as células. Desta forma os microrganismos desenvolveram esta enzima que
é capaz de neutralizar a acção tóxica. Normalmente, microrganismos anaeróbios
obrigatórios não produzem a enzima catalase.
A catalase é uma enzima natural encontrada primeiramente no fígado de animais

A catalase é uma enzima capaz de desdobrar o peróxido de hidrogénio (H202),


conduzindo à formação de água e oxigénio. O peróxido de hidrogénio, vulgarmente
conhecido como água oxigenada, é uma substância tóxica que se forma nas células em
consequência de determinadas reacções catabólicas. Se não for eliminada por acção da
catalase, esta substância acumula-se, conduzindo à morte celular. Por essa razão, esta
enzima existe nas células dos mais diversos tecidos, sendo o fígado um dos locais onde
é possível encontrá-la em grande abundância.

A acção da catalase pode ser verificada através da libertação de oxigénio (cuja presença
permite avivar uma chama), pois a sua acção catalisa a reacção:
2H2O2  2H20 + 02

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