Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Propriedades
Por serem proteínas, cada enzima possui um pH e uma temperatura
óptimos de funcionamento. Acima dessa temperatura a enzima começa a
sofrer desnaturação, perdendo a sua estrutura tridimensional e por
conseguinte a sua capacidade catalítica. A temperaturas baixas as enzimas
encontram-se "adormecidas", pois há uma diminuição drástica da
actividade da enzima. No entanto a partir de uma temperatura mínima a
velocidade de reacção aumenta até um valor óptimo, que, na maioria das
vezes, é cerca de 40ºC.
Por serem catalisadores, uma mesma enzima pode catalisar várias
vezes a mesma reacção, algo que o fazem muito rapidamente. Contudo,
pela mesma razão, as enzimas não alteram o equilíbrio químico da reacção
que catalisam.
As enzimas são específicas para o seu substrato, catalisando uma só
reacção. Existem algumas enzimas que catalisam substratos similares, mas
normalmente são mais específicas para um deles.
Estrutura
Estruturalmente, as enzimas possuem todas as características das proteínas,
tendo zonas da sua estrutura responsáveis pela catálise. A zona reactiva da
enzima é denominada centro activo e é onde se liga o reagente (substrato)
que vai ser transformado no produto. Podem existir também outras zonas
da cadeia polipeptídica que são sensíveis à presença de determinadas
espécies químicas, modulando a actividade da enzima. Tais zonas são
denominadas centros alostéricos e essa modulação de alosteria.
A manutenção da estrutura de uma enzima é de particular importância para
a sua actividade: esta pode ser perdida se a enzima é colocada num meio
em que factores como o pH ou a temperatura não favoreçam a estabilidade
estrutural da cadeia polipeptídica.
Algumas enzimas necessitam da presença de outras espécies químicas,
genericamente denominadas cofactores, para efectuar a catálise. A natureza
química dos cofactores é muito diversa: podem ser iões metálicos, como o
Mg2+, o Zn+ ou o Fe2+, moléculas orgânicas, como o fosfato de piridoxal ou
a coenzima A, e ainda moléculas orgânicas contendo metais, como o grupo
hemo (uma porfirina contendo ferro) ou a vitamina B12.
Introdução
Nesta actividade experimental pretendemos estudar os factores que
influenciam a actividade das enzimas, tais como: a temperatura e o pH (o
efeito óptimo e os extremos). Além destes existem outros, mas
concentrámo-nos essencialmente nestes dois.
As enzimas são catalisadores que servem para acelerar a velocidade de
uma reacção, sem que consumam as substâncias. Estas apresentam uma
elevada especificidade para os substratos sobre os quais actuam. A
função destes catalisadores é baixar os gastos de energia de activação,
permitindo que atinjam mais rapidamente o equilíbrio químico.
Os reagentes das reacções que são catalisadas designam-se por
substratos. Estes ligam-se a uma zona específica da enzima, que é o
centro activo. A ligação do substrato com o centro activo da enzima é
um processo designado por complexo enzima-substrato. No final deste
processo que se forma o produto, a enzima é libertada na sua forma
original, indicando que não é consumida nem alterada.
Mas existem factores que podem influenciar a actividade enzimática,
como:
- pH;
- Temperatura.
Se todos os factores que influenciam a actividade das enzimas forem
óptimos, quanto mais enzimas houver disponíveis, mais rapidamente
ocorrerá a reacção.
Da mesma forma que na situação anterior, se existir muita concentração
de enzima disponível e a concentração de substrato for baixa, a reacção
irá ocorrer na mesma, mas com um aumento de velocidade no início,
devido à acção das enzimas, e se não houver aumento da concentração
do substrato, o rendimento e a velocidade da reacção, sofrerá um
decréscimo.
Cada enzima tem um pH óptimo. Algumas actuam melhor perante um
pH mais baixo (ácido), outras perante um pH mais alto (básico). No
entanto existem extremos, se a actividade estiver sujeita a um valor fora
dos extremos do pH óptimo, a actividade da enzima baixa muito,
podendo até ficar inactiva. Quando o pH e os outros factores são
óptimos, a reacção catalisada por uma determinada enzima, aumenta até
ao máximo a sua velocidade.
Há enzimas que são favorecidas pelo aumento ou a diminuição da
temperatura, mas tal como no pH, existem certos extremos, que quando
ultrapassados, podem fazer com que a enzima fique inactiva ou que o
seu centro activo fique alterado.
Discussão
Conclusão
Com esta experiência podemos concluir que a enzima presente no fígado
actua melhor a uma temperatura ambiente e em meios em que o pH seja
neutro. Perante um aumento de temperatura, a energia das moléculas
também vai aumentar, fazendo aumentar o número de moléculas com
energia de activação suficiente para fazer parte das reacções químicas.
No entanto, se o aumento da temperatura foi muito elevado, também a
energia molecular aumentará, e as ligações que se estabelecem tendem a
quebrar-se, conduzindo a uma desnaturação da enzima provocada por
uma inibição irreversível. Numa diminuição da temperatura, a enzimas
também ficam inibidas, no entanto essa inibição é reversível. Ou seja, a
uma temperatura ambiente, essa inibição não ocorre, podendo a enzima
catalisar normalmente.
Quando o pH é muito baixo (ácido), altera a distribuição das cargas
eléctricas o que vai tornar a enzima inactiva. O mesmo acontece quando
o pH é muito elevado (básico), pois o meio em que as enzimas estão
inseridas, interfere com a conformação do centro activo, levando assim à
desnaturação da enzima, podendo em ambos os casos tornar-se
permanentemente inactivas.
Sendo assim um pH neutro faz com as enzimas catalisem, sem que
fiquem inibidas. E o mesmo acontece para a temperatura. Estes factores
alteram-se de enzima para enzima.
Introdução teórica
· Enzimas
As enzimas são biocatalisadores, ou seja, são moléculas, na sua maioria
proteínas, que têm a capacidade de acelerar uma reacção, sem que nela
sejam consumidas. A designação de biocatalizador advém do facto de
serem compostos orgânicos presentes no organismo (bio-) e como já foi
referido anteriormente, por aumentarem a velocidade das reacções (-
catalisador).
Ao actuarem como catalisadores diminuem a energia necessária para
desencadear uma reacção (energia de activação). Só deste modo é possível
acelerar a velocidade da reacção tornando, assim, permissível a ocorrência
de um maior número de reacções num determinado espaço de tempo.
Temperatura:
A temperatura exerce influência sobre a actividade enzimática, na medida
em que condiciona as ligações intramoleculares da enzima.
Quando a enzima é submetida a uma temperatura elevada as ligações
químicas rompem-se conduzindo a uma alteração da conformação da
enzima e, consequentemente, a uma alteração do centro activo. A enzima
sofre então desnaturação, ao que corresponde uma perda de actividade
biológica permanente (processo irreversível).
As temperaturas baixas não constituem um processo irreversível mas sim
reversível uma vez que apenas causam a inactivação das enzimas.
Aquando do aumento de temperatura e, como as enzimas não são
destruídas, a actividade das mesmas é restabelecida.
pH:
O pH interfere na actividade enzimática uma vez que altera a distribuição
de cargas eléctricas da enzima, influenciando a conformação do centro
activo e, consequentemente, a sua interacção com o substrato.
As enzimas possuem um PH óptimo acima ou abaixo dos valores para os
quais a actividade enzimática diminui e acaba por cessar.
Materiais utilizados
Material biológico
· Fígado congelado;
· Peróxido de hidrogénio
(H2O2 – 10vol. – água
Oxigenada);
· Ácido Clorídrico (HCL a
5%);
· Hidróxido de Sódio (NaHO
a 10%);
Equipamento de laboratório
· Tubos de ensaio;
· 1 Bisturi;
· Pipeta Volumétrica de 10
mL;
· Almofariz com pilão;
· Areia Fina;
· Vareta;
· Conta-gotas;
· Pipetador;
· Banho-Maria.
Objectivo
O objectivo desta actividade experimental é estudar alguns factores que
influenciam a actividade enzimática da catalase, nomeadamente o pH e a
temperatura.
Conclusão
Com esta actividade laboratorial podemos inferir que dois factores que
condicionam a actividade enzimática da catalase são a temperatura e o pH.
Temperatura:
As temperaturas baixas, bem como as temperaturas elevadas influenciam a
actividade de enzimas como a catalase, inibindo-as de actuarem sobre o
amido. Quando as enzimas são sujeitas a temperaturas muito baixas, a
inactivação é reversível. Com relação às enzimas que são submetidas a
temperaturas elevadas conclui-se que a sua inactivação é irreversível.
pH:
O pH também influencia a actuação das enzimas sobre o substrato.
Conforme verificado, relativamente à actuação da catalase, o pH muito
baixo (solução ácida, neste caso, o ácido clorídrico) e o pH com valores
muito elevados (base, neste caso, o hidróxido de sódio) inibem a actuação
desta enzima.
2 OBJETIVOS
2.1 Objectivo Geral
- Conhecer as propriedades gerais das enzimas.
2.2 Objectivos Específicos
- Determinar a especificidade enzimática;
- Observar o processo de desnaturação enzimática;
- Verificar a influência da temperatura na actividade enzimática;
- Observar o comportamento da enzima em diferentes pH.
A acção da catalase pode ser verificada através da libertação de oxigénio (cuja presença
permite avivar uma chama), pois a sua acção catalisa a reacção:
2H2O2 2H20 + 02