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ALIMENTAÇÃO ANIMAL

BIOQUÍMICA, NUTRIENTES E METABOLISMO

Curso de Agronomia – 5º semestre


Professor – Silas Primola Gomes
1
BIOQUÍMICA, NUTRIENTES E
METABOLISMO
Objetivos
✓ Estudar os principais nutrientes e seu metabolismo
✓ Compreender o metabolismo de forma integrada com os
processos fisiológicos

2
INTRODUÇÃO
A organização da vida

3
INTRODUÇÃO
A célula

4
A COMPOSIÇÃO DOS SERES VIVOS

5
A COMPOSIÇÃO DOS SERES VIVOS

6
MOLÉCULAS E COMPOSTOS QUÍMICOS

✓ Molécula. Dois ou mais átomos ligados entre si através de ligação


química covalente formam uma molécula.
Ex.: H2O, O2 , C6H12O6,
✓ Compostos químicos. Substâncias constituídas por um único tipo de
molécula são denominadas compostos, como por exemplo o cloreto de
sódio, que é formado por átomos de sódio e cloro.
✓ Compostos orgânicos. são formados por moléculas que apresentam
carbono na sua composição, normalmente, fazendo ligação covalente
com o oxigênio, nitrogênio, enxofre e fósforo. Todas as biomoléculas
são compostos orgânicos. Ex.: C6H12O6,
✓ Compostos inorgânicos. As moléculas que não apresentam carbono
são denominadas compostos inorgânicos. Como exemplo temos: HCl,
H2SO4, HNO3, etc.

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MACROMOLÉCULAS

✓ Formadas a partir de unidades fundamentais


✓ Biomoléculas tem alto peso molecular
✓ Estrutura quimica complexa
Macromolecula Un. fundamental % peso celular Função

Proteinas Aminoácidos 15 Estrutural e metabólica


Carboidratos Monossacarídeos 3 Energia, estrutural,
reconhecimento celular
Lipídios Ácidos graxos 2 Armazenamento de
energia, estrutura de
membranas
Ácidos Nucleicos Nucleotídeos 7 Armazenamento e
transmissao da
informacao genetica
8
O CARBONO E A ÁGUA

9
LIGAÇÕES COVALENTES

10
LIGAÇÕES COVALENTES DO C

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GRUPOS FUNCIONAIS
Proteína

CHO

CHO

Lipídeos
Proteína

ATP
12
ÁGUA

13
ÁGUA
✓ Um dos componentes básicos da célula
✓ É composta por dois átomos de hidrogênio e um
átomo de oxigênio, que formam um ângulo de
104,5º, unidos entre si por ligações covalentes e
apresenta geometria espacial angular, gerando um
dipolo elétrico tornando a molécula polarizada
✓ Os pólos das moléculas de água se atraem por uma
força intermolecular denominada ligação de
hidrogênio

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A MOLÉCULA DE ÁGUA

15
PROPRIEDADES DA ÁGUA
✓ SOLVENTE UNIVERSAL
A água dissolve vários tipos de substâncias polares e iônicas (hidrofílicas),
como vários sais e açúcar, facilitando interações químicas e metabolismos
complexos

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FUNÇÕES DA ÁGUA

✓ TRANSPORTE DE SUBSTÂNCIAS
✓ FACILITA REAÇÕES QUÍMICAS
✓ TERMORREGULAÇÃO
✓ LUBRIFICANTE
✓ REAÇÕES DE HIDRÓLISE
✓ EQUILÍBRIO OSMÓTICO
✓ EQUILÍBRIO ÁCIDO BASE

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VARIAÇÕES NA TAXA DE ÁGUA

✓ Espécie

✓ Água-viva - 98% de água


✓ Sementes - 10% de água
✓ Espécie humana - 70% de água

18
VARIAÇÕES NA TAXA DE ÁGUA
✓IDADE

✓Feto humano – 94% de água


✓Recém-nascido – 69% de água
✓Adulto – 60% de água

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CARBOIDRATOS

20
CARBOIDRATOS
✓ Mais abundante biomolécula da Terra:
✓ Fotossíntese converte + 100 bilhões toneladas de CO2 e H2O
em carboidratos (celulose e outros açúcares).

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FUNÇÕES DOS CARBOIDRATOS
✓ Reconhecimento celular;
✓ Adesão celular;
✓ Estrutura celular : Peptídeosglicanos, Proteoglicanos,
quitina e celulose;
✓ Reserva energética: glicose, amido, glicogênio;

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FUNÇÕES DOS CARBOIDRATOS

Celulose Glicogênio Amido

Função estrutural Função de reserva Função de reserva


nos vegetais nos animais nos vegetais

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PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

✓ Cadeia carbonada não ramificada


✓ Ligações C-C simples
✓ 1 carbono ligado ao oxigênio através de dupla ligação (grupo carbonila)
✓ Na extremidade: aldeído
✓ Outra posição: cetona
24
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
✓ Giram a luz polarizada para direita - D

25
ESTRUTURA DOS CARBOIDRATOS
✓Monossacarídeos: unidade funcional dos
carboidratos;
✓Dissacarídeos: duas unidades;
✓Polissacarídeos: mais de duas unidades de
monossacarídeos.

26
ESTRUTURA DOS CARBOIDRATOS
Séries das Aldoses

27
ESTRUTURA DOS CARBOIDRATOS
Séries das Cetoses

28
ESTRUTURA DOS CARBOIDRATOS

Hexágono

Pentágono

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DISSACARÍDEOS
✓ Dois monossacarídeos ligados por uma ligação O-glicosídica:
grupo hidroxil de 1 açúcar reage com o carbono anomérico de
outro acúcar (formação de acetal).

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DISSACARÍDEOS
✓ Lactose:

✓ açúcar redutor
✓ presente no leite
✓ D-galactosidase ou lactase intestinal: comum
a ausência em africanos e orientais:
Intolerância à lactose

✓ Sacarose:

✓ açúcar não redutor


✓ Formado somente por plantas

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POLISSACARÍDEOS – AMIDO
✓ Amido: é o carboidrato de reserva das plantas, formado ligações
glicosídicas (1→4) e unidades repetidas do dissacarídeo MALTOSE
(2 glicoses). Sofre ação da enzima  AMILASE.
✓ O amido dos vegetais pode ser separado em 2 frações: AMILOSE que
é a fração linear formado por ligações glicosídicas (1→4) e
unidades repetidas de MALTOSE e AMILOPECTINA que é a
fração ramificada com ligações glicosídicas (1→4) e também
ligações glicosídicas (1→6), sendo constituída pelos dissacarídeos
MALTOSE e ISOMALTOSE.
✓ A maltose é quebrada pela enzima MALTASE e a isomaltose pela
ISOMALTASE.

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POLISSACARÍDEOS – AMIDO
FRAÇÃO MAIS
DIGESTÍVEL

Amilose: linear, ligações glicosídicas (1→4)

Amilopectina: ramificado; ligações


-amilases (saliva e secreção intestinal: glicosídicas (1→4)
degradam ligações  1→4, liberando MALTOSE e (1→6) a cada 24 a 30 resíduos33
POLISSACARÍDEOS – GLICOGÊNIO
✓ Definição: polímero de -D-glicose ramificado.
✓ Encontrado: Fígado e músculos esqueléticos.
✓ Similar à amilopectina, porém mais densamente ramificado: cada ramo 8-12
resíduos.
✓ Fígado: 7% do peso úmido 0,01 M (glicose livre = 0,4M).

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POLISSACARÍDEOS ESTRUTURAIS
✓ Homopolissacarídeo: cellulose.

✓ Estrutura da celulose: polímero de -D-glicose.

(flip 180 de cada


unidade)

A cellulose é o principal constituinte da parede celular vegetal,


composta por uma cadeia linear de 7.000 a 15.000 resíduos de D-
glicose unidos por ligações -1,4, sem ramificações. A ligação do
tipo  provoca uma rotação de 180o alternando as unidades de
glicose (FENGEL; WEGENER, 1984) 35
POLISSACARÍDEOS ESTRUTURAIS

LIGAÇÃO -1,4 É
INDISPONÍVEL ÀS
ENZIMAS DOS ANIMAIS
36
POLISSACARÍDEOS ESTRUTURAIS
✓ Hemicelulose: são carboidratos estruturais constituídos de
80 a 200 resíduos de acúcares. Normalmente, é mais
digestível do que a celulose. As ligações são do tipo -1,4

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POLISSACARÍDEOS ESTRUTURAIS
✓ Pectina: são polissacarídeos estruturais encontrados na
parede celular primária dos vegetais e nas camadas
intercelulares. Pode se ligar à celulose e à hemicelulose por
ligações covalentes. É constituída por uma cadeia linear de
unidades repetidas de ácido D-galacturônico, ligados
covalentemente por ligações -1,4

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OUTROS COMPOSTOS
✓ Lignina: são compostos de unidades de fenilpropano. Forma
ligações covalentes do tipo éster e benzil com os
carboidratos.
✓ Por ser indigestível o seu acúmulo no vegetal diminui a
digestibilidade das frações as quais se ligou.

39
PROTEÍNAS

40
PROTEÍNAS

✓Funções biológicas:
✓função estrutural
✓catálise
✓movimento
✓transporte
✓hormônios
✓proteção
✓armazenamento

41
PROTEÍNAS

✓ Constituição básica: aminoácidos


✓ Apresentam carbono assimétrico, na forma levógira (L)

H
2

42
CLASSIFICAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS

43
AMINOÁCIDOS ESSENCIAIS
AMINOÁCIDOS ESSENCIAIS AMINOÁCIDOS NÃO ESSENCIAIS

44
FORMAÇÃO DA LIGAÇÃO PEPTÍDICA

H2 O LIGAÇÃO PEPTÍDICA

45
CONFORMAÇÃO DAS PROTEÍNAS

46
ENZIMAS
ENZIMAS são proteínas que agem como catalizadores biológicos:

Composto B (produto)
enzima
Reação
catalisada pela
enzima

Composto A (substrato)

Centro ativo
ou Observe que não há consumo ou
sítio catalítico modificação permanente da enzima
de uma enzima é a porção da
molécula onde ocorre a
atividade catalítica

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CATÁLISE ENZIMÁTICA
Estado de transição

Reação não
catalisada
Energia de
ativação
Energia

Substrato (S) Reação


catalisada
Produto (P)

Progresso da reação

Um Catalisador diminui a barreira energética criando percursos alternativos da


reação para formação do estado de transição.
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PROPRIEDADES DAS ENZIMAS

✓ As enzimas são muito eficientes: podem acelerar reações até 1014


vezes;

✓ Elas são específicas: catalisam reações envolvendo às vezes apenas


um único tipo de reagente;

✓ Elas operam em condições amenas de temperatura, pressão e pH;

✓ Normalmente são reguladas através de fatores extrínsecos à


reação, tanto por ativadores como por inibidores.

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LIPÍDEOS

50
DEFINIÇÃO E FUNÇÕES BIOLÓGICAS

✓ Definição: grupo de compostos químicos diverso,


insolúvel em água e solúvel em éter
✓ Funções:
✓ Fornecimento de energia
✓ Função estrutural
✓ Proteção
✓ Agentes emulsificantes
✓ Hormônios esteroidais
✓ Vitaminas lipossolúveis
✓ Transporte de elétrons
✓ Eicosanóides
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CLASSIFICAÇÃO DOS LIPÍDEOS

Simples
✓ Lipídeos
Complexos

✓ Categorias lipídicas: Ácidos graxos


Ésteres neutros
Ésteres iônicos
Lipídios sem glicerol

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ÁCIDOS GRAXOS

✓CH3 – (CH2)n – COOH

✓Classificação: saturados
insaturados

53
ÁCIDOS GRAXOS
SATURADOS INSATURADOS

54
ÁCIDOS GRAXOS

55
ÁCIDOS GRAXOS SATURADOS
ÁCIDO GRAXO ESTRUTURA OCORRÊNCIA
Ácido acético C2:0 Vinagre
Ácido propiônico C3:0 Fermentação de CHO
Ácido butírico C4:0 Manteiga
Ácido valérico C5:0 Fermentação de CHO
Ácido capróico C6:0 Manteiga
Ácido caprílico C8:0 Manteiga
Ácido cáprico C10:0 Manteiga, óleo de coco
Ácido láurico C12:0 Coco
Ácido mirístico C14:0 Coco
Ácido palmítico C16:0 Gorduras animais
Ácido esteárico C18:0 Gorduras animais
Ácido araquídico C20:0 Óleo de amendoim
Ácido beênico C22:0 Sementes
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Ácido lignocérico C24:0 Tecido nervoso
ÁCIDOS GRAXOS INSATURADOS

ÁCIDO GRAXO ESTRUTURA OCORRÊNCIA

Ácido oléico C18:1 9 (n-9) Gord. animal, óleo vegetal

Ácido linoléico C18:2 9,12 (n-6) Óleo vegetal (milho e soja)

Ácido linolênico C18:3 9,12,15 (n-3) Óleos vegetais (linhaça)

Ácido araquidônico C20:4 5,8,11,14 (n-6) Tecido nervoso

Ácido eicosapentaenóico C20:5 5,8,11,14,17 (n-3) Óleo de peixe

Ácido docosahexaenóico C22:6 5,8,11,14,17,20 (n-3) Cérebro, leite, óleo peixe

57
ÁCIDOS GRAXOS

Ácido linoléico C18:2 9,12


Ácido α-linolênico C18:3 9,12,15

Ácido araquidônico C20:4 5,8,11,14 Ácido eicosapentaenóico C20:5 5,8,11,14,17 58


PROPRIEDADES DOS ÁCIDOS GRAXOS

✓ Saponificação;

✓ Esterificação;

✓ Oxidação:
✓ Oxidação suave
✓ Oxidação energética
✓ Auto-oxidação ou “rancificação”

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TRIGLICERÍDEOS

60
OUTROS ÁCIDOS GRAXOS

61
LIPÍDEOS DE MEMBRANA

62
TERPENÓIDES – ESTERÓIDES
Núcleo esteroidal (triterpeno)

Colesterol

63
LIPOPROTEÍNAS

64
LIPOPROTEÍNAS

% dos lipídios totais


Dens. Total PB Total lip
Lipoproteína
g/cm3 (%) (%)
Fosfolip Colest. TG Éster colest.

Quilomícrons 0,90 2 98 8 2 87 4
VLDL 0,98 8 93 18 8 58 13

IDL 1,01 17 83 24 9 30 28

LDL 1,04 22 78 22 9 10 42

HDL 1,14 48 53 33 7 8 21

65
METABOLISMO

✓ É o conjunto de processos físicos e de reações que ocorrem


em um sistema vivo e resulta na montagem ou quebra de
moléculas complexas.
✓ É constituído por reações anabólicas e catabólicas

- Anabolismo = Reações de síntese


Absorvem energia
Exemplo: fotossíntese

- Catabolismo = Reações de degradação


Liberam energia
Exemplo: respiração 66
METABOLISMO DE CHO

67
GLICÓLISE

✓ Processo anaeróbico

✓ Local de ocorrência: meio citoplasmático

✓ Divisão em 2 fases:
✓Fase de consumo de energia
✓Fase de produção de energia

68
69
GLICÓLISE – BALANÇO

1 GLICOSE 2 PIRUVATOS

1ª FASE: consumo 2 ATPs

2ª FASE: produção 4 ATPs + 2 NADH + H+

SALDO LÍQUIDO = 2 ATPs + 2NADH + H+

70
GLICÓLISE – DESTINOS DO PIRUVATO

71
CICLO DE KREBS
Obtenção de Acetil-CoA

72
CICLO DE KREBS

✓ “Ciclo do ácido tricarboxílico”

✓ Rota preferencialmente catabólica

✓ Quebra lenta da molécula de acetil-CoA

✓ Local de ocorrência celular: mitocôndria

73
CICLO DE
KREBS

74
SALDO DO CICLO DE KREBS

SALDO LÍQUIDO = 2 x (1 FADH2+ 1 ATP + 4 NADH + H+)

BALANÇO ENERGÉTICO DA RESPIRAÇÃO ANAERÓBICA:

➢ Glicólise: 2 ATPs
➢ Ciclo de Krebs: 2 ATPs
➢ Cadeia respiratória: 34 ATPs

SALDO LÍQUIDO = 38 ATPs


75
GLICONEOGÊNESE

✓ Síntese de glicose a partir de compostos não carboidratos


✓ Suprimento de glicose para o organismo (160g/dia)
✓ Importante nos períodos de jejum prolongado
✓ Ocorre principalmente no fígado
✓ Ocorrem desvios metabólicos da via glicolítica

76
PRECURSORES DA GLICONEOGÊNESE

Lactato

77
PRECURSORES DA GLICONEOGÊNESE

Glicerol

78
PRECURSORES DA GLICONEOGÊNESE
Aminoácidos gliconeogênicos

79
PRECURSORES DA GLICONEOGÊNESE
Ruminantes - Proprionato

EM RUMINANTES O PROPIONATO É A PRINCIPAL


SUBSTRATO DA GLICONEOGÊNESE OU SEJA O PRINCIPAL
PRECURSOR DA GLICOSE 80
METABOLISMO DE PROTEÍNAS

Aminoácidos
Livres

Metabolismo

Catabolismo Anabolismo
81
CATABOLISMO DE AMINOÁCIDOS

✓ O catabolismo de AA gera resíduo: NH3

✓ Toxicidade da amônia

✓ Mecanismos de transporte pela corrente sangüínea:

1- Conversão em glutamina (“Síntese de glutamina”)

2- Conversão em alanina (“Ciclo da glicose-alanina”)

82
CATABOLISMO DE AMINOÁCIDOS
Transporte do NH3 dos tecidos extra-hepáticos
transaminação
para o fígado
Glutamato + NH3 GLUTAMINA
Aminoácidos
ATP

Glutamina ADP+Pi
sintetase

Na mitocôndria do hepatócito - por ação da glutaminase


Glutamina e
gu
Glutamato + NH4+ san

URÉIA
83
CICLO DA URÉIA

84
EXCREÇÃO DE COMPOSTOS N

“Ciclo da uréia”

85
EXCREÇÃO DE COMPOSTOS N

86
METABOLISMO DE LIPÍDEOS

✓β- Oxidação:

✓ Sequência de reações nas quais os ácidos-graxos de cadeia

longa são transformados em Acetil-Coa, entrando no ciclo de

Krebs e transformando em energia, CO2 e água.

87
β- Oxidação

NÃO PRODUZ
GLICOSE

88
89
OBRIGADO!
90

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