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● Adaptação metabólica
● Para uma substância ser solúvel em água ela tem que estabelecer pontes de
hidrogênio (interação fraca que permite que dois átomos eletronegativos, como por
exemplo, dois oxigênios, interajam entre si através de um átomo eletropositivo, que
é o hidrogênio) ou interações eletrostáticas com a água
● Todos os seres vivos são capazes de extrair energia do meio ambiente, transformá-
la e utilizá-la para sua sobrevivência.
● A forma de energia utilizável por um ser vivo é a energia química obtida da molécula
orgânica de ATP (Adenosina Trifosfato)
● Açúcares/Glicídios/Carboidratos
❏ Moléculas polares = solúveis em água
❏ Formadas por carbonos, hidrogênios e oxigênios
❏ Diferentes complexidades
❏ OSES/AÇÚCARES SIMPLES: Aldeídos ou cetonas polihidroxilados + outros
carbonos carregam hidroxila alcoólica. Classificam-se em dois critérios:
★ Número de carbonos
★ Presença da função aldeído no último carbono (aldoses) ou cetona
no carbono 2 (cetoses) de sua estrutura. Em ambas, o número de
carbonos varia de 3 a 6.
★ Glicose = Aldose com 6 carbonos. Açúcar metabolicamente mais
importante em nosso organismo.
★ Frutose = Cetose de 6 carbonos
★ Os números de carbonos não são aleatórios, cada um representa um
açúcar conhecido.
★ As diferenças estruturais entre as moléculas de açúcar com o mesmo
número de átomos de carbono estão na posição das hidroxilas dos
carbonos assimétricos.
★ Na natureza, as oses existem em equilíbrio entre a forma acíclica e a
forma cíclica.
❏ DISSACARÍDEOS: Açúcares formados pela ligação covalente de duas oses.
★ Sacarose = 1 Glicose + 1 Frutose = Açúcar de cozinha
★ Lactose = 1 Glicose + Galactose
★ Maltose = 2 Glicoses
★ Isomaltose = 2 Glicoses
★ O que diferencia os dissacarídeos acima é o carbono diferente que as
liga.
❏ OLIGOSSACARÍDEOS: Açúcares formados pela ligação covalente de várias
oses.
❏ POLISSACARÍDEOS: Grandes moléculas orgânicas de açúcares formadas
pela ligação covalente de milhares de oses entre si.
★ Homopolissacarídeos = ligações de oses iguais.
★ Heteropolissacarídeos = ligações de oses diferentes.
★ Ambos acima podem ser lineares ou ramificados.
★ Glicogênio = homopolissacarídeo de cadeia ramificada = açúcar de
reserva formado por cadeias de glicose ligadas entre si por ligações
do tipo maltose
● Lipídeos
❏ Grupo heterogêneo de moléculas orgânicas em que predomina o caráter de
baixa polaridade
❏ São pouco solúveis em água
❏ ÁCIDOS GRAXOS: Ácidos carboxílicos de cadeia longa
★ Apesar de o ácido carboxílico na extremidade da cadeia ser muito
polar, a molécula como um todo se apresenta como apolar.
★ Número variável de carbonos
★ Ligações simples = Saturados
★ Ligações duplas = Insaturados
★ Ácido Palmítico = 16 carbonos, nenhuma ligação dupla = saturado →
matabolicamente muito importante
★ Ácidos graxos insaturados trans = gordura trans = não naturais =
alimentos hidrogenados industrialmente = modificação configuracional
= associados a doenças cardiovasculares
★ Ácidos graxos saturados = mais resistentes ao processo de
rancificação
● Nucleotídeos
❏ Moléculas formadas por um anel de caráter básico que tem afinidade com
prótons [base púrica (adenina e guanina) ou pirimídica (timina, citosina e
uracila)] + Ribose (açúcar) + Grupamento Fosfato (derivado do ácido
fosfórico). Podem ser:
❏ Monofosfatados: 1 grupamento fosfato
❏ Difosfatado: 2 grupamentos fosfato
❏ Trifosfatado: 3 grupamentos fosfato
❏ A cauda carregada negativamente é fundamental nos processos metabólicos
de utilização de energia, porque um dos nucleotídeos trifosfatados, o
nucleotídeo de adenina, cuja sigla é ATP, é o nosso combustível energético.
❏ ATP = nucleotídeo trifosfatado responsável pelos processos de energia
❏ Os ânions fosfatos carregam esses oxigênios que são ionizados, dissociados,
perderam uma hidroxila e ficaram com uma carga negativa. A hidroxila é
dissociada porque os grupamentos são muito ácidos, os hidrogênios saem e
deixam os elétrons, portanto os grupamentos fosfatos são carregados
negativamente.
❏ Os grupamentos fosfato unem-se covalentemente uns aos outros. Cada um
desses grupamentos fosfatos, por ter um caráter ácido, perdem prótons e
ficam com os elétrons, ou seja, um oxigênio negativo. Essa cauda, carregada
negativamente, é fundamental nos processos metabólicos de utilização de
energia. Um dos nucleotídeos fosfatados, que é o nucleotídeo de adenina, cuja
sigla é ATP, é nosso combustível energético. Cargas de mesmo sinal se
repelem, então para a célula conseguir sintetizar um nucleotídeo trifosfatado,
especificamente o ATP, exige muito, pois os oxigênios do grupamento fosfato
se repelem. Dessa forma, é necessária muita energia para sintetizar uma
molécula de ATP e formar as ligações covalentes que unem os três
grupamentos fosfatos entre si. Por outro lado, essas ligações fosfoanidritas,
quando se rompem, liberam a mesma quantidade de energia que foi
necessária para que se juntassem. Essa grande energia liberada é utilizada
pelas células em todos seus processos que necessitam de energia, energia de
hidrólise do ATP, quando a água rompe as ligações entre os fosfatos.
★ Nucleotídeos cíclicos e derivados de nucleotídeos: AMP → AMP
cíclico → Sinalizador importante
★ Dinucleotídeos:
- Nicotinamida adenina → União de dois nucleotídeos com base nem
púrica nem pirimídica → Capta (redução) e libera elétrons
(oxidação) → Sua função é transportar elétrons
- Flavina Adenina → União de dois nucleotídeos com base nem
púrica nem pirimídica → Capta (redução) e libera elétrons
(oxidação) → Sua função é transportar elétrons
★ Derivado de nucleotídeo: Molécula que tem uma parte que é um
nucleotídeo e uma parte que não é → Coenzima A, por exemplo →
Transporta radicais acila dentro das células
★ Polinucleotídeos: DNA e RNA
● Aminoácidos
❏ Pequenas moléculas orgânicas que tem um carbono central, o carbono alfa,
que se liga a uma carboxila, a um grupamento amino, a um hidrogênio e a um
radical variável.
❏ O que diferencia um aminoácido do outro é a natureza da cadeia lateral:
★ Não polar, alifático (cadeia aberta): Glicina, Alanina, Prolina (exceção,
cadeia cíclica), Valina, Metionina, Isoleucina, Leucina.
★ Polar, não ionizado [não perde prótons (H+)]: Serina, Treonina,
Cisteína, Glutamina, Asparagina
★ Aromáticos, anel apolar e volumoso: Fenilalanina, Tirosina, Triptofano
★ Grupamentos carregados positivamente, básico, [cápita prótons (H+)]
na cadeia lateral: Lisina, Arginina, Histidina.
★ Grupamentos carregados negativamente na cadeia lateral, possuem
uma carboxila ácida que se ioniza em PH fisiológico e fica com a
carga negativa: Aspartato, Glutamato.
★ 20 aminoácidos que constituem todas as proteínas dos seres vivos.
Aula V - Enzimas
● Na maioria das nossas células, a glicólise não é uma via isolada. Ela está associada ao
metabolismo aeróbico e é chamada de glicólise aeróbica. Na glicólise aeróbica o
piruvato formado no citoplasma entra na mitocôndria e alimenta outras vias de produção
de energia, as quais produzem uma grande quantidade de moléculas de ATP com
consumo de oxigênio. Na glicólise anaeróbica, o piruvato não é o produto final, mas sim
o lactato, pois há a necessidade de reoxidação do NAD+, o piruvato precisa se reduzir
com os elétrons do NAD+ reduzido para liberar um NAD+ oxidado, que é importante
para a via glicolítica continuar. A função dos nucleotídeos NAD e FAD é oscilar entre as
formas reduzida e oxidada, sendo assim capazes de captar elétrons de um doador, se
reduzindo e, em seguida, entregando esses elétrons, se oxidando. Funcionam como
intermediários no processo de oxido-redução.
● Em uma célula que faz glicólise anaeróbica, o reequilíbrio entre o NAD reduzido e o NAD
reoxidado se dá através da transferência de elétrons do NAD reduzido para o piruvato,
que vai se reduzir ao lactato e liberar o NAD em sua forma oxidada. Na via glicolítica
aeróbica, todavia, o piruvato que se gera no citoplasma ali não permanece para
transformar-se em lactato e manter os níveis de NAD. Uma vez que é gerado, entra para
a mitocôndria. Para manter a via glicolítica funcionando, o NAD reduzido, para voltar à
forma oxidada, entrega seu elétrons para outro substrato, o oxalacetato, no citoplasma
da célula, e se reduz a malato, liberando NAD oxidado no citoplasma da célula. O malato
carrega elétrons e entra na mitocôndria, entrando dessa forma no Ciclo de Krebs, se
oxida em oxalcetato e libera elétrons para um Nad oxidado de dentro da mitocôndria e
gera um NAD reduzido ali dentro. Esse mecanismo é chamado de “Lançadeira de
Elétrons” quando os elétrons do citoplasma são lançados para dentro da mitocôndria na
molécula do malato.