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I. METABOLISMO DE CARBOIDRATOS
Para o organismo estar vivo, precisa de ENERGIA. E para a célula estar viva, precisa de NUTRIENTES.
• COMBUSTÍVEL ENERGÉTICO
• MOLÉCULA DE CONSTRUÇÃO
- Metabolismo: transformações que acontecem dentro da célula.
- Enzimas: tem a função de tornar possível todas as reações químicas. Tem especificidade com o
substrato. Algumas atuam sozinhas, outras precisam de um co-fator ou uma co-enzima.
- ATP (Adenosina Trifosfato): é um co-fator enzimático. Quem gera energia dentro do ATP é o grupo
fosfato.
- NAD e FAD: são co-enzimas reduzidas, ajudam a enzima desidrogenase a colocar ou tirar hidrogênio
das moléculas.
NAD ↔ NADH₂
FAD ↔ FADH₂
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- Anabolismo: processo de síntese de moléculas elaboradas a partir de moléculas simples. (gasta/usa
ATP).
- Molécula: Molécula é um grupo de átomos, iguais ou diferentes, que se mantêm unidos e que não
podem ser separados sem afetar ou destruir as propriedades das substâncias.
CARBOIDRATOS
Principais funções:
De acordo com a quantidade de átomos de carbono em suas moléculas, os carboidratos podem ser
divididos em:
• Monossacarídeos
São os carboidratos mais simples. Apresentam de 3 a 7 carbonos em sua estrutura, havendo uma
proporção entre esses átomos e os átomos de hidrogênio, obedecendo uma fórmula geral, onde há
um carbono para cada dois hidrogênios e um oxigênio: Cn(H2O)n. Se um monossacarídeo tiver 4
átomos de carbono, ele terá 8 átomos de hidrogênio e 4 átomos de oxigênio.
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Os monossacarídeos recebem o sufixo –ose, precedida pelo numero de carbonos que contém em sua
fórmula, então:
3 C3H6O3 Triose
4 C4H8O4 Tetrose
5 C5H10O5 Pentose
6 C6H12O6 Hexose
7 C7H14O7 heptose
As moléculas de monossacarídeos são cadeias carbônicas não ramificadas, com ligações simples
entre os carbonos.
− Pentoses
Pentose Função
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− Hexoses
Hexose Função
• Dissacarídeos
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Esse mesmo tipo de ligação ocorre na formação das moléculas de DNA e RNA, através da ligação
entre uma pentose e uma base nitrogenada:
- Principais dissacarídeos
Monossacarídeos
Dissacarídeo Função
constituintes
• Polissacarídeos
Esse grupo de carboidratos é formado por moléculas que não possuem sabor adocicado, como nos
outros grupos.
Os polissacarídeos são moléculas muito grandes, em comparação com os outros carboidratos, por
isso são considerados macromoléculas.
Os polissacarídeos são insolúveis em água, o que é de grande importância para os seres vivos, pois
desempenham função estrutural e armazenadora de energia. A quitina, por exemplo, é constituinte
da parede celular de fungos e do exoesqueleto de artrópodes. Se ela fosse solúvel, esses animais não
poderiam entrar em contato com a água que todo seu esqueleto amoleceria.
No momento da digestão, para que essas moléculas sejam absorvidas, é necessário que sejam
quebradas em moléculas menores, os monossacarídeos. A reação de quebra ocorre através da
hidrólise. Note que a reação de união entre dois monossacarídeos ocorre pelo processo inverso,
reação por desidratação.
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As moléculas de polissacarídeos são polímeros, ou seja, as moléculas que os constituem são idênticas
ou semelhantes. Essas unidades são chamadas de monômeros.
Molécula de celulose
Polissacarídeo Função
Polissacarídeo Função
• Carboidratos estruturais: estão na estrutura da célula vegetal (parede celular). São mais
elaborados, maiores e mais ramificados.
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• Carboidratos não estruturais: estão contidos no interior da célula. Ex. amido e todos os
açucares menores que ele.
Durante esse processo, a enzima amilase salivar secretada pelas glândulas parótidas (glândula salivar
situada na região orofaríngea) inicia a quebra do carboidrato em dextrinas e maltoses (dissacarídeos)
que são moléculas menores. Esta enzima sofre inativação no estômago, assim que inicia a liberação
de outras enzimas locais. Ainda no estômago, ocorrem contrações das fibras musculares da parede
continuando o processo digestivo mecânico, que são os movimentos peristálticos, que tem a função
de misturar as partículas dos alimentos com secreções gástricas. É importante ressaltar que a
secreção gástrica não contém enzimas digestivas específicas para a quebra do carboidrato,
ocorrendo, portanto, a movimentação do carboidrato para a parte inferior do estômago e da válvula
pilórica. Após esse processo, a massa alimentar transforma-se em uma massa espessa chamada
quimo, que irá ocupar o duodeno, a primeira porção do intestino delgado.
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Desta maneira:
Boca
Amilase salivar (pitalina) Amido Dextrinas e Maltoses
Glândulas salivares
• Bactérias
• Protozoários
• Fungos
Não existem enzimas que degradem carboidratos estruturais, o que faz a digestão desses
carboidratos são os microorganismos (fermentação).
A bactéria faz a fermentação do carboidrato para conseguir a glicose para fazer a sua glicólise e gerar
ATP para se multiplicar.
- Digestão não fermentativa: feita por enzimas digestivas contidas no suco digestivo ao longo do
trato digestório.
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Na boca contém a enzima “Amilase Salivar” que quebra o amido (polissacarídeo) liberando um
dissacarídeo.
Como o alimento passa rapidamente pela boca, poucos amidos são quebrados.
A bactéria faz essa fermentação para conseguir glicose para fazer a sua própria glicólise e conseguir
ATP para se multiplicar.
− Acetato
− Propionato
− Butirato
Os AGVs são absorvidos localmente e enviados para o fígado, depois para a corrente sanguínea e
depois para todas as células.
No abomaso (estômago) o PH é ácido, então não existem enzimas para quebrar os carboidratos
(hidrólise ácida).
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A Glicose absorvida é enviada para o fígado, vai para a corrente sanguínea e se espalha pelas células.
Ao entrar na célula, a glicose pode ter 3 destinos:
− Acetato
− Propionato
− Butirato
GLICÓLISE
• Fase Preparatória: preparar a molécula para gerar energia na segunda fase (fase anabólica).
• Fase de Pagamento: gera energia suficiente para pagar a energia gasta na primeira fase, e
ainda sobra um balanço positivo para a célula.
• Quinase: mandar colocar ou tirar grupo fosfato da molécula. Precisa de um co-fator (ATP).
ATP ↔ ADP
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• Desidrogenase: manda colocar ou tirar Hidrogênio. Precisa de co-enzima (NAD).
NAD ↔ NADH₂
• Mutase: atua pontualmente sobre o grupo fosfato da molécula, mudando sua posição
espacial.
• Enolase: metabolisa água, coloca ou tira.
1. GLICOSE
*Glicoquinase – fígado
O ATP doa um grupo fosfato para a glicose no carbono 6, gerando o ADP e formando a G-6-P.
ATP → ADP
2. G-6-P (GLICOSE-6-FOSFATO)
3. F-6-P (FRUTOSE-6-FOSFATO)
Através do ATP, a enzima “Quinase” coloca um fosfato na frutose (carbono 1), ficando com 2
fosfatos.
ATP → ADP
4. FRUTOSE 1.6-DIFOSFATO
A enzima “Aldolase” quebra a molécula em 2, produzindo 2 moléculas com 3 carbonos cada uma.
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- Parte do carbono 3: G3P
A enzima “Isomerase” vai atuar especificamente na PDHA, transformando-a em GA3P. Desta forma
ficam 2 GA3P.
5.1. 2 GA3P
6. GA3P GA3P
A enzima “Quinase” vai tirar um grupo P do carbono 1 da molécula, deixando grupo P apenas no
carbono 3.
8. 3PGA 3PGA
A enzima “Mutase” vai mudar o grupo P da molécula do carbono 3 para o carbono 2, gerando 2PGA.
9. 2PGA 2PGA
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A enzima “Enolase” vai tirar 2 átomos de H e 1 de O (H₂O) da molécula, dando origem a outra
molécula o PEP (fosfoenolpiruvato).
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Saldo energético da Glicólise: 8 ATPs
** Na fase de pagamento foram gerados:
• 2 NADH₂
• 4 ATP
Cada NADH₂ valem 3 ATPs, então são 6 ATPs que vieram dos NADs + 4 ATPs que foram gerados livres
= 10 ATPs. Porém na fase preparatória foram gastos 2 ATPs, sobrando um saldo positivo de 8 ATPs.
É necessário gerar um novo NAD para que a Glicólise continue, esse NAD é gerado no citosol na
transformação do Piruvato em Lactato.
O NADH₂ gerado na etapa do GA3P da Glicólise vai ser usado p/ transformar o Piruvato em
Lactato.
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Quando o Piruvato vira Lactato, ele gera NAD livre no citosol.
NADH₂ → NAD
2. Metabolismo Aeróbio: Sair do citosol e migrar para a mitocôndria, aonde vai continuar a
respiração celular com o Ciclo de Krebs.
CICLO DE KREBS
É um ciclo fechado, o produto final de um ciclo vai ser usado para começar outro.
- Descarboxilação: a forma como um C tem que sair da molécula, ele entra ou sai na forma de CO₂.
NAD → NADH₂
A enzima “Descarboxilase” vai tirar um CO₂.
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- SH: Enzima de recuperação que doa co-enzima A para quem precisa e tira de quem não precisa.
Existe em todas as células.
2. Acetil-CoA
A enzima “Sintase Cítrica” que sintetiza o citrato, vai colar o Acetil-CoA ao OAA, gerando o citrato.
O Acetil-CoA tem 2 carbonos e o OAA tem 4 carbonos, então o citrato vai ficar com 6 carbonos.
Após a junção do Acetil-CoA com o OAA, a SH retira a CoA para doar para o próximo acetil do ciclo.
3. Citrato (6C)
***A aconitase pode colocar ou tirar H₂O, mas nesse ciclo só coloca.
4. Isocitrato (6C)
NAD → NADH₂
A enzima “Descarboxilase” vai tirar um CO₂, ficando uma molécula com 5 carbonos.
***Toda vez que houver ação de uma desidrogenase, até estabilizar a molécula em 4C, haverá
também a ação de uma descarboxilase.
5. α-Cetoglutarato (5C)
NAD → NADH₂
A “Descarboxilase” vai tirar um CO₂, gerando uma molécula de 4C.
6. Succinil-CoA (4C)
GTP → GDP
***Guanina: co-fator enzimático que tem como função colocar ou tirar grupo P.
Através da “Quinase” vai entrar o ADP, pegar o grupo P que a Guanina deixou e transformar em ATP.
ADP → ATP
7. Succinato (4C)
FAD → FADH₂
**Depois que estabiliza em 4C, entra o FAD.
Essa Desidrogenase succinica precisa do FAD porque tem especificidade com ele.
8. Fumarato (4C)
A enzima “Fumarase” (enzima exclusiva) vai colocar H₂O no fumarato (mesma ação da aconitase).
9. Malato (4C)
NAD → NADH₂
***A aconitase pode colocar ou tirar H₂O, mas nesse cilco só coloca.
A enzima “Sintase Cítrica” que sintetiza o citrato, vai colar o Acetil-CoA ao OAA, gerando o citrato.
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Todas as vezes que entra H₂O no ciclo, é importante para que exista H para o NAD carregar.
No ciclo de Krebs foi gerada energia na forma de ATP livre e co-enzima reduzida (NAD e FAD).
• NADH₂ = 3 ATPs
• FADH₂ = 2 ATPs
Total = 15 ATPs. Porém a Glicólise gera 2 Piruvatos o que significa que o CK acontece 2 vezes, por
isso o saldo é de 30 ATPs.
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Saldo energético da Glicólise + Ciclo de Krebs: 38 ATPs
CADEIA RESPIRATÓRIA
• Fosforilação oxidativa
• Participação dos Hidrogênios de uma cadeia transportadora de elétrons.
A cadeia respiratória produz ATP à medida que transfere os elétrons (H) para o O₂.
*Os CO₂ são gerados em todos os momentos de descaboxilações e o H₂O é gerado quando a
desidrogenase tira H. Os H que vão para a cadeia respiratória se encontram com o O₂ e são liberados
pelo organismo através da expiração.
*O O₂ é reduzido a H₂O e a energia liberada do fluxo de prótons é usada para produzir ATP.
1. O NADH₂ sai do CK e vai para o FMN (1° receptor da membrana mitocondrial), deixa o H lá e
sai como NAD, esse NAD vai voltar para o CK para buscar mais H.
- O H sai do FMN transportado pela NADH-Q Redutase e vai para o Q (2° receptor da membrana
mitocondrial).
O NADH₂ passa por 3 bombas geradoras de ATP, por isso gera 3 ATPs.
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4. O FADH₂ sai do CK, como ele não tem afinidade pelo FMN, vai direto para o Q. No Q ele deixa
o H e sai como FAD que volta para o CK para pegar mais H.
O FADH₂ passa por 2 bombas geradoras de ATP, por isso gera 2 ATPs.
LANÇADEIRAS
Células que tem metabolismo aeróbio precisam fazer a reciclagem do NAD através das lançadeiras,
para gerar NAD livre no citosol.
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Para entender as lançadeiras, é preciso entender que a membrana mitocondrial tem permeabilidade
seletiva, ou seja, algumas moléculas conseguem passar do citoplasma para a mitocôndria, mas não
conseguem sair, e algumas conseguem sair, mas não conseguem entrar.
1. PDHA
- O PDHA, antes de sofrer a ação da isomerase, sofre a ação de uma “Desidrogenase” que coloca um
H, transformando-o em Glicerol 3P (G3P).
NADH₂ → NAD
2. G3P
- O G3P gerado no citosol vai passar pela membrana mitocondrial e entrar na Mitocôndria.
- Dentro da Mitocôndria, vem um FAD (advindo da Cadeia Respiratória) que entra na reação, tira um
H, sai como FADH₂ e volta para a Cadeia Respiratória, transformando o G3P novamente em PDHA.
FAD → FADH₂
3. PDHA
O PDHA volta para o citosol onde sofre a ação da “Isomerase” e continua a Glicólise.
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• Lançadeira Malato Aspartato: acontece nas células hepáticas e nervosas.
- Aspartato: é um aminoácido.
Para acontecer a lançadeira, o Oxalacetato tem que virar Malato no Citosol. Lembrando que o CK
acontece na Mitocôndria.
1. Oxalacetato
2. α-Cetoglutarato e Aspartato
O α-Cetoglutarato e o Aspartato vão passar para o Citosol, se reorganizam novamente e voltam a ser
Oxalacetato+Glutamato.
3. Oxalacetato+Glutamato
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Sofre a ação de uma “Desidrogenase” que vai colocar um H transformando os dois novamente em
Malato.
NADH₂ → NAD
4. Malato
O Malato volta para a Mitocôndria aonde vai dar continuidade ao Ciclo de Krebs.
A glicose que entra na célula pode ir para a Glicólise ou para a Via das Pentoses.
Assim como a glicólise a via das pentoses ocorre no citosol; elas estão relacionadas por
intermediários comuns que são a glicose-6-fosfato, frutose-6-fosfato e o gliceraldeído-3-fosfato. Esse
compartilhamento de intermediários e a interconversibilidade permite que esta seja uma via de
integração entre várias linhas metabólicas.
Via das pentoses é uma importante via anaeróbica alternativa da utilização da glicose. Esta via não é
produtora de ATP, mas sim de NADPH.
A via das pentoses é uma via citoplasmática, anaeróbica ocorrendo no fígado, glândulas mamarias,
tecido adiposo e nas hemácias.
Funções:
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• Gerar a Ribose 5 Fosfato.
• A Ribose 5 Fosfato é importante para a biossíntese de nucleotídeos DNA e RNA (material
genético).
• Liberação de co-enzimas reduzidas que carregam grupo P (NADP e NADPH).
• Gerar intermediários da Via Glicolítica.
Todas as células precisam de material genético, por isso a Via das Pentoses é tão importante.
Quando a célula não está precisando de material genético, sobra Ribose, então o metabolismo se
desvia para gerar intermediários da via glicolítica.
A primeira pentose a ser gerada no ciclo é a Ribulose 5P, a partir dela serão geradas a Ribose 5P e a
Xilulose 5P.
A primeira fase tem gasto de ATP, a enzima quinase vai doar um grupo fosfato.
Para transformar a glicose em ribose (hexose em pentose), a enzima descarboxilase que vai tirar CO₂
da glicose.
A cada 3 pentoses da reação (1 ribose e 2 xiluloses), serão gerados 3 intermediários da via glicolítica:
• 2 F6P
• 1 GA3P
FASE OXIDATIVA
1. GLICOSE
A glicose entra na célula, sofre a ação de uma “Quinase” que vai colocar um grupo P,
transformando-a em Glicose 6P.
ATP → ADP
NADP → NADPH
3. LACTONA 6P
4. ÁCIDO 6 FOSFOGLICÔNICO
NADP → NADPH
1 – Se a célula estiver precisando de material genético, ela vai sofrer a ação de uma isomerase e vai
gerar a Ribose 5P.
2 – Se a célula não estiver precisando de material genético, começa a sobrar Ribose e a isomerase
fica bloqueada. A Ribulose 5P vai sofrer a ação de uma epimerase e vai gerar a Xilulose 5P.
6. RIBULOSE 5P
7. XILULOSE 5P RIBOSE 5P
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A “Transcetolase” vai atuar gerando:
8. SEDOHEPTULOSE 7P GA3P
A Eritrose 4P vai se juntar a uma outra Xilulose 5P, e a “Transcetolase” vai atuar sobre elas gerando
outra Frutose 6P e um GA3P.
• 2 F6P
• 1 GA3P
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GLICOGÊNESE
Glicogênio – polissacarídeo
ídeo (polímero
(pol de glicose)
- Hormônios: 1° mensageiro
geiro químico,
quí os dois principais, de origem pancreática
reática ssão:
**O monogástrico absorve mais glicose no intestino delgado que o ruminante, pois os nutrientes vão
direto para o estômago e não passam pelo rúmen, aonde perdem glicose para as bactérias.
Consequentemente, armazenam mais Glicogênio.
**Fígados de animais jovens armazenam mais glicogênio que de adultos, pois os órgãos do adulto
são maiores e tem mais células, portanto precisa de mais energia, e o jovem precisa de mais
proteínas.
1. GLICOSE
ATP → ADP
2. G6P
A insulina induz a formação de glicose-1-fosfato pela ação da enzima fosfoglicomutase que isomerisa
a G6P.
3. G1P
UTP → UDP
A enzima “Glicogênio sintase” necessita de um “primer”, ou seja, um resíduo, por onde começar, o
qual deve ser formado por pelo menos quatro moléculas de glicose.
Entram glicoses na cadeia para alongá-la, se juntam ao glicogênio primer e formam o glicogênio.
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Uridina: função de doar grupo P.
Glicogênio Primer: resíduo de glicogênio pré-existente na célula, fruto de uma glicogenólise anterior.
5. GLICOGÊNIO
GLICOGENÓLISE
1. GLICOGÊNIO
2. G1P
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Sofre a ação de uma “Fosfoglicomutase” gerando um G6P.
3. G6P
4. GLICOSE
Nota: A enzima glicose 6-fosfatase está presente principalmente no fígado, no entanto não existe
no músculo, que apresenta como produto da glicogenólise a glicose 6-fosfato.
GLICONEOGÊNESE
Gliconeogênese é a rota pela qual é produzida glicose a partir de compostos aglicanos (não-açúcares
ou não-carboidratos), sendo a maior parte deste processo realizado no fígado (principalmente sob
condições de jejum) e uma menor parte no córtex dos rins.
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Exceto por três sequências específicas, as reações da gliconeogênese são inversas às da glicólise.
Para sobreviver, os organismos precisam ter mecanismos para manutenção dos níveis sanguíneos de
glicose. Quando a concentração de glicose circulante vinda da alimentação diminui, o
glicogênio hepático e muscular é degradado (glicogenólise) fazendo com que a glicemia volte a
valores normais. Entretanto, o suprimento de glicose desses reservatórios não é sempre suficiente;
entre as refeições e durante longos jejuns, ou após exercícios vigorosos, o glicogênio é depletado
(consumido), situação que também ocorre quando há deficiência do suprimento de glicose pela dieta
ou por dificuldade na absorção pelas células. Nessas situações, os organismos necessitam de um
método para sintetizar glicose a partir de precursores não-carboidratos. Isso é realizado pela via
chamada gliconeogênese, a qual converte piruvato e compostos relacionados de três e quatro
carbonos em glicose.
As três maiores fontes de carbono para a gliconeogênese são lactato, glicerol e aminoácidos,
particularmente alanina.
- O lactato é produzido pela glicólise anaeróbica em tecidos como músculo em exercício ou hemácias,
assim como por adipócitos durante o estado alimentado, sendo convertido em piruvato pela
enzima lactato desidrogenase.
- Aminoácidos provém principalmente do tecido muscular, onde podem ser obtidos pela degradação
de proteína muscular. Todos os aminoácidos, exceto a leucina e a lisina, podem originar glicose ao
serem metabolizados em piruvato ou oxaloacetato, participantes do ciclo de Krebs. A alanina, o
principal aminoácido gliconeogênico, é produzida no músculo a partir de outros aminoácidos e de
glicose.
Na Gliconeogênese tem um Oxalacetato entre Piruvato e PEP, o Oxalacetato pode ser gerado no
citoplasma de duas maneiras:
• Através do Propionato
• Via Piruvato: em balanço energético negativo, o piruvato entra na mitocôndria e vira
Oxalacetato.
- Já o ciclo da alanina, que ocorre somente no músculo esquelético, consiste na oxidação da glicose
em piruvato, metabolização do piruvato em alanina (com intuito de retirar NH3 tóxico ao músculo),
transporte para o fígado, onde será reconvertida em piruvato e o NH3 excretado como ureia.
1. LACTATO
A enzima “Desidrogenase” vai tirar um H fazendo com que ele volte a ser um Piruvato.
NAD → NADH₂
2. PIRUVATO
O Piruvato tem 3C e o Oxalacetato tem 4C, para o piruvato gerar o oxalacetato vai precisar de
uma “Carboxilase” que vai colocar um CO₂.
ATP → ADP
3. OXALACETATO
O Oxalacetato na mitocôndria não tem permeabilidade para ir para o citoplasma, então vira um
malato, pela ação de uma “Desidrogenase”.
NADH₂ → NAD
4. MALATO
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PROPIONATO
Embora esta rota ocorra tanto nos monogástricos quanto nos ruminantes, os últimos são mais
dependentes da glicose formada a partir deste AGV.
O Propionato é absorvido pelo epitélio ruminal (ou IG), vai para o fígado e entra na rota
gliconeogênica.
Sua rota à glicose envolve seu ingresso no CK, transformação em OAA e PEP.
1. PROPIONATO
O Propionato chega ao citosol da célula do fígado aonde vai sofrer a ação da enzima “Propionil-CoA
Sintetase” e virar Propionil-CoA.
2. PROPIONIL-COA
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3. SUCCINIL-COA
O Succinil-CoA que faz parte do Ciclo de Krebs vai passar por todas as etapas do ciclo até virar
Malato.
4. MALATO
MALATO
O Malato pode passar para o citoplasma, no citoplasma ele vai sofrer a ação de uma
“Desidrogenase” que vai tirar um H e transformá-lo em Oxalacetato novamente.
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NAD → NADH₂
5. OXALACETATO
GTP → GDP
6. PEP (FOSFOENOLPIRUVATO)
O PEP vai sofrer a ação de uma “Enolase”, que vai colocar H₂O, e virar 2 PGA.
7. 2 PGA
A enzima “Mutase” vai mudar o grupo P da molécula do carbono 2 para o carbono 3, gerando 3PGA.
8. 3PGA
ATP → ADP
9. 1.3 diPGA
NADH₂ → NAD
H₂O → Pi
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12. F6P
13. G6P
H₂O → Pi
14. GLICOSE
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II. METABOLISMO DE LIPÍDEOS
Os lipídeos são compostos com estrutura molecular variada. São substâncias cuja característica
principal é a insolubilidade em solventes polares e a solubilidade em solventes orgânicos (apolares),
apresentando natureza hidrofóbica, ou seja, aversão à molécula de água.
Biomoléculas insolúveis em H₂O – extraídas das células por solventes orgânicos (éter, clorofórmio,
acetona).
Principais lipídeos:
• Triacilglicerol: 3 Ácidos Graxos presos por uma ligação Éster em uma molécula de Glicerol.
Colesterol: é nutriente essencial, não tem bom ou ruim, o que pode ser ruim é o local aonde ele
pode ser armazenado.
O lipídeo mais abundante é o Triacilglicerol (TGC), e é o único que precisa ser quebrado para ser
absorvido.
ÁCIDOS GRAXOS
- É um ácido carboxílico ligado a uma cadeia não ramificada de hidrocarboneto (cadeia alifática).
- A molécula de ácido graxo tem bem menos átomos de oxigênio, comparada à molécula de
carboidrato.
- Não são encontrados soltos na natureza, fazem parte da formação dos fosfolipídeos e do
triacilglicerol.
• Saturados
Um ácido graxo é “saturado” quando todas as ligações de carbono estão ocupadas por átomos de
hidrogênio. Eles são altamente estáveis, pois todas as ligações dos átomos de carbono estão
preenchidas (ou saturadas) por hidrogênio.
Eles têm formato reto e, por isso, encaixam-se facilmente uns nos outros, formando uma gordura
sólida ou semi sólida em temperatura ambiente.
- Estes ácidos são geralmente sólidos à temperatura ambiente. As gorduras contendo ácidos graxos
saturados são chamadas de gorduras saturadas.
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- Torna a membrana (fosfolipídios) mais rígida.
Os ácidos graxos insaturados seguem o mesmo padrão dos ácidos graxos saturados, exceto pela
existência de uma ou mais duplas ligações ao longo da cadeia. A dupla ligação ocorre entre carbonos
(-CH=CH-) e de forma alternada, isto é, um único átomo de carbono só forma uma dupla ligação (do
tipo -CH=CH-CH=CH- e nunca -CH=C=CH).
Os ácidos graxos monoinsaturados apresentam uma ligação dupla, na forma de dois átomos de
carbono duplamente ligados entre si e, portanto, faltam dois átomos de hidrogênio. O nosso
organismo produz ácidos graxos monoinsaturados a partir dos ácidos graxos saturados e os utiliza de
várias formas.
As gorduras monoinsaturadas têm uma dobra ou curvatura na posição da ligação dupla, de tal forma
que elas não se encaixam tão facilmente umas nas outras como as saturadas e, portanto, tendem a
ficar líquidas à temperatura ambiente.
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Os ácidos graxos poliinsaturados têm dois ou mais pares de ligações duplas. Portanto, faltam quatro
ou mais átomos de hidrogênio. Os dois ácidos graxos poliinsaturados mais frequentemente
encontrados em nossos alimentos são o ácido linoleico duplamente insaturado (com duas ligações
duplas – também conhecido como ômega-6) e o ácido linolênico triplamente insaturado, contendo
três ligações duplas – também chamado de ômega-3 (o número ômega indica a posição da primeira
ligação dupla).
Nosso organismo não consegue produzir esses ácidos graxos. Por isso, eles são chamados de
“essenciais”. Precisamos obter nossos ácidos graxos essenciais dos alimentos. Os ácidos graxos
poliinsaturados têm uma dobra ou curvatura na posição da ligação dupla e por isso não se encaixam
tão facilmente umas nas outras. Essas gorduras são líquidas, mesmo quando refrigeradas.
Gordura saturada ou insaturada: é definida pelo tipo de ácido graxo contido na molécula de
Triacilglicerol.
• Cadeia carbônica: moléculas de qualquer composto orgânico que são formadas pelo
conjunto de todos os átomos de carbono e heteroátomos.
Até 36
- Ácidos graxos Não essenciais (saturados e monoinsaturados) são produzidos pelo organismo –
síntese endógena.
• Estrutura linear
• Tem porção apolar / hidrofóbica
• Tem porção polar / hidrofílica
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- Um Carbono pode fazer no máximo 4 ligações.
- O ácido graxo que pode formar o TGC tem que ser de cadeia longa, a partir de 4C.
− TGC de origem animal: fica sólido em temperatura ambiente. Ex. Ácido Graxo
saturado.
− TGC de origem vegetal: fica líquido em temperatura ambiente. Ex. Ácido Graxo
insaturado – óleo de cozinha.
1. Lipase Gástrica: enzima do estômago que quebra no máximo 1 ligação éster, liberando
apenas 1 Ácido Graxo, sobrando um Diacilglicerol.
A Lipase Gástrica não é efetiva no estômago porque não ocorre a emulsificação do conteúdo
lipídico.
42
4. Lipase Pancreática: quebra uma ligação éster do TGC liberando um Ácido Graxo, formando
um Diacilglicerol, vem outra Lipase Pancreática e quebra outra ligação éster, formando um
Monoacilglicerol, que já pode ser absorvido pelo epitélio do Intestino Delgado.
Após serem absorvidos pelo epitélio intestinal, os ácidos graxos livres, o monoacilglicerol e outros
conteúdos lipídicos vão se esterificar, pois é um meio aquoso, e voltam a ser um TGC.
Este conteúdo esterificado tem que ser carregado, quem carrega são as lipoproteínas,
especificamente a Quilomicron.
- O TGC é levado para o tecido adiposo, para entrar na célula adiposa precisa ser quebrado.
- Lipoproteína Lipase: quebra o TGC para que ele possa entrar na célula adiposa. Quando as
moléculas entram no citoplasma, que é um meio aquoso, acontece a Reesterificação, voltando a se
tornar um TGC.
Assim acontece a reserva de TGC no adipócito. Depósito na forma de gotículas citoplasmáticas que
ocupam a maior parte do volume da célula.
43
DIGESTÃO FERMENTATIVA (Rúmen e Intestino Grosso)
1. A bactéria quebra as ligações éster que prendem os Ácidos Graxos no Glicerol do TGC
(lipólise).
2. O Glicerol e os Ácidos Graxos ficam livres.
3. O Glicerol é utilizado pelas bactérias para gerar glicose através da Gliconeogênese, então a
bactéria faz a sua Glicólise, gera energia para se multiplicar e libera AGVs como resíduos.
- Nos ruminantes, os Ácidos Graxos vão seguir pelo trato digestório e são absorvidos no Intestino
Delgado.
- Nos monogástricos, a lipólise ocorre somente no Intestino Grosso, então o ácido graxo vai ser
eliminado nas fezes.
**Ácidos Graxos Insaturados são tóxicos para os microorganismos que fazem a fermentação.
4. Biohidrogenação: para se livrar do efeito tóxico dos ácidos graxos insaturados, as bactérias
promovem a quebra das duplas ligações através da introdução de Hidrogênios na cadeia,
passando a ser Ácido Graxo Saturado.
44
LIPOGÊNESE
Esterificação dos ácidos graxos com o glicerol = TGC (reserva de energia); Ocorre principalmente no
citosol das células hepáticas, mamárias e adiposas;
Para haver produção de lipídeos o organismo deve estar em Balanço Energético Positivo – O
hormônio Insulina, liberado pelo pâncreas, está circulando.
Com a quantidade de glicose sérica alta no organismo, se ultrapassar a entrada de glicose nas células,
todos os metabolismos estarão acelerados, e estão sendo gerados muitos ATP`s, se a quantidade de
ATP for superior à quantidade que a célula consegue usar, o metabolismo se desvia.
Se ATPs não forem utilizados: ↓ atividade do ciclo de Krebs. ↑citrato no citosol: início da síntese de
ácidos graxos
O G3P na lançadeira iria para a mitocôndria, como está sobrando ATP, ele não vai e fica no
citoplasma. Consequentemente a Glicose vai gerar só 1 Piruvato, reduzindo a produção de ATP.
45
No Ciclo de Krebs, o Citrato será desviado para reduzir a velocidade metabólica.
tabólica.
46
COMPLEXO ÁCIDO GRAXO
G SINTETASE
O Acetil-CoA no citoplasma
sma pode ter vários destinos:
• Gerar Malonil-CoA
• Gerar Acetil-ACP
• Alongar a cadeia
ia saturada,
saturad gerando Ácido Graxo Monoinsaturado.
• Gerar Colesterol.
47
***Não sai só 1 citrato do Ciclo de Krebs, enquanto sobrar ATP tem citrato saindo e gerando vários
Acetil-CoA no citoplasma.
Para o Complexo Ácido graxo Sintetase acontecer, precisa juntar o Acetil-CoA com o Malonil-CoA,
quando eles se juntam para formar um ácido graxo, a CoA (coenzima A) não é suficiente para carrear,
então troca-se o CoA por um ACP.
- O Acetil-CoA se livra do CoA e se liga a uma ACP, vira Acetil-ACP, a SH recupera o CoA.
O Complexo Ácido Graxo Sintetase tem como função, fazer a síntese de Ácidos graxos saturados,
porém, para a síntese dos Ácidos Graxos monoinsaturados, ocorre o alongamento da cadeia
saturada.
- Ácido Graxo Saturado → só tem ligações simples, vai até 16 carbonos na cadeia (Palmitoil).
O Complexo Ácido Graxo Sintetase é composto por 7 voltas, em todas as voltas sempre vai entrar 1
Malonil-ACP, 2 NADPHs e vai sair 1 CO₂.
48
ALONGAMENTO DE CADEIA
Para produzir o Ácido Graxo monoinsaturado, alonga-se a cadeia a partir do Palmitoil (16C), quem faz
esse alongamento de cadeia é o Acetil-CoA.
Quando o Acetil-CoA se junta ao Palmitoil ACP, ele alonga a cadeia de Carbonos, gerando um Ácido
Graxo monoinsaturado, o Acil-CoA de 18 Carbonos.
49
SÍNTESE DE TGC A PARTIR
P DE GLICEROL
Para formar TGC, precisaa juntar Ácido graxo ao Glicerol que vem do PDHA e está no citoplasma.
50
LIPÓLISE
Ocorre quando o corpo está em Balanço Energético negativo – falta glicose – o hormônio Glucagon
circula.
**Células nervosas não podem usar Ácido graxo como combustível, a barreira hematoencefálica não
permite.
1. Hormônio - 1° mensageiro
O Hormônio não consegue entrar na célula, então passa a mensagem para um 2° mensageiro que
está dentro da célula.
4. O AMPc ativa a enzima Proteína Quinase que estava inativa dentro da célula.
5. A Proteína Quinase vai ativar as enzimas que vão quebrar os TGC – as Lipases Hormônio
Sensíveis.
7. Outra Lipase Hormônio Sensível quebra a 2° ligação éster do Diacilglicerol, liberando mais 1
Ácido Graxo, ficando então um Monoacilglicerol.
51
O Glicerol e os 3 Ácidos Graxos livres saem da célula e vão para a corrente sanguínea
Os ácidos graxos são capturados pela albumina e transportados até as células que os utilizarão para
produção de energia.
Os 3 Ácidos Graxos são densos e precisam ser carregados por uma proteína sérica, a Albumina.
São levados para todas as células que possam utilizar o Ácido Graxo como combustível energético –
as Células Periféricas.
O processo de β – oxidação dos ácidos graxos até acetil-CoA é realizado na matriz da mitocôndria.
- Antes de sofrer oxidação, o ácido graxo deve entrar na mitocôndria = carnitina atua como
transportadora.
O Ácido graxo chega ao citoplasma da célula e precisa passar para a mitocôndria, aonde vai sofrer β
oxidação.
52
Para passar pela membrana mitocondrial, ele vai precisar de uma proteína de membrana, a
Carnitina, e duas enzimas, a CAT I e CAT II.
- Para ser reconhecido pela CAT I, o Acil precisa estar com uma Co-enzima A (CoA), se o Acil for
monoinsaturado, já tem a CoA, se não for, ele tem ACP, então ele se livra do ACP e a SH doa um CoA.
- A CAT I solta a CoA do Acil e prende ele a Carnitina, formando Acil-Carnitina na membrana
mitocondrial.
- A CAT II solta o Acil da Carnitina, coloca ele na mitocôndria e a SH doa um CoA novamente,
formando Acil CoA.
β oxidação: processo de queima de ácidos graxos advindos da lipólise por células periféricas.
Composto por etapas (voltas) que objetivam a liberação de Acetil-CoA para entrada no Ciclo de Krebs
e consequente geração de energia. Para tanto, a cada volta da β oxidação, serão liberados:
• 1 FADH₂
• 1 NADH₂
• 1 Acetil-CoA
E sobra 1 Acil CoA com 2 carbonos a menos que o inicial para repetir o processo até que todos os
Acetil-CoA sejam liberados.
E o processo começa novamente até liberar todos os Acetil-CoA. A última volta libera 2 Acetil-CoA,
porque não existe Acil de 2 carbonos.
- A ativação do ácido graxo em Acil CoA ocorre no citosol com o gasto de 2 ATPs
**Acetil-CoA = 12 ATPs porque no Ciclo de Krebs são gerados 15 ATPs, mas como o Acetil-CoA entra
direto no ciclo e o Piruvato não precisa virar Acetil (o que gasta 3 ATP), sobram 12 ATPs.
54
Em Balanço energético negativo, o Piruvato (que vem da Glicólise ou da Gliconeogênese) gera, na
mitocôndria, OAA, tanto para dar continuidade a Gliconeogênese (OAA → Malato →Citosol →OAA
→PEP) quanto para aproveitar os Ace\l-CoA livres da β oxidação de Ácidos Graxos.
O animal, em função de uma dieta hipercalórica (balanço energético positivo), consegue promover
lipogênese endógena, que é a síntese de lipídeo pela célula adiposa, pela célula hepática e glândula
mamária.
Se o animal está em balanço energético negativo, o hormônio Glucagon está circulando (está
faltando glicose sérica), nessa situação existe a necessidade de mobilização das células para tentar
manter a atividade celular normal.
Alguns mecanismos estão acontecendo ao mesmo tempo, se o animal está em balanço energético
negativo, adrenalina e glucagon circulantes vão ativar algumas mobilizações, para produzir glicose
nesse status fisiológico as vias metabólicas que serão desencadeadas são:
• Glicogenólise
• Gliconeogênese
Para ter Gliconeogênese precisa de Glicerol, porque ele que vai gerar o PDHA, e para ter Glicerol
livre, precisa ter Lipólise. O hormônio circulante é o mesmo, então tanto a célula hepática quanto a
célula adiposa estão fazendo a percepção dele, enquanto a célula adiposa está fazendo a lipólise, os
55
ácidos graxos estão se destinando para as células periféricas e o Glicerol está se destinando para o
fígado, o fígado está percebendo e está acelerando a Gliconeogênese e a Glicogenólise.
A gliconeogênese acelerada depende dos substratos, para gerar um Piruvato, precisa de um lactato
ou de um aminoácido, o Piruvato tem que ir p/ a mitocôndria e virar OAA para virar Malato e como
malato ir para o citosol dar continuidade a via central da Gliconeogênese e gerar um GA3P que vai
esperar o PDHA para conseguir gerar glicose.
Se tiver Glicose, tem glicólise acontecendo, e os piruvatos da glicólise tem que ir para a mitocôndria
também para virar OAA e esperar Acetil-CoA que vão vir da β oxidação dos ácidos graxos, e esses
ácidos graxos estão vindo da lipólise e sendo carregados para as células periféricas pela Albumina.
Quando chegam na célula periférica, tem que passar pela membrana mitocondrial com a ajuda da
carnitina, da CAT I e da CAT II, e dentro da mitocôndria, sofrem a β oxidação para a liberação dos
Acetil-CoA.
Esses Acetil-CoA da β oxidação é que vão se juntar com o OAA que veio do Piruvato da Glicólise para
que aconteça o Ciclo de Krebs e a geração de energia.
Em balanço energético negativo, o Piruvato da Glicólise entra na mitocôndria, vira OAA que se
junta ao Acetil-CoA que veio da β oxidação e começa o Ciclo de Krebs, a última molécula formada no
CK é o OAA.
Porém, existe uma limitação de OAA frente a grande chegada de Acetil-CoA que vem da β oxidação,
porque uma glicose gera 2 Piruvatos, normalmente o Piruvato iria para a mitocôndria e geraria
Acetil-CoA, teria 1 OAA para cada um dos Piruvatos advindos do final do ciclo, só que nesse
momento o Piruvato está virando OAA, consequentemente serão gerados 4 OAA – um de maneira
direta e um do final do ciclo para cada Piruvato.
Existe sobra de Acetil-CoA, porque para cada glicose, no máximo 4 OAA são gerados, e a quebra de
ácidos graxos na β oxidação gera muito mais Acetil-CoA do que a quantidade de OAA que o Piruvato
pode gerar.
CETOGÊNESE
É a produção de corpos cetônicos por excesso de Acetil-CoA na mitocôndria da célula hepática, que
servirão de combustível de emergência para as células extra-hepáticas, mas principalmente, aquelas
que não utilizaram ácidos graxos.
A sobra de Acetil-CoA de maneira específica na célula hepática, (sobra Acetil-CoA porque está tendo
β oxidação em todas as células periféricas que receberam ácidos graxos, a β oxidação gera Acetil-CoA
para irem para o Ciclo de Krebs, mas devido à quantidade limitada de OAA sendo gerados pelo
Piruvato, sobram Acetil-CoAs). A sobra de Acetil-CoA, de maneira exclusiva, no fígado, pode ser
convertida em outros combustíveis, que são considerados combustíveis de emergência, os Corpos
Cetônicos.
56
Corpos cetônicos são chamados de Combustíveis de emergência porque não se estoca, à medida que
é liberado, tem que ser usado pelas células.
Corpos cetônicos são exclusivamente produzidos pelo fígado (porque só o fígado produz as enzimas
capazes de formar os corpos cetônicos) a partir da sobra de Acetil-CoA da β oxidação.
O fígado produz os corpos cetônicos, e por ser hidrossolúveis vão para a corrente sanguínea, estando
na corrente sanguínea eles podem ser usados por qualquer célula menos a hepática, são priorizadas
as células que mais estão precisando de ATP, as que não receberam ácidos graxos, principalmente as
células nervosas.
• Acetoacetato
• β – hidroxibutirato (β OHbutirato)
• Acetona
Os corpos cetônicos que são utilizados como combustível energético pelas células são o
Acetoacetato e o β – hidroxibutirato. A acetona é volátil perde-se na respiração.
Se o Aceto acetato não for utilizado pelas células e sobrar, o fígado pega e os transforma nos outros
dois corpos cetônicos (β hidroxibutirato e acetona).
57
**Um animal em jejum prolongado tem 75% das necessidades energéticas do cérebro supridas pela
queima do Acetoacetato.
CETOGENÓLISE
Processo de quebra dos corpos cetônicos nas células que irão usá-los, gerando Acetil-CoA.
Ácidos graxos, bem como os corpos cetônicos, tem exatamente a mesma função, são quebrados
dentro da mitocôndria, e quando quebrados, geram Acetil-CoA para o Ciclo de Krebs.
58
Esse processo é feito por enzimas extra-hepáticas, acontece em células que não são do fígado.
BIOSÍNTESE DE COLESTEROL
Se o animal não ingere na dieta, ou seja, de maneira exógena, a quantidade necessária de colesterol,
endogenamente vai haver síntese. Assim como, se por ventura, o organismo tem uma ingestão
excessiva de colesterol, suficiente para atender as necessidades fisiológicas, existe a limitação da
síntese.
Funções do colesterol:
- Produção de vitamina D
Lipídeos não podem entrar na corrente sanguínea sozinhos, no caso do colesterol, quem faz o
transporte são as Lipoproteínas (proteína de transporte).
59
A síntese é feita em um sistema compensatório que vai usar como molécula prime um Acetil-CoA no
citosol, esse Acetil-CoA vem da saída do Citrato do Ciclo de Krebs.
A síntese de colesterol independe de balanço energético, acontece quando está faltando na dieta, é
um sistema compensatório.
Se o animal está em balanço energético positivo e recebeu muito colesterol na dieta, a síntese de
colesterol se interrompe no HMG-CoA, ele fica parado, não é reduzido, não é condensado e não é
ciclizado.
LIPOPROTEÍNAS
60
Quanto maior o tamanho da lipoproteína, menor a densidade.
61
• Acetato: O Acetato pode ser derivado de Acetoacetato gera Acetil-CoA que pode ser usado
para a síntese de Ácidos Graxos no citosol.
Um animal que por ventura está passando por uma fase de recebimento de dieta hipercalórica, fica
obeso e precisa fazer uma dieta hipocalórica e exercícios físicos.
Em BE+:
Hormônio Insulina circulante. Muita glicose, muita glicólise, muitos Piruvatos, muito ATP.
Em BE-:
62
− Os ácidos graxos saem da célula adiposa, passam pela Carnitina, CAT I e CAT II e entram na
mitocôndria para sofrer β oxidação.
− Os Acetil-Coa da β oxidação vão se juntar com OAA e Piruvato.
− Na célula hepática sobra Acetil-CoA para ir para a Cetogênese.
− Após a cetogênese na célula hepática, acontece a Cetogenólise nas células que receberam os
corpos cetônicos, que libera Acetil-CoA para o CK.
PROTEÍNAS: São as mais abundantes substâncias orgânicas dos seres vivos, sendo definidas como
polímeros de aminoácidos. Assim, os aminoácidos são as unidades formadoras das proteínas.
Funções:
− Estrutura Primária: sequência de aminoácidos no formato linear. Os aminoácidos vão fazer entre
eles ligações chamadas Pontes de Hidrogênio e a molécula começa a assumir o formato de uma
hélice. →
− Estrutura Secundária: em formato de hélice (estrutura alfa-hélice). Os aminoácidos continuam
fazendo ligações entre eles, chamadas de Pontes de Hidrogênio e Pontes de Sulfeto, com isso, a
proteína começa a assumir um formato tridimensional. →
− Estrutura Terciária: em formato tridimensional. É a estrutura funcional da proteína, assume sua
função no organismo quando está no formato terciário. →
− Estrutura Quaternária: várias polipeptídeos (proteínas) de estruturas terciárias ligando-se entre si.
63
- Desnaturação proteica: Se a proteína for exposta a uma mudança brusca de PH ou a uma
temperatura elevada, ela perde sua forma e sua função, a sequência de aminoácidos continua a
mesma, perde apenas o formato espacial (ex. ovo frito).
Todo aminoácido tem na sua composição química um carbono central ligado a um radical, ligado a
um hidrogênio, mas principalmente, o carbono estará ligado a um grupo amina e a um grupo ácido
carboxílico (Cetoácido). O que diferencia os aminoácidos é o radical.
Grupo Amina
Grupo Carboxila
Radical
64
- Aminoácidos Não Essenciais: Origem endógena. Uma parte dos aminoácidos o corpo produz
através de açucares e carboidratos.
A quantidade, a forma e o tipo de aminoácido que está na molécula é que forma a proteína.
Peptídeo = Proteína
- Ligação peptídica: união dos aminoácidos p/ formação do peptídeo (proteína), o grupo ácido
carboxílico de um aminoácido vai se ligar ao grupo amina do outro aminoácido. A Hidroxila do ácido
carboxílico e 1 dos hidrogênios do grupo amina, se perdem formando uma molécula de água, desta
forma acontece a união dos aminoácidos, o carbono vai ficar com apenas um oxigênio e o nitrogênio
com apenas um hidrogênio, formando a ligação peptídica.
- Para formar uma proteína, são necessárias 99 ligações peptídicas, ou seja, 100 aminoácidos.
2 aminoácidos - dipeptídeo
3 aminoácidos - tripeptídeo
4 aminoácidos - tetrapeptídeo
4 a 99 aminoácidos - oligopeptídeo
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A exigência (necessidade de a.a) é influenciada por vários fatores: espécie, categoria animal,
disponibilidade de outros aminoácidos.
A síntese de uma certa proteína só vai acontecer se o animal tiver todos os aminoácidos necessários.
A proteína é o único nutriente que não é estocado com o objetivo de ser usado como combustível
energético. As proteínas desnaturadas que são utilizadas como combustível energético.
• Proteína Verdadeira: toda e qualquer fonte vegetal ou animal que contenha proteína.
• Proteína Não Verdadeira (Nitrogênio Não Proteico – NNP): proteínas que não tem
aminoácidos na sua constituição, mas tem Grupo Amina. Ex. Ureia, que é utilizada como
suplemento proteico para ruminantes.
A maior fonte de valor biológico de proteínas para os ruminantes são as bactérias morrendo no
abomaso e absorvendo no Intestino Delgado.
1. Proteólise - Quando entra uma fonte de Proteína Verdadeira no rúmen, acontece a quebra,
feita por microorganismos, liberando aminoácidos.
2. Desaminação – A bactéria separa o Grupo Amina do aminoácido, porque é nele que contém
o nitrogênio (NH₃ - Amônia).
66
3. A bactéria usa o nitrogênio para produzir aminoácidos de origem microbiana, com os
aminoácidos cria proteínas de origem microbiana e com as proteínas cria o corpo de uma
nova bactéria.
Se a fonte de proteínas for de Proteínas não verdadeiras (NNP), também será quebrada, se
transformando direto em aminoácidos – libera grupo amina.
Em uma situação de dieta hiperproteica, agravada por limitação de energia, a bactéria não tem
energia suficiente para tirar energia de todas as amônias, então elas são absorvidas localmente e
pelo sistema porta hepático vão para o fígado e viram Ureia que pode ser excretada pela urina,
utilizada ou voltar para o ambiente de fermentação. A amônia circulante é tóxica e pode matar o
animal.
O controle intrínseco do trato digestório é feito pelo Nervo Vago. A entrada de nutrientes no
organismo provoca a excitação do nervo vago, que faz a estimulação intrínseca de um sistema
endócrino específico do trato digestório ativando hormônios específicos:
• Gastrina – Estômago
• Colecistoquinina – Intestino Delgado
1. No estômago, a Gastrina vai fazer com que as células parietais secretem ácido clorídrico
(HCL) deixando o PH ácido.
67
4. Os Polipeptídeos saem do estômago e chegam ao Intestino Delgado. No ID todos os sucos
digestivos são liberados, o mais importante é o Suco Pancreático, nele estão as outras
enzimas proteolíticas que são secretadas de maneira inativa.
• Tripsonogênio
• Quimiotripsinogênio
• Prócarboxipeptidase
6. Aminoácidos livres e dipeptídeos são absorvidos pelas células epiteliais intestinais, onde os
dipeptídeos são hidrolisados antes de entrarem na corrente sanguínea. Os aminoácidos são
metabolizados pelo fígado.
Produto de absorção do ID: aminoácidos após a ação da enzima. E via sistema porta hepático,
amônia e aminoácidos.
Os aminoácidos no fígado podem vir tanto de origem exógena quanto da proteólise endógena que
acontece continuamente liberando aminoácidos na circulação.
Proteólise Endógena
Reciclagem Proteica (Turn over Proteico) → As proteínas do corpo são recicladas continuamente e
podem perder sua função, sendo necessário outra para substituir. Ela pode ser quebrada, liberando
aminoácidos que vão para o fígado que tem que liberar outra proteína para substituí-la. É um
metabolismo contínuo que pode ter a velocidade alterada de acordo com o estado fisiológico.
1. O aminoácido vai
ai sofrer a ação da aminotransferase, que transfere
fere o grupo
gr amina
exclusivamente para o α cetoglutarato (sai do CK para receber o grupo amina).
a Sobra um
Cetoácido.
2. O α cetoglutarato vira um
u aminoácido, pois recebe um grupo amina,
mina, e se
s transforma em
Glutamato.
• Piruvato
• Acetil-CoA
• α cetoglutarato
• Succinil-CoA
• Fumarato
• Oxalacetato
Desaminação Oxidativa
xidativa
69
1. O Glutamato sofre
fre a açã
ação da Glutamato Desidrogenase, que retira
tira o grupo
gru amina, e volta a
ser α cetoglutarato que volta para o Ciclo de Krebs.
1. Formar Aminoácidos
cidos não
nã essenciais se juntando com o cetoácidoo que so
sobrou da
transaminação e está na mitocôndria.
2. Se o organismo não estiver
esti precisando de aminoácidos não essenciais,
iais, ele
e vai ser
transformado em
m outro
outros compostos nitrogenados que são convertidos
ertidos ppelo rim e excretados
pela urina.
• Mamíferos – Ureia
• Aves – Ácido Úrico
Úr
• Peixes – Amônia
Amôni
70
Metabolismo Energétic
nergético
• Cetogênese
• Gliconeogênese
• Piruvato → OAA
A → Malato
Mal → vai para o citosol → Gliconeogênese.
• α Cetoglutarato → Succinil-CoA
Succ → Succinato → Fumarato → Malato
alato → vai
v para o citosol →
Gliconeogênese.
• Succinil-CoA → Succinato
Succinat → Fumarato → Malato → vai para o citosol
itosol → Gliconeogênese.
• Fumarato → Malato
alato → vai para o citosol → Gliconeogênese.
71
***Lembrando
ando que
qu no esquema tem que fazer a CETOGÊNESE,
CETOG A
CETO
CETOGENÓLISE E A GLICONEOGÊNESE.
72
IV. BIOQUÍMICA HORMONAL
Os sistemas corporais têm funções específicas, são formados por órgãos específicos que são
formados por células específicas.
Para os hormônios agirem, o sistema nervoso tem que receber estímulos que podem ser internos ou
externos.
A maneira como os hormônios transitam no organismo: a célula emissora produz o hormônio que
age na célula receptora.
• Regulação de metabolismo;
• Adaptação ao estresse (adrenalina, neurormonios);
• Regulação do crescimento e maturação;
• Regulação da função reprodutiva;
• Regulação do equilíbrio hidroeletrolítico;
• Controle do metabolismo mineral;
• Modulação das funções digestivas;
• Regulação da taxa metabólica;
• Regulação de homeostase.
CLASSIFICAÇÃO QUÍMICA
- Hormônios Proteicos: formados por uma classe de ligação entre aminoácidos de 3 a 200.
Produzidos pelo hipotálamo, hipófise, pâncreas, placenta, TGI e glândula paratireóide;
74
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À SOLUBILIDADE
Podem ser hidrossolúveis ou lipossolúveis.
RECEPTORES HORMONAIS
• Membrana Plasmática
• Citosol
• Núcleo da célula
Os hormônios lipossolúveis passam pela Membrana Plasmática com facilidade, pois ela é constituída,
principalmente de fosfolipídeos, e podem se ligar aos receptores do Citosol ou do Núcleo.
Os hormônios hidrossolúveis não conseguem atravessar a membrana, então só podem se ligar aos
receptores da membrana.
ATIVIDADE HORMONAL
Ação hormonal: iniciada pela interação do hormônio com receptores específicos presentes nas
células alvo.
O controle endócrino é feito através de “Feed Back”, indicando Indução (Feed Back +) e Inibição
(Feed Back -).
O sistema neuroendócrino possui sensores ou mecanismos de detecção dos efeitos biológicos dos
hormônios = feed back (+ ou -);
75
MECANISMO DE AÇÃO
Ele migra para o núcleo da célula, porque lá está o material genético, se liga no DNA da célula para
que ela entenda qual a mensagem que o hormônio está levando.
Então acontece a síntese de RNAm que traduz a mensagem do hormônio, sai do núcleo, age no
ribossomo e sintetiza proteínas.
Se o receptor for no núcleo, o hormônio não precisa fazer a migração, ele se liga ao receptor, faz o
complexo Hormônio + Receptor e já se liga ao DNA dando continuidade até produzir o efeito
biológico.
O Hormônio Hidrossolúvel só pode se ligar ao receptor da membrana, então ele vai precisar de um
2º mensageiro que tem as seguintes funções:
76
Na região de membrana, próximo ao receptor, existe a Proteína G que faz a percepção do hormônio
com o receptor. Proteínas G são compostas de 3 subunidades (alfa, beta e gama), estimulam ou
inibem a atividade da adenil ciclase (dependendo do hormônio percebido pelo receptor de ativação
ou inibição).
Após se ligar ao receptor, o hormônio hidrossolúvel (proteico) libera a enzima Adenil Ciclase que
pega um ATP, tira dois grupos Fosfato (P) e sintetiza o AMP cíclico (2º mensageiro).
O AMPc ativa a Proteína Quinase (ele modifica a proteína que estava inativa tornando-a ativa).
77
• AMPc
• GMPc
• Íons de CA²⁺ (Cálcio)
• Derivados de fosfolipídeos
O AMPc é o mais comum porque vem do ATP que está presente em abundância em todas as células.
A presença do AMPc nas células irá provocar alterações na atividade de determinadas enzimas e, por
consequência, a modificação do metabolismo que constitui a resposta celular ao estímulo hormonal.
A transdução de sinal dos hormônios que utilizam cAMP como 2º mensageiro depende de 4
proteínas presentes na membrana plasmática:
• Hormônio proteico
• Receptor
• Proteína G
• Enzima Adenil Ciclase
CARACTERÍSTICAS DO 2º MENSAGEIRO
Cada sítio morfológico do organismo tem um PH, e cada célula age em um PH específico.
- Ácido: substância que tem como facilidade doar Hidrogênio (representado por H).
- Base: substância que tem como facilidade captar Hidrogênio (representado por OH).
- H₂O: molécula mais estável da natureza, para cada H tem uma Base.
78
O Tecido Muscular é formado por Proteínas e H₂O.
60% do peso vivo de um animal adulto são de água, de neonatos são 75%.
Ácido:
Ionização alta: alta capacidade de doação de prótons = ácidos fortes (HCl, H2SO4, HNO3).
Ionização baixa: baixa capacidade de doação de prótons = ácidos fracos (ác. AcéQco, propiônico e
láQco).
- Estômago → PH ácido
SISTEMA TAMPÃO
Os sistemas tampão reduzem as variações no pH de soluções nas quais ocorrem mudanças na
concentração de ácidos ou de bases.
No organismo animal esse evento é de suma importância, uma vez que o pH do meio pode afetar a
interação iônica entre as biomoléculas = mecanismo rigoroso de controle.
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• Sistema Tampão Fosfato – Intracelular: depende do fosfato para manter o equilíbrio do PH
dentro da célula.
• Sistema Tampão Bicarbonato – extracelular: Importante para manter o PH contínuo e
constante. Ex. lúmen do intestino delgado, na saliva tem tamponantes naturais
(bicarbonato).
Existem dois sistemas do organismo que tem como função excretar resíduos do metabolismo celular:
• Sistema Renal: elimina os resíduos que não podem ser eliminados na forma de gases. Sai da
célula, vai para a corrente sanguínea, é filtrado pelo rim e sai pela urina.
• Sistema Respiratório: os gases estão na corrente sanguínea em forma de ácidos, o CO₂ toma
a forma de ácido carbônico, sua concentração é mensurada pela pressão de CO₂.
CICLO DE CORI
Interconversão cíclica de Lactato em Glicose. O lactato não pode ficar na célula, então vai para o
fígado para sofrer Gliconeogênese.
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