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Preparatória Santa Isabel.

Formador: Félix Panzo - 946930614

INTRODUÇÃO
O ramo das ciências naturais que estuda a química da vida- Bioquímica- tem
revelado não só a existência de milhares e milhares de substâncias diferentes em uma
única célula, como também a intrincada rede de reacções químicas das quais elas
participam.

Se considerarmos a variedade de moléculas reunidas no espaço microscópico


ocupado por uma célula, concluiremos que os seres vivos são os entes mais complexos
do universo conhecido.

A bioquímica pode ser definida como o estudo dos processos químicos que
ocorrem dentro de organismos vivos ou que estão relacionados a eles. Tratam da
estrutura e função metabólica de componentes celulares como proteínas,
carboidratos, lipídios, ácidos nucleicos e outras biomoléculas. Serve para entender e
resolver problemas biológicos usando conhecimentos agregados de química, fisiologia
e biologia. Assim, ao pensar em bioquímica você deve lembrar de reações, vias
metabólicas, moléculas, etc.

A vida na terra baseia-se essencialmente no elemento carbono, que constitui a


estrutura básica de todas as moléculas orgânicas. Nestas, geralmente, há átomos de
carbono unidos em sequência, formando cadeias carbônica, com dezenas, centenas
ou mesmo milhares de átomo. A essas cadeias carbônicas ligam-se átomos de outros
elementos químicos, como hidrogênio, oxigênio e nitrogênio.é a versatilidade do
carbono que torna possível a existência de grande variedade de moléculas orgânicas.
Dentre os diversos tipos de biomoléculas, muitas são moléculas grandes e complexas
(polímeros), longas cadeias formadas pela reunião de unidades fundamentais
(monômeros). Cada tipo de biomolécula polimérica apresenta unidades fundamentais
diferentes.

Principais substâncias presentes na matéria viva

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1. CARBOIDRATOS
Carboidratos, também conhecidos como hidratos de carbono, glícidios ou
açúcares são compostos formados por C, H e O que, em sua maioria, seguem a
fórmula Cn(H2O)n, ou seja, são poliidroxialdeídos ou poliidroxicetonas ou, então,
substâncias que, por hidrólise, liberam estes compostos .
CLASSIFICAÇÃO DOS CARBOIDRATOS
Os Glícidios podem ser classificados, de acordo com o tamanho e a organização de
sua molécula, em três grupos: monossacarídios, dissacarídeos e polissacarídios.
Monossacarídios são os glicídios mais simples, que apresentam entre 3 a 7
átomos de carbono. O nome desses açúcares recebe o sufixo Ose.

 Quanto ao número de carbonos:


 Trioses (gliceroaldeído)
 Tetroses (eritrose, treose)
 Pentoses (ribose, arabinose, xilose);
 Hexoses (glicose, manose, galactose, frutose)

 Quanto ao grupo funcional:


Aldoses (aldeído), chamados de poliidroxialdeidos e cetoses (cetona) chamados
de poliidroxicetonas
Monossacarídios de importancia biológica:
Ribose: matéria-prima necessária à produção de ácidos
PENTOSE ribonucleico (RNA);
Desoxiribose: matéria prima necessária à produção de
Ácido desoxirribonucleico (DNA).

Glicose: é a molécula mais usada pela a célula na obtenção de


energia. Fabricada através da fotossíntese, é a ambundante em
vegetal e no mel;
HEXOSE
Frutose: desempenha papel fundamentalmente energético;
Galactose: um dos monossacarídeos componentes da
lactose do leite; também tem papel energético

Dissacarídios: são constituídos pela união de dois monossacarídeos. Se unem


pela ligação glicosídica.

DISSACARÍDEO COMPOSIÇÃO FONTE


MALTOSE GLICOSE + GLICOSE Cereais
SACAROSE GLICOSE + FRUTOSE Cana de açúcar
LACTOSE GLICOSE + GALACTOSE Leite

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Polissacarídios: são macromoléculas formadas pela união de vários


monossacarídeos

Polissacarídeos Função e Fonte


Glicogênio Açúcar de reserva energética de animais e fungos

Amido Açúcar de reserva energética de vegetais e algas

Celulose Função estrutural. Compõe a parede celular das células


vegetais e algas

Quitina Função estrutural. Compõe a parede celular de fungos e


exoesqueleto de artrópodes

A ligação química em que dois ou mais sacarídeos se ligam com liberação de


água para o meio é a ligação glicosídica. E a forma mais estável de muitos carboidratos
com mais de 5 carbonos em solução é a forma cíclica (formação de anel
intramolecular)
FUNÇÃO DOS CARBOIDRATOS
Os carboidratos exercem diversas funções biológicas importantes, dentre as
quais pode ser destacar:

a) fonte energética: o primeiro composto orgânico a ser oxidado pelos organismos


vivos para produzir energia é a glicose, ou seja, os carboidratos em geral são
compostos que fornecem energia imediata para o metabolismo;
b) reserva energética: parte dos carboidratos que não são consumidos são
armazenados nos organismos vivos na forma de glicogênio (nos animais) ou amido
(nas plantas). Quando os níveis de glicose estão baixos no sangue, o corpo promove a
quebra das moléculas do glicogênio (polímero formado pela união de várias moléculas
de glicose) em glicose para geração de energia;
c) estrutural: os carboidratos fazem parte de estruturas de sustentação importantes na
natureza como, por exemplo, a celulose que contribui para a conformação da parede
celular vegetal e a pectina que oferece rigidez às cascas das frutas;
d) integrar outras biomoléculas: os açúcares estão presentes na estrutura de outras
biomoléculas como, por exemplo, na estrutura dos ácidos nucléicos (DNA e RNA);
e) interação célula-célula: as unidades glicídicas nas superfícies das células são
participantes importantes nos processos de reconhecimento de célula a célula. A
fertilização começa com a ligação de um espermatozóide a um sacarídeo específico na
superfície do óvulo.

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2. LÍPIDEOS
O termo lipídio designa alguns tipos de substâncias orgânica cuja principal
característica é a insolubilidade em água e a solubilidade em certos sorventes
orgânicos.
Classificação
São classificados de acordo com a natureza química, enquadrados em 2 grandes
grupos:
 Simples: ácidos gordos, óleos, acilgliceroedes e ceras
 Complexos: fosfolipídios, esteróides, glicolipídeos
Acidos Graxos: são ácidos carboxílicos com cadeias hidrocarbonadas de comprimento
entre 4 a 36 carbonos. Em alguns ácidos graxos, essa cadeia é totalmente saturada, em
outros, a cadeia contém uma ou mais duplas ligações.
Função dos Lípideos
Os lipídios têm várias funções biológicas, dentre as quais pode-se destacar:
a) reserva energética: os lipídios funcionam como uma eficiente reserva de
energia pois, sua oxidação, gera aproximadamente o dobro de energia que os
carboidratos; sempre que o organismo necessita de energia, esta será obtida pela
oxidação de carboidratos e posteriormente pela queima de gordura que está
armazenada.
b) Reguladora: alguns lipídios, como o colesterol, são precursores de
substâncias reguladoras das funções do corpo, como certos hormônios.
c) estrutura : os lipídios compõem parte da membrana celular (as bicamadas
lipídicas) que funcionam como barreira altamente seletivas à entrada de compostos
nas células; o grau de insaturação dos lipídios é responsável pela fluidez da membrana,
ou seja, impede que a membrana celular seja rígida;
d) proteção mecânica: a gordura age como suporte mecânico para certos
órgãos internos e sob a pele de aves e mamíferos, protegendo-os contra choques e
traumatismos;
e) sinalizadores: através de reações químicas alguns lipídios sinalizam, ou seja,
indicam algo no organismo como, por exemplo, as prostaglandinas que são os
sinalizadores químicos da dor nos processos inflamatórios.
f) Isolante Térmico: nos animais, como os mamíferos, o tecido adiposo está
localizado abaixo da pele e funciona como isolante térmico, ajudando a manter a
temperatura corporal.
Alguns Lípideos
- Glicerídeos: podem ser de origem animal, como a gordura presente em carnes,
manteiga e ovos, ou de origem vegetal, como os óleos vegetais, presentes no
azeite de oliva ou no óleo de soja. Os glicerídeos de origem animal são sólidos a
temperatura ambiente, enquanto os de origem vegetal são líquidos. Funções: Isolante
térmico e Reserva energética.

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- Fosfolipídios: constituem as membranas plasmáticas das células de todos os


seres vivos. Cada molécula de fosfolipídios tem uma região hidrofílica (que tem
afinidade com a água) e uma região hidrofóbica (sem afinidade com a água). Essa
característica permite que esses lipídios separem meios aquosos, como o meio intra e
extracelular, pela forma como se posicionam na membrana plasmática. Os lipídios
dispõem-se em uma camada dupla, e as regiões hidrofílicas ficam voltadas para os
meios intra e extracelular (aquosos). As regiões hidrofóbicas voltam-se para o
interior da dupla membrana.

- Cerídeos ou Ceras: são lipídios produzidos por animais e plantas. Nas


plantas, de forma geral, as ceras têm função impermeabilizante. São produzidas e
depositadas na superfície das folhas ou dos frutos para diminuir a perda de água. A
cera produzida pelas abelhas também é formada por lipídios, assim como o cerume
presente nas orelhas de alguns mamíferos. Funções: Contribuem para defesa da planta
contra a desidratação.

- Esteroides: formam um conjunto de substâncias muito variadas. Um exemplo


é o colesterol, lipídio presente em alimentos de origem animal, como carne, leite
e ovos, que faz parte da composição das membranas celulares dos animais. Os
hormônios sexuais, como estrógeno (nas fêmeas) e a testosterona (nos machos)
também são exemplos de esteroides.

Funções: Participam da composição química da membrana das células animais e


atuam como precursor de hormônios sexuais (progesterona e testosterona).

Obs.: No corpo humano, o colesterol pode ter duas origens: exógena (se ingerido
através de alimentos (leite e derivados, ovos e carne em geral)) e endógena (se
fabricado pelo próprio organismo). O fígado não só produz como também
degrada o colesterol, atuando como um órgão regulador da taxa dessa substancia no
sangue.

- Carotenoides: São pigmentos avermelhados e alaranjados produzidos por


seres autótrofos que participam do processo de fotossíntese.

3. PROTEÍNAS

São macromoléculas orgânicas de alto peso molecular constituídas por


unidades ou monômeros denominados aminoácidos.Os aminoácidos estão ligados
entre si por ligações peptídicas. proteínas são de fundamental importância nos
processos biológicos além de serem as moléculas mais diversificadas quanto à sua
forma e função.
Estrutura das Proteínas
 Primária: Linear, aminoácidos mantidos pelas ligações peptídicas
 Secundária: Estrutura helicoidal
 Terciária: Enovelamento da estrutura helicoidal

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 Quaternária: Agregação de duas ou mais cadeias polipeptídicas enoveladas

Desnaturação das Proteínas

A Desnaturação proteica Se dá pela modificação da forma tridimensional da


proteína. A proteína modificada não exerce sua função. Factores que provoca a
desnaturação proteica:
1. Temperaturas elevadas
2. Mudanças de pH
3. Detergentes químicos
4. Solventes orgânicos

FUNÇÃO DAS PROTEÍNAS


As principais características das proteínas são:
a) catálise enzimática: a maioria das reações químicas nos organismos vivos são
catalisadas por enzimas que tem a função de aumentar a velocidade dessas reações
fazendo com que ocorram em tempo, velocidade e pH adequados. A anidrase carbônica
é um exemplo de enzima que catalisa a hidratação do CO2 no processo de troca gasosa
do organismo com o meio exterior;
b) transporte e armazenamento: muitas moléculas pequenas ou íons são transportados
por proteínas específicas a diversas partes do corpo como a hemoglobina que
transporta O2 do pulmão aos tecidos;
c) movimento coordenado: as proteínas são o principal componente do músculo sendo
que a contração muscular é levada a efeito pelo movimento deslizante de dois tipos de
filamentos protéicos;
d) sustentação mecânica: a estrutura de certas proteínas, como o colágeno (proteína
fibrosa), dá alta força de tensão e sustentação à pele e aos tecidos;
e) proteção imunológica: os anticorpos são proteínas altamente específicas que
reconhecem e se combinam com substâncias estranhas tais como vírus e bactérias,
destruindo-os;
f) geração e transmissão de impulsos: a resposta das células nervosas a estímulos
específicos é feita através de proteínas receptoras, como a rodopsina que é a proteína
sensível à luz nos bastonetes da retina.

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4. AS ENZIMAS

As enzimas são proteínas que actuam como catalizadores biológico, catalizam


reacções química diferentes no organismo(existem também enzimas constituídas de
RNA, as ribozimas). Como proteínas, elas são moléculas grandes, constituídas de 20 aa.
Diferentes. Como catalisadoras, elas aceleram as reações químicas, sem serem
destruídas no processo. As enzimas além de catalisadoras são seletivas, são altamente
específicas para determinada reação ou Substrato. Sua concentração celular e sua
atividade podem ser reguladas, permitindo o ajuste a diferentes condições fisiológicas.
A ligação com o Substrato dá-se apenas em uma região específica e pequena da
enzima. Esta região a qual o Substrato se liga é chamada de CENTRO ATIVO ou Sítio
Ativo da enzima. Uma molécula para ser aceita como Substrato deve ter a forma
espacial adequada para encaixar-se no centro ativo e grupos químicos capazes de
estabelecer ligações precisas com os radicais do centro ativo.
Modelo de chave-fechador: A grande especificidade das enzimas é explicada pelo
fato de elas se encaixarem perfeitamente aos seus substratos, como uma chave se
encaixa à sua fechadura. O encaixe com a enzima facilita a modificação dos substratos,
originando os produtos da reação. Estes se libertam da enzima, que pode atuar
novamente. Assim, as enzimas catalisam as reações químicas sem sere, consumidas e
sem sofrer alterações moleculares.

Em algumas reações enzimáticas, as moléculas de substrato são quebradas em


moléculas menores. É o que ocorre, por exemplo, quando moléculas de amido
presentes no alimento são atacadas por moléculas da enzima ptaialina, ou amilase
salivar, presente na saliva. A ptialina catalisa a quebra (hidrólise) da molécula de
amido, liberando moléculas do dissacarídio chamado maltose. Talvez você já tenha
notado que, ao mastigar um pedaço de pão por muito tempo, ele começa a adquiriu
sabor adocicado. Essa mudança deve-se a quebra do amido, que leva à produção de
maltose, um glicídio de sabor doce.
Em certos casos as enzimas favorecem a união de moléculas, formando moléculas
maiores. Elas també, favorecem a trasformação de uma substância em outra, pela
modificação de ligação entre seus átomos. Todos esses tipos de reação química
ocorrem continuamente no interior de qualquer organismo vivo.

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4.3 Classificação das enzimas

Quanto a sua composição as enzimas podem ser classificados em:

1) Simples (formada apenas por aminoácidos)


2) Conjugadas (formada por uma parte proteíca e outra não protéica)
- Parte protéica = apoenzima
-Parte não protéica= Co-factor (Íons metálicos, se for substância orgânica será
chamado de coenzima)
Apoenzima (inativa) + Co-fator(inativa) = Holoenzima (Ativa)
A nomenclatura das enzimas costuma utlizar o nome do substrato acrescido do
sufixo ase; por exemplo, o ácido ribonucleico (substrato) é hidroliado por uma enzima
que recebeu o nome de ribonuclease. Contudo existe enzimas que são conhecidas por
nomes que não seguem essa regra como a pepsina e a tripsina.
De acordo com a International Union of Biochemistry (IUB), as enzimas são
agrupadas em 6 classes funcionais:
A actividade de muitas enzimas é inibida por certos tipos de substância
química. A Inibição pode ser: Irreversível.- levando à inativação definitiva da molécula
enzimática. Ou reversível- quando a enzima volta a funcionar.
Factores que influenciam a actividade enzimática: Entre os factores que afetam a
actividade enzimática, chamam a atença: temperatura, concentração do substrato e
presença de ativadores ou inibidores que alteram a velocidade de atuação das
enzimas.
1º Temperatura: A temperatura é um fator importante na atividade das enzimas.
Dentro de certos limites, a velocidade de uma reação enzimáticas aumenta com a
elevação da temperatura. Entretanto, a partir de determinada temperatura, a
velocidade da reação enzimática diminui acentuadamente.Porém, há um pico máximo
de temperatura para o aumento de energia cinética que, quando ultrapassado, altera a
forma ideal das enzimas, pois desfaz as suas ligações e provoca desnaturação da sua
parte proteica. Em geral, a temperatura ideal para as enzimas em humanos é a
temperatura corporal fisiológica (aproximadamente 37,5°C).
2º pH: Assim como a temperatura muito elevada, o pH fora do ideal gera ruptura de
ligações intra e intermoleculares das enzimas, causando perda de efetividade. Por isso,
cada enzima possui uma faixa de pH ideal para a sua ação de catalisador, como por
exemplo, as enzimas gástricas que atuam em pH ácido e as enzimas duodenais que
atuam em pH básico.
3º Concentração da enzima e do reagente.
A maior concentração de enzima e maior concentração do reagente aumentam a taxa
em que a reação ocorre. Porém, no caso do reagente, a partir de um determinado

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ponto o aumento em sua concentração não altera mais a taxa de ocorrência da reação
devido à saturação dos sítios ativos das enzimas.

4º Inibição enzimática: Algumas substâncias reduzem ou mesmo cessam a atividade


catalítica das enzimas porque bloqueiam ou distorcem o sítio ativo das enzimas,
produzindo inibição das reações.
TIPOS DE INIBIDORES
a) Competitivos. São aqueles que se ligam exclusivamente à enzima livre. Esses
inibidores impedem a ligação da enzima com o reagente quando estão ligados a ela.
São assim denominados porque impedem que interações inibidor-enzima e reagente-
enzima ocorram ao mesmo tempo.
b) Não competitivos. Fazem ligação tanto com a enzima livre quanto com o complexo
reagente-enzima. Esses inibidores modificam o formato da enzima, o que prejudica a
sua atividade, mas não impedem a interação reagente-enzima.

5. Ácidos Nucleicos

Os ácidos nucleicossão moléculas orgânicas relacionados com armazenamento e a


transmissão de características hereditárias ao longo das gerações, além de comandar e
controlar todas as atividades das células. Eles estão presentes em todos os seres vivos
e são substâncias complexas, formadas pela repetição de um grupo de moléculas
menores, os nucleotídeos.
Cada nucleotídeo é constituído de um grupo fosfato (ácido fosfórico), uma
molécula de açúcar e uma de base nitrogenada. O fosfato possui fósforo e oxigênio na
sua composição. Os açúcares são pentoses.As bases nitrogenadassão substâncias que,
além do oxigênio e do hidrogênio (característica geral das bases), possuem também o
nitrogênio.

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Existem cinco tipos de bases nitrogenadas, classificadas como púricas ou


pirimídicas, de acordo com sua estrutura: bases púricas– adenina (A) e guanina (G);;
bases pirimídicas– citosina (C), timina (T) e uracila (U).
São dois os tipos de ácidos nucleicos: ácido desoxirribonucleico(DNA) e ácido
ribonucleico(RNA).
DNA é a sigla de ácido desoxirribonucleico, formada a partir do termo em
inglês: DeoxyriboNucleic Acid. Em português, a sigla ficaria ADN. No DNA estão
codificadas as informações genéticas que controlam praticamente todos os processos
celulares. Essas informações são transmitidas de uma geração para a próxima. O
DNA tem a capacidade de duplicar sua molécula em um processo chamado de
replicação.
RNA é a sigla de ácido ribonucleico, do inglês RiboNucleic Acid. Em português
seria ARN.O RNA, de forma geral, é responsável pela expressão das informações
contidas no DNA, atuando na produção de proteínas. As moléculas de RNA são
produzidas de moléculas de DNA pelo processo de transcrição. O nome desses dois
tipos de ácidos nucleicos deriva da pentose que ocorre em cada um deles. O açúcar
presente no nucleotídeo do DNA é a desoxirribose; já o açúcar que se encontra no RNA
é a ribose. DNA e RNA também podem ser diferenciados, em sua composição química,
pelas bases nitrogenadas. Citosina, guanina e adenina ocorrem em todos os ácidos
nucleicos; a timina ocorre no DNA e não no RNA; a base que ocorre no RNA e não no
DNA é a uracila.
Além dessas diferenças, o RNA é constituído de uma cadeia simples e o DNA
possui dois filamentos emparelhados entre si, formando uma estrutura em dupla-
hélice. A sequência e o número de nucleotídeos que compõem cada fita do DNA e do
RNA podem variar.

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Diferenças entre DNA e RNA

Dogma Central
O fluxo da informação genética do DNA produzindo uma proteína ou RNA é
conhecido como o dogma central da informação genética. O dogma central da
informação genética foi proposto por Francis Crick em 1957, quatro anos após ele e
James Watson ter elucidado a estrutura tridimensional do DNA. O Fluxo da informação
genética envolve três etapas: replicação, transcrição e tradução.
– Replicação. É o processo em que uma fita de DNA é copiada, ou duplicada.
Ocorre antes da divisão celular, de forma que as duas células filhas possam herdar esta
informação, preservando-a. A replicação ocorre no núcleo da célula.
– Transcrição: É o processo em que a informação contida na molécula de DNA é
transcrita na forma de RNA. O produto da transcrição é o RNA mensageiro (mRNA).
Esse processo ocorre no núcleo da célula.
– Tradução: É o processo em que a informação contida na molécula do RNA é
traduzida na forma de uma cadeia polipeptídica ou um RNA. Esse processo ocorre nos
ribossomos.

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