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BIOLOGIA

ROTEIRO DE ESTUDO
O roteiro a seguir mostra claramente o que vo-
cê deve aprender em cada capítulo. Siga-o e terá um
grande aprendizado.

1ª ETAPA

Citologia – bioquímica
- Distinguir e caracterizar substâncias orgâni-
cas e inorgânicas.
- Compreender os diferentes níveis de organi-
zação das proteínas e suas atividades.
- Reconhecer as estruturas dos ácidos nucléi-
cos: DNA e RNA, assim como compreender os me-
canismos que os envolvem.
Organização Celular
- Diferenciar célula eucariótica e procariótica.
- Reconhecer as organelas citoplasmáticas e
suas funções na célula.
Citologia – núcleo e divisão celular
- Compreender a estrutura do núcleo celular.
- Definir e explicar o ciclo celular: o preparo
da célula que o antecede e os mecanismos em se-
qüência.
- Distinguir mitose e meiose.
Ecologia I – conceitos gerais
- Compreender conceitos como população,
comunidade, ecossistema, biosfera, habitat e nicho
ecológico.
- Compreender a dinâmica da cadeia alimentar
e aplicar em diferentes situações.
- Reconhecer fluxo de matéria e fluxo de ener-
gia, mecanismos integrantes da cadeia alimentar.
- Utilizar pirâmides ecológicas para representar
cadeias alimentares.
Ecologia II
- Definir e caracterizar as diferentes relações
ecológicas estabelecidas entre os indivíduos, sejam
eles da mesma espécie ou de espécies diferentes.
- Compreender a dinâmica de populações, as-
sim como os fatores que nela influenciam.
- Caracterizar uma população por meio da aná-
lise de seu crescimento populacional.
- Reconhecer os fatores que influenciam no
crescimento populacional.
Ecologia III
- Reconhecer e explicar os ciclos da água, do
carbono, do oxigênio e do nitrogênio, assim como os
fatores que os influenciam.
- Compreender os desequilíbrios ambientais
ocorrentes na vida moderna.
- Definir e explicar sucessão ecológica, seus
estágios e sua classificação.
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CITOLOGIA
Água (H2O)
BIOQUÍMICA Substância mais abundante no organismo, a
água equivale a cerca de 60-70% (quantidade relati-
1. INTRODUÇÃO va) do peso do corpo humano. As quantidades podem
variar em função de inúmeros fatores, entre eles: ati-
Os seres vivos apresentam uma grande diver- vidade metabólica do tecido, idade do organismo e
sidade e é possível distingui-los da matéria bruta de- tipo de organismo.
vido a algumas características básicas: metabolismo,
Sais minerais
material genético, reprodução, excitabilidade e cres-
cimento. Há três maneiras básicas de apresentação dos
 Metabolismo: conjunto de reações quími- íons nos seres vivos. Encontraremos estes na forma
cas que ocorrem no organismo. As reações iônica (ex.: Mg+) imobilizados no esqueleto (ex:
que envolvem síntese de substâncias consti- CaCO3 - Tecido ósseo) ou combinados com molécu-
tuem o anabolismo e as reações que envol- las orgânicas (ex.: Cobalto, na vitamina B12).
vem a degradação de substâncias 3. SUBSTÂNCIAS ORGÂNICAS
constituem o catabolismo.
 Material genético: a maioria dos organis- Carboidratos
mos possui a molécula de DNA como de- São substâncias formadas por carbono(C), hi-
tentora da informação genética. O fato de drogênio(H) e oxigênio(O). Também são chamadas
os seres vivos terem a informação codifica- de hidratos de carbono, ou glúcides, ou glicídos.
da em uma molécula capaz de autoduplica- Classificação dos Carboidratos
ção é fundamental à ocorrência de  Monossacarídeos: moléculas de carboidra-
reprodução. O material genético possui tos simples (não sofrem hidrólise), forma-
também a vantagem de não ser estático; su- das segundo a fórmula geral Cn(H2O)n, onde
as transformações, as mutações, constituem n representa o número de átomos de carbo-
fator essencial à ocorrência da evolução no, que varia entre 3 e 7. Podem ser cha-
dos seres vivos, devido à possibilidade de mados de trioses, tetroses, pentoses,
surgimento aleatório de novos genes. hexoses e heptoses, de acordo com o núme-
 Reprodução: na reprodução sexuada, a ro de átomos de carbono.
troca de material genético entre organismos Exemplos de monossacarídeos:
leva à produção de prole variada, o que é Glicose: monossacarídeo do tipo hexose, é um
vantajoso para a evolução dos organismos. carboidrato com função energética, produzido pelos
Já, na reprodução assexuada, não há troca vegetais através da fotossíntese.
de material genético e, conseqüentemente,
os organismos produzidos são geralmente Frutose: monossacarídeo do tipo hexose, é um
idênticos àqueles que os produziram. carboidrato com função energética, encontrado em
 Crescimento: os seres vivos crescem por frutas.
transformações da matéria absorvida, o que  Dissacarídeos:
leva ao crescimento por aumento do volu- Os dissacarídeos são formados por 2 moléculas
me celular ou aumento do número de célu- de monossacarídeos (monossacarídeo + monossaca-
las. rídeo). Ao sofrerem hidrólise, geram monossacarí-
Os seres vivos apresentam uma composição deos.
química muito complexa. Na sua organização celular, Principais dissacarídeos:
consideraremos dois grandes grupos de substâncias: Maltose (glicose + glicose): encontrada em ce-
as orgânicas e as inorgânicas. Estas variam em quali- reais.
dade e quantidade em função do metabolismo a que Lactose (glicose + galactose): encontrada no
cada tipo se destina. leite.
Sacarose (glicose+frutose): encontrada na ca-
2. SUBSTÂNCIAS INORGÂNICAS na-de-açúcar.
Compreende o grupo de substâncias que não  Polissacarídeos:
apresentam o carbono como elemento principal da São cadeias formadas pela união de vários mo-
molécula. nossacarídeos (polímeros de oses).
Principais polissacarídeos:
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Amido: reserva energética dos vegetais. Nos vegetais, as gorduras ficam armazenadas
Celulose: presente no tecido vegetal, apresenta em sementes ou em frutos, o que representa uma ca-
função estrutural. racterística adaptativa interessante, pois essas estrutu-
Glicogênio: reserva energética animal. ras compactas contêm grande quantidade de energia,
Lipídios empregada pelo embrião durante seu desenvolvimen-
São ésteres (ácido graxo + álcool) insolúveis to ou por muitos animais que se alimentam de frutos
em água, mas que degradam-se em meio a solventes e de sementes. Sendo estruturas relativamente peque-
orgânicos como álcool, clorofórmio, benzina etc. A- nas, as sementes e os frutos podem ser levados para
tuam como eficiente reserva energética, pois rendem locais distantes da planta mãe – o que se chama dis-
mais do que duas vezes a energia por grama do que persão - facilitando a ocupação de territórios. Os a-
os carboidratos. Também atuam como importantes nimais colaboram para esse transporte quando
componentes estruturais das células, especialmente comem os frutos e esparramam as sementes.
da membrana celular. Proteínas
Classificação dos Lipídios: São macromoléculas orgânicas formadas por
 Lipídios Simples: unidades (monômeros) denominadas aminoácidos.
a) Glicerídeos (óleos e gorduras). Composição Cada aminoácido é formado por um grupo carboxila,
básica: álcool de cadeia curta (glicerol + ácido gra- um grupo amina e uma porção variável da molécula
xo). São conhecidos como “triglicerídeos”. denominada radical.
b) Cerídeos (ceras). Composição básica: álcool
de cadeia longa.
Rn Radical
 Lipídios Compostos (Conjugados):
Encontram-se associados a outras substâncias.
Exemplo: fosfolipídios (lecitina, esfingomieli-
na, cefalina). H2N C COOH
 Esteróides:
Composição básica: álcoois de cadeia fechada
(ex.: colesterol + ácido graxo). São esteróides: hor- Amina Carboxila
mônios sexuais masculinos e femininos, hormônios H
corticais supra-renais (ex.: corticoesteróides), vitami- Estrutura de um aminoácido

na D, os sais biliares e o colesterol.


A combinação entre os aminoácidos se dá por
Armazenar gorduras ou amido? ligação peptídica, em que o grupo amina de um a-
Estocar substâncias ricas em energia é uma minoácido liga-se ao grupo carboxila de outro ami-
propriedade importante dos seres vivos. Cada grama noácido. Observe:
de gordura libera mais de duas vezes a quantidade de
energia liberada pela mesma massa de amido. Em
H H
termos de armazenagem, os vegetais armazenam a- H H H H N O
mido, enquanto os animais estocam gorduras.
=

N O H N O H C C H +HOH
Na fotossíntese, as plantas produzem molécu- H C C +H C C C N
las de glicose e a produção do amido, a partir delas, H OH H OH H O
exige um equipamento enzimático relativamente H C C C
simples. Como o gasto energético das plantas não é H H OH
tão elevado quanto o dos animais, já que são relati- Ligação peptídica
vamente imóveis, o fato de haver menos trabalho me-
tabólico favoreceu a armazenagem de amido no Um total de somente 20 aminoácidos compõe
processo evolutivo dos vegetais. todas as proteínas de todos os seres vivos. Um dos
Os animais, por sua vez, gastam muita energia principais fatores que caracterizam esses polipeptí-
na locomoção e devem carregar consigo seu estoque deos é o arranjo (ordem, tipo e número) dos aminoá-
de energia. Armazenar gorduras representa diminui- cidos que os constituem. Esse arranjo é determinado
ção da massa a ser transportada, com menor gasto pela ação dos ácidos nucléicos.
energético. Existem dois tipos básicos de aminoácidos, os
A capacidade de estocagem de carboidratos naturais e os essenciais. Os primeiros são sintetiza-
pelos animais é pequena, restringindo-se aos múscu- dos pelo organismo e os últimos, por não serem sinte-
los e ao fígado, na forma de glicogênio. tizados no organismo, devem estar incluídos na dieta.
A classificação de aminoácido essencial e natural é
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variável entre os organismos, o que significa dizer  Estrutura terciária e quaternária: as ca-
que se um aminoácido é essencial para o homem, po- deias protéicas podem dobrar-se, formando
de ser natural para um cão, por exemplo. a estrutura terciária de natureza globular. A
As proteínas são classificadas da seguinte for- maioria das proteínas com atividade bioló-
ma: gica possui forma globular. Muitas proteí-
 Simples⇒ moléculas formadas exclusiva- nas são formadas por mais de uma cadeia
mente por aminoácidos. polipeptídica, sendo esse nível de organiza-
 Conjugadas⇒ apresentam um grupamento ção denominado estrutura quaternária. São
prostético, que é uma porção não protéica exemplos de proteínas globulares:
da molécula. Exemplos: nucleoproteínas  Hemoglobina;
(grupo prostético é um ácido nucléico), gli-  Mioglobina;
coproteínas (grupo prostético contém polis-  Hemocianina;
sacarídeos), lipoproteínas (grupo prostético  Enzimas;
contém lipídios), metaloproteínas (grupo  Proteínas da membrana.
prostético é um metal) .
Níveis de Organização das Proteínas
 Estrutura primária: refere-se à seqüência
linear de aminoácidos em uma cadeia poli-
peptídica. Cada tipo de proteína (cadeia po-
lipeptídica) possui uma seqüência particular
de aminoácidos.

ALA Estrutura terciária

GLY Atividade Biológica das Proteínas


 Defesa: anticorpos, ou imunoglobulinas,
LEU
são moléculas de natureza protéica, produ-
VAL zidas por células (glóbulos brancos ou leu-
cócitos) especiais denominadas
LYS plasmócitos.
 Estrutural: proteínas fibrosas, como o co-
LYS lágeno e a queratina. O colágeno é uma
proteína animal, encontrada em abundância
GLY em ossos, tendões, cartilagens. A queratina
também é uma proteína animal, encontrada
HIS
na pele, bicos, unhas e pêlos. Actina e mio-
Estrutura primária sina são proteínas encontradas em fibras
musculares e relacionadas à dinâmica da
contração muscular.
 Estrutura secundária: a estrutura secundá-  Hormonal: alguns hormônios, como o glu-
ria mais comum é a alfa-hélice, que se as- cagon e a insulina, são de natureza peptídi-
semelha a uma escada em espiral. A ca (protéica).
estrutura rígida da espiral é mantida às cus-  Enzimática: as enzimas são proteínas glo-
tas de pontes de hidrogênio. bulares que atuam como catalisadores bio-
lógicos, ou seja, atuam diminuindo a
energia de ativação necessária à ocorrência
de uma reação química. Os catalisadores
não são consumidos durante a reação, sen-
do, por isso, eficientes em doses pequenas.
A ação enzimática baseia-se em uma pro-
priedade denominada especificidade, ou
seja, uma enzima possui um ou mais cen-
Estrutura secundária:
tros ativos aos quais o substrato (substân-
Alfa hélice cia sobre a qual atua a enzima) combina-se
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para que seja exercida a ação catalítica. Es- Observe os gráficos a seguir :
sa relação entre a enzima e seu substrato é
chamada de efeito chave-fechadura. Pelo
Velocidade máxima
que foi exposto, é fácil concluir que a ativi-
dade enzimática depende fundamentalmen-
te da forma espacial da molécula da Velocidade da
enzima. Modificações na forma dessa mo- reação
lécula, como as que ocorrem na desnatura- Temperatura
ção, inativam as enzimas. ótima

E1 Temperatura
A B A E2 produtos

A B
Velocidade máxima
E3
Especificidade enzimática: efeito chave-fechadura. (A)=enzima (B) substrato
Velocidade da
reação
A estrutura terciária da cadeia protéica de uma
enzima é mantida por pontes de hidrogênio entre os pH
grupos R dos aminoácidos em voltas adjacentes da ótimo
cadeia e por interações entre os vários grupos R dos
aminoácidos. Na desnaturação protéica, há o rom- pH
pimento dessas ligações, o que resulta em perda da
forma e, conseqüentemente, da atividade biológica da
proteína. A desnaturação pode ocorrer por alterações Velocidade máxima
no meio, tais como aumento da acidez ou aumento da Velocidade da
temperatura. A coagulação da clara do ovo é um bom reação
exemplo de desnaturação protéica. Em geral, os or-
ganismos não vivem em ambientes com temperaturas
muito altas, pois a desnaturação de suas enzimas in-
viabiliza o metabolismo celular. Concentração do substrato
Algumas enzimas necessitam, para exercerem
sua atividade biológica, de co-fatores, que podem ser
um íon ou uma molécula (coenzima). O complexo Inibidores Enzimáticos
formado pela enzima (apoenzima) e seu co-fator é
Existem substâncias capazes de impedir a ação
chamado de holoenzima.
de uma enzima. São chamados inibidores enzimáti-
O nome das enzimas é formado geralmente pe-
cos. Uma enzima “reconhece” seu substrato porque
la adição do sufixo ase à raiz de nome do substrato.
se liga ao seu centro ativo. Se outra molécula, com
Exemplos:
estrutura espacial semelhante à de seu substrato, li-
Amilase⇒ catalisa a hidrólise do amido. gar-se a ela, a enzima poderá ser desativada temporá-
Sacarase⇒ catalisa a hidrólise da sacarose. ria ou definitivamente.
Fatores que Interferem na Atividade Muitos dos inibidores enzimáticos competem
Enzimática com o verdadeiro substrato pela ligação com o centro
 Temperatura: a atividade enzimática é ativo. Há venenos que exercem sua ação tóxica dessa
inativada pelo calor, sendo que temperatu- maneira. Por exemplo: algumas plantas em decompo-
ras de 50 a 60 ºC inativam a maioria das sição geram dicumarol, cuja molécula é semelhante à
enzimas. Essa inativação é irreversível. Ge- da vitamina K.
ralmente as enzimas não são inativadas a- Olhando a molécula inteira, é possível saber de
pós o congelamento, mas sua atividade qual molécula se trata, mas, embora sejam um pouco
reduz-se bastante a baixas temperaturas. diferentes, ambas podem ligar-se a certas enzimas.
 pH: as enzimas são sensíveis às alterações As enzimas são “enganadas” pela semelhança.
no pH: alterações de acidez ou alcalinidade Se um animal ingerir esta substância, ela irá
no meio em que a reação está ocorrendo. competir com a vitamina K pela ligação com as en-
 Concentração do substrato. zimas que participam da produção da protrombina,
proteína indispensável para a coagulação do sangue.

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Como conseqüência, poderão ocorrer hemorragias O DNA: Ácido Desoxirribonucléico


graves. O DNA é a molécula responsável por conter a
Algumas drogas antimicrobianas, como as sul- informação genética. Essa molécula é formada por
fas, também são inibidores enzimáticos. Elas “enga- dois filamentos dispostos em forma de hélice no es-
nam” as enzimas bacterianas responsáveis pela paço (modelo de Watson e Crick), conforme mostra a
produção do ácido fólico, componente indispensável figura abaixo.
para a reprodução das bactérias.
2
Fospato

Sulfa
PABA

Ação de um inibidor enzimático


3
base pentose
Ácidos Nucléicos: a vida em código 1 (1) Fosfato
Modelo de DNA proposto por J. Watson e F. Crick: dupla hélice (2) Pentose
As moléculas de ácidos nucléicos situam-se (3) Base
entre as maiores encontradas na célula. Recebem a
denominação DNA (ácido desoxirribonucléico) e Observe que, na molécula de DNA, os nucleo-
RNA (ácido ribonucléico). Essas grandes moléculas tídeos de uma mesma fita ligam-se através dos gru-
são formadas por unidades menores, denominadas pos fosfato e que os nucleotídeos de fitas
nucleotídeos, sendo, por isso, denominadas molécu- complementares ligam-se através de pontes de hidro-
las polinucleotídicas. gênio que se estabelecem entre as bases nitrogenadas.
Estrutura dos ácidos nucléicos (nucle- A ligação entre as bases ocorre entre adenina e timina
otídeos) (duas pontes de hidrogênio), citosina e guanina (três
Cada nucleotídeo é formado por um grupo fos- pontes de hidrogênio). Dessa forma, em uma molécu-
fato, uma pentose (carboidrato) e por uma base nitro- la de DNA, a porcentagem de adenina deve ser igual
genada púrica: adenina(A) ou guanina(G) ou uma à de timina, bem como a porcentagem de citosina de-
base nitrogenada pirimídica: citosina(C), timina(T) e ve ser igual à de guanina.
uracila(U).
Observe a figura abaixo: P P P P P
Fosfato

Fosfato Cadeia
D D D D
polinucleotídea

C C
A A
Base
Carboidrato Nitrogenada Pontes de
Bases
(pentose) nitrogenadas Hidrogênio
Nuleotídeo: unidade de ácido nucléico G G
T T

 O fosfato é uma estrutura comum ao DNA D D D D


e ao RNA.
 A pentose dos nucleotídeos de DNA é a de-
soxirribose, enquanto que, no RNA, os nu- P P P P P
cleotídeos apresentam a ribose.
Estutrura da molécula de DNA: duas fitas poliucleotídicas
 DNA e RNA apresentam as mesmas bases
púricas (A e G) e diferem em relação a uma
O RNA: Ácido Ribonucléico
das bases nitrogenadas, de forma que a ti-
É uma molécula bem menor que o DNA e que
mina é uma base exclusiva para o DNA e a
uracila é uma base nitrogenada exclusiva está relacionada diretamente com a síntese protéica.
para o RNA. É uma molécula formada por uma cadeia simples de
nucleotídeos. Observe a figura a seguir:

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P=fosfato Duplicação: o DNA, para a maior parte dos


P R=ribose seres vivos, é a molécula responsável por conter a in-
A, C, U, G=bases nitrogenadas formação genética. Portanto, é extremamente impor-
R
C tante para a hereditariedade que o DNA possua a
P capacidade de gerar cópias. Na duplicação, a molécu-
la de DNA tem rompidas as pontes de hidrogênio que
R U mantêm unidas as bases nitrogenadas e novos nucleo-
P tídeos encaixam-se obedecendo à correspondência:
adenina/timina e citosina/guanina. Como cada nova
A
R molécula possui uma fita “velha”, diz-se que o pro-
P
cesso é semiconservativo.
R U
G C
P
T A
molécula original
G A T
R
P A T
G C
Modelo da molécula de RNA: única fita polinucleotidica
C G

T A
Os três tipos de RNA existentes, o mensageiro,
o ribossômico e o transportador, são indispensáveis à rompimento das
ocorrência da produção intracelular de proteínas.

G
C
fontes de hidrogênio C
G
 RNAm: molécula em que o número de nu- A
T
cleotídeos é diretamente proporcional ao T
A
tamanho da proteína que codifica. Na ver- T
A
dade, há uma relação entre o número de a- C
G
minoácidos e o número de trincas de G
C
nucleotídeos (ou bases). A seqüência de A
T
códons de RNAm é determinada pela se-
qüência de códons de um segmento de
DNA (gene). G
C
 RNAr: é a maior molécula de RNA e tam- G T
C
A
bém a mais abundante, responde por 80% T A
A
T
do total do RNA celular. Quando associada A T
T A
a moléculas de proteínas, constitui os ribos- A T
Inserção de
somos que, quando presos a filamentos de G C novos nucleotídeos
RNAm, formam os polirribossomos, onde C G G
ocorre a síntese protéica. T A
 RNAt: é a menor molécula de RNA. Tem
como função ligar-se a um aminoácido es-
pecífico e conduzi-lo ao local de síntese
protéica. Apresenta uma seqüência especí-
fica de três bases, o anticódon, que se liga G C G C
ao códon do RNAm. Existe pelo menos um T A T A Formação de
RNAt para cada aminoácido. duas novas
A T A T
moléculas, cada
Atividade dos ácidos nucléicos A T A T uma com uma
O esquema a seguir resume a atividade dos á- G C G C fita da original:
cidos nucléicos: C G C G
duplicação
semiconservativa.
T A T A

Replicação(duplicação) Duplicação semiconservativa do DNA.


DNA DNA
Transcrição Tradução Transcrição: é o fenômeno pelo qual o DNA
RNA Proteína
serve de molde para a produção de uma molécula de
RNA. Esse processo ocorre no núcleo e tem início

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quando uma enzima, a RNA polimerase, atua sobre aminoácidos


um segmento de DNA, determinando o rompimento
das pontes de hidrogênio que mantêm unidas as duas
fitas. Após essa abertura, ocorre um pareamento de GLI
ribonucleotídeos, formando-se, assim, uma nova mo- ribossomo (RNAR )
lécula de RNA. É importante lembrar que a corres- HIS
pondência das bases será mantida, exceto no caso da
adenina, que fará par com a uracila, na molécula de C A
C G A
RNA formada. Após a transcrição, a molécula de U
RNA resultante destaca-se da molécula de DNA e di- G G U C A U G G C A U U C A U
rige-se ao citoplasma, onde irá participar da produção RNA mensageiro
de proteínas.
Tradução: síntese protérica

Filamento
de DNA Código Genético: dos 64, 61 codificam amino-
ácidos.
1ª base 2 base 3ª base

U C A G
UUU UCU UAU Tirosina (Tir) UGU Cisteína (Cis) U
Fenilalanina (Fen) UGC
UUC UCC Serina (Ser) UAC C
U UUA Leucina (Leu)
UCA UAA Códons de UGA Códons de finalização A
UUG UCG UAG finalização UGG triptofano (Trp) G

CUU CCU CAU Histidina (His) CGU U


CUC CCC CAC CGC Arginina (Arg) C
C Leucina (Leu) Prolina (Pro) CGA
CUA CCA CAA Glutamina (Glu) A
T CGG
UA CUG CCG CAG G
T UA
A AUU ACU AAU Asparagina (Asn) AGU Serina (Ser)
U
A T AUC Iisoleucina (lle) ACC AGC C
G A Treonina (Tre) AAC
GC RNA Polimerase AUA ACA AAA
Lisina (Lis)
AGA
Arginina (Arg)
A
C CG AUG Metionina (Met) ACG AAG AGG G
A codão de iniciação
A T GCU
A A T GUU
GCC
GAU Ácido GGU U
GUC GAC aspártico (Asp) GGC C
A A T G GUA
Valina (Vall) GCA Alanina (Ala) GAA GGA
Glicina (Gli)
A
Ácido
C CG GUG GCG GAG glutâmico (Glu)
GGG G
G GC Relação de códons e aminoácidos
C CG
A A T
Em determinada região de tRNA, existe uma
RNA-m seqüência de três nucleótidos chamada anticódon,
que é complementar de um dos códons do mRNA.
Na extremidade 3’ da molécula de tRNA, liga-se o
aminoácido respectivo. Estas ligações implicam
transferências de energia e são catalisadas por enzi-
mas que asseguram que ao tRNA com determinado
anticódon somente se ligue um determinado aminoá-
Transcrição: a síntese de RNA
cido.
Tradução: é a síntese protéica. A tradução
corresponde à transformação da mensagem contida 4. LEITURA COMPLEMENTAR
no mRNA, na seqüência de aminoácidos que consti- Projeto Genoma Humano
tuem a cadeia polipeptídica. Neste processo, há vá- O livro dos nossos genes
rios intervenientes: Cada uma das cerca de 10 bilhões de células
 RNAm → contém a informação genética; do corpo humano contém 46 cromossomas. Global-
 Ribossomas → sistemas de leitura. Cada ri- mente, calcula-se que existem três mil milhões de ba-
bossoma é constituído por duas subunida- ses nucleotídicas, repartidas pelo DNA, que entram
des. Na sua constituição entram proteínas e na constituição destes cromossomas!
RNA ribossômico (RNAr); O objetivo principal do Projeto Genoma é se-
 Aminoácidos → em estoque no citoplasma; qüenciar as larguíssimas combinações dessas bases.
 RNAt (RNA de transferência) → pequenas Elas são somente de 4 tipos – adenina, timina, citosi-
moléculas de RNA que transportam os a- na e guanina – e constituem o alfabeto genético, que
minoácidos para junto dos ribossomas; contém entre 50.000 a 100.000 parágrafos com senti-
 Enzimas e moléculas → transferem energia do, responsáveis pela síntese de proteínas.
para todo o sistema. Observe o esquema: Fundamentalmente, o Projeto Genoma tem
grande interesse médico. Existem cerca de 3500 do-
enças genéticas devidas a um defeito de “escrita”, ou
alteração de alguns dos parágrafos desta mensagem.
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Somente se conhecem cerca de 2 por cento destes pa- 4 O que é DNA?


rágrafos.
Os cientistas e investigadores esperam até o
ano 2005 conseguir conhecer a total seqüenciação.
Para a realização do Projeto, é preciso, numa primei-
ra fase, localizar os genes sobre os cromossomas, pa-
ra depois estabelecer o modo como estão
seqüenciados.
Segundo o que assinalou o prêmio Nobel, Wal-
ter Bilbert, a informação contida “cabe num disco 5 O que é RNA?
compacto”, o que equivale a mil listas telefônicas de
mil páginas cada uma.
Engenharia genética: a divisão celular
em bactérias a serviço do homem
A engenharia genética vem sendo considerada
a grande revolução científica deste final de século.
A técnica do DNA recombinante – isto é, um
DNA constituído por genes de dois organismos dife-
rentes - constitui a base da engenharia genética. Essa EXERCÍCIOS
técnica consiste basicamente em cortar, usando en-
zimas de restrição, pontos específicos no DNA de um 1 (MACK-SP) “São substâncias químicas consti-
organismo e transplantar o pedaço cortado em outro tuídas por aminoácidos, unidos por sucessivas li-
organismo diferente. O pedaço de DNA inoculado é, gações peptídicas, e com outras funções no nosso
então, “aceito” pela célula hospedeira, que passa a organismo”. Referimo-nos aos (às):
executar as ordens contidas nesse DNA estranho. a) carboidratos. d) vitaminas.
Dessa maneira, os cientistas podem dirigir o “com- b) proteínas. e) sais minerais.
portamento”, por exemplo, de uma bactéria, para fins c) lipídios.
previamente definidos.

ESTUDO DIRIGIDO 2 (PUC-SP) A respeitos das enzimas, podem-se


fazer todas as afirmações abaixo, com exceção de
1 O que são substâncias inorgânicas? uma:
a) são compostos protéicos.
b) agem sobre substâncias específicas denomina-
das substratos.
c) são insensíveis às mudanças de temperatura.
d) são produzidas por células.
e) são catalisadores biológicos.

2 O que são substâncias carboidratos? 3 (PUC-SP) O gráfico seguinte relaciona a veloci-


dade de uma reação química catalisada por enzi-
mas com a temperatura na qual esta reação
ocorre. Podemos afirmar que:

3 O que são proteínas?

a) a velocidade da reação independe da tempera-


tura.

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b) existe uma temperatura ótima na qual a veloci- b) 1 e 3.


dade da reação é máxima. c) 3 e 2.
c) a velocidade aumenta proporcionalmente à d) 3 e 1.
temperatura.
d) a velocidade diminui proporcionalmente à
temperatura. 8 Com relação ao código genético e à síntese de
e) a partir de uma certa temperatura, inverte-se o proteínas, pode-se dizer que:
sentido da reação. a) o açúcar presente na molécula de DNA é a ri-
bose.
b) a enzima RNA polimerase é responsável pelo
4 (UFRN) Os principais carboidratos de reserva transporte de aminoácidos.
nos vegetais e animais são, respectivamente: c) o ribossomo é a organela essencial no processo
a) amido e glicogênio. de tradução da síntese de proteínas.
b) glicose e maltose. d) as bases nitrogenadas na molécula de DNA
c) sacarose e celobiose. são: adenina, guanina, citosina e uracila.
d) glicogênio e lactose. e) o código GTA no DNA corresponderá a um
e) celulose e glicose. códon CAT no RNA mensageiro.

5 (MACK-SP) As substâncias que se destinam a 9 Duas cadeias polinucleotídicas, ligadas entre si


fornecer energia, além de serem responsáveis pe- por pontes de hidrogênio, são constituídas por
la rigidez de certos tecidos, sendo mais abundan- fosfatos: desoxirribose, citosina, adenina e timi-
tes nos vegetais, são os ___, sintetizados pelo na. O enunciado acima refere-se à molécula de:
processo de ___. A alternativa que preenche cor- a) um ácido nucléico qualquer.
retamente os espaços é: b) uma enzima, que são compostos protéicos.
a) lipídios, fotossíntese. c) DNA, devido à pentose e às bases nitorgena-
b) ácidos nucléicos, autoduplicação. das.
c) ácidos nucléicos, fotossíntese. d) uma proteína, devido à presença de pontes de
d) álcoois, fermentação. hidrogênio.
e) carboidratos, fotossíntese. e) RNA, devido à dupla cadeia de polinucleotí-
deos, ligadas por pontes de hidrogênio.
6 Assinale a alternativa CORRETA, de acordo
com as proposições apresentadas: GABARITO
I – A membrana plasmática apresenta uma cons-
tituição lipoprotéica. Estudo Dirigido
II – Os carboidratos, os lipídios e o protídeos são
os constituintes inorgânicos da célula. 1 Compreende o grupo de substâncias que não a-
III – As moléculas de proteínas são formadas por presentam o carbono como elemento principal da
uma seqüência de nucleotídeos. molécula.
a) somente I e II estão corretas. 2 São substâncias formadas por carbono (C), hi-
b) somente I está correta. drogênio (H) e oxigênio (O).
c) somente II está correta.
d) somente II e III estão corretas. 3 São macromoléculas orgânicas formadas por u-
nidades (monômeros) denominadas aminoácidos.

7 Durante o ciclo de vida celular ocorrem os se- 4 O DNA é a molécula responsável por conter a in-
guintes fenômenos: formação genética. Essa molécula é formada por
dois filamentos dispostos em forma de hélice no
1 2 espaço (modelo de Watson e Crick).
DNA RNA PROTEÍNA
5 É uma molécula bem menor que o DNA e que
3 está relacionada diretamente com a síntese pro-
DNA téica. É uma molécula formada por uma cadeia
simples de nucleotídeos.
Transcrição e tradução estão representadas,
respectivamente, pelos números:
a) 1 e 2.

Editora Exato 9
BIOLOGIA

Exercícios
1 B
2 C
3 B
4 A
5 E
6 B
7 A
8 C
9 A

Editora Exato 10
BIOLOGIA

ORGANIZAÇÃO CELULAR
1. INTRODUÇÃO As células eucarióticas animais apresentam os
centríolos como estruturas típicas, e estes se incum-
A célula é a unidade básica formadora dos se- bem do processo de divisão celular.
res vivos.
De acordo com a estrutura celular, os seres vi- complexo
vos classificam-se em procariontes e eucariontes. Os de golgi centríolo
primeiros caracterizam-se por não apresentarem ca- núcleo vacúolo
rioteca (membrana nuclear) e não possuem organe- lisossomos
las citoplasmáticas membranosas. Os eucariontes mitocôndrias
têm carioteca, que individualiza o material genético ribossomo nucléolo
(ácidos nucléicos), além de organelas revestidas de membrana
membranas.
Observe, nos esquemas a seguir, os elementos
haloplasma
(estruturais e funcionais) que evidenciam os modelos
retículo endoplasmático
citados. Esquema de célula animal
2. CÉLULA PROCARIÓTICA
Célula eucariótica animal
As células procarióticas são as primeiras for-
A célula animal é como um pequenino saco
mas de vida, provavelmente surgiram há 3,5 bilhões
cheio de material gelatinoso. Ela é envolvida por uma
de anos atrás e atualmente são representadas por bac-
membrana plasmática flexível, que não lhe dá a for-
térias e algas cianofíceas (algas azuis). Perceba, para
ma rígida da célula vegetal. A célula animal precisa
a distribuição interna de suas estruturas, que são ca-
receber alimento, do qual obtém energia para sobre-
rentes de membranas.
viver. Muitas células animais são microscópicas, mas
algumas como, por exemplo, a gema do ovo, podem
Ribossomos Membrana medir dez centímetros. As células nervosas, por e-
xemplo, chegam a ter cerca de um metro.
Citoplasma 4. ENVOLTÓRIOS CELULARES

DNA
Existem três envoltórios celulares:
2µm
1. Parede celular: envoltório semi-rígido, inerte,
de composição química variada, que circunda
Parede a célula externamente à membrana celular. A
bacteriana parede celular dos vegetais, ou parede celuló-
sica, é composta principalmente de uma subs-
Célula bacteriana tância que lhe confere resistência, a celulose.
2. Membrana Plasmática (Plasmalema): envol-
3. CÉLULA EUCARIÓTICA tório delgado(75Aº), elástico, lipoprotéico. A
membrana plasmática possui a função de con-
Célula eucariótica vegetal
trolar a entrada e saída de substâncias, de a-
As células eucarióticas vegetais apresentam
cordo com as necessidades celulares
como estrutura típica a parede celular, composta ba-
(permeabilidade seletiva).
sicamente de celulose, e também os plastos, cujo
O modelo aceito para a organização da mem-
principal tipo é o cloroplasto, que se incumbe do pro-
brana é o de Singer e Nicholson. Segundo estes, exis-
cesso de fotossíntese.
te uma película bimolecular de fosfolípidios e
Retículo moléculas dispersas de proteínas globulares. Esse
Mitocôndria endoplasmático modelo, que explica a disposição de lipídios e proteí-
Parede nas na molécula, é denominado modelo do mosaico
Citoplasma
celular
Membrana
fluido.
Cloroplasto
celular
Complexo
Ribossomos de Golgi

Esquema de célula vegetal

Editora Exato 11
BIOLOGIA

Modificações (especializações) da Subunidades Ribossomo


membrana
Microvilosidades – aumento da superfície ce-
lular por pregueamento da membrana; ocorre em cé- Poliribossomo
lulas secretoras e células de absorção. mRNA
Desmossomos - espaçamentos em pontos de
contato entre membranas de células justapostas. Au-
mentam, substancialmente, a adesão entre as células.
Plasmodesmos – pontes citoplasmáticas entre Os ribossomos
células vegetais.
3. Glicocálix: envoltório presente em células a-  Retículo endoplasmático: sistema de ca-
nimais, forma uma rede frouxa de carboidratos nais e túbulos que formam uma verdadeira
que recobre a membrana plasmática. Protege a rede intracitoplasmática. O retículo endo-
célula contra agressões físicas e químicas, a- plasmático pode ser denominado liso (agra-
lém de reter nutrientes e enzimas. nular) ou rugoso (ergastoplasma), quando a
suas membranas asssociam-se os ribosso-
5. CITOPLASMA: ORGANELAS CITOPLAS- mos. O Retículo endoplasmático liso rela-
MÁTICAS ciona-se com funções importantes para a
Retículo
Membrana Nuclear
célula, como desintoxicação celular, trans-
Endoplasmático
Liso Nucléolo porte de substâncias e síntese de esteróides.
Aparelho Membrana O ergastoplasma é a sede de intensa síntese
de Golgi
Mitocôndria
Celular
Retículo
protéica.
Endoplasmático
Rugoso
Ribossomas e Hialoplasma
Polissomas

Polirribossomo
Centrossomas

Microtúbulos
Lisossomas

Célula Animal
Cavidade
O citoplasma é a região celular compreendida do retículo
entre a membrana plasmática e o material nuclear. O Retículo endoplasmático endoplasmático
citoplasma é preenchido por um fluido gelatinoso, o
hialoplasma, no interior da célula, na qual se encon-  Complexo de Golgi: é uma estrutura cito-
tram as organelas. plasmática formada por um conjunto de
A célula, como unidade básica morfo- membranas que reúne e empacota diferen-
fisiológica dos seres vivos, apresenta diversas estru- tes substâncias, como as enzimas e os hor-
turas citoplasmáticas que desempenham funções im- mônios. Sua principal função é, portanto, a
portantes para a manutenção da vitalidade da célula. secreção celular. Além disso, ainda sinteti-
A seguir, estão listadas as principais organelas com za mucopolissacarídeos e atua na formação
suas respectivas funções: do acrossomo do espermatozóide. O acros-
 Ribossomos: estruturas granulares sinteti- somo é uma bolsa cheia de enzimas capazes
zadas no núcleo, formadas por RNAr asso- de dissolver as camadas externas do gameta
ciado às proteínas. Os ribossomos podem feminino, permitindo a fecundação.
ser encontrados livres no hialoplasma ou
associados ao retículo endoplasmático ru- Vesículas
goso. Os ribossomos relacionam-se com a
síntese protéica.

Complexo de Golgi

Editora Exato 12
BIOLOGIA

 Mitocôndria: organela cilíndrica de extre- no metabolismo celular e é prejudicial à cé-


midades arredondadas, com uma membrana lula por se tratar de um forte oxidante.
externa lisa e outra interna com dobras  Vacúolos: bolsas encontradas em diversos
(cristas mitocondriais). No interior das mi- tipos celulares, atuam no armazenamento
tocôndrias, existe a matriz mitocondrial. de substâncias dentro da célula. A maioria
Essas estruturas relacionam-se com a pro- das células vegetais contém o vacúolo, es-
dução de energia (ATP), através da respira- paço preenchido por um fluido aquoso,
ção celular, que será vista em detalhes mais chamado suco celular. Em protozoários
adiante. dulcícolas, como a ameba, existe o vacúolo
pulsátil, ou contráctil, que se relaciona
Cristas mitocondriais com a eliminação do excesso de água da cé-
lula, evitando que a mesma sofra citólise.
 Plastos: estruturas presentes nas células
vegetais. Existem dois tipos de plastos:
Leucoplastos: são plastos incolores que atuam
Matriz no armazenamento de substâncias nutritivas (amilo-
Membrana externa plastos, oleoplastos, proteoplastos).
mitocôndria Cromoplastos: são plastos pigmentados. Os
cloroplastos contêm clorofila, um pigmento verde
 Lisossomos: são organelas com formato que retém parte da energia da luz solar. A clorofila se
variável, delimitadas por uma membrana, e encontra disposta no interior de sacos achatados,
que possuem em seu interior várias enzimas chamados tilacóides. Os cloroplastos são encontrados
hidrolíticas. A função dessas organelas é, em quase todas as células vegetais, exceto nas raízes
portanto, a digestão intracelular. A destrui- e no interior dos caules.
ção de organelas celulares é um processo
fisiológico importante para o bom funcio- Tilacóide Estroma Lamelas
Granum
namento da célula. Esse mecanismo é de-
nominado autofagia. No entanto, em
algumas situações, há o rompimento dos li-
sossomos e seu conteúdo enzimático digere
a própria célula. Esse mecanismo é deno-
minado autólise e leva à morte celular. Na
doença silicose, que acomete mineradores,
Cloroplasto
a sílica aspirada leva à liberação das enzi-
mas lisossômicas, com conseqüente autóli-  Centríolos: organelas tubulares, formadas
se de células pulmonares. por túbulos protéicos. Essas organelas cito-
 Peroxissomos: são organelas que possuem plasmáticas participam dos fenômenos de
grande quantidade da enzima catalase. Essa divisão celular e atuam na formação de cí-
enzima é importante para a desintoxicação lios e flagelos. Os centríolos não são encon-
celular, pois degrada o peróxido de hidro- trados em células de vegetais superiores
gênio (H2O2), a água e o oxigênio. O peró-
xido de hidrogênio forma-se naturalmente

Quadro comparativo dos componentes da célula bacteriana, célula animal e célula vegetal

Componente Bactéria Célula animal Célula vegetal


Parede celular Sim Não Sim
Membrana plasmática Sim Sim Sim
Citoesqueleto Não Sim Sim
Envoltório nuclear Não Sim Sim
DNA Sim Sim Sim
Cromossomo Único e circular (apenas Múltiplos (DNA e proteí- Múltiplos (DNA e proteí-
DNA) nas) nas)

Editora Exato 13
BIOLOGIA

Mitocôndria Não Sim Sim


Cloroplastos Não Não Sim
Ribossomos Sim (pequenos) Sim Sim
Retículo endoplasmático Não Sim Sim
Complexo de Golgi Não Sim Sim
Vacúolo central Não Não Sim
Lisossomos Não Sim Raramente
Ausentes na maioria das
Centríolos Não Sim
fanerógamas

E o vírus ?! d) A célula A é típica de um parasita, enquanto a


É considerado uma organização acelular: estru- B, mais complexa, é de um ser de vida livre.
turalmente é formado por: e) A célula A é de um procarionte, tal como uma
Capsídeo (envoltório de proteínas) bactéria; a B é de um eucarionte, podendo re-
 
Nucleocapsídeo  + presentar uma célula humana.
núcleo (material genético; DNA ou RNA)

Não possui metabolismo: sobrevive às custas
do metabolismo da célula hospedeira. 2 (PUC-PR) Associe os números das estruturas ce-
É parasita intracelular obrigatório. lulares, assinaladas no desenho, com os respecti-
Possui apenas um ácido nucléico: DNA ou vos nomes da coluna a seguir. Depois assinale a
RNA. opção em que a seqüência coincida com o que foi
marcado na coluna.
ESTUDO DIRIGIDO
2 1 3 6
1 O que é membrana plasmática?

2 O que são ribossomos? 5

3 O que é mitocôndria?
4
4 Qual a estrutura do vírus?
( ) centríolo a) 2, 1, 3, 5, 6, 4
( ) retículo endoplasmático b) 2, 1, 3, 5, 4 6
EXERCÍCIOS ( ) complexo de Golgi c) 1, 6, 5, 3, 2, 4
( ) vacúolo d) 6, 4, 3, 5, 1, 2
1 (FMU/Fiam-SP) Observe os desenhos das célu- ( ) carioteca e) 1, 2, 3, 4, 5, 6
las A e B e assinale a alternativa correta. ( ) mitocôndria

3 (MOJI-SP) A membrana plasmática, apesar de


invisível ao microscópio óptico, está presente:
a) em todas as células, seja ela procariótica ou
eucariótica.
b) apenas nas células animais.
c) apenas nas células vegetais.
A B
d) apenas nas células dos eucariontes.
e) apenas nas células dos procariontes.
a) A célula A é de um protista, tal como uma bac-
téria, e a B é de um organismo incluído no rei-
no monera, tal como um vírus.
b) A célula A é de um vegetal, enquanto a B é de
um animal.
c) A célula A é de uma alga; a B é de uma planta
superior, tal como um milho.

Editora Exato 14
BIOLOGIA

4 (FCC-SP) Numa célula vegetal, a parede celular Capsídeo (envoltório de proteínas)


tem por principal função: 4 
Nucleocapsídeo  +
núcleo (material genético; DNA ou RNA)
a) proteger o citoplasma e regular a absorção de 
água pela célula. Exercícios
b) proteger o citoplasma e agir como uma mem-
brana semipermeável à entrada dos nutrientes 1 E
minerais. 2 B
c) impermeabilizar a célula contra solutos óxidos.
d) regular a absorção de água e sais minerais pela 3 A
célula. 4 A
e) impedir a saída da clorofila.
5 B
6 A
5 A membrana celular é uma película sensível, na
qual ocorrem 2 tipos de transporte, passivo e ati-
vo. Dentre esses grupos está o fenômeno da Os-
mose. Este, por sua vez, se resume da seguinte
maneira:
a) O solvente move-se do meio hipertônico para o
hipotônico.
b) O soluto move-se do meio hipotônico para o
meio hipertônico.
c) O solvente move-se do meio hipotônico para o
meio hipertônico.
d) O soluto move-se do meio hipotônico para o
meio hipotônico.

6 O citoplasma celular está envolvido por uma


membrana chamada plasmalema ou membrana
plasmática, que desenvolveu, talvez através da
evolução, capacidades específicas. Uma delas, a
permeabilidade, que é entendida como:
a) O controle da entrada e saída de substâncias.
b) A passagem de qualquer substância através da
membrana.
c) A entrada e a saída de substâncias.
d) O englobamento de partículas sólidas pela
membrana plasmática.

GABARITO

Estudo Dirigido
1 Envoltório delgado(75Aº), elástico, lipoprotéico.
A membrana plasmática possui a função de con-
trolar a entrada e saída de substâncias, de acordo
com as necessidades celulares (permeabilidade
seletiva).
2 Estruturas granulares sintetizadas no núcleo,
formadas por RNAr, associado às proteínas.
3 Organela cilíndrica de extremidades arredonda-
das, com uma membrana externa lisa e outra in-
terna com dobras (cristas mitocondriais).

Editora Exato 15
BIOLOGIA

CITOLOGIA
Cromatina e Cromossomos
NÚCLEO E DIVISÃO O material genético é formado por proteínas
básicas (histonas) associadas à molécula de DNA. O
CELULAR termo cromatina refere-se ao material genético des-
condensado, encontrado no núcleo interfásico. Os fi-
1. NÚCLEO CELULAR-ESTRUTURA lamentos de cromatina são os cromonemas e
apresentam regiões que, durante a intérfase, podem
A remoção do núcleo de uma ameba, utilizan- apresentar-se espiraladas e não-espiraladas, denomi-
do-se uma microagulha, faz com que essa célula nadas, respectivamente, heterocromatina e eucroma-
permaneça viva e se movimentando. No entanto, ces- tina. Cada cromonema, durante a divisão celular,
sam as atividades anabólicas e ela morre em poucos sofre condensação e se transforma em cromossomo.
dias. Esse experimento faz concluir que o núcleo ce-
Número Cromossômico
lular é a estrutura responsável pelo controle das ativi-
dades celulares essenciais para os processos Cada tipo de organismo apresenta um número
metabólicos, especialmente os que envolvem a sínte- cromossômico comum a cada uma das células consti-
se de ácidos nucléicos e proteínas, que mantêm o tuintes. Uma célula que apresenta duas séries com-
crescimento e a reprodução celulares. pletas de cromossomos é chamada diplóide (2n).
Espermatozóides e óvulos, que têm somente uma sé-
Estrutura do Núcleo Interfásico de Cé- rie de cromossomos, são ditos haplóides (n). O núme-
lulas Eucariontes ro cromossômico haplóide presente nos gametas é
Componentes: fundamental para o restabelecimento da diploidia que
 Carioteca. ocorre na fecundação.
 Nucleoplasma. Observe a tabela abaixo:
 Nucléolos.
 Cromatina. Organismo Células somáticas(2N) Gametas (N)
Mosca da ba- 8 4
Poros da carioteca nana
Homem 46 23
Feijão 22 11
Nucléolo Pato 80 40

Em uma célula somática, os cromossomos or-


ganizam-se aos pares, os chamados cromossomos
homólogos. Esses cromossomos apresentam corres-
pondência gênica, pois os genes alelos ocupam posi-
ções correspondentes. Cada posição ocupada por um
Cromatina Carioteca gene é denominada locus.
Núcleo celular interfásico
Cariótipo
Exame das características cromossomiais de
Carioteca
um conjunto cromossômico de determinada espécie.
Nas células eucariontes, o núcleo é delimitado
A técnica resume-se em coletar células do indivíduo
pela membrana nuclear ou carioteca, que, ao micros-
e fotografá-las quando estiverem em divisão celular,
cópio eletrônico, apresenta-se formada por dois fo-
com alto grau de condensação. Através desse exame,
lhetos e intercalada por poros. A carioteca, tal como
é possível diagnosticar anomalias cromossômicas. Os
ocorre com a membrana plasmática, é lipoprotéica e
indivíduos com síndrome de Down, por exemplo,
pode apresentar ribossomos aderidos à sua face vol-
manifestam um cariótipo formado por 47 cromosso-
tada para o hialoplasma.
mos, pois há um cromossomo 21 a mais. Essa ano-
Nucleoplasma malia é também chamada de trissomia do 21.
O interior do núcleo é formado por uma subs-
tância semilíquida, um gel protéico, denominado ca-
rioplasma ou nucleoplasma, que apresenta
composição química semelhante a do hialoplasma.

Editora Exato 16
BIOLOGIA

ração, crescimento por aumento do número de célu-


las, reposição de células perdidas e, mesmo, doenças
como o câncer somente são possíveis devido à ocor-
rência de mitose. A produção de espermatozóides e
óvulos depende da ocorrência de meiose. Fica claro,
Cariótipo humano portanto, que o objetivo da meiose é a produção de
células haplóides que, devido aos mecanismos de re-
2. O CICLO CELULAR combinação gênica, deve contribuir para o aumento
da diversidade das espécies.
A renovação de todos os constituintes celulares
seguida de divisão celular é chamada de ciclo celular 5. MITOSE
e pode ser dividida em duas etapas distintas: a intér-
fase e a divisão celular. Processo de divisão celular em que as “células
–filhas” apresentam o mesmo patrimônio genético
3. INTÉRFASE que a matriz. Para que uma célula se disponha a rea-
lizar sua divisão, a fim de originar duas outras, é pre-
A intérfase é a fase mais longa do ciclo celular.
ciso que tenha atingido um certo grau de
Caracteriza-se pela intensa atividade metabólica da
desenvolvimento. Característica: processo de divisão
célula e é dividida em três subfases: G1, S e G2. Nos
celular em que as “células–filhas” apresentam o
períodos G1 e G2, há produção de RNA e proteínas,
mesmo patrimônio genético que a matriz.
e no período S ocorre a síntese DNA. É importante
Observe o esquema que representa a mitose:
considerar que a intérfase é fundamental para a divi-
são celular, pois possibilita a duplicação do material
genético, antes de cada divisão celular, fator impor- n célula-mãe
2n
tante na transferência da carga gênica de uma célula-
mãe para as células-filhas. Observe o gráfico a se-
guir: células filhas

Quantidade de n n 2n 2n
2C DNA por núcleo

C Etapas da mitose
G1 S G2 Prófase → Metáfase → Anáfase → Telófase.
Tempo Descrição e visualização das etapas:
Intérfase Mitose Intérfase
Variação da quantidade DNA ao longo do ciclo celular

Na Intérfase temos:
- Material genético (DNA) na forma de cromati-
na.
- Intensa atividade metabólica em nível celular
(ex.: síntese do RNA-r).
- Duplicação do DNA.
Prófase
- Duplicação dos centríolos.
- Síntese de RNA e Proteínas.
4. DIVISÃO CELULAR
As células de um organismo podem-se dividir
por dois processos, a mitose e a meiose. Na mitose,
uma célula-mãe produz duas células-filhas com o
mesmo número cromossômico e as mesmas caracte-
rísticas genéticas, enquanto que, na meiose, são for- É, de modo geral, a fase mais longa da mitose.
madas quatro células com a metade do número Durante a prófase, ocorrem mudanças no núcleo e no
cromossômico. Processos como cicatrização, regene- citoplasma.
Editora Exato 17
BIOLOGIA

O núcleo é sede de grandes transformações. dentes. As fibrilas ligadas a eles encurtam-se e estes
No seu interior, os filamentos da cromatina enrolam- cromossomos começam a afastar-se, migrando para
se, tornando-se cada vez mais grossos, curtos, espes- pólos opostos. A anáfase é caracterizada pela migra-
sos e coráveis, sendo possível observar que cada ção dos cromossomos-filhos. No final da anáfase, os
cromossomo é constituído por duas cromátides. As dois pólos da célula têm coleções completas e equi-
cromátides de um cromossomo estão unidas pelo valentes de cromossomos e, portanto, de DNA.
centrômero. Telófase
Os dois pares de centríolos começam a afas-
tar-se em sentidos opostos, formando-se entre eles o
fuso acromático ou mitótico, constituído por um sis-
tema de microtúbulos protéicos, que se agregam para
formar fibrilas. Estas podem ter uma disposição radi-
cal ao nível dos pólos da célula e vão constituir o ás-
ter.
No fim da prófase, de um e de outro lado de
cada centrômero, formam-se duas zonas específicas
sobre as quais se fixam as fibras protéicas. Na telófase, a membrana nuclear reorganiza-se
Quando os centríolos atingem os pólos, a à volta dos cromossomos de cada célula-filha. Os nu-
membrana nuclear fragmenta-se e os nucléolos desa- cléolos reaparecem, dissolve-se o fuso mitótico, e os
parecem, terminando assim esta fase. cromossomos, devido à sua descondensação, alon-
gam-se, tornando-se menos visíveis. A célula fica
Metáfase
constituída por dois núcleos, terminando assim a mi-
tose.
Mitose e Câncer
O câncer é uma doença relacionada com a mu-
tação de genes celulares que controlam o crescimento
e a mitose das células. Essas mutações podem ser
causadas por diversos fatores como:
 Exposição à radiação ionizante, como raios
Os cromossomos atingem o seu máximo en- x, raios gama e luz ultravioleta.
curtamento devido a uma forte condensação dos  Exposição a certas substâncias químicas
cromátides. Os pares de centríolos estão agora nos denominadas carcinógenos. Os carcinóge-
pólos da célula. O fuso acromático completa o seu nos encontrados no cigarro são responsá-
desenvolvimento, notando-se que algumas das suas veis por 25% de todas as mortes causadas
fibrilas se ligam aos cromossomos, fibrilas cromos- por câncer.
sômicas, enquanto outras vão de pólo a pólo.  Tendência hereditária familiar.
Os cromossomos dispõem-se com os centrô- As células cancerosas não respeitam os limites
meros no plano equatorial (plano eqüidistante entre habituais de crescimento e tendem a se espalhar pela
os dois pólos), voltados para o centro desse plano e corrente sangüínea, ou linfa, formando novos focos
os braços para fora. Os cromossomos assim imobili- de câncer, denominados metástases. Os aglomerados
zados originam uma figura tradicionalmente chamada de células cancerosas são denominados tumores. O
placa equatorial e estão prontos para serem divididos. câncer, se não diagnosticado e tratado precocemente,
Anáfase pode ser uma doença letal, isso se deve ao fato de os
tecidos cancerosos competirem com os tecidos nor-
mais por nutrientes.
Os tumores benignos não apresentam as carac-
terísticas invasivas e nem emitem metástases como
os tumores malignos. A gravidade desses tumores es-
tá mais relacionada com sua localização no organis-
mo.
6. MEIOSE
No início da anáfase, dá-se a clivagem de cada
Divisão Reducional
um dos centrômeros, separando-os dos cromátides
que passam a constituir dois cromossomos indepen- Ocorrência: células gaméticas (germinativas),
produção de esporos.
Editora Exato 18
BIOLOGIA

A meiose mantém constante o número de cro-  ZIGÓTENO - (do gr. Zigos, “par”). Os
mossomos das espécies de reprodução sexuada; ocor- cromossomos homólogos se juntam, for-
rem duas divisões nucleares com redução de 2n mando pares. Esse fenômeno é conhecido
cromossomos para n cromossomos. como pareamento, ou sinapse cromossômi-
ca.
Célula mãe  PAQUÍTENO - (do gr. Pakhis, “grosso”).
1ª divisão 2n Cada cromossomo torna-se mais espesso,
(reducional) pois as suas cromátides se dispõem parale-
n n
las, presas apenas pelo centrômero. Os
Meiose
cromossomos homólogos entrelaçam as su-
2ª divisão as cromátides em pontos bem definidos, po-
n n n n
(equacional) rém totalmente aleatórios. E esse
4 células haplóides - filhas
entrelaçamento, que é chamado crossing-
over (sobrecruzamento), só ocorre entre
uma cromátide de um cromossomo homó-
Meiose é o processo pelo qual células diplói- logo. Nunca se faz entre as duas cromátides
des formam células haplóides, com recombinação do mesmo cromossomo. Por isso, dizemos
gênica, o que ocorre, na maior parte das vezes, na que o crossing ocorre entre cromátides ho-
formação de gametas, e, em casos menos comuns, na mólogas, porém, não irmãs.
formação de esporos, e que consiste em duas divisões  DIPLÓTENO - (do gr. Diplos, “duplos”).
celulares sucessivas: primeiramente, uma divisão re- Os centrômeros dos cromossomos vão se
ducional, e, logo a seguir, uma divisão comum, ou afastando reciprocamente. E, então, os pon-
equacional. tos de entrelaçamento das cromátides se
Etapas: na meiose, temos duas divi- tornam mais visíveis. Esses pontos consti-
sões tuem os quiasmas. Os quiasmas vão desli-
Divisão I (R!) zando para as extremidades dos
leptóteno
cromossomos à proporção que eles se afas-
zigóteno tam. Mas a essa altura, as cromátides já tro-
 caram segmentos com genes. Houve uma
 PrófaseI paquíteno permuta gênica entre elas.
diplóteno  DIACINESE - (do gr. Dia, “através de”;

diacinese kinesis, “movimento”) Nessa fase, os cro-
mossomos homólogos se separam comple-
 Metáfase I
tamente. Suas cromátides já contêm genes
 Anáfase I
permutados. A cariomembrana desaparece.
 Telófase I
O material nuclear se mistura com o mate-
Intercinese: período entre as divisões I rial citoplasmático e os cromossomos se
e II dispõem desordenadamente entre as fibrilas
Divisão II (E!) do fuso mitótico.
 Prófase II
 Metáfase II
 Anáfase II
 Telófase II
Divisão I da Meiose
Prófase I
A prófase I da meiose é relativamente longa e
bem mais complexa que a prófase da mitose. Ela
compreende diversas subfases, a saber:
 LEPTÓTENO - (do gr. Leptos, “finos”;
Leptóteno
tainos, “fita”). É o início do processo e,
portanto, é aqui que ocorre o aparecimento
Os fenômenos que ocorrem na prófase I tor-
dos cromossomos, em função da espiraliza-
nam-se longos, podendo, em alguns casos, durar se-
ção dos cromossomos (já duplicados duran-
manas, meses ou anos.
te a intérfase).

Editora Exato 19
BIOLOGIA

A prófase I ocupa cerca de 90% do tempo glo-


bal da meiose.
Os cromossomos, inicialmente finos e longos,
condensam-se, tornando-se mais visíveis.
Cada cromossomo é constituído por dois cro-
mátides, embora ainda não se distingam.

Diacinese

Os cromossomos homólogos de cada bivalente


atingem o máximo de condensação. Estes cromosso-
mos afastam-se um do outro, ficando somente unidos
por alguns pontos de quiasma.
Durante os acontecimentos descritos, os nuclé-
Zigóteno olos desagregam-se, e vai-se formando o fuso acro-
mático.
Os dois cromossomos homólogos de cada par No final da prófase I, o invólucro nuclear de-
emparelham, constituindo esse conjunto bivalente, saparece completamente.
ou díade cromossômica. Este processo designa-se Metáfase I
sinapse e consiste numa justaposição, gene a gene,
entre dois cromossomos homólogos.

Os bivalentes ligam-se aos microtúbulos do fu-


Paquíteno so acromático por zonas específicas dos centrômeros,
com os pontos de quiasma no plano equatorial e os
Em cada bivalente, existem quatro cromatí- centrômeros dos cromossomos homólogos voltados
dios, designando-se cada um destes conjuntos por té- para pólos opostos.
trade. A orientação de cada par de homólogos, em re-
Os cromossomos homólogos emparelham in- lação aos pólos da célula, realiza-se ao acaso, inde-
timamente em toda a sua extensão, continuam a con- pendentemente da sua origem materna ou paterna.
densar-se, experimentando conseqüentemente um Anáfase I
encurtamento e um espessamento.
Em cada cromossomo tornam-se visíveis os
dois cromátides unidos pelo centrômero.
Durante a sinapse, podem observar-se, nos
cromossomos emparelhados, vários pontos de cruza-
mento, que são nódulos de recombinação ou pontos
de quiasma entre dois cromátides dos dois cromos-
somos homólogos.
Nesse nível, pode haver quebra de cromátides,
ocorrendo trocas recíprocas de segmentos entre cro-
mátides de cromossomos homólogos. Estas trocas Verifica-se a segregação, ou seja, a separação
são designadas por crossing-over. dos cromossomos homólogos de cada bivalente e a
migração de cada um dos cromossomos para pólos
opostos – migração polar.

Editora Exato 20
BIOLOGIA

Cada um desses cromossomos é constituído Telófase II


por duas cromátides.
O modo como se realiza a migração é pura-
mente aleatório, podendo ocorrer vários tipos de re-
combinação de cromossomos maternos e paternos.
Telófase I

Inicia-se quando os cromossomos atingem os


pólos dos fusos acromáticos. Ocorre então descon-
densação dos cromossomos, originando-se os núcleos
Inicia-se quando os cromossomos atingem os resultantes, com constituição dos invólucros nuclea-
pólos do fuso acromático. Nesta fase, verifica-se a res e dos nucléolos.
descondensação dos cromossomos, o aparecimento A citocinese determina a formação de quatro
do nucléolo e do invólucro nuclear. células-filhas haplóides.
Os dois núcleos formados têm, cada um deles,
metade do número de cromossomos do núcleo inicial. ESTUDO DIRIGIDO
A citocinese pode ocorrer ao longo dos dois 1 O que é carioteca?
últimos estágios, determinando a formação de duas
células haplóides.
Divisão II da meiose 2 O que é ciclo celular?
Metáfase II
3 Explique a telófase (última etapa da mitose).

4 Caracterize meiose.

EXERCÍCIOS

Os cromossomos, cada um com dois cromáti- 1 (UFV-MG) Todos os nomes relacionados a se-
des, dispõem-se na zona equatorial de cada fuso a- guir correspondem a estruturas ou a constituintes
cromático, com os centrômeros nos respectivos nucleares, exceto:
planos equatoriais. a) envolório nuclear.
Anáfase II b) cromatina.
c) centríolo.
d) nucléolo.
e) cromossomos.

2 (UNIUBE-MG) Um núcleo eucarionte diferen-


cia-se do procarionte:
a) pelo número de cromossomos.
b) pelo número de mitocôndrias.
Os centrômeros dividem-se e cada cromosso- c) pela membrana nuclear.
mo com uma só cromátide migra para o pólo respec- d) pela membrana celular.
tivo. e) pelo número de núcleos.
Estes cromossomos podem ser geneticamente
diferentes, devido aos fenômenos de crossing-over
verificados na prófase I.

Editora Exato 21
BIOLOGIA

3 (FCC-BA) Nas células em intérfase, o material GABARITO


genético aparece na forma de:
a) carioteca. Estudo Dirigido
b) fuso acromático.
c) nucléolo. 1 É um tipo de membrana plasmática composta por
d) cromatina. duas membranas lipoprotéicas. Essa membrana
e) cariolinfa. possui vários poros em sua superfície.
2 A renovação de todos os constituintes celulares,
4 (PUC-RJ) Entre as estruturas intracelulares e- seguida de divisão celular, é chamada de ciclo ce-
numeradas abaixo, marque a única que não é or- lular e pode ser dividida em duas etapas distintas:
ganela citoplasmática: a intérfase e a divisão celular.
a) retículo endoplasmático. 3 Na telófase, a membrana nuclear reorganiza-se à
b) aparelho de Golgi. volta dos cromossomos de cada célula-filha. Os
c) nucléolo. nucléolos reaparecem, dissolve-se o fuso mitótico
d) lisossomo. e os cromossomos, devido à sua descondensação,
e) mitocôndria. alongam-se, tornando-se menos visíveis.
4 É o processo pelo qual células diplóides formam
5 (PUC-SP) Na célula, com núcleo diferenciado, o células haplóides, com recombinação gênica.
DNA é encontrado: Exercícios
a) só no interior do núcleo, no suco nuclear.
b) só no interior do núcleo, nos cromossomos. 1 C
c) no núcleo e nos cromossomos. 2 C
d) no núcleo, nos plastos e no complexo de Golgi.
e) no núcleo, nos plastos e nas mitocôndrias. 3 D
4 C
6 Analise os seguintes enunciados: 5 E
I – A mitose é um processo de divisão celular no
6 D
qual a célula se divide produzindo duas célu-
las-filhas iguais. 7 A
II – A duplicação do DNA, nas células que irão
sofrer mitose, ocorre na intérfase.
III – A mitose pode ser realizada para o cresci-
mento e desenvolvimento do organismo e re-
posição de células mortas.
Assinale a alternativa CORRETA:
a) Apenas a afirmação I está errada.
b) Todas as afirmações estão erradas.
c) Apenas uma afirmação está correta.
d) Todas as afirmações estão corretas.

7 O processo de regeneração dos tecidos lesiona-


dos é feito pelo processo mitótico. Então, pode-
mos dividir a mitose em quatro fases:
a) Prófase, Metáfase, Anáfase e Telofáse.
b) Telófase, Prófase, Procariose e Meteorose
c) Prófase, Metáfase, Prófase II, e Metáfase II
d) Prófase, Simbiose, Metáfase e G2

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