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6) Psiconeuroimunologia

Relacionar a Imunologia com a Psiquiatria tem sido fácil, atraente e extremamente didático. Há uma
variedade de evidências para o relacionamento recíproco entre Sistema Psicoemocional e vários
componentes do Sistema Imunológico, justificando o agravamento e/ou desencadeamento de uma
série de doenças físicas por razões emocionais.
A reciprocidade entre o Sistema Nervoso Central e o Sistema Imunológico estimula o desenvolvimento
de uma nova e interessante área médica; a Psiconeuroimunologia.
Os tópicos de estudo da Psiconeuroimunologia seriam as perturbações de um sistema que se refletem
no outro e vice-versa. E, de fato, faz muito sentido que estes dois sistemas sejam fortemente
integrados, pois ambos são responsáveis pelo relacionamento do organismo com o mundo externo,
ambos avaliam se os elementos da realidade externa à pessoa são inócuos ou perigosos, ambos
servem à defesa e adaptação, ambos possuem memória e aprendem pela experiência, ambos
contribuem para o equilíbrio do ser no mundo e consigo próprio.
Como reforço a esta analogia, podemos citar ainda que os erros nesses dois sistemas podem produzir
doenças; por um lado, as doenças imunológicas, auto-imunes, alergias e a vulnerabilidade a toda sorte
de infecções e, por outro lado, as fobias, pânico, transtornos adaptativos e por estresse.
Desde 1984 Blalock se referia ao Sistema Imunológico como uma espécie de "sexto sentido" orgânico,
remetendo informações do ambiente e acessíveis aos cinco sentidos ao cérebro. Para ele, as
evidência da interação entre Sistema Imunológico e elementos do Sistema Nervoso Central (SNC)
incluem:
1- As alterações psicológicas que ocorrem no início e no curso das doenças infecciosas e
cancerígenas, bem como nas alergias e doenças autoimunes;
2- As evidentes influências dos hormônios do estresse (cortisol e adrenalina) na imunidade;
3- Os constatados efeitos dos neurotransmissores e neuropeptídeos na imunidade;
4- Os muitos efeitos experimentais do estresse na imunidade dos animais e dos humanos;
5- Os efeitos de drogas psicoativas sobre a imunidade;
6- A correlação das diferenças psicológicas individuais com as diferenças na imunidade individual;
7- A ocorrência de anormalidades imunológicas em doenças psicoemocionais, como por exemplo na
depressão, no estresse e na esquizofrenia.
A sabedoria antiga já tinha sólido conhecimento da integração corpo-mente. Aristóteles disse que a
"psique (alma) e corpo reagem complementariamente uma com outro, em meu entender. Uma
mudança no estado da psique produz uma mudança na estrutura de corpo, e à inversa, uma mudança
na estrutura de corpo produz uma mudança na estrutura da psique".
No final da década de 1950, experimentos com animais mostraram que o estresse poderia afetar a
imunidade (tanto em sua parte humoral, quanto celular). Rasmussem, Marsh e Bril constataram que os
ratos, expostos à importante estresse, foram mais susceptíveis em contrair infecção pelo vírus do
Herpes Simples. Um pouco mais tarde, Solomom, Levine, e Kraft demonstraram que nos primeiros
anos de vida da criança o estresse poderia afetar a futura resposta dos anticorpos na vida adulta.
Nos anos de 1960, algumas observações psicossomáticas foram feitas em relação às alterações
emocionais que surgiam no início e durante o curso das doenças autoimunes, principalmente em
relação à Artrite Reumatóide, ao Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) e ao mal de Graves, que é um
tipo tireoidite, entre outras patologias.
Tentava-se, nessa época, avaliar a força dos elementos emocionais no desenvolvimento de algumas
doenças. Uma das observações mais intrigantes, talvez tenha sido o fato dos parentes saudáveis de
pacientes com Artrite Reumatóide também apresentarem uma sorologia características de anticorpo
dessa doença (o fator reumatóide ou Anti-imunoglobulina G), mas, apesar disso e por possuírem
capacidade superior de adaptação psicológica à vida, esses parentes não apresentavam a doença.
Esse fato sugere que o bem-estar psicológico pode ter uma influência protetora, até mesmo contra

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uma predisposição genética (Solomon, 1964).


De fato, os clínicos mais sensíveis e observadores têm conhecido as alterações emocionais que
alguns pacientes apresentam no começo e no curso de determinadas doenças. Por conta disso, Sir
Wiliam Osler dizia, com relação ao prognóstico da tuberculose pulmonar, ser tão importante conhecer
o que está se passando na cabeça do paciente, quanto o que está se passando em seu peito.
Ainda em relação à tuberculose, na década de 1950, o célebre fisiologista britânico George Day, dizia
que o problema de adaptação é muito evidente nos 18 a 24 meses anteriores ao surgimento dessa
doença.
Em 1985 sai o primeiro trabalho sobre o hipotálamo e a evidência direta da modulação neurológica da
imunidade (Guillemim). Os neurônios do hipotálamo disparam de maneira seqüencial depois da
administração de um antígeno (corpo estranho) ao organismo. E o eixo Hipotálamo-Hipófise-
Suprarenal se ativa por esse antígeno e por toxinas elaboradas por células pró-inflamatórias (cito-
toxinas), num estado semelhante ao estresse.
Também se sabe que órgãos imunes, como é o timo, o baço e a medula óssea, recebem inervação do
Sistema Nervoso Autônomo, mais precisamente, de sua porção simpática, havendo sinapses nas
uniões entre os terminais nervosos simpáticos e as células imunológicas. Portanto, a imunidade se
regula cerebralmente, havendo maior influência do córtex cerebral esquerdo na maturação e na função
de Linfócitos T, as células imunológicas por excelência.
Algumas alterações emocionais podem surgir no início e durante o curso de muitas doenças
autoimunes. Essas alterações podem incluir forte tensão, sentimentos de insegurança, retraimento
social, dificuldade para expressar sentimentos e sensibilidade afetiva muito aumentada.
Psicologicamente, pode haver perda da adaptação ou, melhor dizendo, perda da habilidade para
atitudes que antes eram eficazes na adaptação. Solomon (1981) estudou essas alterações
particularmente na Artrite Reumatóide, uma doença autoimune. Essas alterações emocionais também
já tinham sido observadas em relação a outras doenças auto-imunes, como no Lúpus Eritematoso
Sistêmico, por exemplo (Fessel).
Com respeito às alergias, alguns trabalhos da década de 1990 têm constatado que o estresse, a
ansiedade e a depressão, retardam significativamente a atividade dos Linfócitos T, proporcionando
hipersensibilidades, dermatites e asma (Paciant, Gil, Djuric). Veja Alergia e Emoção em PsiqWeb

No Câncer
A psiconeuroimunologia do câncer tem sido uma área continuadamente estudada, sempre procurando
esclarecer as relações entre as emoções e a vulnerabilidade à essa doença, bem como à ocorrência e
agravamento das metástases.
A agressividade e malignidade entre tipos diversos de câncer é variável, conseqüentemente, varia
também a habilidade de Sistema Imunológico em resistir a determinados tipos específicos desses
cânceres (Lewis). A imunoterapia está ganhando atenção, particularmente para o tratamento de
melanomas, linfomas e câncer da mama. As "toxinas de Cooley" tinham pouca eficácia antes de
advento da quimioterapia, agora já são conhecidas como poderosos estimulantes imunológicos.
O Sistema Imunológico é o responsável pela vigilância do organismo contra a proliferação de células
cancerígenas. Algumas células do Sistema Imunológico são destinadas a destruir essas células
anômalas que poderiam transformar-se em câncer e que nosso organismo, em seu estado natural,
está sujeito à produzir esporadicamente. Entre essas células vigilantes estão as Células NK (Natural
Killer).
Muitos estudos experimentais e clínicos em humanos e em animais têm mostrado que as Células NK,
importantíssimas na vigilância contra as células neoplásicas e na prevenção de metástases de câncer,
podem ser sensíveis à influência de fatores estressores e psicossociais. Constata-se, cada vez mais,
que o estresse pode aumentar substancialmente a extensão e a probabilidade de metástases em

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câncer de mama em ratas devido à supressão da função das Células NK (Ben-Eliyahu).


Um estudo de intervenção psicoterapêutica em pacientes com câncer de pele (melanoma) foi realizado
por Fawsy (1993). Comparou-se um grupo pacientes com melanoma maligno e que participaram de
um grupo de atenção psiquiátrica durante seis meses, com um grupo controle, composto de pacientes
portadores da mesma doença mas sem acompanhamento psicoterápico.
Os pacientes com melanoma maligno e participantes do grupo psiquiátrico, mostraram menos dor e
maior atividade das Células NK que o grupo controle, de pacientes com esse mesmo quadro mas não
participantes do programa de atenção psicoterapêutica. Os pacientes do programa de atenção
psicoterapêutica mostraram ainda menos recorrência e metástases, além de uma sobrevida maior que
seis anos. Veja Câncer e Emoção
Imunidade e Doença Mental
As diferenças individuais no comportamento, nos estilos pessoais de enfrentamento dos conflitos, nos
traços de personalidade e psicológicos podem acompanhar diferentes características imunológicas.
Amkraut, em 1972, percebeu que ratos dotados de maior comportamento de luta espontânea
mostravam maior resistência imunológica à indução de vírus tumorais. Kamen-Siegel constatou em
idosos que um estilo pessimista em relação à vida se correlacionava com baixa imunidade.
De um modo geral, as anormalidades imunológicas que ocorrem junto com transtornos
psicoemocionais devem ser dividido em dois grupos; aquelas associadas às desordens afetivas e
aquelas associadas à esquizofrenia. Aparentemente, no caso das desordens afetivas (depressão) a
baixa imunidade apareceria como conseqüência e, no caso da esquizofrenia, como causa ou
comorbidade. De qualquer forma, a constatação da contribuição de processos imunológicos em
doenças mentais e vice-versa é muito problemática.
Não obstante, desde a década de 1980, tem-se documentado muito bem alguns elementos
importantes entre funções imunológicas e depressão (Miller). Em casos de estados depressivos mais
graves, a função dos Linfócitos T declina de uma forma idade-dependente. Isso significa que pessoas
jovens e com testes psicológicos sugestivos de depressão não tiveram déficit no funcionamento de
células T mas, pessoas mais velhas e com os mesmo resultados nesses testes para depressão,
sofrem diminuição significativa da imunidade (idade-dependente).
A reativação de vírus latentes também pode ocorrer na depressão. Essas experiências forma mais
comumente constatadas com o vírus do Herpes Simples. A depressão não é associada apenas à
diminuição ou supressão da imunidade, mas também com sinais de ativação alterada do Sistema
Imunológico. Essas alterações são o que ocorre nas doenças chamadas Autoimunes. Também se
constata que os tratamentos efetivos para a depressão costumam ser acompanhados, gradualmente,
do retorno da normalidade imunológica.
Quanto às anormalidades imunológicas que se tem encontrado em pacientes com esquizofrenia, a
situação é bastante ampla e diferente do que acontece na depressão. Alguns autores até chegaram a
questionar se a esquizofrenia não poderia ser uma doença autoimune (Henneberg).
Também tem havido várias opiniões sobre evidências da esquizofrenia ter uma origem viral ou pós-
viral, o que faria com que ela tivesse uma forte influência imunológica. Na esquizofrenia haveria uma
alteração nos níveis de um tipo de imunoglobulinas, constatáveis no soro e no líquido
cefalorraquidiano dos pacientes (Kurstak). Mas essas informações são polêmicas e pouco coerentes.
Muito polêmico também tem sido o conceito da esquizofrenia como uma doença autoimune. Essa idéia
se baseia em numerosos informes de anticorpos anticerebrais na sorologia de pacientes com
esquizofrenia. Tais estudos foram iniciados há tempos por Fessel (1965), cuja iniciativa consistia em
tentar reproduzir sintomas de esquizofrenia pela administração de injeções de imunoglobulinas de
pacientes esquizofrênicos em macacos.
Apesar da predisposição genética e psicológica como fatores estimulantes da esquizofrenia, alguns
trabalhos têm insistido na patologia imunológica dos neuroreceptores e neurotransmissores, ambos da
serotonina e dopamina. Anticorpos poderiam atuar bloqueando ou estimulando esses receptores ou os

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próprios neurotransmissores, tal como ocorre nos casos de Miastenia Grave e da Doença de Graves,
respectivamente. Na esquizofrenia postulava-se que um anticorpo poderia atuar como agonista do
neurotransmissor dopamina (Tachibana).
Hirata-Hibi (1993) observou anormalidades morfológicas em linfócitos de muitos pacientes com
esquizofrenia, particularmente naqueles com os chamados Sintomas Negativos da Esquizofrenia, além
da constatação dessas alterações celulares em alguns membros de suas famílias.
Na Atividade Cerebral
O Sistema Imunológico afeta o cérebro e a conduta, sobretudo devido aos efeitos imunes das citocinas
no Sistema Nervoso Central (Ransohoff). Ainda que as citocinas sejam moléculas relativamente
grandes, particularmente a chamada Interleucina-1 (IL-1), elas podem cruzar a barreira hemato-
encefálica. Essa IL-1 também é produzida no cérebro, não só pela microglia, que são os macrófagos
residentes no Sistema Nervoso Central, senão também pelos astrócitos. A IL-1 periférica pode afetar o
cérebro, incluindo a produção de citocinas através do estimulo de fibras aferentes de nervo vago.
Existem receptores de citocinas no cérebro, incluindo para a IL-1, IL-8 e Interferon, ambos nas células
gliais e nos neurônios. As citocinas têm importante papel no desenvolvimento e regeneração dos
oligodendrócitos na produção de mielina. As citocinas também são ligadas ao desenvolvimento da
esclerose, dos gliomas, das demências associadas ao HIV, das lesões no cérebro e, provavelmente,
da doença de Alzheimer.
As citocinas pró-inflamatórias, particularmente IL-1 e o Fator de Necrose Tumoral (FNT) são
responsáveis pela ocorrência da febre, do sono, da anorexia e da fatiga na doença. Daí, talvez, a
grande prostração que pacientes dessas doenças experimentam.
O uso terapêutico de citocinas, particularmente do Interferon, pode produzir sintomas psiquiátricos, tais
como psicopatias e estados alterados de ânimo, tipo afetivo ou ansioso. O estado de ânimo
depressivo, com desesperança e desamparo é associado ao declive rápido de e Células T-CD4.
As relações entre o cérebro e a conduta se ilustram bem pela investigação substancial da influência de
fatores psicossociais no curso da AIDS, Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (Nott).
No Estresse
Os experimentos relacionando imunidade e estresse em animais foram, sem dúvida, a porta de
entrada para a Psiconeuroimunologia. Eles datam da década de 1930 e foram iniciados pelo
canadense Hans Selye. Esse tema de investigação científica dispõe, portanto, de uma muito extensa
bibliografia. Tipo de estresse, duração e intensidade do estímulo aversivo, administração de antígenos,
etc, são todos temas muito relevantes para a Psiconeuroimunologia.
O fato de o apoio social ser um importantíssimo modificador dos efeitos deletérios do estresse em
experiências com primatas pode sugerir a importância do apoio ambiental na saúde da pessoa
estressada. Quando o tipo de resposta do indivíduo ao estresse se caracteriza por uma postura de
derrota e pessimismo, o Sistema Imunológico corre sérios riscos.
O estresse agudo em humanos, cuja fisiologia é semelhante às reações de luta que se vê no reino
animal, geralmente aumenta o numero e a atividade das Células NK. Porém isso só ocorre numa
primeira fase dessa atitude de defesa (Coe, 1987 e Nallibof, 1991).
O estresse da vida cotidiana, principalmente nas situações mais exaustivas, tensas e crônicas, pode
afetar uma série elementos imunológicos. Entre essas alterações estão as funções de Células T, a
atividade de Células NK, a resposta de anticorpos, a função dos macrófagos, a reativação de vírus
latentes (como o Herpes Simples), entre outras, com severas implicações na saúde global da pessoa
(Glaser). As relações entre o estresse e infecções são bastante antigas e, inúmeras vezes,
constatados por trabalhos experimentais, alguns bastante rigorosos (Friedmam).
Segundo Cohem (1991), existe uma grande variedade de vírus intranasais capazes de desenvolver
alterações imunológicas, tanto através da produção de anticorpos, quanto de infecções, como uma
forma de resposta aos aumentos no grau de tensão psicológica. Cada vez mais trabalhos científicos
confirmam efeitos danosos do estresse sobre infecções virais e bacterianas.

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Também os hormônios respondem ao estresse, incluindo a adrenalina, os corticoesteróides e as


catecolaminas. Esses hormônios têm variadíssimos efeitos na regulação da resposta imune
(Buckingham). Em níveis anormais, altos ou baixos, os hormônios afetam a imunidade.
A atividade intergrada entre o Hipotálamo, a Hipófise e as glândulas Suprarenais, conhecido por Eixo
Hipotálamo-Hipófise-Suprarenal, é ativado por eventos psicológicos, regulando assim a secreção de
hormônios produzidos na Hipófise e destinados às Suprarenais, como é o caso da corticotrofina (CRF)
e do hormônio adrenocorticotrofico (ACTH). Esses, por sua vez, terão efeitos diretos na imunidade.
O hormônio do crescimento, também estimulado por eventos psíquicos, pode aumentar as funções
dos Linfócitos T e NK em animais de experiência. Os hormônios sexuais também afetam a imunidade.
A atividade da Célula NK é mais alta na fase lútea de ciclo menstrual e é também estimulada pelos
hormônios da tireóide.
A Psiconeuroimunologia está, assim, se desenvolvendo a passos largos, colaborando fortemente para
apagar o incômodo dualismo ainda presente na medicina, o qual separa hermeticamente a mente do
corpo.
A Psiconeuroimunologia contribui para que os pacientes possam compreender que seu corpo é uma
somatória integrada e indissolúvel do mental com o orgânico, influenciado significativamente pela
experiência de vida e por sua própria sensibilidade. Finalmente, a Psiconeuroimunologia não só deve
contribuir solidamente para a compreensão da fisiopatologia médica como da visão holística da
medicina.
Ballone GJ, Psiconeuroimunologia, in. PsiqWeb, Internet, 2001, disponível em psiqweb.med.br
Veja também:
Alergia e Emoção - Relação entre estados alérgicos (asma, rinite...) e estados emocionais.
Asma e Emoção - A asma brônquica do ponto de vista psicossomático.
Imunologia e Emoção - Aspectos imunológicos das emoções
Este artigo é baseado predominentemente em:
George F. Solomon - Psiconeuroinmunología: sinopsis de su historia, evidencia y consecuencias -
2001, (Psychoneuroimmunology: synopsis of its history, classes of evidence and their implications),
disponível em www.psiquiatria.com/interpsiquis2001/2713

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