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O acusado, Carlos Francisco, praticou roubo, no dia 28 de 2004, tomando para si, de

maneira ilegítima, relógio de marca Rolex do empresário Jorge Vicente, indefeso ao


sair, em seu veículo automotor, de seu local de trabalho, no bairro Cidade Jardim –
incidindo, assim, o réu em reincidência (provou-se condenado, em 2002, por crime de
furto ocorrido em 1999).

Na ocasião do assalto, em que abordara o empreendedor, Carlos Francisco incorreu em


violência demasiada, resultando em escoriações na pele da vítima, descritas no laudo
médico.

Não justificam, conforme relatado pelo réu, dificuldades financeiras o fato do abuso da
força bruta. Entende-se que o ser humano, quando do desespero, manifesta atitudes
irracionais, desmotivadas, de caráter excessivo. Dado o antecedente e sua detenção, por
tal causa, não é possível relevar a consciência de seus atos – quem já sofreu a dureza do
lei não é menos escusável de qualquer delito.

O parágrafo terceiro (§ 3º) do art. 157 sobreleva o agravante disposto na alínea primeira
do parágrafo anterior (uso de arma de fogo), pois infere em pena superior, abarcando,
enquanto consequência penal, a punibilidade necessária a totalidade do crime: assalto à
mão armada, caracterizado pelo desmedido uso da violência, como verificável no Laudo
do Exame Médico Legal de fls. 51.

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