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A Engenharia no Brasil
O ITA é hoje uma das Organizações do DCTA, de acordo com o Decreto nº 5.657, de 30
de dezembro de 2005.
IME - O Instituto Militar de Engenharia (IME) é uma instituição acadêmica de nível superior
ligada ao Exército Brasileiro.
Antecedentes
Era ministrado um curso de oito anos, dos quais os oficiais de Infantaria e Cavalaria
faziam apenas dois e os de Artilharia e de Engenharia os oito. O currículo destes últimos era
bastante amplo, formando um oficial apto não apenas para a engenharia militar, mas também
para a engenharia civil. Além das disciplinas científicas como Cálculo, Química, Astronomia, Física,
Mineralogia e outras, eram lecionadas outras de cunho técnico como Topografia, Pontes, Caminhos
e Calçadas (estradas), Hidráulica, Canais e Portos, Diques e Comportas, Arquitetura Civil,
Materiais de Construção, e orçamento de obras.
Os engenheiros formados na Escola Central eram civis e militares, pelo fato de ser a única
escola de Engenharia no país.
Em 1874, a Escola Central transitou para a Secretaria do Império sendo criada a "Escola
Politécnica", que formava exclusivamente engenheiros civis, enquanto que a formação dos oficiais
de Engenharia e de Artilharia continuou a ser realizada na Escola Militar da Praia Vermelha até
1904, quando foi transferida para o Realengo. Os oficiais de Infantaria e de Cavalaria passaram a
partir de então a ser formados em Porto Alegre.
O período Republicano
Diante dos revezes sofridos pelo Exército na campanha de Canudos, e da disputa entre
"tarimbeiros" - oficiais sem os conhecimentos técnico-administrativos necessários à campanha - e
"doutores" - oficiais sem vivência dos problemas práticos da mesma -, em 1897 o Congresso
autorizou "a reorganização dos estabelecimentos de ensino militar, devendo reduzir os estudos
teóricos e ampliar os práticos (...)", ficando o curso da Academia Militar reduzido a apenas dois
anos, inclusive para os oficiais técnicos. No caso dos engenheiros militares, estes passaram a ser
na prática "engenheiros de combate", isto é, oficiais que dominam apenas o necessário em
situações de combate, como a construção de pontes ou estradas de campanha, sem o mesmo tipo
de formação de um engenheiro civil.
Posteriormente, em 1898, foi criada a Escola Militar do Brasil, onde foram reunidos os Cursos de
Estado-Maior, Engenharia, Artilharia e de Geógrafos.
O Decreto nº 1.348, de 12 de julho de 1905, deu nova organização ao ensino militar, instituindo a
Escola de Artilharia e Engenharia, onde eram ministrados os cursos de Engenharia e Armamento,
e a Escola de Estado-Maior, onde eram ministrados os cursos de Estado-Maior e de Geógrafos.
Mais tarde, em 1913, visando unificar todas as escolas de Guerra e de Aplicação, foi instituída a
Escola Militar do Realengo, que viria a formar os oficiais do Exército Brasileiro por quase quarenta
anos.
À época da Segunda Guerra Mundial, sob a influência dos Estados Unidos da América, foi criado o
Instituto Militar de Tecnologia (1941), instalado no atual prédio da Praia Vermelha (1942),
iniciando-se assim programas de estudo, pesquisa e controle de materiais para a indústria bélica.
Finalmente, em 1959, a Escola de Engenharia Militar foi fundida com o Instituto Militar de
Tecnologia, passando a designar-se Instituto Militar de Engenharia (IME).
Ao longo dos anos, a Escola de Engenharia formou muitos profissionais que hoje se
destacam como lideranças. O atual presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico
e Tecnológico (CNPq), Evando Mirra, e o ex-diretor científico da Fundação de Apoio à Pesquisa do
Estado de Minas Gerais (Fapemig), Afrânio Aguiar, são alguns exemplos.
Referências Bibliográficas