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PROCESSOS DE ELETRIZAÇÃO

Introdução Posteriormente, o físico tudo das propriedades da maté-


Histórica americano Benjamin Franklin ria.
(1706-1790), sem conhecer os Quando duas cargas
trabalhos de Du Fay, atribuiu os elétricas interagem, a direção das

O
sábio
grego Tales de nomes de positiva e negativa aos forças é dada pela Lei de Du
Mileto (640- dois tipos de eletricidade. Fay: cargas de sinais iguais se
546 AC) ob- Até o século XIX se repelem e cargas de sinais dife-
servou que um pedaço de âmbar considerava que as forças elétri- rentes se atraem.
(substância resinosa, amarela e cas eram fenômenos particulares A unidade para medir a
fossilizada) atritado com um pa- que não tinham relação com o carga no SI é o coulomb (C), em
no atraia corpos de massa pe- resto dos fenômenos físicos. Em homenagem ao físico francês
quena; essa atração não seria nossos dias se considera que a Charles Augustin de Coulomb
gravitacional uma vez que o âm- força elétrica é uma das quatro (1736-1806), quem descobriu a
bar só atraia quando atritado. Fi- forças chamadas fundamentais; relação que existe entre a força
cava, desde então, evidenciada a as outras são a gravidade e as elétrica e as cargas elétricas.
presença de forças muito mais forças nucleares, forte e fraca.1 A carga do elétron é i-
intensas. A força elétrica provem gual, em módulo, a carga do pró-
Até os dias de William da presença de cargas elétricas; ton e vale , aproximadamente,
Gilbert (1540-1603), não se fazia estas podem ser de dois tipos, 1,6x10-19C.2
distinção entre magnetização e positivas ou negativas. A carga
eletrização. Gilbert fazendo ex- elétrica é uma propriedade fun- Processos de
periências verificou que muitas damental da matéria como a Eletrização
outras substâncias apresentavam massa e o volume.
O conceito de carga elé-

O
tal propriedade e todos os fenô- s átomos e a
menos relacionados foram cha- trica, ainda que um pouco abstra- matéria em es-
mados de elétricos (âmbar em to, é tão importante que não se tado natural
grego é elektron). pode deixar de mencionar-se na têm cargas po-
descrição do mundo físico. No sitivas e negativas e porque nos
princípio, dito conceito físico era átomos há o mesmo número de
Carga e Força somente um artifício inventado
Elétrica prótons e elétrons, o átomo é ele-
para descrever uma situação, po- tricamente neutro.
rém depois adquiriu realidade ao Para alterar tal situação,

N
o século XVIII, descobrir-se as unidades naturais
o físico francês ou seja, para eletrizar um corpo,
de carga. Na atualidade se per- é necessário fazer um certo tra-
Charles Fran- cebe que as unidades de carga
çois Du Fay balho ou esforço. Dizemos que
como o elétron, o pósitron, o um corpo esta eletrizado ou car-
(1698-1739) publicou um traba- próton e diversos mésons real-
lho acerca da existência de dois regado quando o número de pró-
mente existem e são entidades tons é diferente do número de e-
tipos de eletricidade: fundamentais com relação ao es-
 Vitrosa, chamada assim por- létrons.
que é a carga que adquire uma 1
Força nuclear forte é a força que man-
barra de vidro depois de atritada tém unido o núcleo de um átomo. Afeta
com seda. as partículas do núcleo: nêutrons, pró-
2
 Resinosa, que é a carga da tons e mésons. O valor 1,6x10-19 C é chamado carga
Força nuclear fraca é a força que se ma- elementar e é representado por “e”.
borracha quando atritada com lã. nifesta nos núcleos de átomos instáveis Diz-se que a carga elétrica é uma gran-
com mais de 89 prótons através de emis- deza quantizada, pois é sempre múltipla
sões alfa e beta. de uma quantidade mínima, no caso “e”.

1
Para eletrizar um corpo “Eletrizam-se com si-
é necessário retirar ou acres- nais contrários e com mesma
centar elétrons em um corpo. quantidade de carga.”
Experimentalmente, ve- Veja as figuras a seguir:
rifica-se que os elétrons loca-
lizados nas últimas camadas ele-
trônicas de certos átomos podem
ser facilmente deslocados de su-
Há um caso particular
as posições e ainda transferidos
que merece destaque: é aquele
para outros átomos.
em que os condutores são esféri-
A maior ou menor difi-
cos e de mesmo raio. Nesse caso,
culdade encontrada em mo-
o excesso de carga elétrica se
vimentar os elétrons dentro de
distribui igualmente pelas duas
um material determina se esse
superfícies esféricas.
material é um condutor de elé-
trons ou um Isolante.3
As principais formas
para um corpo perder ou ganhar
elétrons são:
1. Por Atrito
Quando ocorre a fricção
entre dois corpos neutros de nature-
zas diferentes, pode surgir um fluxo
de elétrons de um corpo para outro.
A medida que um corpo 2. Por Contato
perde elétrons, este vai apresen- Colocando-se em conta-
tando uma predominância de to dois condutores, (A) eletriza-
cargas elementares positivas e- do e (B) neutro, verifica-se que
quivalente a quantidade de elé- B se eletriza com carga de sinal
trons perdida, enquanto que o igual ao de (A) Aos conduto-
outro recebe elétrons ficando res A e B aplica-se o princípio
com uma quantidade de cargas da conservação das cargas elétri- Deve-se sempre obser-
elementares negativas em exces- cas: antes e após o contato, a var o princípio da conservação
so. carga total deve ser a mesma. das cargas elétricas, ou seja, a
Conclusão A figura ilustra a eletri- quantidade de cargas no final
zação por contato: deve ser a mesma que no início.
3
Condutor: nos materiais con- 3. Por Indução
dutores sólidos, os elétrons são facilmen- Neste processo nos uti-
te deslocados de suas posições, e rece-
bem o nome de elétrons livres. Os elé-
lizaremos de dois corpos (A) e
trons livres ficam na superfície externa (B), ambos de materiais condu-
(veremos a seguir). tores, por exemplo: duas esferas
Ex.: metais de cobre. Um deles (A) deverá
Isolante: nos materiais isolan-
tes, os elétrons apresentam forte ligação
estar eletrizado e o outro (B),
com o núcleo, tornando difícil deslocá- neutro.
los, ao longo do material. Suponhamos, por exem-
As substâncias isolantes não plo, que o corpo (A) esteja ele-
possuem elétrons livres, e toda carga em
trizado negativamente. Vamos
excesso permanece estacionária no local
onde foi depositada. chamá-lo de indutor.
Ex.: plástico, borracha, porce-
lana, vidro, etc. a) Com os corpos (A) e (B) afas-
Existem materiais, como o Ge tados um do outro, temos:
e o Si que são denominados semicondu-
INDUTOR INDUZIDO
tores, porque o grau de dificuldade em
deslocar os elétrons das últimas camadas
é intermediário entre os condutores e os
isolantes.

2
(papel de alumínio, por exem- lhas um corpo neutro, as folhas
plo). não se moverão.
Se aproximarmos do
Pêndulo um corpo neutro, ele
não se move, pois não há intera-
b)Se aproximarmos o indutor do
ção entre cargas elétricas.
induzido ocorre a polarização
por indução.

Entretanto, se aproxi-
marmos do topo do eletroscópio
um corpo carregado, haverá a
c) Se ligarmos o induzido (B) à polarização das cargas do ele-
Se, no entanto, aproxi-
Terra, observaremos um escoa- troscópio: o topo ficará carre-
marmos do pêndulo um corpo
mento de elétrons de (B) para a gado com carga de sinal dife-
carregado, haverá uma polariza-
Terra. rente do que as folhas. Isso vai
ção na bola do pêndulo e uma
conseqüente atração entre os provocar a repulsão entre as fo-
dois. lhas, pois ambas ficam carre-
gadas com cargas de mesma na-
tureza.
d) Ainda, na presença do indu-
tor, desfazemos a ligação com a
Terra.

Se houver contato entre


um corpo carregado e a bolinha,
ambos ficarão carregados com
e) Agora, afastamos o indutor e cargas de mesmo sinal e passa-
as cargas do induzido distri- rão a se repelir.
buem-se uniformemente pela su- 2. Distribuição das cargas elé-
perfície. tricas em excesso num condu-
tor isolado em equilíbrio ele-
trostático.

U
m condutor iso-
lado encontra-
se em equilí-
brio eletrostáti-
b) Eletroscópio de folhas co quando não há movimento or-
Observações: O eletroscópio de fo- denado de cargas elétricas no seu
lhas é mais sensível que o pên- interior e na superfície. Seus elé-
1. Eletroscópios dulo elétrico. Veja o esquema de trons livres encontram-se em
movimento aleatório.

S
ão aparelhos que um deles:
servem para de- Observemos que um
terminar se um condutor isolado, em equilíbrio
corpo está eletri- eletrostático, pode ou não estar
camente carregado ou não. eletrizado.
Os principais tipos de As cargas elétricas em
eletroscópios são: excesso de um condutor são de
a) Pêndulo elétrico um mesmo sinal: ou positivas ou
Constitui-se de uma negativas. Evidentemente, elas
haste (suporte), um fio de seda se repelem e, procurando a maior
(isolante) e uma bolinha leve, re- Se aproximarmos do distância entre si, vão para a su-
coberta de material condutor topo de um eletroscópio de fo- perfície do condutor.

3
Benjamin Franklin, se- cesso deveriam permanecer no Dizemos que o condutor A cons-
gundo consta, foi o primeiro a interior dela, porém, repeliram- titui uma blindagem eletrostáti-
observar que as cargas elétricas se e foram para a nova superfície ca.
em excesso de um cilindro me- externa.
tálico iam para a superfície ex- Outro físico inglês, o A
terna. Eletrizou um cilindro oco Dr. Henry Cavendish (1731-
B
de prata e fez descer uma esfera 1810) também realizou uma ex-
de cortiça pendurada num fio i- periência nesse campo, usando
solante e notou que ela não era dois hemisférios metálicos, do-
atraída pelas paredes internas, tados de cabos isolantes, que se
como seria ao descer a esfera adaptavam perfeitamente a uma
A carcaça metálica de
junto a sua parede externa. O esfera oca, metálica, montada
um amplificador eletrônico, a
próprio Franklin não soube ex- sobre suporte isolante fixo. Ele-
plicar esse fato naquela ocasião trizando a esfera metálica, adap- carcaça metálica de um carro ou
de um ônibus são exemplos de
(1775). tava os hemisférios a ela. Ao se-
blindagem eletrostática.
pará-los, notava que a esfera es-
tava neutra, enquanto que os he- Michael Faraday reali-
zou uma experiência com a fina-
misférios haviam recebido toda
lidade de comprovar a blinda-
sua carga.
Vejamos as figuras a gem eletrostática: construiu uma
grande “gaiola” metálica, mon-
seguir.
tou-a sobre suportes isolantes e
ligou-a a um potente gerador ele-
A esfera de cortiça não é atraída pelas trostático.
paredes internas do cilindro eletrizado.
Conforme suas próprias
palavras:
“Penetrei no interior da
gaiola e ali permaneci sem ne-
(antes) nhum dano. Usando velas acesas,
eletrômeros e todos os demais
instrumentos de verificação de
fenômenos elétricos, não percebi
A esfera de cortiça é atraída pela parede a menor influência sobre eles ...
externa do cilindro eletrizado. embora durante todo o tempo o
O físico inglês Michael exterior dela estivesse altamente
Faraday (1791-1867) realizou carregado e grandes eflúvios elé-
(depois)
diversas experiências comproba- Um fato interessante de tricos saltassem de todos os pon-
tórias da distribuição de cargas tudo isso é quando consideramos tos da superfície externa.”
elétricas em excesso na superfí- um condutor A, eletrizado ou Até hoje, usam-se gaio-
cie externa no condutor isolado. não. Ele apresenta as mesmas las de Faraday como cabina de
Uma delas foi a da tela cônica. propriedades: é nulo o campo e- teste de pára-raios, transforma-
Trata-se de uma tela em forma létrico em seu interior4e as car- dores e geradores eletrostáticos
de cone, feita de linho, que é um gas elétricas em excesso, se exis- nas industrias.
material que conduz relativa- tirem, distribuem-se pela super-
mente bem a eletricidade. Eletri- fície. Se considerarmos um cor- 3. O Poder das Pontas
zando a tela, Faraday notou, u- po B, neutro, no interior de A,
sando um pêndulo de cortiça,

E
mesmo que A esteja eletrizado, m um condutor
que não havia cargas elétricas B não sofre indução eletrostáti- esférico carre-
em excesso no interior, mas ape- ca. gado as cargas
nas na superfície externa, e, vi- Verifica-se que qual- se distribuem
rando-a do avesso, repetiu o teste quer que seja a situação elétrica uniformemente na superfície
com o pêndulo. Novamente veri- de A, nada acontecerá com B. mas, se houverem protuberâncias
ficou que as cargas em excesso ou pontas, as cargas se concen-
estavam na superfície. Ao virar a trarão em maior quantidade por
4
tela do avesso, as cargas em ex- Posteriormente analisaremos em deta-
lhes o conceito de campo elétrico.

4
área (densidade superficial) nes- Como as moléculas es- A soma das alternativas corretas
sas regiões. tão em constante agitação térmi- é ................... .
O campo elétrico nessas ca o alinhamento não é perfeito. 3. Podemos ler, em certas revis-
regiões é muito intenso e se for Evidentemente, se abaixarmos a tas de divulgação científica, que
suficientemente forte pode ioni- temperatura, conseguiremos um um buraco negro é um corpo tão
zar o meio envolta, possibilitan- melhor direcionamento das mo- denso que tudo o que passa nu-
do a emissão de elétrons se o léculas. ma certa vizinhança é absorvido
corpo estiver eletrizado negati- Mesmo que o dielétrico por ele e desaparece para sem-
vamente. fosse constituído de moléculas pre.
Ao valor máximo da in- não-polares a distribuição de Se um elétron cair nesse
tensidade do campo elétrico que cargas elétricas no seu interior buraco negro, a sua carga elétri-
um isolante suporta sem se ioni- seria modificada em presença do ca desaparecerá?
zar, dá-se o nome de rigidez die- campo elétrico, por indução. 4. Quando da ligação de uma te-
létrica do isolante. Para o ar, ela O campo elétrico tem a levisão, podemos verificar, du-
é de 3.000.000 V/m. tendência de separar as cargas rante alguns instantes, que a tela
Uma vez atingida a ri- elétricas positivas das negativas atrai corpos leves (folhas de pa-
gidez dielétrica do dielétrico, ele de um átomo ou molécula. O fe- pel, pó, etc.).
se ioniza e torna-se condutor. nômeno é denominado polariza- A que podemos atribuir
Quando isto acontece com o die- ção do dielétrico e perdura en- esse fenômeno e porque é ele
létrico das vizinhanças da ponta quanto existir o campo elétrico transitório?
de um condutor, verifica-se que externo.
cargas do mesmo sinal que a 5. Por que quando o ar está úmi-
ponta são repelidas e de sinais do os fenômenos eletrostáticos
contrários são atraídas. Eviden- Exercícios de Fixação são atenuados?
temente, o condutor acaba se 6. Dado que a “gaiola de Fara-
descarregando pela ponta. 1. Sabemos que a carga elétrica é day” protege os corpos que nela
A construção de pára- quantizada. Os seguintes enunci- são encerrados contra as influên-
raios com hastes metálicas ter- ados deste fato são equivalentes? cias elétricas vindas do exterior,
minadas em pontas fundamenta- a) Existe uma carga elétrica mí- será que também protege os cor-
se no poder das pontas. nima não nula (a unidade de car- pos exteriores contra as influên-
Mais a frente analisa- ga mínima); cias vindas do interior? Por e-
remos com maiores detalhes a b) Qualquer carga elétrica é um xemplo, se encerrarmos nela
formação de raios na atmosfera múltiplo inteiro (positivo ou ne- uma carga elétrica, poderá um
terrestre. gativo) de uma carga elétrica e- observador exterior detectar o
lementar; campo dessa carga
4. Polarização de um Isolan- c) A carga elétrica não é uma a) se a gaiola estiver isolada?
te(Dielétrico) grandeza contínua (considerando b) se a gaiola estiver ligada ao
todos os valores reais). solo?

H
á dois tipos de 2. “Afirmar que a carga elétrica 7. As causas do “enjôo na es-
substâncias iso- de um sistema se conserva é a- trada” são por vezes atribuídas à
lantes: aquelas firmar”: eletricidade estática. Segundo
que apresentam 01. Que ela é invariante; uma publicidade recente de um
moléculas polares e as que apre- 02. Que a soma aritmética das “dispositivo antiestático”: “Nu-
sentam moléculas apolares. cargas positivas e negativas pre- merosas experiências comfir-
Moléculas polares são sentes no sistema é constante; mam que esta ‘poluição’ elétrica,
aquelas que possuem um dipolo 04. Que a soma algébrica das tão nefasta quanto pérfida, se a-
permanente. A água é um exem- cargas é constante; cumula rapidamente na carcaça
plo. Nas moléculas apolares há 08. Que a soma das cargas posi- do veículo e formam uma gaiola
uma distribuição simétrica de tivas e a soma das cargas negati- de Faraday [...] Somos todos
cargas elétricas no seu interior. vas são constantes separadamen- mais ou menos inconscientemen-
Colocando-se na pre- te; te incomodados, mesmo os con-
sença de um campo elétrico um 16. Que as interações no sistema dutores mais experientes.”
dielétrico de moléculas polares, não podem fazer variar a sua Vendem-se no comércio
os dipolos tendem a se orientar carga total. dispositivos de eliminação da e-
pelo campo elétrico. letricidade estática, correntes ou

5
fitas condutoras fixas ao carro e um condutor neutro, sem tocá-lo, (D)o pente é bom condutor elé-
arrastando pelo chão, ou mesmo podemos afirmar que o condutor trico.
(é o engenho elogiado pela refe- neutro: (E) n.d.a.
rida publicidade), “microemisso- (A) conserva sua carga total nu- 6. Três esferas de isopor, M, N e
res eletromagnéticos autônomos la, mas é atraído pelo eletri- P, estão suspensas por fios iso-
e permanentes criando entre eles zado. lantes. Quando se aproxima N de
por sintonização uma grande (B)eletriza-se negativamente e é P, nota-se uma repulsão entre as
barreira de ondas ultracurtas ab- atraído pelo eletrizado. esferas; Quando se aproxima N
solutamente inultrapassável pela (C)eletriza-se positivamente e é de M, nota-se uma atração. Das
eletricidade estática”. repelido pelo eletrizado. possibilidades apontadas na ta-
O que você pensa da u- (D)conserva a sua carga total nu- bela baixo quais são as compatí-
tilidade e eficácia destes disposi- la e não é atraído pelo eletri- veis com as observações?
tivos? zado. CARGAS
8. Num condutor sólido, os elé- (E) fica com a metade da carga Possibilidades M N P
trons movem-se livremente. do eletrizado. 1ª + + -
Então porque não caem 3. A figura representa duas esfe- 2ª - - +
no interior do condutor sob o e- ras eletrizadas negativamente 3ª zero - zero
feito do seu peso? que se repelem, suspensas por 4ª - + +
9. Um avião em vôo pode eletri- dois fios isolantes. Observa-se 5ª + - -
zar-se por fricção no ar e adqui- que, com o tempo, o ângulo for-
(A)A 1ª e a 3ª
rir uma carga elétrica elevada. mado pelos fios tende a diminu-
(B)A 2ª e a 4ª
a) Por que este fenômeno é em- ir. Isto ocorre porque as esferas:
(C)A 3ª e a 5ª
baraçoso? (D)A 4ª e a 5ª
Evita-se isto, em grande (E) A 1ª e a 2ª
parte, munindo a cauda do apare-
7. Dispõe-se de três esferas me-
lho com uma fina calha metálica
tálicas idênticas e isoladas uma
ou com um pequeno comprimen-
da outra. Duas delas A e B estão
to de cabo.
(A)perdem elétrons para o ar. descarregadas, enquanto a esfera
b) Como opera este dispositivo?
(B)absorvem elétrons do ar. C contém uma carga elétrica Q.
(C)perdem prótons para o ar. Faz-se a esfera C tocar primeiro
Exercícios de Vestibular (D)absorvem prótons do ar. a esfera A e depois a esfera B.
(E) trocam elétrons entre si. No final deste procedimento,
1. Três bolas metálicas podem 4. Um corpo tem 2x1018 elétrons qual a carga elétrica das esferas
ser carregadas eletricamente. e 4x1018 prótons. Dado que a A, B e C respectivamente?
Observa-se que cada uma das carga elétrica de um elétron (ou (A)Q/2, Q/2 e nula
três bolas atrai uma das outras, de um próton) vale, em módulo, (B)Q/4, Q/4 e Q/2
Três hipóteses são apresentadas: 1,6x10-19C, podemos afirmar que (C)Q, nula e nula
I) Apenas uma das bolas está o corpo está carregado com uma (D)Q/2, Q/4 e Q/4
carregada. carga elétrica de: (E) Q/3, Q/3 e Q/3
II) Duas das bolas estão carrega- (A)-0,32 C
das. (B)0,32 C
III) As três bolas estão carrega- (C)0,64 C 8. Três esferas E1, E2 e E3, bem
das. (D)-0,64 C afastadas entre si, têm seus raios
O fenômeno pode ser (E) 2,00 C na razão 1:3:5 e estão eletrizadas
explicado: com cargas respectivamente i-
(A)somente pelas hipóteses II ou 5. Juliana penteia seu cabelo.
Logo depois, verifica que o pen- guais a 3nC, 6nC e -18nC.
III; Supondo que as esferas
(B)somente pela hipótese I; te utilizado atrai pedaços de pa-
pel. A explicação mais plausível sejam ligadas entre si por fios de
(C)somente pela hipótese III; capacidade desprezível, as car-
(D)somente pela hipótese II; deste fato é que:
(A)o papel já estava eletrizado. gas de E1, E2 e E3, após a liga-
(E) somente pelas hipóteses I ou ção, serão respectivamente i-
II. (B)a atração gravitacional age
entre os dois corpos. guais, em nC, a:
2. Se um condutor eletrizado po- (C)o pente se eletrizou. (A)-1,-3,-5
sitivamente for aproximado de (B)-5,-3,-1

6
(C)10,6,2
(D)-2,-6,-10
(E) 5,3,1
9.

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