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Especial
A revolta do homem absurdo
Albert Camus foi um homem de muitas faces: foi jornalista, romancista, dedicou-se ao teatro, foi
militante político e polemista. Os sentimentos que lhe impulsionaram sua obra, agiam frente a um
mundo que lhe era estranho, absurdo, mas também fraternal e cheio de sol

POR JORGE LUIS GUTIÉRREZ

O Mito de Sísifo publicado


em 1942, é a obra mais
filosófica de Camus. O livro
começa colocando o único
problema fundamental e,
verdadeiramente, sério: o
suicídio, isto é, julgar se a
vida merece ou não ser
vivida. Para o filósofo, todos
os outros problemas vêm
depois, como, por exemplo,
se o mundo tem três
dimensões, se o espírito tem
nove ou doze categorias.
Primeiro é preciso responder
àquela pergunta. E
acrescenta, com uma dose de
ironia: "nunca vi ninguém
morrer por causa do
argumento ontológico.
Representação do Mito de Sísifo, tema da obra "Toda idéia falsa termina em
homônima mais filosófica
Galileu, que sustentava uma de Camus, pelo italiano mas é, sempre, o sangue
sangue,
Tiziano
verdadeVecellio,
científicade 1549 alheio. Por isso, alguns de nossos fi
"Camus era
importante, uma
FICHA TÉCNICA: aventura
abjurou singular
dela de nossa cultura,
lósofos um movimento
sentem-se cujas fases
à vontade parae cujo termodo
Cartaz final tratávamos
filme de
O estrangeiro,
compreender.
com
Diário
A a maior
mortedefeliz Representava
tranqüilidadeneste século e contra
Viagem dizera ohistória,
que lhes o herdeiro atual dessa longa
dá na veneta" filaade
criado moralistas
partir cujas
da obra homônima
obras
assim constituem
que viu
Por: Albert Camus talvez
sua vidao que
em há de mais original nas letras francesas." Estas palavras de Jean-Paul Sartre sobre seu
de Camus, estrelado pelo italiano
amigo Albert
perigo."
Editora: Camus,
Record - 174
154são quiçá as que melhorAlbert
páginas o descrevem.
Camus Pois Camus, nascido naMarcelloArgélia, em 1913, é um dos
Mastroianni

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