Você está na página 1de 16

Prática como componente curricular V:

Ensino de poesia em Língua Inglesa

Aula (14/09/23)

Profa. Isabela Feitosa


Dúvidas e esclarecimentos
Carga Horária:
1hora//aula (40,45,50? Depende do tempo de aula de cada escola)
Texto literário traduzido?
Não pode. Vamos trabalhar com o texto autêntico. Mas pode traduzir partes do poema durante a
aula? Sim!
Extensão do poema: até uma página (sugestão)
Turno de aplicação?
Horário de aula regular. (Manhã, tarde ou noite. Não pode ser no contraturno, pois não é uma
atividade extra-curricular)
As aulas de literatura devem ocorrer nos seguintes meses:
OUTUBRO ou NOVEMBRO.
Pasta com sugestões de poemas (Drive).
CRONOGRAMA DO MÊS DE SETEMBRO
07/09 - FERIADO
14/09 - Poetry Time: leitura e reflexão de poemas;
Discussão e reflexão dos seguintes textos:Condições (indispensáveis) para trabalhar com poesia -
Hélder Pinheiro e Estratégias para o ensino de literatura: a sistematização necessária; A Sequência Básica
- Rildo Cosson.
Relato de experiência sobre o uso de poemas na escola (participação de uma ex-aluna da disciplina
de PCC V)

21/09 - Poetry Time: leitura e reflexão de poemas;


Discussão e reflexão do texto: Materials Design and lesson planning: poetry - Gillian Lazar;
Atividade com poemas (Individual);
Primeiras orientações individuais.

28/09 - Semana Universitária


a - 2023 Forta
z
Fortale leza
- 2022
Rildo Cosson

Doutor em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul


e em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais. Foi
professor da Universidade Federal do Acre, Universidade Federal
de Pelotas, Universidade Federal de Minas Gerais e do Programa
de Pós-Graduação do Centro de Formação, Treinamento e
Aperfeiçoamento da Câmara dos Deputados (Cefor/CD).
Atualmente, é pesquisador do Centro de Alfabetização, Leitura e
Escrita e professor visitante da Universidade Federal da Paraíba.
Estratégias para ensino da literatura: a sistematização necessária
“A tarefa de uma metodologia voltada para o ensino da literatura está em, a partir dessa realidade
cheia de contradições, pensar a obra e o leitor e, com base nessa interação propor meios de ação
que coordenam esforços, solidarizem a participação nestes e considerem o principal interessado
no processo: o aluno e suas necessidades enquanto leitor, numa sociedade em transformação.”
Nesse sentido, a orientação fundamental é que o letramento literário precisa acompanhar,
por um lado, as très etapas do processo de leitura e, por outro, o saber literário. No caso
desse último, convém ter em mente a distinção feita por M. A. K. Halliday em relação à
aprendizagem da linguagem, ou seja, a literatura é uma linguagem que compreende três
tipos de aprendizagem: a aprendizagem da literatura, que consiste fundamentalmente em
experienciar o mundo por meio da palavra; a aprendizagem sobre a literatura, que envolve
conhecimentos de história, teoria e crítica; e a aprendizagem por meio da literatura, nesse
caso os saberes e as habilidades que a prática da literatura proporciona aos seus usuários.
As aulas de literatura tradicionais, como já vimos, oscilam entre essas duas últimas
aprendizagens e, praticamente, ignoram a primeira, que deveria ser o ponto central das
atividades envolvendo literatura na escola.
As práticas de sala de aula precisam contemplar o processo de
letramento literário e não apenas a mera leitura das obras. A
literatura é uma prática e um discurso, cujo funcionamento deve
ser compreendido criticamente pelo aluno. Cabe ao professor
fortalecer essa disposição crítica, levando seus alunos a ultrapassar
o simples consumo de textos literários.
Letramento literário é o processo de apropriação da literatura
enquanto linguagem. [...] Precisamos entender que o letramento
literário começa com as cantigas de ninar e continua por toda nossa
vida a cada romance lido, a cada novela ou filme assistido. Depois,
que é um processo de apropriação, ou seja, refere-se ao ato de
tomar algo para si, de fazer alguma coisa se tornar própria, de fazê-la
pertencer à pessoa, de internalizar ao ponto daquela coisa ser sua. É
isso que sentimos quando lemos um poema e ele nos dá palavras para
dizer o que não conseguíamos expressar antes.
(Cosson (2014, p. 185)
Por fim, adotamos como princípio do letramento literário a construção de uma
comunidade de leitores. É essa comunidade que oferecerá um repertório, uma
moldura cultural dentro da qual o leitor poderá se mover e construir o mundo e a
ele mesmo. Para tanto, é necessário que o ensino da Literatura efetive um
movimento contínuo de leitura, partindo do conhecido para o desconhecido, do
simples para o complexo, do semelhante para o diferente, com o objetivo de
ampliar e consolidar o repertório cultural do aluno. Nesse caso, é importante
ressaltar que tanto a seleção das obras quanto as práticas de sala de aula devem
acompanhar esse movimento.
Sobre as sequências
[...] nem a sequência básica nem a expandida devem ser tomadas como limites
do baixo e do alto, aos quais não se pode ultrapassar. Ao contrário, nosso
objetivo é apresentar duas possibilidades concretas de organização das
estratégias a serem usadas nas aulas de Literatura do ensino básico. Por isso
consideramos essas duas sequèncias exemplares e não modelares, visto que
desejamos que sejam vistas como exemplos do que pode ser feito e não modelos
que devem ser seguidos cegamente.
Etapas da Sequência Básica: Motivação e Introdução

MOTIVAÇÃO - O primeiro passo consiste em motivar o aluno a se


envolver com o texto a ser trabalhado, que pode ser apresentado um
vídeo, uma música, outro texto que tenha relação com o que será
trabalhado, uma peça teatral ou apenas um jogo dramático, dentre
outras atividades que podem ser desenvolvidas. Em seguida a
INTRODUÇÃO, em que o professor apresenta ao aluno o autor e a
obra, mas de maneira rápida, não se detendo a detalhes, apenas
informações relevantes da vida do escritor e seus trabalhos mais
importantes que tenham relação com o texto que será trabalhado.
Etapas da Sequência Básica: Leitura e Interpretação

No terceiro passo, é realizada a LEITURA, esta pode se dar em


três momentos: leitura silenciosa, leitura oral realizada pelo
professor e por último, a leitura feita pela turma. Por último, é
proporcionado ao aluno um momento de interação e
INTERPRETAÇÃO com o texto, em que o docente aponta
questões relativas ao texto lido e desenvolve atividades para que
os educandos discutam. Para a finalização desta atividade, faz-se
a EXTRAPOLAÇÃO, em que os alunos fazem atividades
relacionadas à interpretação do texto lido, extrapolando seus
elementos. (GARCIA, 2017, p. 37)
O QUE SÃO LETRAMENTOS LITERÁRIOS?
O QUE SÃO PARADIGMAS?
É constituído por saberes e práticas,
conceitos e técnicas, questionamentos
e exemplos, objetos e termos usados
para descrevê-los dentro de uma
determinada área de conhecimento.
Funciona como uma espécie de
moldura que identifica, explica e
guia, mas também delimita a atuação
dos profissionais da área. Quando
essa moldura perde consistência, o
campo do conhecimento se
transforma dando lugar a um novo
paradigma. (COSSON, 2020, p.7)
Relato de experiência com poemas em uma escola
pública de Quixadá - Maria Clara

Você também pode gostar