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Prof.ª Dr.ª Regina Ap.

ª Milléo de Paula
LITERATURA
ENSINO
DE
Disciplina: Ensino de Literatura

Profª. Drª. Regina Aparecida Milléo de Paula


EMENTA: Pressupostos teóricos do ensino de literatura. Reflexões e
práticas docentes acerca da formação do leitor literário. Bibliotecas:
espaços de leitura. Metodologias de ensino de textos poéticos, narrativos
e dramáticos. Contador de histórias: teoria e prática. Práticas de ensino
com textos literários no ensino fundamental e médio. Reflexões acerca da
prática pedagógica no Ensino Fundamental e Médio.
• Carga horária total: 68 h/aula - Carga horária de PCC: 50 h/a
• Disciplina Anual
• Carga horária semanal: 2 h/a
• Whats: (Representante) 42- 998193130
• E-mail: reginamilleo@yahoo.com.br
AVALIAÇÃO
As avaliações serão de caráter diagnóstico e contínuo e serão consideradas
todas as atividades desenvolvidas pelo aluno durante o período,
permitindo um acompanhamento constante do desempenho discente, com
prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
- Verificação do rendimento escolar - notas de zero (0,0) a dez (10,0), sendo
permitida uma casa decimal;
- Ao término do semestre letivo é atribuída, na disciplina, a nota resultante
de verificações de aprendizagem definidas no plano de ensino, respeitando-
se todas as atividades desenvolvidas pelo aluno durante o período;
- Como trata-se de disciplina anual, a nota final é a média das notas obtidas
nos dois semestres;
- Considera-se aprovado na disciplina o aluno que obtiver nota final igual ou
superior a sete (7,0) e frequência mínima de 75% (setenta e cinco por
cento);
-Oferta e oportunidade de recuperação de rendimento será possibilitada
e indicada em cronograma durante TODA A DISCIPLINA =
REFACÇÃO/RECUPERAÇÃO das atividades avaliativas realizadas.
OBJETIVOS

- Propiciar aos alunos a análise e reflexão dos pressupostos teóricos, no que se


refere ao ensino de literatura;
- Refletir as práticas docentes acerca da formação do leitor literário;
- Analisar as metodologias de ensino de textos poéticos, narrativos e dramáticos;
- Construir conhecimentos a respeito dos espaços de leitura, tais como salas de
leitura e bibliotecas;
- Possibilitar a reflexão teórica e prática sobre o contador de histórias;
- Articular diferentes conjuntos de conhecimentos, saberes e experiências
adquiridos e vivenciados pelos estudantes em diferentes tempos e espaços no
transcorrer do curso, de maneira a aprofundar a compreensão da prática
educativa em contextos distintos;
- Conhecer as práticas de ensino com textos literários no Ensino Fundamental e
Médio.
Programa

- Pressupostos teóricos do ensino de literatura e a formação do leitor


do texto literário
- Espaços de leitura: salas de leitura e a biblioteca escolar
- O Contador de histórias: teoria e prática
- Práticas de ensino com textos literários no ensino fundamental e
médio;
- Metodologias acerca do ensino de textos: poéticos, narrativos
(contos, romances e crônicas) e dramáticos;
- Práticas de oralidade e produção/reescrita de textos.
METODOLOGIA
• Aulas expositivas e dialogadas. Aulas práticas com trabalhos individuais e/ou em
grupo. Leitura e discussão dos textos selecionados para a disciplina. Elaboração de
textos e prática de reescrita. A ordem de apresentação dos conteúdos poderá ser
modificada, a depender das necessidades da turma e da dinâmica da disciplina.
• Serão utilizadas diversas estratégias que visam despertar no acadêmico o interesse
pela disciplina, bem como conscientizá-lo da importância da aquisição desse
conhecimento para sua formação profissional. Dentre elas podem ser mencionadas:
- Aulas expositivas e dialogadas com leituras prévias e discussões de textos teóricos;
- Contação de histórias;
- Apresentações dramáticas;
- Trabalhos escritos, individuais e em grupo;
- Elaboração de planos (projetos) de aulas para diferentes gêneros literários (poético,
dramático e narrativo)
- Seminários.
METODOLOGIA
Este disciplina articula com a prática como componente curricular, desta
forma, contempla a carga horária de 50 h/a de PCC das seguintes maneiras:
• Roteiros de observação de diferentes dimensões da prática educativa;
reflexão; registros de observações realizadas e resolução de situações-
problema;
• Roteiros de observação e reflexão sobre a prática educativa com a
possibilidade de utilização de tecnologias de informação;
• Levantamento e análise de materiais e livros didáticos;
• Coleta e análise de narrativas orais e escritas de professores, estudantes da
escola básica;
• Estudos de caso delineados a partir dos desafios encontrados no contexto
escolar relacionados a: questões de ensino e de aprendizagem; projetos
educativos; articulação entre profissionais e diferentes setores da escola.
Procedimentos estes sempre tematizando o ensino de literatura e a formação
do leitor do texto literário
•Relação entre a estrutura, a composição, a
disposição dos elementos apresentados na
imagem e a produção de efeitos de sentido
que constroem a interpretação - as
relações/as articulações e interações que
discutem e promovem uma abordagem
metodológica que aproxime os estudos do
campo literário e do campo linguístico.
• O estatuto que é preciso reivindicar para o texto
literário na aula de língua materna não implica
repor a sua presença constante e indiscriminada.
Muito mais do que quantificar essa presença, o
que importa é qualificá-la, desligando a literatura
do papel de exemplo e de objeto de veneração
que tinha no ensino tradicional: à exemplaridade
substitui-se a funcionalidade, à veneração a
fruição, inseridas num tipo de abordagem do
texto literário perspectivado a partir da
teorização linguística que o encara como lugar da
plenitude funcional da língua.
• A uma relação predominantemente distante e
estática substitui-se uma outra mais próxima e
dinâmica. Encarada como um modelo de exploração
e experimentação criativa das possibilidades da
língua, a literatura expande a sua "exemplaridade"
enquanto processo de produção e não apenas
como produto acabado. Um processo de produção
em que é trabalhada como "matéria-prima" a
linguagem: "a obra literária /... é obra de
linguagem, obra que não utiliza simplesmente a
linguagem mas que constrói linguagem, desenvolve,
realiza virtualidades já contidas na linguagem”
• Nesta perspectiva, o estudo do texto literário
revela-se um meio privilegiado, no ensino da
língua materna, de tomada de consciência da
língua e do seu funcionamento porque
proporciona a percepção dinâmica da
plasticidade de recursos linguísticos que não
são exclusivos da literatura. O uso literário não
se institui, pois, como "desvio" em relação ao
uso "corrente", mas antes como intensificação
e exploração de um potencial comum.
• Impulsiona um trabalho articulado
• O texto é o ponto de partida e o ponto de
chegada para as articulações e interações que
discutem e promovem uma abordagem
metodológica que aproxime os estudos do
campo literário e do campo linguístico.
• Todorov (2010) afirma que “[...] a literatura
não nasce no vazio, mas no centro de um
conjunto de discursos vivos, compartilhando
com eles numerosas características”.
Jarbas Agnelli
• A convergência entre o ensino da língua e o da
literatura centraliza-se na relação texto-leitor:
Se o texto é objeto significante, é o leitor que,
por sua atividade, nele constrói a significação.
Esse posicionamento acentua a natureza
processual do texto literário e da leitura: por um
lado, a estrutura lacunar de um texto exige a
participação do leitor; por outro, a leitura a que
ele procede é influenciada por seu
comportamento linguístico e por suas condições
socioculturais (RODRIGUES, 2009, p. 48).
• A relação que, como profissional, o sujeito
estabelece com o conhecimento a ser
ensinado e com seu outro – que é o aluno.
Essa relação passa por momentos
distintos, o que possibilita compreender a
construção social e histórica do ser
professor – esse profissional que se
constitui no acontecimento da aula, na
situação de interação na qual estão
envolvidos professor e alunos.
• Embora o professor seja sensível aos discursos
da ciência, dos pais, do autor do livro didático,
da Direção da escola, do MEC, a voz que dá o
horizonte do discurso do professor é a voz do
aluno. Mais do que uma voz, é a voz social do
grupo, é o outro que o constitui como
professor, que permite ao professor se ver
como tal. A voz do aluno é o excedente de
visão que possibilita ao professor a sua
completude – o seu ser-professor.
(RODRIGUES, 2009, p. 287).
• Proposição de atividade
em grupos
Site:
http://www.literaturadigital.com.br/
SÍNTESE INTEGRADORA:
Proposição de atividade em grupos: O alunos deverão
acessar o site Literatura digital, mais especificamente, a
aba Espaço do Professor na qual tem-se projetos de
literatura digital em sala de aula, oficinas e algumas
sugestões de trabalhos para desenvolver com alunos. Cada
grupo deverá apresentar para os demais suas inferências
configuradas na articulação dos projetos de literatura
digital, das oficinas e das sugestões de trabalhos com
considerações teóricas expostas em aula. Tais inferências
devem explorar as relações/as articulações e interações
abordadas.
Artigo: Poesia digital e ensino: o letramento
literário em uma perspectiva tecnológica
file:///C:/
Users/Usuario/Downloads/Poesia_digital_e_ens
ino_o_letramento_lit.pdf
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
 

CANDAU, Vera (Org.). Didática: questões contemporâneas. Rio de Janeiro: Forma & Ação, 2009.
FONSECA, Fernanda Irene. Da inseparabilidade entre o ensino da língua e o ensino da literatura.
In: Carlos Reis et al (orgs.), Didática da língua e da literatura, vol. I. ILLP Faculdade de Letras, 2000, p.
37-45.
GALLO, S. L. Discurso da escrita e ensino. Campinas: Ed. Unicamp. 1995 (2a. ed.).
MOREIRA, J. P.; LIMA, V. F.; CARNEIRO, V. S. Estágio Supervisionado: experiência teórica e prática
na formação do professor de Língua Portuguesa. In: X Encontro nacional de Pesquisa em Educação.
Associação Brasileira de Pesquisa em Educação. Águas de Lindóia, SP, 2013.
RODRIGUES, N. C. O discurso do professor de língua portuguesa no processo de reestruturação
curricular: uma construção dialógica. Tese (Doutorado em Linguística) – Programa de Pós Graduação em
Linguística, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2009.
POSSENTI, Sírio. Ensinar língua ou ensinar gramática? In: POSSENTI, Sírio. Por que (não) ensinar
gramática na escola. Campinas, SP: Mercado de Letras: Associação de Leitura do Brasil, 1996, p. 17-21.
SILVA, Célia Maria Medeiros Barbosa da. A disciplina língua portuguesa no Ensino Médio e a prática
docente: o que dizem os documentos oficiais. In: Revista Odisseia. Programa de Pós-graduação em
Estudos da Linguagem, UFRN, n.7, dezembro de 2011, s.p.. Disponível em:
<http://www.periodicos.ufrn.br/odisseia/article/view/2019/1454>. Acesso em: jul. de 2015.
TODOROV, Tzvetan. A literatura em perigo. Tzvetan Todorov; trad. Caio Meira. Rio de Janeiro: Difel,
2010.
VIEIRA, Tuca. Favela de Paraisópolis, Morumbi – SP. 20 jan. 2004. In: Causa Operária online. Jornal
do Partido da Causa Operária – PCO. Direita fascista levanta a cabeça e exige UPP na favela de
Paraisópolis. Edição nº 2830, 02 set. 2011. Disponível em:
<http://www.pco.org.br/conoticias/ler_materia.php?mat=31668>. Acesso em: out. 2015.
Nesta aula:
 Pressupostos teóricos do ensino de literatura e a
formação do leitor do texto literário
- O TEXTO LITERÁRIO: ABORDAGENS E ENSINO
• A literatura e seu ensino
• O texto literário precisa fazer parte
do contexto de ensino
• Primeira questão
• escola sinônimo de utilidade versus
literatura sinônimo de inutilidade
• Segunda questão
• ideia de literatura
“A literatura desenvolve em nós a quota
de humanidade na medida em que nos
torna mais compreensivos e abertos
para a natureza, a sociedade, o
semelhante”. (CÂNDIDO, 2006, p. 62)
O texto literário é um
objeto estético, não um
objeto moral ou histórico
Os textos tiveram seus
suportes modificados ao
longo dos tempos
REFERÊNCIAS
• BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais de língua portuguesa. Terceiro e quarto ciclos do Ensino Fundamental. Brasília:
• MEC/SEF, 1998.
• BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular – BNCC. Disponível em:
• http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-content/uploads/2018/12/BNCC_19dez2018_site.pdf. Acesso em: 04 Fev. 2019.
• CANDIDO, Antonio. O direito à literatura. In: ___. Vários Escritos. 5 ed. Rio de
• Janeiro: Ouro sobre Azul/ São Paulo: Duas Cidades, 2011.
• CEREJA, W. R.. Ensino de literatura: uma proposta dialógica para o trabalho com literatura. São Paulo: Atual, 2005.
• COSSON, R. Letramento literário: teoria e prática. São Paulo: Contexto, 2006.
• MORTATTI, M. do R. Leitura, literatura e escola: sobre a formação do gosto. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
• PENNAC, D. Como um romance. Rio de Janeiro: Rocco, 2008. PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. Estágio e docência. 6. ed. São
Paulo:
• Cortez, 2011.
• PARANÁ, SEED. Diretrizes curriculares da educação básica – língua portuguesa. Paraná, 2008. Disponível em:
• http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br. Acesso em: 06 Dez. 2018.
• ______. Caderno de Expectativas de Aprendizagem – Língua Portuguesa. Paraná, 2014. Disponível em:
• http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/diretrizes/caderno_expectativas.pdf. Acesso em 09 Dez. 2018.
• ______. Currículo da Rede Estadual Paranaense – CREP. Paraná, 2020. Disponível em:
• http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1669. Acesso em: 06 Fev 2020.
• TODOROV, T. A literatura em perigo. Rio de Janeiro: DIFEL, 2009.

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