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PROGRAMAS PARA O

EDUCAÇÃO LINGUÍSTICA ENSINO DE LÍNGUA


PORTUGUESA
E LEGISLAÇÃO
LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL
Constituição Federal (1988)
Lei de Diretrizes Básicas da Educação (1996) – LDB
Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN (anos 90 e 2000)
Orientações Curriculares para o Ensino Médio – OCEM (2006)
Diretrizes Curriculares Nacionais (2010-2012)
Plano Nacional da Educação (2014) – PNE
Base Nacional Comum Curricular (2015- 2017) - BNCC
DOCUMENTOS PRESCRITIVOS
ANTERIORES À BNCC
Língua Portuguesa
Parâmetros curriculares nacionais (PCN)
1997 – PCN Língua Portuguesa Ensino Fundamental
2000 – PCNEM – Linguagens, códigos e suas tecnologias –
Língua Portuguesa
2006 – OCEM – Linguagens, códigos e suas tecnologias – Língua
Portuguesa
2014 – PCN + - Linguagens, códigos e suas tecnologias – Língua
Portuguesa
PCN
 Divisão em áreas (componentes curriculares)

Temas transversais:
1. Ética
2. Saúde
3. Meio-ambiente
4. Orientação Sexual
5. Pluralidade Cultural
6. História e Consumo
PCN, P. 19
. a razão de ser das propostas de leitura e escuta é a compreensão
ativa e não a decodificação e o silêncio;

. a razão de ser das propostas de uso da fala e da escrita é a


interlocução efetiva, e não a produção de textos para serem
objetos de correção;

. as situações didáticas têm como objetivo levar os alunos a pensar


sobre a linguagem para poder compreendê-la e utilizá-la
apropriadamente às situações e aos propósitos definidos.
PCN, P. 21
Todo texto se organiza dentro de determinado gênero em função das intenções
comunicativas, como parte das condições de produção dos discursos, as quais geram usos
sociais que os determinam. Os gêneros são, portanto, determinados historicamente,
constituindo formas relativamente estáveis de enunciados, disponíveis na cultura. São
caracterizados por três elementos:

. conteúdo temático: o que é ou pode tornar-se dizível por meio do gênero;


. construção composicional: estrutura particular dos textos pertencentes ao gênero;
. estilo: configurações específicas das unidades de linguagem derivadas, sobretudo, da
posição enunciativa do locutor; conjuntos particulares de sequências que compõem o
texto etc.
PCN, P. 22
Pode-se considerar o ensino e a aprendizagem de Língua Portuguesa, como prática
pedagógica, resultantes da articulação de três variáveis:

. o aluno;
. os conhecimentos com os quais se opera nas práticas de linguagem;
. a mediação do professor.
TEXTO COMO UNIDADE DE
ENSINO E GÊNERO COMO
OBJETO DE ENSINO (PCN, P.
24)
Sem negar a importância dos textos que respondem a exigências das situações privadas
de interlocução, em função dos compromissos de assegurar ao aluno o exercício pleno da
cidadania, é preciso que as situações escolares de ensino de Língua Portuguesa priorizem
os textos que caracterizam os usos públicos da linguagem . Os textos a serem selecionados
são aqueles que, por suas características e usos, podem favorecer a reflexão crítica, o exercício
de formas de pensamento mais elaboradas e abstratas, bem como a fruição estética dos
usos artísticos da linguagem, ou seja, os mais vitais para a plena participação numa sociedade
letrada.
OBJETIVOS GERAIS DE
LÍNGUA PORTUGUESA PARA O
ENSINO FUNDAMENTAL (PCN,
P. 32-33)
utilizar a linguagem na escuta e produção de textos orais e na leitura e produção de textos escritos de modo a atender a múltiplas demandas sociais, responder
a diferentes propósitos comunicativos e expressivos, e considerar as diferentes condições de produção do discurso;
. utilizar a linguagem para estruturar a experiência e explicar a realidade, operando sobre as representações construídas em várias áreas do conhecimento:
* sabendo como proceder para ter acesso, compreender e fazer uso de informações contidas nos textos, reconstruindo o modo pelo qual se organizam em
sistemas coerentes;
* sendo capaz de operar sobre o conteúdo representacional dos textos, identificando aspectos relevantes, organizando notas, elaborando roteiros, resumos,
índices, esquemas etc.;
* aumentando e aprofundando seus esquemas cognitivos pela ampliação do léxico e de suas respectivas redes semânticas;
. analisar criticamente os diferentes discursos, inclusive o próprio, desenvolvendo a capacidade de avaliação dos textos:
* contrapondo sua interpretação da realidade a diferentes opiniões;
* inferindo as possíveis intenções do autor marcadas no texto;
* identificando referências intertextuais presentes no texto;
* percebendo os processos de convencimento utilizados para atuar sobre o interlocutor/leitor;
* identificando e repensando juízos de valor tanto socioideológicos (preconceituosos ou não) quanto histórico-culturais (inclusive estéticos) associados à
linguagem e à língua;
* reafirmando sua identidade pessoal e social;
. conhecer e valorizar as diferentes variedades do Português, procurando combater o preconceito linguístico;
. reconhecer e valorizar a linguagem de seu grupo social como instrumento adequado e eficiente na comunicação cotidiana, na elaboração artística e mesmo
nas interações com pessoas de outros grupos sociais que se expressem por meio de outras variedades;
. usar os conhecimentos adquiridos por meio da prática de análise linguística para expandir sua capacidade de monitoração das possibilidades de uso da
ORGANIZAÇÃO DIDÁTICA:
PROJETOS (PCN, P. 87-88)
Além de oferecerem condições reais para a escuta, leitura e produção de textos orais e escritos, os
projetos carregam exigências de grande valor pedagógico, pois:
. criam a necessidade de ler e analisar grande variedade de textos e suportes do tipo que se vai
produzir: como se organizam, que características possuem ou quais têm mais qualidade. Trata-se de
uma atividade de reflexão sobre aspectos próprios do gênero que será produzido e de suas relações
com o suporte;
. permitem que o aluno aprenda a produzir textos escritos mais adequados às condições de produção,
pelo exercício que o aluno-escritor realiza para ajustar o texto à imagem que faz do leitor fisicamente
ausente;
. colocam de maneira mais acentuada a necessidade de refacção e de cuidado com o trabalho, pois,
quando há leitores de fato para a escrita dos alunos, a legibilidade passa a ser objetivo deles também, e
não só do professor;
. permitem interseção entre conteúdos de diferentes áreas e/ou entre estes e o tratamento dos temas
transversais nessas áreas.
CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO
DA APRENDIZAGEM (PCN, P.
95-98)
1. Demonstrar compreensão de textos orais, nos gêneros previstos para o ciclo, por meio de retomada dos tópicos do texto.
2. Atribuir sentido a textos orais e escritos, posicionando-se criticamente diante deles.
3. Ler de maneira independente textos com os quais tenha construído familiaridade.
4. Compreender textos a partir do estabelecimento de relações entre diversos segmentos do próprio texto e entre o texto e outros diretamente
implicados por ele.
5. Selecionar procedimentos de leitura adequados a diferentes objetivos e interesses (estudo, formação pessoal, entretenimento, realização de tarefa)
e a características do gênero e suporte.
6. Coordenar estratégias de leitura não-lineares utilizando procedimentos adequados para resolver dúvidas na compreensão e articulando
informações textuais com conhecimentos prévios.
7. Produzir textos orais nos gêneros previstos para o ciclo, considerando as especificidades das condições de produção.
8. Redigir textos na modalidade escrita nos gêneros previstos para o ciclo, considerando as especificidades das condições de produção.
9. Escrever textos coerentes e coesos, observando as restrições impostas pelo gênero.
10. Redigir textos utilizando alguns recursos próprios do padrão escrito relativos à paragrafação, pontuação e outros sinais gráficos, em função do
projeto textual.
11. Escrever textos sabendo utilizar os padrões da escrita, observando regularidades linguísticas e ortográficas.
12. Revisar os próprios textos com o objetivo de aprimorá-los.
13. Utilizar os conceitos e procedimentos constituídos na prática de análise linguística.
PCNEM LÍNGUAGENS, CÓDIGOS...
LÍNGUA PORTUGUESA
Linguagens, códigos e suas tecnologias

 Competências e habilidades
 Conhecimentos de Língua Portuguesa
Resumo página 24

 Relação com testagens (ENEM): ver matriz de referência


http://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/downloads/2012/matriz_r
eferencia_enem.pdf
PCN+ EM - LÍNGUAGENS,
CÓDIGOS... LÍNGUA PORTUGUESA
Orientações Curriculares complementares aos PCN

Foco na interdisciplinaridade
Formação do sujeito como um todo
Foco nos textos escritos, especialmente os literários
Avaliação
Formação do professor
OCEM (2006)
Língua Portuguesa X Literatura

Cabe à escola, junto com os professores, precisar os conteúdos a serem transformados em


objetos de ensino e de aprendizagem bem como os procedimentos por meio dos quais se
efetivará sua operacionalização p. 35

Dessa forma, o que se propõe é que, na delimitação dos conteúdos, as escolas procurem
organizar suas práticas de ensino por meio de agrupamentos de textos, segundo recortes
variados, em razão das demandas locais, fundamentando-se no princípio de que o objeto de
ensino privilegiado são os processos de produção de sentido para os textos, como materialidade
de gêneros discursivos, à luz das diferentes dimensões pelas quais eles se constituem. P. 36

Eixos organizadores (OCEM, p. 37-39)


O QUE É UM CURRÍCULO?
•Para o aluno, o que é um currículo? Para ele existe o “português”. Ao final dos seus
anos de escolarização, o conjunto de coisas que ele fez em português dará a ele um
testemunho que são os nossos conceitos (um conjunto do que é gênero, do que é
texto, do que é interlocução, etc.). Isso tudo diz pra ele o que é “português”.
•A ideia é que os alunos saiam da escola sabendo o que sabem e o que não sabem e
não saiam mais dizendo “eu não sei português”
•Currículo, no final, é a conversa entre os conceitos que embasam nossa visão de
educação naquela disciplina pareados com “o feito”. Isso vai constituir
retrospectivamente o currículo
O QUE É UM CURRÍCULO?
•Para o professor, na falta de condições para fazer um planejamento detalhado, o
currículo se traduz no planejamento mínimo das ambições

•As diretrizes se traduzem num discurso corrido (xalalá) –


•Quanto é possível enxugar isso para chegar mais perto do que é essencial? Isso
transformaria o currículo numa espécie de lista que o professor precisa
O QUE SE PODE DEPREENDER?
•Ensino e aprendizagem de português estão centrados na enunciação e no uso da
língua – a língua não é uma coleção de estruturas. Ela é um objeto estruturado e
estruturante
•O principal objetivo da educação linguística são os letramentos (leitura, escrita e
oralidade) – os principais momentos em que a escrita se faz presente
•Ciclo USO-REFLEXÃO-USO
O QUE SE PODE DEPREENDER?
•As práticas são o currículo
•Para as práticas, algumas questões extra-disciplinares são importantes:
- Qual a função da escola? Ensinar a ler e a escrever.

•Vontade de agir conjuntamente


•Construção conjunta de respostas para os problemas do presente, sempre lembrando
que sejam bons legados para o futuro
•Autoria: ler, escrever, ouvir e falar para ocupar o seu intransferível lugar no mundo,
publicamente (não no mundo familiar ou no grupinho de amigos)
•Favorecer vínculos com o conhecimento herdado
COMO OPERACIONARLIZAR?
•Os gêneros são os objetos de ensino
•O papel dos temas é sustentar a função da escola (a escola está ensinando coisas
sobre como enfrentar a vida)
•Produzir interdisciplinarmente conteúdos para a escrita de textos públicos
•Não se ensinoa classes gramaticais antes de frases porque se acha acho que a
gramática se estrutura assim. A análise deve ir avançando seguindo as esferas que os
alunos vão precisar, por isso os gêneros são centrais para se pensar essa progressão
COMO OPERACIONALIZAR?
•Como se viabiliza o estudo “da língua”, que não é o estudo “da gramática”?
a. Para planejar como ensinar a ler e escrever, a escutar e a dizer, se seleciona textos para participar
da vida social
b. Se pergunta para os textos o que eles viabilizam e desejam
c. Para que se possa escrever ou ler bem um texto assim, é preciso saber algumas “coisas”. Essas são
as “coisas” que serão selecionadas para análise neste momento

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