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AS PLANTAS ANTI-DIABÉTICAS

( Dr. Dager Moreira Rocha. Endocrinologista, Presidente da Associação de Diabéticos de Juiz de Fora )

Em janeiro de 1986 a nação ficou sensibilizada com o tratamento realizado no cientista


Augusto Rusch por pagés de índios do Amazonas. O grande naturalista brasileiro
estava, ao que consta, com uma doença causada por veneno de sapo e foi curado,
segundo afirmou, com ervas trazidas daquela floresta e aplicadas em seu corpo com
técnicas e rituais que a imprensa chamou de "pajelança".
Ficamos todos muito comovidos com o alívio obtido por um homem tão bom,
amante dos pássaros e defensor da natureza no Brasil. A notícia repercutiu muito e
reavivou o interesse pelo poder medicinal das plantas.
Muitas drogas da medicina moderna foram extraídas de vegetais: até a
aspirina, tão conhecida, teve origem em estudos feitos com a casca do salgueiro.
Em virtude dos preços e de diversos efeitos colaterais dos medicamentos
comuns, nota-se no mundo inteiro um retorno à produção e ao consumo de plantas
medicinais. É um fenômeno social e universal.
O caso do Dr. Rusch evoca princípios da história da humanidade, quando
feiticeiros, magos e curandeiros dominavam conhecimento sobre plantas e eram
supostamente dotados de um poder sobrenatural.
A medicina popular, folclórica em todos os países, utiliza também diversas
plantas no tratamento de diabetes. Vemos constantemente diabéticos tomando chás ou
outros preparados de "pata de vaca", graviola, carambola, carqueja, saião e tantos
outros. Alguns asseguram, inclusive que ficaram "curados" do diabetes com o uso
dessas plantas.
O pensamento popular deve ser respeitado, mas é necessário esclarecer, com
honestidade, o que existe realmente com as chamadas plantas anti-diabéticas.
Na verdade algumas plantas têm ação hipoglicemiante comprovada
cientificamente, umas porque diminuem o apetite ou interferem com a digestão e a
absorção dos alimentos, como aquelas que têm tanino ou fibras; outras porque são
tóxicas e impedem a formação de glicose pelo fígado. No entanto, nenhuma dessas
plantas foi adotada pela medicina no tratamento, porque elas podem ter ações
indesejáveis ao organismo humano.
A maioria, entretanto, das plantas utilizadas em nosso meio, não é capaz de
abaixar a glicose do sangue. A mais conhecida na região é a famosa "pata de vaca."
Esta foi estudada meticulosamente na Associação em 1980, com o auxílio da Central de
Medicamentos (CEME). Fizemos um ensaio chamado "duplo cego", com 110 diabéticos;
metade dos pacientes tomou o extrato verdadeiro, em drágeas, e a outra metade
tomou o placebo, ou seja , drágeas iguais em aparência mas que nada continham. Nem
o médico nem o paciente sabiam o que estava sendo administrado. No final da
experiência, verificou-se que os pacientes que tomaram o placebo melhoram, em
média, mais do que os que tomaram a "pata de vaca". A planta não mostrou nenhum
efeito nocivo, mas também não tinha nenhuma ação anti-diabética. Estes resultados já
foram confirmados pela equipe do Dr. Antônio Roberto Chacra, professor da Escola
Paulista de Medicina, em pesquisa também patrocinada pela CEME e divulgada no
congresso Brasileiro de Diabetes, realizado em Foz
do Iguaçu, em setembro de 85.

Por isso tudo é que recomendo aos meus clientes cuidado no uso de chás e
outros tratamentos com plantas anti-diabéticas. Em primeiro lugar é necessário que o
médico saiba que planta está sendo usada, porque algumas são tóxicas.

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Em segundo, é importante que o diabético NÃO suspenda a sua insulina ou
seus comprimidos porque a glicose pode subir muito na falta dos medicamentos. Na
maioria dos casos não proíbo o emprego das chamadas plantas anti-diabéticas.
Compreendo o sentimento dos diabéticos. Todos querem uma cura.

Desejo que ela não demore e, quem sabe não virá através de um remédio
extraído de plantas ?

Tomates Recheados

Ingredientes:
6 tomates (maduros e firmes)
300 g de ricota fresca
6 colheres (sopa) de requeijão ligth
1 xícara (chá) de farelo de aveia
1 colher (chá) de orégano
1 colher (sopa) de queijo ralado
sal e pimenta-do-reino a gosto

Modo de preparo:
Corte uma tampa na parte superior dos tomates e remova as sementes. Numa
tigela à parte misture os ingredientes, menos o queijo ralado, e uma colher de aveia
para guarnecer.
Amasse com um garfo até obter uma pasta homogênea e recheie os tomates. Polvilhe-os
com queijo e a aveia e acomode-os numa assadeira pequena, untada com margarina.
Asse em forno quente por 20 minutos. Sirva em seguida .
148,5 Kcal por tomate. Fica uma delícia. Não deixe de experimentar.

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