FUTEBOL

Nulo dá
pontos ao
Benfica
O grande beneficiado
do FC Porto - Sporting
foi o Benfica que, ao
vencer o Leixões,
ganhou também dois
pontos aos principais
rivais. Pag. 29

Nº 54 < Ano 3 < 28 Fevereiro 2009 Director: Daniel Santos Quinzenal< Gratuito

REINO UNIDO. MINISTRA DO INTERIOR SOFRE PRESSÕES

Governo restringe acesso ao trabalho de imigrantes

Jacqui Smith, ministra do Interior, tem estado sob grande pressão de todos os destas medidas, já tomadas e aplicadas no terreno, não afecte os imigrantes da
quadrantes políticos, sindicais e associações de trabalhadores britânicos, para União Europeia, o certo é que estas medidas estão a causar grandes ondas de
encontrar uma forma que torne mais fácil o emprego da população activa local protestos e pressões discriminatórias contra os imigrantes de leste e também
e dificulte o acesso ao trabalho por parte dos imigrantes. Se bem que qualquer contra trabalhadores portugueses, espanhóis e italianos. Pags. 3/6

PORTUGAL. INSCRIÇÕES NOS CENTROS DE EMPREGO

Mi amigo Chávez

Setenta mil
Se Mário Soares tinha o
“mon ami Mitterrand”,
porque não há-de
José Sócrates ter o
“mi amigo Chávez”,
que está convidado para
o Congresso do PS?
Ei-los juntos, numa

em Janeiro!
alegoria do Carnaval
de Torres Vedras, que
também não poupou
o “Magalhães”.

Os centros de emprego receberam em Janeiro inscrições de 70.334 trabalhadores

desempregados, um aumento de 44,7% em relação a Dezembro e mais 27,3% na
comparação com Janeiro do ano passado, anunciou o Instituto de Emprego e
Formação Profissional. Ainda há dias o primeiro-ministro se congratulava com os
números do desemprego, os quais, como se vê pelo andar da carruagem, não
tardarão a atingir números que os optimistas e irrealistas membros do Governo
terão dificuldades em explicar. A não ser que surja nova cabala para desviar
atenções ou que a selecção portuguesa se apure para o Mundial 2010. Pags. 7/8

GREAT YARMOUTH
Reconhecimento Portugueses
e espectáculo e polacos
em evento que impedidos de
gera grande entrar em bar
Foi na noite deste
expectativa Pag. 2 sábado, no bar
Long John. Pag. 23

PUB.
2 28 Fevereiro 2009

ENTRE NÓS
TEC no centro de Thetford O nosso sítio Dia de Portugal 2009 em risco
Já visitou o sítio do jornal
O TEC, de Susana Forte Vaz, abre no centro de Thetford, na “As Notícias”? Não espere mais, A organização do 10 de Junho 2009, Dia de Portugal e das
Guildhall Street, cumprindo assim um desejo de há muito da vale bem a pena perder uns comunidades portuguesas, debate-se com problemas de
população de língua portuguesa residente na área. Mantendo o minutos e aceder a angariação de fundos suficientes para organizar uma festa
seu leque de serviços, este serviço de apoio à imigração vai www.portuguesemedia.co.uk/asnoticias condigna. As associações que constituem a comissão de
continuar a estar aberto das 9,30 da manhã até às seis da tarde e vai ver que não dá o tempo por organização, liderada por Cristina Costa Pinto, prepararam um
de segunda a sexta e Sábado das 9,30 às 13 horas, numa mal empregue. Ali poderá orçamento de 66 mil libras, que ainda não conseguiram realizar.
artéria da cidade que é um destino habitual e concorrido da consultar sempre a última edição A crise financeira e alguma relutância em aumentar a participação
nossa comunidade. O TEC tem outro número de telefone (01842 do nosso jornal e opinar sobre o dos que normalmente contribuem para este tipo de festa, são
764622) e uma nova morada – 25A Guildhall Street, Thetford. que viu. Vá lá... vá! algumas das razões evocadas para as dificuldades encontradas.

TEMOS 10 BILHETES PARA LEITORES

Evento está a gerar grande

Era uma vez...
expectativa em todos os meios
Todas as cadeias televisivas portuguesas, da dada a responsabilidade de escolher os
A discussão sobre o casamento de homossexuais, ou, como eles manhã e da tarde, fizeram elogios e falaram sobre galardoados para 2010.
dizem, o casamento entre pessoas do mesmo sexo (não será a a I Gala do Jornal “as Notícias”, que terá lugar no A forma como este evento foi recebido por todos
mesma coisa, ou haverá alguém que queira casar com outrém do próximo dia 13 no Regent’s College em Londres, os sectores da vida social e empresarial da nossa
mesmo género que não seja gay?) tem agitado partidos e institu- com a presença de Fernando Pereira, Roberto comunidade, cedo nos indicou que a Gala tem,
ições, tem revelado paixões e tem causado muitas discussões. Leal, Dany Silva, Liana, Silvestre Fonseca e forçosamente, de ser uma festa a envolver todos
Não é que me interesse muito que o Manuel case com o Maiúko. os portugueses e, por isso, algumas mudanças já
Joaquim ou que a Rosa junte os trapinhos com a Maria. Isso é lá O evento tem por intenção destacar e galardoar foram efectuadas este ano, para acomodar outros
com eles e com elas, entre marido e marido não meto a colher. Pois as 10 individualidades e instituições que, na intervenientes.
que se casem... e que tenham poucos filhos - é o que sinceramente opinião da nossa publicação, se distinguiram no Organizada e dirigida por profissionais, esta Gala
lhes desejo. E quando deturpo propositadamente este dito popular, ano de 2008 e outras duas ao longo do período de será gravada e distribuída por toda rede de
faço-o com convicção, não por mera e gratuita ironia. Entremos, imigração portuguesa no Reino Unido e noutros distribuição do jornal, que a fará chegar a todos os
então, no campo da ficção e avancemos com esta história que um países de acolhimento. que a quiserem ver em DVD.
dia destes pode vir a ser realidade. Uma festa que une à sua volta a maior parte das A grande qualidade do elenco, tem despertado
Era uma vez... duas pequenas comunidades, de fêmeas uma e individualidades, instituições e autoridades directa grande interesse nos portugueses, que nos
de machos a outra. Elas gostavam de fêmeas e eles de machos. ou indirectamente ligadas à comunidade telefonam para comprar bilhetes. Para dar
Gostavam tanto, tanto, tanto, que não viam outra alternativa para as portuguesa e reunirá no mesmo espaço, oportunidade a alguns leitores do jornal de estarem
suas vidas que não fosse unirem-se pelo casamento. Vai daí, e representantes de outras comunidades presentes, vamos sortear 10 convites, para o que
porque a grande comunidade onde estavam inseridos se mostrava espalhadas pelo Reino Unido. basta apenas enviar uma carta com o nome,
renitente em conceder-lhes aval para a legal consumação desse Este ano a organização é a inteira responsável morada e número de telefone, para o endereço da
desiderato que apaixonadamente perseguiam, decidiram virar pela nomeação dos galardoados, contudo, para o nossa publicação, tal como descrita na página 2
costas à sociedade que os discriminava e não os entendia. Depois próximo ano, a nossa publicação convidará várias desta edição nº 54 e contar-nos a razão pela qual
de inúmeras peripécias que pouco adiantariam a esta história, con- pessoas de todos os quadrantes, a quem será quer estar presente.
seguiram autorização para habitar duas ilhas isoladas, lá para os
lados das Bermudas. Elas ocupavam uma das ilhas e eles a outra, PUB.
nada de misturas, homens com homens, mulheres com mulheres. Á VENDA NO TESCO
Durante muitos anos assim viveram estas duas felizes comu-
nidades. Extasiados com tanta felicidade, não se aperceberam de Vinho italiano com
que lentamente iam envelhecendo. Num repente, nos garbosos
jovens começaram a notar-se as rugas e as cãs. Aqueles esbeltos escudo português
corpos de há anos começavam, agora, a definhar. As naturais O gigante da distribuição alimentar
maleitas da velhice, os reumáticos, o cansaço, a falta de vista, as Tesco tem nas prateleiras um
dores de cabeça..., ditavam a sua inexorável lei. A pouco e pouco vinho italiano com escudo
foram desaparecendo os membros destas duas comunidades. Hoje português, numa afronta que já
um, amanhã mais dois, lá iam abandonando esta vida que haviam ninguém reage nem comenta.
vivido intensamente. Por fim, as duas comunidades extinguiram-se. Dado ser fim de semana, não
As duas ilhas lá estão, desertas de humanos, apenas habitadas temos acesso ao AICEP Portugal
por chilreantes passarinhos que souberam acasalar, que se soube- Global, a entidade oficial
ram reproduzir. A Mãe Natureza, nestas coisas, não perdoa... FIM portuguesa, com sede na
Embaixada Portuguesa, que
poderia comentar sobre o assunto.
Propriedade
Portuguese Link, Ltd.
Aliás tanto o Tesco como as outras
Ashley House, Stephenson Way, cadeias inglesas, tratam o nosso
Thetford, IP24 3RU vinho como um “commodity” de
Tels: 05601562933 - 01842821705 segunda, colocando-o na prateleira
geral@portuguesemedia.co.uk junto aos ora espanhóis ou
italianos, que, normalmente,
Direcção Geral: João de Noronha joaonoronha@portuguesemedia.co.uk; Director: Daniel recebem o destaque de produto de
Santos daniel@portuguesemedia.co.uk ; Direcção Financeira: Susana Forte Vaz
tec.challenge@yahoo.com; Colaboradores: Alfredo Miranda (Portugal); Margarida Anjos
qualidade. No entanto, em todas as
(Lisboa); Francisco Maciel (Social); Marques dos Santos (Desporto); Vanessa Haiden feiras vinícolas por esse mundo
(Reino Unido); JCD Gomes (Guernsey); Isilda de Freitas (Jersey); F. Gonçalves da Silva fora são os vinhos portugueses
(Londres); P. Pereira (Ipswich); J. Bandeira (Great Yarmouth); Cristina de Sousa que, em relação aos atrás citados,
(Manchester); Paula Magalhães (Lincolnshire); Carlos Dias (Midlands); Manuel ganham mais prémios e distinções
Gonçalves (Somerset); Paulo Vinha (Bournmouth); Valdeiza Costa (Thetford); Revisora:
Susana Vaz; Distribuição: Própria com Euromarket e Júlio Sequeira; Tiragem: 20 mil de produto de qualidade.
exemplares distribuídos em 258 localidades na Inglaterra, País de Gales, Escócia e Ilhas de Será que em Inglaterra até o vinho
Guernsey e Jersey; Colaboração: Lusa, Agência de Notícias de Portugal, SA . português é comprado para dar a
satisfação de nos discriminar? Ou
Nota da Direcção - A publicidade publicada neste jornal, cadernos e inserções é da inteira responsabilidade dos
anunciantes. Os artigos de opinião são também da inteira responsabilidade de quem os subscreve e podem ou não
apenas a falta de quadros técnicos
transmitir a opinião do jornal. A sua publicação insere-se na responsabilidade democrática que temos em aceitar de compras à altura de uma
a liberdade de expressão, de opinião e o direito à diferença.. catalogação conhecedora do
produto que vendem?
28 Fevereiro 2009 13

“Corrupção na Madeira é igual a outras” Rede de assaltos
A Polícia está a investigar uma
O procurador-geral da República, Pinto Monteiro, disse que a “rede” de assaltos em
corrupção na Madeira é semelhante à verificada em outras estabelecimentos e obras de
partes do País e do mundo. “Como há queixas de corrupção na construção civil, a operar a
Madeira, há queixas de corrupção na Guarda, em Lisboa, Porto partir de Machico, tendo já
e Coimbra…”, ressalvou, no final de um encontro com recuperado uma grande parte de
magistrados do Ministério Público. No âmbito de uma visita oficial material furtado. A suposta
à Região Autónoma da Madeira, Pinto Monteiro reuniu-se e “rede” envolve perto de dez
almoçou com o presidente do Governo Regional, Alberto João e indivíduos, desde suspeitos da
visitou as instalações da Polícia Judiciária no Funchal. prática de furtos a receptadores.
MADEIRA
Roubada a Igreja de Garachico
A igreja do Garachico, no Estreito de Câmara de Lobos, foi
assaltada e furtaram o dinheiro que estava a ser depositado por
populares num recipiente junto de uma imagem. Os valores
furtados não serão de grande valor, ao contrário dos prejuízos
provocados pelos “amigos do alheio” que danificaram duas portas
interiores e arrombaram o gradeamento e a janela por onde
entraram. A Polícia de Câmara de Lobos e a equipa de Unidade
de Polícia Técnica da PSP deslocaram-se ao local, mas até ao
momento nada se sabe sobre os autores deste assalto.

NA INAUGURAÇÃO DO DEUTSCHE BANK

Quotas de
Jardim defende “investimento público sustentável”
O presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim,
imigrantes
defendeu para Portugal o “investimento público sustentável” Alberto João Jardim, disse que a
em benefício de todo o território nacional contra os gastos em resolução que determina a admissão
novos aeroportos e e comboios de alta velocidade (TGV). de apenas 20 trabalhadores extra-
Alberto João Jardim fez esta defesa ao criticar os defensores comunitários no mercado regional é
do controlo do défice público mas que, face à actual crise uma medida que decorre da
económica e financeira, sustentam, agora, ser necessário o legislação nacional. “Todos os anos,
investimento do Estado. a legislação nacional determina e
O governante madeirense fez este reparo ao intervir na fixa o número de trabalhadores que
inauguração da delegação do Deutsche Bank na Madeira. são de admitir para trabalhar em
Alberto João Jardim considerou que o investimento público Portugal”, explicou. Segundo
deve ser feito nos equipamentos necessários a todo o País e não Jardim, “o que está acordado é a
em obras dispensáveis: “Não pode meter-se a fazer aeroportos Região, em função da natureza do
quando todos os anos faz obras, de milhões, num aeroporto que seu território e dimensão da
é para ser substituído, não pode fazer TGV´s só para se chegar situação do mercado de trabalho,
10 minutos mais cedo ao Porto”. também, tal como o faz o país a
O governante madeirense criticou ainda os que nível global, fixar a quota regional.
responsabilizam os ‘off-shores’ pelo actual “descalabro Não há drama nenhum, não há nada
financeiro”. de especial”. Confrontado com a
Bernardo Souto, director do Deutsche Bank na Madeira, crítica da Associação SOS-Racismo
realçou ser este um investimento projectado há três anos e que que classificou a medida de
esta opção representava “um sinal de confiança” no mercado Inauguração. Joao Jardim, Miguel Albuquerque, presidente da câmara municipal do Funchal, “xenófoba”, Jardim ripostou: “Sei
madeirense. (ao centro) e Bernardo Souto, do Deutsche Bank, durante a inauguração do balcão no Funchal lá o que é isso de SOS, devem ser
mais alguns que vivem à custa do
contribuinte”. Para o governante
FAMA acusa José Sócrates “de cobardia” Desemprego sobe insular, “esta é uma resolução de
acordo com as medidas que se
O Fórum Autonomia da Madeira (FAMA) acusou o secretário-geral do PS, José Sócrates, “de O secretário regional dos Recursos tomam a nível nacional, também há
cobardia” por “ter evitado deslocar-se à Região para apresentar a sua moção ao Congresso Humanos revelou que o desemprego um limite” e concluiu: “Primeiro,
nacional dos socialistas”. cresceu 6,8% em Janeiro e 12,4%, defendo os da casa”. A 11 de
A FAMA fala ainda no “grau zero” de confiança dos portugueses no primeiro-ministro, acusando comparativamente ao mês homólogo de Fevereiro, o JORAM publicou a
Sócrates de “mentir” face ao “caso Freeport” e sobre os dados da OCDE sobre o estado da 2008, atingindo as 9.932 pessoas. Brazão Resolução 146/2009 que
educação em Portugal. de Castro disse que a situação do “determina um contingente de 20
Em comunicado assinado pelo deputado do PSD à Assembleia Legislativa da Madeira Gabriel desemprego continua a ser “mais favorável vagas para o ano de 2009, relativo
Drumond, este afirma que “a cobardia de que padece José Sócrates tem, aliás, antecedentes, bem pois a taxa de desemprego nacional é de ao contingente global indicativo de
vincados que radicam na constatação de que, enquanto primeiro-ministro, lhe ter sempre faltado a 7,8% e a regional de 6%”. João Jardim oportunidades presumivelmente
coragem para se deslocar à Região”. responsabiliza o primeiro-ministro, pois não preenchidas pelos trabalhadores
“O perfil autoritário de José Sócrates - contra a Madeira, contra os reformados, contra os não proporciona os meios que a Região no âmbito do disposto no artigo
funcionários públicos, contra os juízes, contra tudo e contra todos - esboroa-se a cada dia que reivindica para o seu desenvolvimento. 59.º da Lei n.º 23/2007, de 4
passa”, lê-se na nota da FAMA. de Julho.
PUB.

Venha visitar-nos e conhecer

os nossos excelentes produtos
OPINIÃO
Levantai hoje de
novo o esplendor
de Portugal
Prezados compatriotas,
Como todos devem estar inteirados, a Comunidade
Portuguesa tem sido vítima, ao longo dos anos, da inércia e
falta de audácia a que se dedicou! Mas, em certas ocasiões, e
quando as circunstâncias o permitem, somos obrigados a
acordar, se quisermos acompanhar o progresso do país que
nos deu guarida. Entrementes, encontrávamo-nos num beco
sem saída, muito bem acomodados nas poltronas do
comodismo, sem nos importarmos com nada, porquanto não
tivemos engenho e arte! Porém, quando começámos a folhear
as páginas da nossa História e nos apercebemos de que o
nosso poeta nos ensina coisas maravilhosas, como, por
exemplo: a disciplina militar prestante/não se aprende, senhor,
na fantasia, sonhando, imaginando ou estudando/senão
vendo, tratando ou pelejando.
Seja como for, a Comunidade Portuguesa não está
organizada como as demais! Porquê? Não tiveram tempo?
Tiveram tempo e mais do que tempo! Faltou-lhes a coragem!
Todavia, com a resistência que sempre houve ao longo dos
anos tem sido possível ser contada como aquelas que depois
de nós já nos ultrapassaram. Com a nossa persistência, ainda
que voluntária, a Telco/London Citizens tem contado com a
ajuda, não de muitos, mas daqueles que nunca se deram por
vencidos, nem tão pouco por cobardes, tomando em
consideração o nosso apoio! Assim sendo, ganhámos a
questão e soubemos levar a àgua ao nosso moinho e tirar
vantagem da situação que não tem sido muito fácil! De facto,
as acções causam mais impacto do que as palavras e desde
que começámos a participar mais frequentemente nas
manifestações de rua, a nossa “bandeira” tornou-se mais
conhecida, onde somos convidados a participar com mais
força e desta vez muito mais bem organizados, porquanto
fizemos derrubar por terra os muros de Jericó que obstruía a
nossa caminhada, acabando para sempre com as guerrilhas e
com as querelas que não nos conduziam a lado nenhum,
fazendo aqui o elo de ligação juntando o útil ao agradável - e
aqui ganhamos todos! Portanto, usando a premissa dos loucos
que serve para confundir os sábios deste mundo, conseguimos
este ano que a “Manifestação de 4 de Maio” fosse ampliada a
todos os níveis fazendo com que, pela primeira vez, a
“Comunidade dos Países de Língua Portuguesa” participasse
em força naquele evento!
Destarte, está feito o apelo aquiescente a todos os cidadãos
de boa vontade que voluntariamente queiram participar na
“Manifestação do Dia 4 de Maio,” não olhando ao passado,
mas ao presente, contando desde já com a cooperação das
Associações, Igrejas, Escolas, bem como a participação, em
força, de todos os nossos compatriotas que fazem parte da
hoste escolhida que aquém-fronteiras luta pelo seu pão
quotidiano e não se envergonha naquele dia de levantar bem
alto o Esplendor de PortugalL, fazendo-nos regressar às
fontes das virtudes onde beberam e se fortificaram os nossos
antepassados, porque só unindo, pelejando, e cantando
espalharemos por toda a parte os feitos gloriosos da brava
gente Lusitana que em bravura tudo vale! A união faz a força!
Santos de casa não fazem milagres!
Saudações Lusíadas,
F. Gonçalves da Silva & Andreas Shoyen
Portuguese Action Group & Guardian Angels
COLABORAÇÃO DOS LEITORES
As páginas do nosso jornal estão abertas
à colaboração dos leitores, embora a direcção
do mesmo se reserve o direito de publicar, ou
não, os artigos enviados. Escreva para
geral@portuguesemedia.co.uk
Dra. Valdeíza Costa
Psicóloga e Psicopedagoga
A arte de ser feliz
Pergunta
Li seu artigo “A arte de ser feliz” e gostei muito. A
Doutora teria outras dicas práticas do que posso
fazer para alcançar a felicidade?
(MASS, Londres)
Como eu disse no primeiro artigo “A Arte de Ser
Feliz”, a Felicidade não está num ponto, num
lugar, numa fase da vida mas sim no caminho que
percorremos e que Infelizmente não há uma
receita para a Felicidade, nenhum remédio
mágico nem ninguém que, como num conto de
fadas, nos fará eternamente felizes, entretanto,
está em nossas mãos investirmos na nossa
própria felicidade. O curioso é que no mesmo dia
em que recebi seu e-mail, recebi também um
PowerPoint (autor desconhecido) que trazia
algumas boas dicas. Tomo a liberdade de
transcrevê-los aqui, com algumas alterações:
O que você pode fazer, de dentro para fora:
* Pense sempre de forma positiva e toda vez
que um pensamento negativo vier à sua cabeça
cuidado para não expressá-lo em palavras pois,
como diz o ditado: “Palavra tem Poder”, troque-o
imediatamente por um pensamento positivo;
* Não se habitue a viver queixando-se da vida.
Quando você reclama, tal qual um ímã, você atrai
para si toda a carga negativa de suas próprias
palavras. A maioria das coisas que acabam
dando errado, começa a se materializar quando
nos lamentamos (”Palavra tem poder”…);
* Risque a palavra culpa do seu dicionário. Não
se permita esta sensação. Se for cristã lembre-se
que Deus perdoa seus filhos arrependidos e
esquece seus erros, assim, aprenda com o erro,
perdoe-se e procure esquece-los;
* Não deixe que interferências externas
tumultuem o seu cotidiano. Livre-se de fofocas,
comentários maldosos e gente maldizente, isto é
contagioso. Seja prestativa e relacione-se com
pessoas positivas;
* Não se permita enervar-se com facilidade e
PUB.
SAÚDE E BEM-ESTAR
Nesta secção procurarei esclarecer as vossas dúvidas em
relação à saúde emocional, familiar e de relacionamentos
interpessoais. Enviem as vossas perguntas para o e-mail
valdeiza@gmail.com ou mob. 0796 1158 491.
2
nem dê importância às pequenas contrariedades
da vida. Quando ficamos irritados estamos a
envenenar nosso corpo e nossa mente;
* Viva o presente! O ansioso vive no futuro e o
rancoroso no passado. Aproveite o aqui e agora.
Faça sua vida valer a pena. Não perca tempo
com melindres e preocupações.
O que você pode fazer, de fora para dentro:
* A água purifica. Sempre que puder vá a praia,
rio ou piscina. Em casa, enquanto estiver a tomar
banho, feche os olhos por algum tempo e imagine
seu cansaço físico, suas mágoas, dores e
tristezas sendo levados embora por água abaixo;
* Ande descalça sempre que puder, na terra de
preferência. Em casa, massageie seus pés com
um creme depois de um longo dia. Também é
muito bom escaldá-los em água morna com sal;
* Mantenha contato com a natureza. Se
possível tenha em casa um vaso de plantas e, ou
um animal de estimação e cuide deles com
carinho. O amor que dedicamos às plantas e
animais acalma nosso coração e funciona como
um calmante natural;
* Ouça músicas que a façam cantar e dançar.
Seja qual for o seu estilo preferido, a vibração de
uma canção tem o poder de nos fazer sentir vivos,
aflorando a nossa emoção e abrindo nosso canal
com alegria.
* Não deixe que a saudade sufoque, que a
rotina acomode, que o medo a impeça de tentar;
* Liberte-se! Sempre que puder livre-se da
rotina e pegue a estrada, nem que seja por um
único dia. Conheça novos lugares e novas
pessoas;
* Gaste mais horas realizando do que
sonhando, fazendo que planejando, vivendo que
esperando porque, como diz o ditado: “embora
quem quase morre esteja vivo, quem quase vive
já morreu”…
E lembre-se “O medo nos afasta das
derrotas....mas das vitórias também”!
Estarei torcendo por você!
O SEU
JORNAL
NO REINO
UNIDO
LEIA E DIVULGUE
 DE JOÃO DE NORONHA

A vergonha do que se passa na banca, um
pouco por todo o Mundo, é um bom
exemplo da falência do sistema político,
onde cada vez mais a competência e a
responsabilidade são factores de
circunstância, desde que se sirva os
interesses pessoais de todos os que fazem
parte do clan político. Estes produzem as
leis necessárias para proteger o
“investimento” e no final todos vivem na
grandeza abandonando ideais e promessas
de mudança e de apoio do povo que os
elegeram. Uns, a soldo do grande capital e
outros servindo o poder político, juntos
subsistem de mãos dadas protegendo-se
mutuamente sem castigo para a
incompetência, negligência, compadrio e
associação. Porque as instituições de
fiscalização, essas são também votadas nos
parlamentos onde, por sua vez, fazem parte
os mesmo políticos que se protegem uns
aos outros e aos que no capital lhes
garantem o emprego, através de meios
director ou indirectos. Não é possível que
indivíduos que foram parte integrante do
falhanço do sistema financeiro no Mundo,
se retirem e ganhem pensões de £600 mil
ao ano. Onde está a justiça? Só que o caso
não tem fronteiras... Criaram-se, na banca,
bónus para retribuir quem conseguiu
ultrapassar rácios de receitas bancárias
extraordinárias, contudo hoje vem a saber-
se que essas receitas foram feitas a troco de
operações de alto risco, muitas vezes em
poder político e financeiro – garante a
sobrevivência do poder burocrático e
tecnocrático. Noutras palavras mais
simples, garante que o poder político tenha
leis que lhes permita reprimir a liberdade
de cada um e, ao mesmo tempo, garantir o
seu futuro e dos seus contra quaisquer
problemas provenientes da sua má conduta
ou incapacidade.
Isto traz-nos um pouco àquilo que se
vem passando na nossa comunidade. Até
agora, temos vindo a pôr-nos na
dependência do poder, esperando que daí
devenha qualquer reacção positiva na ajuda
e solução dos nossos problemas. Só que
isso não acontece. Porque o poder não está
Sexo de crianças com crianças
interessado na organização das nossas
comunidades no exterior. Prefere manter, á
moda do passado, uma certa dependência e
controlo de todos nós, combatendo e
desmantelando o pouco que aparece,
através de fomentar a desunião e empossar
os que, sem capacidade, continuam a tentar
exercer a representação de todos nós.
Contudo, a pouco e pouco, os líderes da
comunidade vão começando a aperceber-se
das contradições que a comunidade vai
caindo e no abandono em que se encontra
face às autoridades do país de acolhimento.
A nossa vida não depende apenas no mau
funcionamento consular e na falta de
intervenção das autoridades portuguesas
aos problemas que afectam os imigrantes
Hoje o poder
passou para
o lado da criança
e cada vez mais
os pais não
passam de uma
máquina
reprodutora
e o filho, por
legislação, uma
pertença do
Estado
portugueses. Aliás, hoje esses problemas
nem são os mais importantes. O acesso ao
trabalho, o ensino de inglês, a reconversão
de qualificações, o ensino dos mais novos,
os direitos e garantias de cidadania e de
contribuinte para o sistema fiscal, racismo
e discriminação, acesso a serviços e
igualdade de circunstâncias, ao apoio legal,
à saúde, habitação e dívida, são muito mais
importantes e ditam a boa integração e
sobrevivência dos portugueses aqui
radicados e imigrados.
Desperta agora a organização de uma
organização nacional que acompanhe e
defenda os interesses dos portugueses
residentes no Reino Unido. Uma
organização que peca pela demora, não
pela conveniência e importância. Uma
organização que não é possível lançar com
uma visão de união total e global entre os
portugueses, mas sim com intuito de ir
trabalhando para essa união. União essa
que depende apenas do sucesso da
organização a formar. Na nossa
comunidade tudo é um jogo de
protagonismo e a desunião entre todos nós
reside na intenção que todos se acham
líderes e todos se acham capazes, mas
ninguém fez nada. É, por isso, tempo de
mudança. Esquecer o passado, os que tanto
nada fizeram, as fábricas ilusões, os eleitos
por natureza, os indigitados e os mágicos
do rumor e da denúncia. Com o que temos
e com os que apostam na criação de uma

operações tipo “Dona Branca” e outras. Até
hoje, já lá vão seis meses, para além de
algumas demissões, os gestores que
lesaram biliões de pessoas por esse Mundo
fora, não foram indiciados ou acusados
criminalmente, e gozam, em retiro
obrigatório, gordas pensões e bónus pago,
para manterem a boca calada e não
estenderem a crise, agora financeira, a uma
crise política global.
Sem dúvida vivemos uma época na
história de uma nova corrupção, onde o
sistema político criou uma “elite” que
defende e alimenta o seu exército, através
da promulgação de leis resultado do poder
que foi democraticamente concedido,
independentemente de qual a força política
eleita. Hoje temos uma nova forma de
transparência e de consciência social. Ela
transita através das leis que são
inteligentemente promulgadas pelas tais
maiorias políticas, contra o “circo” da
oposição, que, quando em poder, não lhes
toca – utiliza-as em seu proveito.
Leis que protegem os mais fortes e os
mais ricos e que garantem a subsistência do
S
exo de crianças com crianças - fazendo crianças. Infelizmente é isto que organização que nos represente, deve
durante toda a quinzena os jornais locais nos têm metralhado. Tudo arrancar a Confederação, federação,
porque o diário “Sun”, na sua tendência sensacionalista, deu a notícia que Associação, ou outra forma jurídica
um miúdo teria concebido com uma miúda de 14 e foi pai aos 13 anos. qualquer – o que é necessário é arrancar!
Aliás, em 1997 já tinha sido notícia o mesmo caso noutro local e o casal Temos pessoas competentes e capazes de
de crianças, hoje já adultos, continuam juntos e felizes. O pior vem de todos os levar esta organização para a frente e não
outros relatórios vindos a lume durante este período. Apesar de ter descido 12% temos de ter a benção de ninguém – mas
até 2007 e durante o ano passado subido 2,5%, o Reino Unido tem o maior índice sim o envolvimento tácito das autoridades
de mães (com menos de 16 anos) na Europa. em termos de apoio institucional. Somos
Uns defendem que a educação sexual nas escolas não funciona, outros dizem nós e mais ninguém que temos de pôr em
que os pais não falam com as crianças sobre esses assuntos, outros ainda marcha as instituições e organizações que
argumentam que os educadores não deviam recriminar os mais novos sobre vão fomentar e apoiar as comunidades
sexo, para que os mesmos se pudessem abrir e fossem elucidados sobre os portugueses espalhadas pelo Reino Unido.
perigos. Não interessa quem irá encabeçar e
Contudo, tudo passa pela forma como a legislação neste país, e noutros da representar a nossa comunidade. O mais
Europa, está feita, pondo em risco o aconselhamento sexual. Na legislação é importante é que exista uma organização
muito difícil separar a linha de aconselhamento e de perversão sexual. Hoje um que responda aos anseios e problemas que
bem intencionado pai pode julgar estar a dar aconselhamento e, mais tarde, poder vão subsistindo no difícil caminho para
vir a ser acusado de assédio sexual aos filhos. Hoje a legislação é por demais integração.
perversa e lança as crianças num mundo à parte, onde não há critérios de Garantir que a nossa cultura e língua
autoridades parental ou outra, disciplina ou orientação familiar. Estamos todos a sejam defendidas e respeitadas e que os
educar a medo - não vá o miúdo dizer algo na escola que nos lance nas nossos filhos se sintam orgulhosos de
masmorras. Hoje o poder passou para o lado da criança e cada vez mais os pais serem portugueses. E isso nunca
não passam de uma máquina reprodutora e o filho, por legislação, uma pertença acontecerá, enquanto existirem uma dúzia
do Estado. de líderes, cada um com a sua opinião e
nenhum na opinião de toda a comunidade.
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