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Com esse objetivo, o governo submeteu à aprovação do Congresso Nacional uma série
de medidas visando alterar a Constituição Federal de 1988 e promover uma mudança
estrutural na feição do Estado brasileiro, na tentativa de adaptá-lo às novas realidades da
economia mundial. Assim, determinados temas passaram a fazer parte do cotidiano
político nacional, tais como reforma administrativa e previdenciária, desregulamentação
de mercados, flexibilização das regras de contratação de mão-de-obra e fim do
monopólio estatal nas áreas de siderurgia, energia e telecomunicações.
Em 4 de junho de 1997, foi aprovada no Senado, a emenda que permitia a reeleição para
mandatos do Executivo nos âmbitos federal, estadual e municipal. O presidente
Fernando Henrique Cardoso candidatou-se à reeleição pela mesma coligação que o
levara ao poder em 1994, formada pelo PSDB, PFL e PTB, à qual se reuniu o PPB.
Mais uma vez favorecido pela estabilidade econômico-financeira promovida pelo Plano
Real, Fernando Henrique venceu o primeiro turno das eleições realizadas em 4 de
outubro de 1998, conquistando 53,06% dos votos. Tomou posse em 1° de janeiro de
1999.
O Brasil e o mundo - Em 1995, Alberto Fujimori foi reeleito presidente do Peru e Carlos
Menem, da Argentina. Os Estados Unidos reataram relações diplomáticas com o Vietnã
e, em Oklahoma City, um atentado a bomba, praticado por um americano, matou 169
pessoas. Ainda no mesmo ano, o primeiro-ministro israelense, Yitzhak Rabin, foi
assassinado por um estudante judeu. Em 1996, Boris Yeltsin foi reeleito presidente da
Rússia e Bill Clinton, dos Estados Unidos. Nelson Mandela, presidente sul-africano,
assinou a nova Constituição que aboliu o apartheid, instituindo a igualdade racial. No
Brasil, 19 integrantes do MST foram mortos em confronto com a polícia em Eldorado
dos Carajás, no Pará, e o filme brasileiro O quatrilho foi indicado ao Oscar de melhor
filme estrangeiro. Em 1997, cientistas britânicos surpreenderam o mundo com a
apresentação da ovelha Dolly, o primeiro animal clonado na história; Tony Blair foi
eleito primeiro-ministro britânico e Cuba recebeu os restos mortais de Che Guevara. Em
1998, o escritor português José Saramago ganhou o Prêmio Nobel de Literatura e o ex-
ditador chileno Augusto Pinochet foi preso em Londres, acusado de terrorismo, tortura e
genocídio. O Congresso americano autorizou abertura de processo de impeachment
contra o presidente Bill Clinton. O filme Central do Brasil, de Walter Sales Júnior, foi
premiado no Festival de Berlim.
Fonte: www.portalbrasil.net
Governo Fernando Henrique Cardoso
(1995 - 2002)
Plano Real - O Presidente também dá continuidade ao Plano Real. Ao longo dos meses,
promoveu alguns ajustes na economia, como o aumento da taxa de juros, para
desaquecer a demanda interna, e a desvalorização do câmbio, para estimular as
exportações e equilibrar a balança comercial. Com o plano, o governo controlou a
inflação em níveis bastante baixos. Mas surgiram sinais de recessão econômica já no
segundo semestre, como a inadimplência, queda no consumo e demissões em massa. A
redução da atividade econômica provocou desemprego nos setores industrial e agrícola.
O atraso na implementação da reforma agrária agravou os conflitos no campo.
Fonte: elogica.br.inter.net
Governo Fernando Henrique Cardoso
(1995 - 2002)
Origem e formação
Voltando do exílio em meados dos anos 1970, tornou-se um dos ideólogos do MDB.
FHC estimulou o MDB a moldar-se no Partido Democrático norte-americano, isto é, um
partido "omnibus" — em latim, "para todos". FHC pregava que, fazendo alianças
amplas e repudiando a luta armada, o MDB chegaria ao poder pelo voto. Em 1978, saiu
dos bastidores acadêmicos da política e começa a participar em campanhas políticas
pessoalmente. Perdeu a sua primeira eleição em novembro de 1978, em que foi
candidato a senador por São Paulo. Mas torna-se suplente de Franco Montoro, eleito
naquela oportunidade senador da república. Em 1980 quando são criados novos partidos
políticos, FHC filia-se ao PMDB, partido que era o sucessor natural do antigo MDB.
FHC assume uma cadeira no senado em 1983, quando Montoro renunciou ao mandato
de senador para assumir o governo de São Paulo.
Presidência da República
Tomou posse como presidente em 1 de janeiro de 1995, tendo nos dois mandatos Marco
Maciel, do PFL, como vice-presidente. A política de estabilidade e da continuidade do
Plano Real foi o principal apelo da campanha eleitoral de 1998 para a reeleição de FHC.
Foi reeleito já no primeiro turno. FHC conseguiu para a sua eleição à presidência o
apoio total do PSDB, do PFL, do Partido Progressista Brasileiro – PPB (atual PP) e de
parte do PMDB, e conseguiu manter estes apoios nos seus 8 anos de governo, o que deu
relativa estabilidade política ao Brasil neste período. FHC conseguiu a aprovação de
uma emenda constitucional que criou a reeleição para os cargos executivos, sendo o
primeiro presidente brasileiro a ser reeleito. Em seu governo houve diversas denúncias
de corrupção sem nenhuma investigação profunda, ou por falta de provas ou por
manobra política. Dentre as principais denúncias merecem destaque a compra de
parlamentares para aprovação da reeleição e o favorecimento de determinados grupos
financeiros no processo de privatização das estatais. No início de seu segundo mandato,
uma forte desvalorização da moeda provocada por crises financeiras internacionais
(México, Rússia e Ásia) leva o Brasil à maior crise financeira de sua história, aos juros
reais mais altos de sua história e a um aumento enorme na dívida interna. No governo
FHC finalmente foi implantado o gasoduto Brasil-Bolívia. Em 1997 entrou em vigor a
atual lei eleitoral que se pretende definitiva, pois, antes, tinhamos uma lei eleitoral nova
a cada eleição. O governo do presidente FHC findou-se no dia 1º de janeiro de 2003,
com a posse de Luiz Inácio Lula da Silva. FHC foi o primeiro civil eleito pelo voto
direto que conseguiu terminar o mandato de presidente desde Juscelino Kubitscheck.
FHC foi o presidente brasileiro que governou por mais tempo depois de Getúlio Vargas.
Em geral, FHC tentou atacar todas as fontes de déficit público, para eliminar o
problema crônico da inflação, fazendo, por exemplo, em 1999 uma reforma da
previdência social. Foi adotada a terceirização de serviços e de empregos públicos em
áreas consideradas não-essenciais. Foram aprovadas leis mais duras sobre crimes contra
o sistema financeiro. E entrou em vigor, em 1998, um código de trânsito mais rigoroso
para diminuir número de acidentes nas rodovias. Os salários dos servidores públicos
praticamente não sofreram reajustes no governo de FHC, como forma de se controlar os
gastos públicos e a inflação. Entrou em vigor, em 2000, a Lei de Responsabilidade
Fiscal, o que se caracteriza pelo rigor exigido na execução dos orçamentos públicos. A
Lei fiscal limita o endividamento dos estados e municípios e os gastos com
funcionalismo público. FHC criou o Bolsa Escola e outros programas sociais destinados
à população de baixa renda. Ampliou-se em muito, no governo FHC, o investimento
privado em educação superior (faculdades e pós-graduação).
Obra acadêmica
Em 2004, FHC fundou o Instituto Fernando Henrique Cardoso, uma instituição sem fins
lucrativos que pretende reunir sua obra e propor discussões sobre o Brasil e a América
Latina. Em 2004, FHC foi eleito um membro da placa consultiva da Universidade do
Sul da Califórnia.
Em 2005 foi eleito, através de uma votação feita pela internet e organizada pela revista
britânica Prospect, como um dos 100 maiores intelectuais do mundo, ainda vivos
atualmente [2].
Atualidade
Fonte: pt.wikipedia.org