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TRIBUNAL DE CONTAS D

PROCESSO TC N° 02264107 FI. 1/7

Administração Indireta Municipal. Instituto de Previdência


do Município de Cuitegi. Prestação de Contas Anuais,
exercício de 2006. Julga-se regular com ressalvas. Aplica-se
multa. Emitem-se recomendações. Representa-se junto à
Secretaria da Receita Federal do Brasil. Assina-se prazo para
encaminhamento de processos de aposentadoria e de pensão
ao TCEIPB. Determina-se o encaminhamento de cópia do
presente ato à divisão competente do Tribunal para subsidiar o
exame das contas de 2008 do Prefeito de Cuitegi.

ACÓRDÃO APL TC '))::r 12009

1. RELATÓRIO
Examina-se a prestação de contas anual do Instituto de Previdência do Município de Cuitegi -
IPMC, relativa ao exercício financeiro de 2006, de responsabilidadeda S~. Glaucineli de O. Montenegro.
A Auditoria, após a análise da documentação encaminhada, emitiu o relatório de fls. 114/120,
evidenciando os seguintes aspectos da gestão:
1. a prestação de contas foi encaminhada ao TCE em conformidade com as Resoluções RN TC
07197 e RN TC 07104;
2. o IPMC, que tem natureza jurídica de autarquia, foi criado pela Lei Municipal nO143/1197,
posteriormente alterado pela Lei Municipal nO 179/2001 e, por fim, pela Lei Municipal nO
229/06;
3. de acordo com o art. 109 da Lei n° 229/06, as contribuições patronais correspondem a 22% do
total da folha de pagamento dos servidores efetivos em atividade e dos proventos de
aposentadorias e pensões e as contribuições dos servidores correspondema11 %;
4. o orçamento para o exercício em análise estimou a receita e fixou a despesa em R$
197.300,00;
5. a receita arrecadada, toda de natureza corrente, foi de R$ 247.348,18, referente a "Receita
Patrimonial" (R$ 44.243,61), "Receita de Contribuição - Servidores" (R$ 100.786,51), "Outras
Contribuições Previdenciárias - Empresa" (R$ 13.627,37) e "Transferências Recebidas" (R$
88.690,69);
6. a despesa realizada, toda também de natureza corrente, foi de R$ 197.609,40, sendo que
65,72% desse valor se refere à despesa com benefícios previdenciários e a diferença
corresponde a despesas com vencimentos e vantagens fixas, obrigações patronais e
contratação de prestação de serviços;
7. como resultado da execução orçamentária, observou-se a ocorrência de superavit, no valor de
R$ 49.738,78;
8. conforme o Balanço Financeiro, o instituto mobilizou recursos no montante de R$ 608.327,54,
sendo 26,08% provenientes de receitas orçamentárias, 14,58% de transferências recebidas,
0,51% de receita extraorçamentária e 58,83% de saldo do exercício anterior. Quanto às
aplicações, o instituto destinou 32,48% dos recursos para despesas orçamentárias, 0,53%
para despesas extraorçamentárias e o restante figurou como saldo para o exercício

fi
subsequente;

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PROCESSO TC N° 02264/07 FI. 2/7

9. o Balanço Patrimonial apresentou um ativo de R$ 538.452,57, para um passivo de R$ 107,88


(passivo financeiro) e um ativo real líquido de R$ 538.344,69;
10. o saldo financeiro ao final do exercício atingiu R$ 407.500,51, distribuído entre caixa e bancos,
nos respectivos valores de R$ 22,43 e R$ 407.478,08, e a dívida da instituição alcançou R$
107,88, referente a "Depósitos";
11. no tocante aos aspectos operacionais, de acordo com informações do Demonstrativo
Previdenciário, obtido no site do MPAS, e considerando que todos os servidores efetivos ativos
são contribuintes obrigatórios, o instituto contava, em 2006, com 213 (duzentos e treze)
servidores efetivos, 13 (treze) inativos e 5 (cinco) pensionistas;
12. quanto à avaliação atuarial, a contribuição previdenciária sugerida para o "Regime Próprio de
Previdência do Município de Cuitegi" seria de 20,28% para o custo normal e de 4,43% para o
custo suplementar, desconsiderada a taxa de administração permitida na legislação em vigor,
fls. 67/93. As contribuições praticadas até novembro de 2006 foram de 8% para empregador e
empregados, momento em que o gestor passou a cumprir as recomendações atuariais;
13. não há registro, no TRAMITA, de denúncia envolvendo o exercício de 2006;
14. não há registro, no TRAMITA, de adiantamentos, contratos, convênios e licitação;
15. as despesas administrativas somaram R$ 67.747,08;
16. por fim, apontou as seguintes irregularidades:
16.01. de responsabilidade do Prefeito, Sr. Ednaldo Paulo Uno:
16.01.01. não adequação da Lei Previdenciária Municipal, em tempo hábil, às
exigências impostas pela Lei Federal nO9717/98, alterada pela Lei Federal
nO10887/04, que estabelecem a alíquota para os segurados nunca inferior à
contribuição do servidor efetivo federal (11%) e, no caso do empregador,
nunca inferior a dos segurados (11%), nem superior ao dobro desta (22%). O
instituto passou a cumprir a determinação a partir de novembro de 2006,
com a promulgação da Lei Municipal nO 229/2006. Antes, o percentual
praticado era de 8%, tanto para o empregador como para os empregados;
16.01.02. informações divergentes entre o SAGRES e a PCA, quanto ao repasse dos
valores retidos dos servidores;
16.01.03. não cumprimento do termo de parcelamento de débito para com o instituto; e
16.01.04. efetivação irregular dos repasses previdenciários (o valor de R$ 203.104,57
informado na PCA não coincide com os créditos constantes dos extratos
bancários, que somaram R$173.123,43, fls. 113).
16.02. de responsabilidade da gestora do instituto, S,.aGlaucineli de Oliveira Montenegro:
16.02.01. inobservância da legislação previdenciária federal, no tocante às alíquotas
patronais e dos servidores, até novembro de 2006;
16.02.02. divergência entre as receitas de contribuições registradas nos
demonstrativos contábeis da PCA e os depósitos bancários;
16.02.03. realização de despesas com serviços de consultoria jurídica sem licitação,
no valor de R$ 35.430,00;
16.02.04. não retenção/recolhimento previdenciário sobre contratação de consultoria
jurídica;

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PROCESSO TC N° 02264/07 FI. 3/7

16.02.05. elaboração incorreta do Balanço Patrimonial, em virtude do registro a menor


da dívida da Prefeitura para com o instituto;
16.02.06. não encaminhamento de treze processos de aposentadoria e cinco de
pensão para análise pelo TCE;
16.02.07. descumprimento da Resolução RN TC 04/2007, no tocante às informações
necessárias ao cálculo das despesas administrativas;
16.02.08. não aplicação do regime de caixa para o registro da receita, descumprindo o
art. 35, I, da Lei nO 4320/64 (as receitas de fevereiro e março não foram
registradas na ocasião do recebimento); e
16.02.09. instituto sem o Certificado de Regularidade Previdenciária - CRP válido para
2006 e em situação irregular perante o Ministério da Previdência Social em
relação aos seguintes critérios: 1) aplicação financeira de acordo com a
Resolução do CMV - previsão legal; 2) atendimento de solicitação do MPAS
no prazo; 3) caráter contributivo (ente e ativos - repasse); 4) caráter
contributivo (inativos e pensionistas - alíquotas); 5) caráter contributivo
(inativos e pensionistas - repasse); 6) cobertura exclusiva a servidores
efetivos; 7) concessão de benefícios não distintos do RGPS - previsão legal;
8) demonstrativo previdenciário; 9) equilíbrio financeiro e atuarial; 10)
observância dos limites de contribuição dos segurados e pensionistas; 12)
observância dos limites de contribuição do ente; e 13) utilização de recursos
previdenciários.
Em virtude das irregularidades acima descritas, o Prefeito de Cuitegi, Sr. Ednaldo Paulo Uno, e a
gestora do instituto, S~ Glaucineli de Oliveira Montenegro, foram devidamente notificados para apresentação de
defesa. No entanto, deixaram escoar o prazo sem apresentar quaisquer justificativas.
Provocado a se manifestar, o Ministério Público junto ao TCE/PB, através do Parecer nO 13/09,
ressaltou, inicialmente, que as inconsistências indicadas como de responsabilidade do Prefeito devem ser
transpostas para o processo referente à prestação de contas de 2006 da Prefeitura, em caso de ainda não
julgada por este Tríbunal. Quanto às irregularidades de responsabilidade da gestora do instituto, entendeu, em
resumo:
1. OMISSÃO QUANTO ÀS DISPOSiÇÕES DA LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA FEDERAL (LEI
N° 9717/98), NO TOCANTE AO VALOR DAS ALíQUOTAS DE CONTRIBUiÇÃO PATRONAL
E DOS SERVIDORES, ATÉ NOVEMBRO DE 2006
tiA legislação municipal relativa às contribuições previdenciárias mostra-se em
desacordo com a Lei Federal n° 9717/98, que regulamenta a matéria, sobretudo no que
se refere às alíquotas, pois durante praticamente todo o exercício de 2006 as
contribuições foram recolhidas com base numa alíquota de apenas 8%, inferior ao
mínimo exigido pela legislação federal (11 %).
Apenas no final do exercício é que tal distorção foi corrigida e as alíquotas passaram a
ser cobradas dentro daquele parâmetro legal exigido. Porém, os prejuízos
remanescentes da cobrança a menor já haviam se concretizado, demonstrando a
irregularidade em que incorreu o gestor do instituto, devendo ser procedidas
recomendações para que tal falha não volte a se repetir. IJ

2. DIVERGÊNCIA ENTRE OS VALORES DAS RECEITAS DE CONTRIBUiÇÃO INFORMADAS


NA PCA E OS DEPÓSITOS
3. BALANÇO PATRIMONIAL ELABORADO INCORRETAMENTE

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Constituem eivas de "natureza contábil representativas de empecilho à eficaz


concretização dos princípios constitucionais do controle, da segurança e da
transparência das atividades públicas".
4. REALIZAÇÃO DE DESPESA COM SERViÇOS DE CONSULTORIA NO VALOR DE R$
35.430,00, SEM REALIZAÇÃO DE LICITAÇÃO
5. NÃO RETENÇÃO/RECOLHIMENTO DE CONTRIBUiÇÕES PREVIDENCIÁRIAS E DE
CUMPRIMENTO DAS OBRIGAÇÕES PATRONAIS DO INSTITUTO EM RELAÇÃO À
CONTRATAÇÃO DE SERViÇOS DE CONSULTORIA
Requisito elementar na execução da despesa pública, a licitação constitui-se em "um
instrumento posto à disposição do Poder Público com vistas a possibilitar a avaliação
comparativa das ofertas e a obtenção daquela mais favorável ao interesse público,
visando também à concessão de igual oportunidade para todos os particulares que
desejem contratar com a Administração. Assim, a sua não realização ou a sua
efetivação de modo incorreto representam séria ameaça aos princípios da legalidade,
impessoalidade e moralidade".
A não retenção/recolhimento previdenciário sobre os serviços de assessoria jurídica
contraria o disposto na Lei Orgânica da Seguridade Social nO8212/91, comprometendo
o custeio do sistema previdenciário.
6. AUSÊNCIA DE ENCAMINHAMENTO A ESTE TRIBUNAL, PARA FINS DE REGISTRO, DE 13
PROCESSOS DE APOSENTADORIA E DE 05 PROCESSOS DE PENSÃO,
DESCUMPRINDO AS RESOLUÇÕES RN TC 103/98 E RN TC 15/01
7. NÃO ENVIO DE INFORMAÇÕES SOLICITADAS POR ESTE TRIBUNAL, COM
DESCUMPRIMENTO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA RN TC 04/07
"Como cediço, é imperativa, por ordem constitucional, não apenas a prestação de
contas, mas também a sua prestação integral e regular, já que a ausência ou a
imprecisão de documentos que torne dificultado o seu exame é quase tão grave quanto
à omissão do próprio dever de prestá-Ias."
8. DESRESPEITO AO REGIME DE CAIXA PARA A RECEITA, INSTITUíDO PELO ART. 35, I,
DA LEI N° 4320/64
A falha demonstra desorganização contábil e administrativa da entidade, cabendo ao
gestor eliminá-Ia em exercícios vindouros.
9. SITUAÇÃO IRREGULAR DO INSTITUTO COM RELAÇÃO A VÁRIOS CRITÉRIOS
AVALIADOS PELO MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL (MPAS)
A maioria das incompatibilidades foi apontada também na análise da prestação de
contas de 2005, o que ressalta o despreparo do instituto, cabendo recomendar a
imediata correção perante o Ministério da Previdência e Assistência Social.
10. POR FIM, OPINOU PELA:
10.1. irregularidade das presentes contas;
10.2. aplicação da multa prevista no art. 56, inciso 11, da Lei Orgânica desta Corte, à
autoridade responsável, sra Glaucineli de Oliveira Montenegro, em face da transgressão
de várias normas legais;

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10.3. determinação à administração do instituto para que adote medidas urgentes com vistas
a regularizar sua situação junto ao Ministério da Previdência e Assistência Social e,
ainda, a estabelecer o equilíbrio atuarial, com estrita observância à legislação aplicável;
10.4. comunicação ao Ministério da Previdência e Assistência Social sobre a situação
precária de funcionamento do instituto, mormente sob o ponto de vista da falta de
Certificado de Regularidade Precidenciária - CRP;
10.5. recomendação à Administração do instituto em epígrafe no sentido de estrita
observância das normas constitucionais, aos princípios administrativos e à necessidade
de manter sua contabilidade em consonância com as normas legais pertinentes, sob
pena de repercussão negativa em prestações de contas futuras e aplicação de novas
penalidades pecuniárias às autoridades responsáveis.
É o relatório, informando que as notificações de praxe foram expedidas.
2. PROPOSTA DE DECISÃO DO RELATOR
Vale ressaltar que o Parquet sugeriu a transposição das irregularidades de responsabilidade do
Prefeito para o processo de prestação de contas de 2006 do Alcaide, caso ainda não apreciado por esta Corte.
O Relator concorda com a manifestação ministerial, porém, como as contas de 2006 da Prefeitura de Cuitegi
foram examinadas por este Tribunal em 17/09/2008, conforme Parecer PPL TC 103/08, e as de 2007 se
encontram em fase final de instrução, entende cabível encaminhar cópia do presente ato à divisão competente
desta Corte para subsidiar o exame das contas de 2008 do Prefeito, Sr. Ednaldo Paulo Uno, objetivando verificar
se subsistem as irregularidades de sua responsabilidade, descritas no item "16.01." do relatório retro, sobretudo,
quanto ao não cumprimento do termo de parcelamento de divida previdenciária junto ao instituto local.
Assim, as irregularidades remanescentes, de responsabilidade da titular do instituto, se referem
à(o):
a. inobservância da legislação previdenciária federal, no tocante às alíquotas patronais e dos
servidores, até novembro de 2006;
b. divergência entre as receitas de contribuições informadas nos demonstrativos da PCA e os
valores dos depósitos bancários;
c. realização de despesas com serviços de consultoria jurídica sem licitação, no valor de R$
35.430,00;
d. não retenção/recolhimento previdenciário sobre contratação de consultoria jurídica;
e. elaboração incorreta do Balanço Patrimonial, em virtude do registro a menor da divida da
Prefeitura para com o instituto;
f. não encaminhamento de treze processos de aposentadoria e cinco de pensão para análise
pelo TCE;
g. descumprimento da Resolução RN TC 04/2007, no tocante às informações necessárias ao
cálculo das despesas administrativas;
h. não aplicação do regime de caixa para o registro da receita, descumprindo o art. 35, I, da Lei
nO 4320/64 (as receitas de fevereiro e março não foram registradas na ocasião do
recebimento); e
i. instituto sem o Certificado de Regularidade Previdenciária - CRP válido para 2006 e em
situação irregular perante o Ministério da Previdência Social em relação a alguns critérios.
O Relator entende que a contratação de assessoria jurídica sem licitação pode ser relevada, posto
que o Tribunal tem admitido a adoção de inexigibilidade para as contratações da espécie. Entende, ainda, q~.

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as obrigações previdenciárias não retidas, decorrentes dessa contratação, podem ser objeto de representação
junto à Secretaria da Receita Federal do Brasil para as providências a seu cargo.
A inobservância da legislação previdenciária federal, no tocante às alíquotas patronais e dos
servidores, foi regularizada dentro do próprio exercício, como anotou a Auditoria.
Quanto às falhas relacionadas à falta de certificação de regularidade perante o Ministério da
Previdência Social, o Relator entende tratar-se de indicativos observados pela entidade previdenciária federal
fiscalizadora da viabilidade do instituto, não maculando as contas em si.
No tocante à falta de informações necessárias ao cálculo das despesas administrativas, anotada
como descumprimento da Resolução RN TC 04/2007, o Relator entende que a aplicabilidade da Resolução não
abrange o exercício em exame.
No atinente ao não encaminhamento de processos de pensão e de aposentadoria, o Relator
entende que deve ser fixado prazo à gestora para que os apresente ao Tribunal.
Por fim, as demais falhas técnicas contábeis relativas a divergências entre peças contábeis,
registro a menor da dívida da Prefeitura em Balanço e não adoção do regime de caixa no registro da receita
clamam por recomendações ao gestor de maior observância da legislação pertinente e dos normativos
emanados do Conselho Federal de Contabilidade.
Feitas essas observações, o Relator vota pela:
1. regularidade com ressalvas da prestação de contas em exame;
2. aplicação da multa pessoal no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais) à titular do instituto, em
decorrência das falhas e irregularidadesapontadas;
3. determinação de encaminhamento de cópia do presente ato à divisão competente desta Corte
para subsidiar o exame das contas de 2008 do Prefeito de Cuitegi, Sr. Ednaldo Paulo Lino,
objetivando verificar se subsistem as irregularidades de sua responsabilidade, descritas no
item "16.01." do relatório retro, sobretudo, quanto ao não cumprimento do termo de
parcelamento de dívida previdenciáriajunto ao instituto local;
4. fixação do prazo de 60 (sessenta) dias à titular do instituto para que encaminhe ao Tribunal os
processos de aposentadoria e de pensão para análise, sob pena de aplicação de multa;
5. representação junto à Receita Federal do Brasil quanto à falta de recolhimento previdenciário
incidente sobre serviços jurídicos contratados pelo instituto; e
6. recomendação à administração do instituto no sentido de estrita observância das normas
constitucionais, dos princípios administrativos e da necessidade de manter sua contabilidade
em consonância com as normas legais pertinentes, sob pena de repercussão negativa em
prestações de contas futuras e aplicação de penalidades pecuniárias às autoridades
responsáveis.
É a proposta.
3. DECISÃO DO TRIBUNAL
Vistos, relatados e discutidos os autos do Processo TC nO02264/07, ACORDAM os membros
integrantes do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, na sessão de julgamento, em:
1. por unanimidade, acompanhando o voto do Relator:
1.1. JULGAR REGULAR COM RESSALVAS a prestação de contas anual do Instituto de

f
Previdência do Município de Cuitegi - IPMC, relativa ao exercício financeiro de 2006, de
responsabilidade da S~. Glaucineli de O. Montenegro;

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1.2. DETERMINAR o encaminhamento de cópia do presente ato à divisão competente desta


Corte para subsidiar o exame das contas de 2008 do Prefeito, Sr. Ednaldo Paulo Uno,
objetivando verificar se subsistem as irregularidades de sua responsabilidade, descritas no
item "16.01." do relatório retro, sobretudo, quanto ao não cumprimento do termo de
parcelamento de dívida previdenciáriajunto ao instituto local;
1.3. FIXAR o prazo de 60 (sessenta) dias à titular do instituto para que encaminhe ao Tribunal
os processos de aposentadoria e de pensão para análise, sob pena de aplicação de
multa;
1.4. REPRESENTAR junto à Receita Federal do Brasil quanto à falta de recolhimento
previdenciário incidente sobre serviçosjurídicos contratados pelo instituto; e
1.5. RECOMENDAR à administração do instituto no sentido de estrita observância das normas
constitucionais, dos princípios administrativos e da necessidade de manter sua
contabilidade em consonância com as normas legais pertinentes, sob pena de
repercussão negativa em prestações de contas futuras e aplicação de penalidades
pecuniárias às autoridades responsáveis;e
2. por maioria de votos, APLICAR a multa no valor de R$ 2.805,10 (dois mil, oitocentos e cinco
reais e dez centavos), à titular do instituto, sra Glaucineli de O. Montenegro, com fulcro no art.
56, inciso 11, da Lei Orgânica do TCE/PB, em virtude das irregularidades anotadas pela
Auditoria, assinando-lhe o prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da data de publicação deste
ato no DOE, para recolhimento voluntário aos cofres estaduais, à conta do Fundo de
Fiscalização Orçamentária e Financeira Municipal, sob pena de cobrança executiva, desde
logo recomendada, nos termos do art. 71, § 4°, da Constituição do Estado da Paraíba.

Publique-se, intime-se e cumpra-se.


Sala das Sessões do TCE-PB - Plenário Ministro João Agripino.
João Pessoa, 1° de ril de 2009.

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~ Conselheiro t~ni. o
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~ Relator 7~ Procuradora Geral do
Ministério Público junto ao TCE-PB

JGC

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