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RELATÓRIO
É o Relatório.
CONSELHEIRO ~~~~:r:FFIEfI{R.NANDES
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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
Processo Te N° 01984/06
VOTO
o cancelamento de restos a pagar processados com base no Decreto Estadual n" 25.666/04
foi realizado direta e automaticamente pela Secretaria de Finanças do Estado através do SIAF.
Não se pode cancelar aleatoriamente restos a pagar processados, pois, não existe a faculdade
de pagar ou não pagar, salvo em prescrição do crédito. Neste caso, o serviço foi prestado e/ou a
mercadoria foi entregue. Até que esse crédito seja prescrito, dentro do qüinqüênio legal, o credor
dispõe de um direito subjetivo contra a administração pública, que poderá ser exercido inclusive por
meio de ação judicial, em caso de resistência do poder público.
Por outro lado, o cancelamento dificulta a fiscalização das atividades do gestor. Toma-se
difícil avaliar a real situação da entidade, tendo em vista que os débitos decorrentes de Restos a
Pagar não figurarão nos demonstrativos contábeis.
A finalidade desses atos tem sido unicamente tentar livrar os gestores da eventual incidência
do disposto no art. 42 da Lei da Gestão Fiscal e das sanções legais.
Trata-se, portanto, de mero malabarismo contábil para cumprimento de formalismo legal,
sem qualquer atenção à efetividade do preceito normativo.
A análise do pagamento do "Bônus de Desempenho" realizado com recursos federais
resultantes do Convênio de Cooperação Técnica e Administrativa firmado entre o IMEQ e o
INMETRO é competência do Tribunal de Contas da União. Porém, cabe informar que através do
referido convênio foram delegadas, pelo INMETRO, atividades de metrologia legal e qualidade,
que lhe eram inerentes, aos servidores do IMEQ, autorizando a utilização de parte dos recursos para
o pagamento dos bônus. Consta no convênio que os bônus serviriam para remuneração
complementar de todo o pessoal envolvido na execução das atividades de Metrologia Legal e
Qualidade delegadas ao IMEQ-PB (Gestores, servidores e colaboradores) e não somente aos
diretores do Instituto como ocorreu no caso examinado. Vale dizer, se o IMEQ gastou o dinheiro
federal de uma forma irregular, isso deve ser apreciado na esfera federal, seja pelo órgão cedente,
seja pelo órgão fiscalizador, o TCU, nas suas investigações rotineiras, não parecendo ao Relator ser
necessária, no presente caso, qualquer comunicação ao Tribunal de Contas da União.
Pelo exposto, VOTO no sentido de que o Tribunal: a) julgue regular a prestação de contas
do Senhor Edvaldo Leite de Caldas Júnior, Presidente do IMEQ - Instituto de Metrologia e
Qualidade Industrial da Paraíba, relativa ao exer ' 10 -de 2005; b) recomende-se ao gestor do
IMEQ o fiel cumprimento das disposições consti . a' legais e normativas, para evitar as falhas
aqui apontadas.
CONSELHE