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COMUNIDADE CRISTO DE BETÂNEA: ACHEGA PARA REPOR A VERDADE

Vimos apresentar algumas das nossas opiniões acerca do artigo que o Senhor Rodrigo Portella
escreveu sobre a nossa Comunidade, divulgado na Revista Brasileira de História das Religiões,
ANPUH, Ano II, n. 4, Mai. 2009 - ISSN 1983-2859.
Em primeiro lugar, queremos deixar aqui a nossa admiração com os títulos e diplomas que
obteve, e que concluiu depois de fazer a tese que fez sobre a nossa Comunidade!
A nossa comunidade, a Comunidade Cristo de Betânea, foi Deus que no-la concedeu, que a fez
nascer e crescer e que continua a construí-la, ao longo do tempo, para ajudar o povo de Deus a
superar muitas das suas necessidades. E muito menos há, portanto, nenhuma possibilidade de
outras interpretações, nem de comparações, ou quaisquer conjecturas, a gosto próprio, como as
que abundam no trabalho do Senhor Rodrigo Portella, retirando-lhe todo o valor científico que
pretende. Uma Comunidade e, por isso, a Comunidade Cristo de Betânea, não se explica apenas
por quaisquer teorias, por melhor fundamentadas que sejam. É obra única de Deus, entre muitas
outras obras únicas na Igreja. Logo pelo baptismo já somos Igreja, comunidade de crentes,
membros do Corpo que tem por cabeça Cristo. Uma comunidade, sobretudo na sua dimensão de
comunidade de vida, torna presente nas nossas vidas e aos olhos de quem souber ler, a Igreja
Comunidade a que pertencemos.
A questão do reconhecimento por parte dos responsáveis da Igreja, que o senhor Portella levanta,
não faz qualquer sentido. Efectivamente, não temos problemas, para quem entende os
procedimentos correctos dentro da Igreja Católica, nos quais o diálogo tem grande relevo. É
perfeitamente normal que haja “investigação” e discernimento do Bispo de uma diocese acerca de
alguma novidade que surge na área de que é responsável. Mas a Comunidade Cristo de Betânea já
arrancou na Igreja há muitos anos (uns 28 anos) e já tem dado muitas provas de seriedade e
maturidade de fé e de serviço à Igreja, em diversas dioceses e países. Mas é bom que os nossos
Bispos nos acompanhem e nos orientem, até para nos sentirmos mais seguros e mais em Igreja,
baseados em regras que já existem, aprovadas desde 1994 e testadas com a vida, ao longo destes
anos. Desde os primórdios da Igreja foi assim, para que haja ordem e se distinga o trigo do joio. Isto
pertence à legítima autoridade fazê-lo. Mas, para que não restem dúvidas, queremos testemunhar
que, antes de virmos para o Brasil, para abrirmos a nossa primeira casa da Comunidade aqui, em
Arapiraca, em Outubro de 2004, a equipa missionária, da qual fazia parte uma de nós, foi muito bem
recebida no Paço Episcopal de Braga, pelo Sr. Arcebispo D. Jorge Ortiga, que nos abençoou e
enviou oficialmente como nosso Bispo e pastor, e também Bispo para a Igreja toda. A nós pertence
e deve ser essa a nossa preocupação: sermos fiéis, para que Jesus Cristo seja conhecido como
único salvador e libertador e só Deus seja adorado, glorificado e acolhido em cada coração. O resto,
todos esses trabalhos assim elaborados, é sabedoria do mundo, que não tem a ver com os planos
de Deus e desta realidade que é a Comunidade Cristo de Betânea.
Compreendemos que uma coisa é fazer um estudo sobre a Comunidade, outra coisa é viver em
Comunidade. Por isso, percebemos que muitas coisas que o Senhor Rodrigo Portella escreveu no
seu artigo sobre a Comunidade Cristo de Betânea não exprime em nada a realidade desta
Comunidade! Aliás, além de muitas suspeitas feitas à vontade da imaginação, muitas afirmações
não correspondem à verdade, o que é grave, sempre, mas particularmente num trabalho destes que
confere grandes títulos e ainda por cima são amplamente divulgados como verdadeiros trabalhos
científicos! É que a obra de Deus não se define nem se capta com a nossa capacidade de
inteligência das coisas, baseados em experiências havidas ou em razões meramente humanas,
arquitectadas por cérebro humano. Nas coisas de Deus há sempre uma dose de mistério. E, por
isso, quando as queremos compreender ou explicar, a inteligência humana terá de apoiar-se em
bases sólidas e de ser iluminada pelo Espírito Santo. Este tudo nos vai revelando, pouco a pouco,
segundo a nossa capacidade e na hora de Deus, se aceitarmos uma relação com Ele no caminho
da humildade, num ambiente de oração, contemplação e escuta da Sua Palavra. O caminho para
Deus é lento e o Seu mistério vai -Se revelando lentamente, para aqueles que O amam e que
procura ser fiéis aos Seus preceitos. A Comunidade Cristo de Betrânea não nasceu de mão
humana, por isso não nasceu nem se alimenta de qualquer espécie de rixas, com quem quer que
seja. Nós vivemos o amor na Igreja e em Igreja, a todos os homens e mulheres, que sabemos são
nossos irmãos e por isso servimos afincadamente. Não nos servimos a nós próprios (as)!...
Quanto ao número de membros, não temos nada a esconder: Efectivamente, a Comunidade Cristo
de Betânea não opta pela quantidade, mas pela qualidade. Também não aposta nos sábios deste
mundo, embora não desprezemos a ciência como um dos meios de recurso oportuno. Por isso, o
certo é que temos irmãos e irmãs bem doados (as) à causa de Deus! São Paulo diz na sua primeira
Carta aos Coríntios 1, 27, 29 : “Mas o que há de louco no mundo é que Deus escolheu para
confundir os sábios; e o que há de fraco no mundo é que Deus escolheu para confundir o que é
forte. O que o mundo considera vil e desprezível é que Deus escolheu; escolheu os que nada são
para reduzir a nada aqueles que são alguma coisa. Assim, ninguém se pode vangloriar diante de
Deus”. A fé não é questão de debates, mas de adesão pessoal à pessoa de Jesus Cristo, Filho de
Deus. É questão de seguimento, de vida ao serviço de Deus e dos seres humanos, dos quais
somos irmãos em Jesus Cristo, e por Ele.
Por tudo isto, não sendo a Comunidade Cristo de Betânea obra humana, na Igreja católica, mas
precisando Deus de seres humanos para que ela exista, e porque as Novas Comunidades trazem
efectivamente novidades ao mundo e à Igreja, não é de estranhar que haja dificuldades de leitura
objectiva e até mal-entendidos acerca de uma Nova Comunidade, e obviamente desta Comunidade
Cristo de Betânea.
E porque em muito menos páginas se pode dizer muito de verdade, fazemos uma proposta a
Rodrigo Portella: que reveja o seu trabalho, ou que o faça de novo, conseguindo melhores fontes
científicas e lendo mais acerca da obra de Deus na Igreja Católica, das Novas Comunidades em
geral e em particular desta Comunidade Cristo de Betânea, e que finalmente reponha a verdade a
que a Comunidade Cristo de Betânea e a Igreja a que pertence e serve, bem como todas as
pessoas têm direito. Entretanto pedimos a Bênção de Deus sobre a sua pessoa.

As Irmãs da Comunidade Cristo de Betânea no Brasil.

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