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Iniciação da Dor

A dor é uma resposta resultante da integração central de impulsos dos


nervos periféricos, ativados por estímulos locais. Há basicamente três tipos
de estímulos que podem levar à geração dos potenciais de ação nos axônios
desses nervos.
1. Variações mecânicas ou térmicas que ativam diretamente as
terminações nervosas ou receptores.
2. Fatores químicos libertados na área da terminação nervosa. Estes
incluem compostos presentes apenas em células íntegras, e que são
libertados para o meio extra-celular aquando de lesões como os íons
Potássio, ácidos.
3. Fatores libertados pelas células inflamatórias como a bradicinina, a
serotonina, a histamina e as enzimas proteolíticas.

Tipos de Dor
A respeito da terminologia referente à dor, pode-se esclarecer os seguintes
aspectos:
O limiar de dor fisiológico, estável de um indivíduo para o outro, pode ser
definido como o ponto ou momento em que um dado estímulo é reconhecido
como doloroso. Quando se usa calor como fator de estimulação, o limiar
doloroso situa-se em torno dos 44°, não só para o homem como também para
diferentes mamíferos (símios, ratos). Limiar de tolerância é o ponto em que
o estímulo alcança tal intensidade que não mais pode ser aceitavelmente
tolerado e, na mesma experiência, alcança os 48°. Difere do fisiológico
porque varia conforme o indivíduo, em diferentes ocasiões, e é influenciado
por fatores culturais e psicológicos.
Resistência à dor seria a diferença entre os dois liminares. Expressa a
amplitude de uma estimulação dolorosa à qual o indivíduo pode
aceitavelmente resistir. É também modificada por traços culturais e
emocionais, e ao sistema límbico cabe a modulação da resposta
comportamental à dor.
Para efeito de classificação médica a dor é dividida em duas categorias: as
agudas, que têm duração limitadas e causas geralmente conhecidas, e as
crônicas, que duram mais de três meses e têm causa desconhecida ou mal
definida. Esta última categoria de dor aparece quando o mecanismo de dor
não funciona adequadamente ou doenças associadas a ele tornam-se
crônicas.
Respiração

Na linguagem vulgar, respiração é o ato de inalar e exalar ar através da


boca , das cavidades nasais ou pela pele e pelo pé para se processarem as
trocas gasosas ao nível dos pulmões; este processo encontra-se descrito em
ventilação pulmonar.
Do ponto de vista da fisiologia, respiração é o processo pelo qual um
organismo vivo troca oxigénio e dióxido de carbono com o seu meio
ambiente.
Do ponto de vista da bioquímica, respiração celular é o processo de
conversão das ligações químicas de moléculas ricas em energia que possa ser
usada nos processos vitais.

Respiração celular
O processo básico da respiração é a oxidação da glicose, que se pode
expressar pela seguinte equação química:
C6H12O6 + 6O2 → 6CO2 + 6H2O + energia

Este artigo centra-se nos fenómenos da respiração, que se processa


segundo duas sequências básicas:
1. Glicólise e
2. Oxidação do piruvato através de um de dois processos:
a) Respiração aeróbia
b) Respiração anaeróbia

Oxidação do piruvato

De acordo com o tipo de metabolismo, existem duas sequências possíveis


para a oxidação do piruvato proveniente da glicólise:
1. Piruvato --> Acetil-Coa
Nesta etapa ocorre a entrada de NAD e CoA-SH.
O piruvato gerado na glicólise sofre desidrogenação e descarboxilação
catalizado pelo complexo piruvato-desidrogenase, durante essas reações é
adicionada a coenzima A, desta forma a partir de cada piruvato produz-se
um acetil-CoA.
Durante a glicólise pode ocorrer a falta de O2 gerando outras reações
2. Oxidação Incompleta da Glicose:
Glicose --> Piruvato --> Ácido láctico
Na ausência de O2 ou em situação de hipóxia, a cadeia respiratória fica
bloqueada ou parcialmente bloqueada, por isso os NADH e FADH2 gerados
nas reações de oxiredução não podem ser oxidados. Assim fica faltando
NAD e FAD para as reações de desidrogenação. Com isso, o ciclo de Krebs
não pode ocorrer ficando totalmente bloqueado, na falta de O2. Se houvesse
uma forma de repor NAD e FAD sem o envolvimento da cadeia respiratória
o ciclo poderia continuar ocorrendo. Na oxidação da glicose na ausência de
O2, o NADH produzido não irá para a cadeia respiratória; da mesma forma,
o piruvato não dara origem ao acetil-CoA. Assim fica acumulado NADH e
piruvato. Para que a glicólise mantenha-se, o NADH acumulado transfere
seus elétrons e P+ para o piruvato, originando ácido láctico e renegerando o
NAD. Isto representa uma via alternativa de oxidação do NADH. Na
oxidação incompleta o rendimento de ATP cai para apenas dois.

[editar] Respiração aeróbia

A respiração aeróbia requer oxigênio. Na glicólise, é formado o piruvato


(também chamado de ácido pirúvico) bem como 2 ATP. Cada piruvato que
entra na mitocôndria e é oxidado a um composto com 2 carbonos (acetato)
que depois é combinado com a Coenzima-A, com a produção de NADH e
libertação de CO2. De seguida, inicia-se o ciclo de Krebs. Neste processo, o
grupo acetil é combinado com compostos com 4 carbonos formando o citrato
(6C). Por cada ciclo que ocorre liberta-se 2CO2, NADH e FADH2. No ciclo de
Krebs obtém-se 2 ATPs. Numa última fase - cadeia transportadora de
elétrons (ou fosforilação oxidativa) os elétrons removidos da glicose são
transportados ao longo de uma cadeia transportadora, criando um gradiente
protónico que permite a fosforilação do ADP. O aceptor final de elétrons é
o O2, que, depois de se combinar com os elétrons e o hidrogênio, forma água.
Nesta fase da respiração aeróbia a célula ganha 26 moléculas de ATP. Isso
faz um total ganho de 36 a 38 ATP durante a respiração celular em que
intervém o oxigênio.

[editar] Respiração anaeróbia

A respiração anaeróbia envolve um receptor de eléctrons diferente do


oxigênio e existem vários tipos de bactérias capazes de usar uma grande
variedade de compostos como receptores de eléctrons na respiração:
compostos nitrogenados, tais como nitratos e nitritos, compostos de
enxofre, tais como sulfatos, sulfitos, dióxido de enxofre e mesmo enxofre
elementar, dióxido de carbono, compostos de ferro, de manganês, de
cobalto e até de urânio.
No entanto, para todos estes , a respiração anaeróbia só ocorre em
ambientes onde o oxigénio é escasso, como nos sedimentos marinhos e
lacustres ou próximo de nascentes hidrotermais submarinas.
Uma das sequências alternativas à respiração anaeróbia é a fermentação,
um processo em que o piruvato é apenas parcialmente oxidado, não se segue
o ciclo de Krebs e não há produção de ATP numa cadeia de transporte de
eléctrons. No entanto, a fermentação é útil para a célula porque regenera o
dinucleótido de nicotinamida e adenina (NAD), que é consumido durante a
glicólise.
Os diferentes tipos da fermentação produzem vários compostos diferentes,
como o etanol (o álcool das bebidas alcoólicas, produzido por vários tipos de
leveduras e bactérias) ou o ácido láctico do iogurte.
Outras moléculas, como NO2, SO2 são os aceptores finais na cadeia de
transporte de elétrons.

Respiração cutânea
Os animais de respiração cutânea precisam ter o tegumento (epiderme ou
pele) constantemente humedecido, uma vez que o oxigénio e o dióxido de
carbono só atravessam membranas quando dissolvidos. Portanto, esses
organismos só podem viver em ambientes aquáticos e em ambientes
terrestres muito húmidos. Entre as células que formam a sua epiderme, há
algumas especializadas na produção de um muco. Esse muco espalha-se
sobre o tegumento, mantendo-o húmido e possibilitando as trocas gasosas.

http://www.hospitalgeral.com.br/1_prof/assit_dom/guia/sinais.htm

http://www.scribd.com/doc/11970110/Sinais-Vitais-Aula-Completa

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